Na Sombra Do Passado escrita por Paola_B_B


Capítulo 18
Capítulo 17 - Fora de Controle


Notas iniciais do capítulo

Oi gente... Seguinte, não vou conseguir responder os comentário. A demanda ficou muito grande (super feliz por isso) :D Mas infelizmente fica difícil responder todo mundo. Então eu agradeço de forma geral a todos os comentários e o carinho de vocês. Espero que gostem do capítulo que está bem divertido ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/281065/chapter/18

17 – Fora de Controle

POV Sam

- Meu irmão foi marcado também? - perguntei a Cass.

- Não. Somente ela... Isso é estranho, geralmente o Cupido acerta o casal e não apenas uma pessoa.

Era melhor avisar Dean.

Me aproximei da cama e bati em seu braço. Meu irmão deu um pulo assustado já pegando a arma embaixo do travesseiro. 

- Sou eu. - falei rápido antes que ele acordasse Mary. - Precisamos conversar e não chame Mary. - sussurrei e puxei Cas para fora do quarto. 

Logo Dean saía do quarto devidamente vestido com um sorriso satisfeito no rosto. Segurei o riso. Quando ele descobrisse que ela só se entregou a ele por causa da marca do cupido... 

Comecei a explicar sobre o que encontrei nos corações das vítimas e o porque de chamar Castiel. 

- Dean, Mary foi marcada. - avisei. 

Meu irmão fechou a cara. 

- E ela não pode apenas ter se rendido ao meu irresistível charme? - ergueu uma sobrancelha. 

- Cas viu a marca no coração. - disse divertido. - Sinto muito. 

- Eu sabia que tinha alguma pegadinha... Sammy... Quando ela despertar ela vai querer me matar. - passou a mão no rosto nervosamente. 

Segurei o riso. 

- Sim ela vai... Cara... Ela era virgem.

- Sammy se tem uma coisa que ela não parecia ontem, era uma virgem. - me olhou sorrindo maliciosamente. 

Revirei meus olhos. 

- Vocês não estão focando no problema. - lembrou Castiel. - Todas as pessoas marcadas morreram após algumas semanas.

- Cas tem razão... Mas, devemos contar a ela? - perguntou Dean. 

- Não é prudente, ela pode ficar um tanto descontrolada. - alertou o anjo. - E também não acho que ela deva ficar sozinha.

Passamos rapidamente na lanchonete para comprar o café da manhã e voltamos para o quarto de hotel. Mas antes mesmo que pudéssemos entrar no quarto Mary se jogou em cima de Dean com os olhos cheios de lágrimas. 

- Eu pensei que tinha me abandonado! - meu irmão arregalou os olhos enquanto eu me divertia com a sua falta de jeito em responder. 

- Er... Não. Porque eu faria isso? - perguntou Dean sem graça.

- Claro! Porque? - a caçadora sorriu largamente e então olhou para as mãos de meu irmão. 

Seus olhos encheram de lágrimas. 

- Oh! Eu aqui fazendo julgamentos enquanto você foi apenas buscar o café da manhã... Tão romântico! - então ela o puxou para dentro do quarto fechando a porta antes que eu e o anjo entrássemos. 

Castiel se aproximou lentamente de mim. 

- A personalidade dela já está completamente alterada. 

Sorri divertido. Seria algo interessante de se assistir. 

Sem mais delongas entrei no quarto e tive que segurar a explosão de gargalhadas. 

- Tem que se alimentar direitinho paixão! - dizia a caçadora com voz infantil enquanto enfiava comida na boca de Dean. - Olha o aviãozinho! 

Então ela nos notou e sorriu largamente. 

- Cas! Cunhado! - Dean levou a mão ao rosto e então levantou-se em um salto. 

- Mary! Porque você não fica aqui fazendo companhia ao Cas enquanto eu vou com Sammy terminar nosso caso. - sorriu tentando não aparentar nervosismo. 

Ela o olhou sorrindo e bateu em seu nariz com a ponta do dedo. 

- E porque não deixamos que os dois cuidem do caso enquanto... - seus dedos caminharam pelo peito de Dean enquanto ela o olhava num misto de inocência e malicia. - Nós curtimos o resto da manhã? 

