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(POV-Caroline)

Entrei no quarto com Tyler.
_O dia foi longo, esquisito e cansativo. Vou tomar um banho e voltamos pra casa. – Ele me deu um rápido selinho e foi para o banho.
                Deitei-me na cama pensando em tudo que havia acontecido. Elena estava mudada desde que se transformou. Se fosse humana jamais trairia Stefan e Elaine, disso eu tinha certeza. Elaine estava brava com a irmã e com Damon, mas sabia que tinha se metido entre eles e se sentia culpada por isso e não se sentia no direito de culpar qualquer um dos dois pelo que aconteceu. Stefan estava arrasado e a um passo de voltar a ser um estripador sem coração, Stefan com a humanidade desligada conseguia ser mais frio que Klaus, isso me preocupava. Bonnie estava cansada, a coitada havia feito tudo isso, se sentia meio culpada por ter que matar Katherine, e na realidade me senti um pouco mal também, aliás foi ela quem me transformou e me tornei quem sou hoje; sem aquele jeito tão controlador. Suspirei cansada, havia sido realmente um dia longo. Mas o que não deixava de pensar era em o que Elaine iria fazer, ela tinha o péssimo hábito que querer fugir de seus problemas, ela ia querer deixar Mystic Falls se bem a conhecia, e não ia deixar ela fazer isto, nem que tivesse que ficar do lado de Damon, ela era uma das minhas melhores amigas e seria extremamente doloroso vê-la partir com o coração em pedaços.
                Deixando esse assunto um pouco de lado comecei a pensar em Klaus, eu tinha uma atração por aquele cara, por mais que amasse Tyler. Acho que o que me impedia de me apaixonar por Klaus era a sua forma fria de pensar, de se achar superior. Isso me irritava.
                A porta do banheiro se abriu e vi Tyler sorrindo pra mim apenas de toalha. Sorri e fui para o banheiro também ia tomar um banho antes de voltar para casa. Um banho a dois.

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(POV-Stefan)

                Mesmo depois de assistir o ritual, que havia me incomodado muito pela morte de Katherine, não conseguia parar de pensar que quase havia matado Elaine. De quase ter matado meu irmão, de quase ter desligado a humanidade. Olhar para Elena me deixava mais calmo, mas não me fazia esquecer o que havia acontecido entre ela e Damon. A minha Elena parecia ter sumido junto com a sua vida, a Elena humana era tão dócil, forte, verdadeira, fiel, leal. – Reprimi esses pensamentos, ela ainda era a mesma pessoa.  Ouvi a porta do quarto se abrindo e me virei.
_Você está bem? – Elena me olhava com ternura, preocupada.
_Estou melhor. – Respondi a olhando.
                Sentei-me na cama e ela se sentou ao meu lado.
_Ainda está muito bravo? – Ela perguntou com a voz baixa sem me olhar.
                Eu não sabia se estava bravo, naquele momento estava apenas triste, magoado, culpado, mas não estava bravo com ela. Não conseguia ficar bravo com ela.
_Não. – Respondi, ela me olhou, acariciou meu rosto.
_Desculpe ter te magoado Stefan, não era minha intensão, eu juro. – Lágrimas estavam rolando pelo seu rosto. – Eu só não pensei. Minha irmã deve me odiar agora e estou surpresa que ainda me olhe nos olhos.
                Ri sem humor. Ela me olhava.
_Na verdade, Elena. Sabia que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde, sabia dos sentimentos de Damon por você, só não queria enxergar os seus por ele.
_Meus sentimentos por ele nunca foram mais fortes que os meus por você. – Ela disse em sinceras palavras, mas sabia que aquilo não era verdade.
                A abracei.
_Eu te amo Elena e apesar de suas escolhas isso não vai mudar.
                Ela aconchegou a cabeça no peito.

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(POV-Elaine)