- É uma ótima ideia! - Castiel sorriu e veio até mim encostando sua mão em meu ombro fazendo com que desaparecêssemos de vista. 

Estávamos no estacionamento ao lado do Impala. Olhei confuso para o anjo.

- Porque fez isso? Por mais divertido que seja ver Dean nessa situação acho que precisaríamos da ajuda dele.

- É melhor ele ficar com ela Sam, uma mulher marcada pela flecha da paixão pode perder o controle completamente se as coisas não saem de seu jeito.

- O que quer dizer com sair do controle? Mais do que ela já está?

- Ela poderia encarar como Dean não querê-la mais e então tentaria se matar, ou ficaria com raiva e tentaria matá-lo, ou ela ficaria com raiva de nós por estar tirando ele dela, ou...

- Ok! Já entendi o ponto Cass... Agora me diga, como encontraremos esse Cupido?

POV Dean

Definitivamente Mary estava me assustando. Nunca imaginei que ela fizesse o tipo de garota apaixonada grudenta...

- Porque você queria me deixar?! – perguntava ela entre soluços depois que o traíra do Castiel me deixou sozinho com esse problema. – Você não me ama mais?!

Eu olhava chocado para a caçadora e logo imaginei em pegar a fita isolante e colocar na sua boca... Talvez se amarra-la ao pé da cama ela não faça nenhuma besteira e eu possa encontrar de uma vez o filho da puta do Cupido.

- Você tem outra? – o tom de voz de Mary me chamou a atenção.

- O que? – agora ela me olhava séria sem vestígios de lágrimas em seus olhos.

Sua expressão tornou-se de repente furiosa e eu arregalei meus olhos quando ela foi até sua bolsa e pegou sua arma apontando para mim.

- Quem é a vadia?! – perguntou descontrolada. – Fala! Eu vou matar a cadela! Quem é ela e como ousa te roubar de mim?!

Puta que o pariu! Mary era louca!

- Não tem ninguém! Eu juro! – ergui meus braços em minha defesa.

Ela estreitou seus olhos e então tentei jogar o seu jogo. Fiz cara de ofendido e a olhei com mágoa.

- Como pode duvidar de meu amor por você? – perguntei me sentindo em um daqueles filmes melosos de adolescentes.

Mas meu plano funcionou, pois ela abaixou a arma e seus olhos encheram de lágrimas. Então ela correu para mim e me abraçou.

- Oh! Como pude fazer isso! Me perdoe meu amor! – chorou.

Sorri a abraçando. Meu plano tinha funcionado.

- Eu sou uma vadia! Eu não te mereço! – chorava e então se descontrolou novamente se afastando de mim levando a arma a sua cabeça. – Eu não te mereço!

Caralho!

Arregalei meus olhos.

- Mary tira essa arma da cabeça! Agora! Larga essa arma! – pedi desesperado.

Meu Deus! Como as coisas chegaram a esse ponto?

- Não! – chorava. – Eu sou uma vadia ciumenta e possessiva! Eu não mereço você!

- Você não é nada disso! Agora tira essa arma da cabeça! - grunhi.

Mary fungou abaixando a arama.

- Não sou?

- Não, não é. - me aproximei lentamente e então tirei a arma da sua mão. - Agora senta bonitinha na cama que nós vamos conversar. - disse sério.

Ela fez o que pedi enquanto eu suspirava aliviado por ter conseguido contornar a situação. Fitei seu rosto sem saber o que fazer. Sam e Cass tinham que achar logo esse Cupido, não acredito que eu vá conseguir segurá-la em seu próximo surto de bipolaridade de garota insegura e apaixonada.

Sentei ao seu lado cansado.

- Sabe... Você me deixou cansado pela noite de ontem. - sorri malicioso e ela soltou um risinho envergonhado. - O que acha de aproveitarmos para descansar um pouco?

- Tudo o que você quiser. - sorriu.

Sorri e deitei na cama ligando a televisão. Logo ela deitou em meu peito e ficou passando os dedos lentamente pela minha barba. Relaxei com sua caricia. Passada algumas horas ela se apoiou no colchão e me olhou com um bico.

- Dean eu estou com fome. Vamos almoçar? Cansei de ficar nesse quarto.

Abri a boca para negar, mas eu pressentia que se fizesse isso ela surtaria novamente e sinceramente não estava afim de lidar com a personalidade transtornada de Mary.

- Claro! Porque não? Eu também estou com fome. - ela sorriu largamente me deu um beijo rápido e foi trocar de roupa.

Porque eu sinto que isso vai dar merda?

[...]

POV Sam

Passamos horas andando nos parques, visitando bares e sorveterias, segundo Cass eram lugares propícios para o Cupido agir, mas não o encontramos. Tivemos que fazer um feitiço de invocação para que ele aparecesse e quando isso aconteceu eu não pude acreditar que aquele... Aquilo era um Cupido.

Arregalei os olhos para o homem completamente nu abraçando Castiel de maneira forte.

- Irmão! – disse ele com um ar emocionado.

Cass não retribuiu o abraço demorado e ficou com uma cara de desagrado. Então finalmente ele o soltou e reparou em minha presença.

Estávamos em um beco úmido e afastado de qualquer pessoa que pudesse ver aquela cena bizarra.

- Olá! – disse o Cupido alegremente e veio me abraçar.

Tentei fugir, mas não teve jeito. Fiz uma careta de desagrado forçando a minha mente a pensar qualquer coisa menos que um cara nu estava me abraçando.

- É o seu aperto de mão. – explicou Cass.

O Cupido finalmente me soltou.

- Precisamos que desfaça uma de suas... – flechadas? Eu não sabia exatamente como ele chamava aquilo. – Queremos que desmarque uma amiga nossa.

Ele fez uma cara de choro e disse pesaroso.

- Depois que o casal é marcado, não tem como desfazer.

Dean estava tão ferrado...

Olhei para Castiel com os olhos arregalados, mas ele foi esperto em lembrar.

- Mesmo que apenas ela tenha sido marcada? – perguntou.

O Cupido o olhou sem entender e eu tratei de explicar.

- Você a marcou e ela se apaixonou pelo meu irmão, mas ele não foi marcado. Ele não corresponde.

- Nesse caso podemos desfazer. – sorriu como se nada tivesse acontecido.

- Então vamos. Mas é bom você colocar uma roupa antes, já que andaremos entre as pessoas. – sugeri.

Ele deu de ombros e imediatamente ficou vestido com um smoking... Ok... Não era bem isso que eu tinha pensado, mas é melhor do que andar por aí completamente sem roupa. Mas antes que nos movêssemos meu celular tocou, era Dean.

- Eu preciso de ajuda! – praticamente berrou do outro lado da linha.

- O que aconteceu?

- Ela sumiu!

- Como assim sumiu? Dean você a perdeu de vista?!

- Ela está completamente louca Sammy! Aquilo não é paixão, é bipolaridade! Numa hora está rindo e me beijando na outra está chorando e fazendo acusações, tentando se matar ou me matar ou matar alguém! – grunhiu do outro lado da linha. – Ela deu uma enlouquecida depois que vocês saíram do quarto, ela apontou sua arma para mim e depois para a própria cabeça. Eu consegui contornar a situação e desarmá-la. Ficamos no quarto até a hora do almoço quando ela pediu para sair do quarto para ir num restaurante. Eu pensei que se recusasse ela enlouqueceria de novo então concordei.

Levei as mãos à cabeça.

- Dean... O que aconteceu no restaurante? – perguntei já imaginando o que tinha acontecido.

- Eu pensei que ia ficar tudo bem, ela estava daquele jeito grudento e irritante, mas enquanto estava sorrindo e me beijando eu estava despreocupado. Só que quando estávamos almoçando ela surtou e foi para cima da garçonete. Ela quase matou a garota na base do tapa. Tive que segurá-la e fugir do restaurante antes que a polícia aparecesse. Parei na estrada para tentar acalmá-la, mas ela surtou mais ainda e correu para dentro da floresta e simplesmente sumiu. Eu estou procurando a mais de uma hora e não a encontro!

- Onde exatamente você está? – perguntei e logo ele me passou o quilometro da estrada.

Indiquei para Cas que apoiou suas mãos em mim e no Cupido e nós aparecemos ao lado do Impala. Dean andava de um lado para o outro. Bufava irritado e então finalmente nos notou.

- Cas consegue encontrá-la? – perguntou ele.