                O momento que eu mais havia adiado estava acontecendo, eu e Damon estávamos sozinhos no quarto, no meu novo quarto.
_Precisamos conversar. – Ele disse empurrando a porta e entrando quando tentei fecha-la na cara dele.
_É eu sei. – Foi apenas o que disse. Ele fechou a porta. – Mas eu não tenho nada a dizer, Damon. Não se sinta obrigado a explicar nada, ok? Não se sinta culpado. – Eu tentava não olhar nos seus olhos.
                Ele se aproximou de mim, segurando em meu queixo, obrigando-me a olhar em seus olhos. Mandei várias vezes a ordem para meu cérebro tirar a mão dele, mas nada da obediência.
_Eu não te agradeci. – Ele me olhava fundo nos olhos, aquele azul profundo me hipnotizava.
                O olhei confusa.
_Pelo que?
_Por ter me salvado, se não fosse por você, Stefan teria me matado. – Ele respondeu tocando a mancha de sangue em minha blusa.
_Não foi nada. – Eu tinha razão não havia sido nada comparado a dor que eu sentiria em perdê-lo.
                Ele se sentou na beira da cama e me olhou.
_E agora, nós? – Ele disse com a cabeça baixa.
                Doía pensar nisso, mas não havia nós.
_Damon, - Disse calma. – Não há nós e nunca houve. Estávamos enganando à nós mesmos.
                Ele me olhou bravo.
_Como nunca houve nós, Elaine? E o que tivemos? – Seu tom se voz estava baixo, mas com raiva.
                Olhei pra ele e me pus a frente dele.
_Damon, eu sei o que sente por Elena e isso não sei quando vai mudar e nem se vai mudar. Se caso sentiu algo por mim, nunca se comparou ao que sentiu por ela. Por mais que isso doa me dizer, mas seu coração pertence a ela.
                Ele se levantou me segurando pelos ombros.
_Você não entende? Meu coração está dividido. Eu te amo Elaine, te amo sim. – Ele olhava em meus olhos. Aquelas palavras derreteram meu coração. – Você tem meu coração também, só que diferente de mim cuida muito bem dele.
                Eu coloquei a mão no rosto dele.
_Eu também te amo Damon, mas isso não é o bastante. Não é pelo que aconteceu, é pelo que ainda pode acontecer. Eu não quero me enganar novamente, eu não quero me machucar novamente.  Eu não posso dividir meu coração em mil pedaços.
                 Ele assentiu.
_Eu sei o que você está sentindo  e também sei que parte disso é minha culpa. – Ele parou por alguns segundos. – Mas o que vai fazer agora? Eu sei que vai ser difícil ficarmos juntos, mas te garanto que dói muito mais separado.
                Eu assenti.
_Eu sei disso e é uma decisão, Damon.
_Uma decisão errada. – Ele não estava bravo.
_Depende do ponto de vista. – Disse baixo.
                Ele escorregou a mão pra minha cintura, me olhou nos olhos e disse:
_Só posso te pedir uma coisa? – Ele esperou a resposta que não dei e então continuou. – Uma última noite.
_Nossa última noite. – Concordei, nem se quisesse negaria aquilo a ele.
_Infelizmente. – Ele disse tristemente.
                Abaixei os olhos sem dizer nada então ele me beijou. Não havia percebido o quanto estava sentindo falta daquele beijo até aquele momento. Suas mãos agarravam minha cintura com força, pressionando meu corpo contra o dele. Eu estava pegando fogo. Ele me prensou na parede. Sua boca agora passeava pelo meu pescoço me fazendo arrepiar, minhas unhas estavam cravadas em seu ombro. Ele rasgou minha blusa em um segundo, fiz o mesmo com a dele. Ele me jogou na cama ferozmente, de repente meu sutiã estava jogado do outro lado do quarto e sua boca passeava pelo meu corpo. Ele tirou minha calça rapidamente e voltou a minha boca. Tirei sua calça ainda em meio ao beijo. Minhas mãos passeavam pelo seu corpo, cientes que nunca mais fariam aquilo com ele, esse pensamento me fez agarra-lo mais fortemente. Rasguei sua cueca em  um momento, ele sorrio e tirou minha calcinha gentilmente. E aconteceu, mordi o lábio reprimindo um gemido.

                Eu estava deitada sobre o peito dele e ele acariciava meu cabelo, doía saber que aquela seria a última vez. Levantei-me enrolada no lençol.
_A Onde vai? – Ele perguntou confuso.
_Pra casa. – Respondi me vestindo.
                Ele se levantou e começou fazer o mesmo.
                Quando terminei ele estava com todo vestido e com a blusa rasgada também, sorte que eram apenas os o botões.
                Comecei colocando a as roupas na mala, assim que terminei me virei, ele estava atrás de mim.
_Já vou indo. – Disse o olhando.
   Ele me beijou daquele jeito  mais uma vez e se afastou.
_Eu não queria que fosse assim. – Ele passou a mão em meu rosto.
_Eu também não. – respondi pegando a mala. – Mas é preciso.
  Abri a porta, o olhei pela última vez.
_Até mais, El. – Ele sorriu.
                Não respondi, apenas sai, ele não sabia que não me veria mais, não tão cedo. Aquela era minha despedida.

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(POV-Damon)

                Aquela não era nossa despedida, não era nossa última noite. Eu ia provar à Elaine que ficarmos separados, não ia ser bom, que eu a amava. Eu só ia dar algumas horas a ela, não suportaria um dia.
                Juntei minhas coisas, coloquei no carro e fui pra casa.