- Não. Ela não quer ser encontrada e sabe como fazer isso.

- Isso se ela já não estiver morta. – grunhiu ele. – E qual é a do pinguim? – olhou para o Cupido que sorria para uma borboleta pousada em seu dedo.

- Ele é o Cupido.

Assim que as palavras saíram da minha boca meu irmão avançou no anjo de classe baixa e o segurou pelo colarinho.

- Então você é o filho da puta que vem matando tanta gente?!

- O que?! Matando? – arregalou os olhos. – Não! Não! Eu não mato ninguém eu apenas junto às pessoas. – sorriu.

Dean retribuiu o sorriso, mas de forma irônica.

- Então me diz o porquê das pessoas que você “juntou” estarem se matando?

O Cupido pareceu chocado com aquela informação e começou a chorar como uma criança. Se livrou das mãos do meu irmão e o abraçou em busca de consolo. Dean arregalou os olhos para nós.

- Eu não acredito que isso esteja acontecendo! – chorava.

Meu irmão fechou a cara e o empurrou para longe.

- Já chega! Eu já lidei tempo demais com uma descompensada, não vou lidar com mais um! Daqui a pouco quem vai enlouquecer sou eu!

Ficamos em silêncio esperando que meu irmão se acalmasse. O Cupido estava encolhido perto do carro, parecia assustado.

- Eu não entendo o porquê dos casais estarem morrendo. – murmurou ele tristemente fazendo um pequeno arco e pequenas flechas aparecerem em suas mãos.

- Seu arco está quebrado! – Castiel gritou apontando para as mãos do Cupido. – É por isso que as paixões estão desequilibradas e as pessoas estão se matando! Isso é inconcebível, saiba que eu o denunciarei aos seus superiores.

- Denunciar? Eu vou matar esse Cupido de merda! – grunhiu Dean partindo para cima do homem.

- Dean não! – segurei meu irmão. – Ele ainda tem que desfazer a marca em Mary!

Meu irmão grunhiu e eu o larguei.

- Cas, mantenha esse merda aqui. Nós vamos achar a caçadora. – nos viramos para a floresta e seguimos por alguns minutos.

- Dean... Não vamos encontrá-la tão facilmente... Esse lugar é muito grande, ela pode estar em qualquer lugar.

- E o que podemos fazer Sammy?

Pensei por alguns segundos e me surgiu uma ideia.

- A vampira vidente! Talvez ela possa nos apontar pelo menos uma direção.

Dean ficou quieto com uma cara de poucos amigos.

- Não temos outra opção não é?

Peguei o celular e disquei para Alice que me atendeu no primeiro toque.

- Oi Sam.

- Alice, precisamos da sua ajuda, Mary...

- Está fora de controle. – completou. – Eu previ que você ligaria pedindo ajuda ontem assim que terminei de conversar com Bella. Mandei Edward até aí, em poucos minutos ele chega e pode farejá-la já que ultimamente não tenho conseguido ver o futuro dela da forma como via há muito tempo atrás. Boa sorte para vocês. E é melhor esperarem perto do carro.

- Obrigado Alice.

- Disponha! – disse desligando o telefone.

Eu e Dean voltamos para onde estava o Impala. Cas e o Cupido ainda estavam lá, mas mais uma pessoa também estava perto e para total desespero de Dean era Mary com um pé de cabra na mão pronta para estourar todas as janelas do carro.

- Nem pense nisso! – Dean gritou com medo de se aproximar.

- Você me traiu! – gritou ela chorosa.

- O que?!

- Me traiu por pensamento! – segurei o riso.

Por mais que a situação fosse complicada não tinha como não achar graça naquilo.

POV Edward

Eu tentava a todo custo evitar o pensamento de que eu havia perdido Bella para o caçador. As imagens da visão de Alice não saíam de minha cabeça. Torturando-me lentamente. A raiva de mim mesmo só aumentava juntamente com o remorso pelas burradas do passado. Eu só realmente espero que ela esteja feliz ao lado... Oh Deus! Porque eu fui tão estúpido em deixá-la?

- Edward! – gritou Alice entrando em meu quarto sem pedir licença.

A olhei sem vontade, mas um tanto preocupado por seus pensamentos. Ela tentava focar no futuro de Bella, mas não consegui ver nada.

- Eu acabei de falar com Bella, acho que minha visão ainda não aconteceu... Mas tive outra visão em seguida com os caçadores. Algo vai acontecer com Bella, parece que ela ficou completamente descontrolada e pode machucar a si mesma. Sam e Dean não conseguem encontrá-la, eles estarão nessa estrada. – me mostrou por pensamento.

Assenti me levantando e correndo para dentro do meu Volvo. A viagem seria longa.

Confesso que o que mais me fazia pisar no acelerador era a esperança de que eu pudesse impedir Bella e Dean de ter alguma coisa.

Quando cheguei na cidade em que eles estavam já estava entardecendo. Deixei o carro em um estacionamento e corri para a estrada. Eu chegaria mais rápido. Não demorou para sentir o cheiro de minha Bella no ar.

Aumentei ainda mais a velocidade e finalmente a avistei... Eu só não esperava a avistar com um pé de cabra na mão quebrando as janelas do Impala do caçador. Minha boca se abriu ao ouvir sua risada divertida enquanto os cacos caíam ao chão.

- Bebê! – choramingou Dean.

Sam e outros dois caras apenas observavam completamente chocados.

- Como pode fazer isso?! – grunhiu o caçador.

Bella o olhou magoada e começou a chorar.

- Se você não me quer mais tudo bem... Eu partirei para te deixar feliz! – franzi o cenho não entendendo nada do que ela estava falando.

Foi então que a vi abaixar no chão e pegar os pequenos cacos de vidro com a mão e levar próximo a boca.

Meu Deus! Ela ia engolir vidro! Bella enlouqueceu!

Parei de ficar apenas observando e corri até ela segurando sua mão antes que ela cometesse essa insanidade.

- Bella não! – chacoalhei seu pulso fazendo com que ela largasse os cacos no chão.

Senti o cheiro de sangue em sua mão.

- Me larga Edward! E o que diabos está fazendo aqui?! – fiz o que ela pediu e respondi bravo,.

- Te impedindo de cometer uma loucura.

- Edward! Segure-a! – gritou Sam.

Nesse momento ela virou seu corpo e acertou o pé de cabra em meu braço.

Ergui uma sobrancelha em sua direção.

- Você sabe que isso não funciona. – murmurei observando o ferro contorcido.

Bella saiu correndo, mas sua velocidade não se comparava a minha e logo estava com meus braços a sua volta formando uma prisão de mármore. Suas costas estavam coladas ao meu peito e ela se sacudia tentando se livrar de mim. Tirei seus pés do chão e andei até os caçadores.

Minha amada chorava, gritava e esperneava coisas sem nexo. Segurei-a apenas com um braço e tapei sua boca.

- O que aconteceu? Nunca vi Bella desse jeito.

- É uma longa história, depois te contamos. Agora o pinguim ali tem que concertar o que fez antes que eu perca a minha paciência e enfie uma espada em seu coração. – fulminou com os olhos o homem baixo e gordinho que vestia um smoking.

Ele engoliu em seco e se aproximou. Pousou sua mão sobre o peito de Bela que fechou os olhos com força e então amoleceu em meus braços desmaiando em seguida.

- Está feito. – disse ele.

- Você vem comigo, vou levá-lo direto para os seus superiores. – disse o outro homem segurando o gordinho pela roupa e desaparecendo diante meus olhos.

- Caso fechado. – disse Sam.

- Enfim! – bufou Dean então choramingou olhando seu carro.

Olhei para Sam.

- Pode me dizer agora o que aconteceu? – perguntei levantando Bella em meus braços.

- O cara do smoking era um Cupido.

Arregalei meus olhos. Nunca imaginaria um Cupido daquele jeito.

- Ele acertou sua flecha em Mary, e pretendia acertar em Dean também, mas por algum motivo isso não aconteceu. Mary se apaixonou subitamente por Dean... – falou com cuidado como se não quisesse magoar meus sentimentos.

Mas eu estava ocupado demais tentando entender o que ele falava para me sentir mal por alguma coisa.

- Só que essa paixão veio com força total e ela ficou descontrolada. Seus sentimentos a guiavam e não sua cabeça. Acho que sequer ela raciocinava. Mas creio que agora ela ficará bem. – sorriu.

Assenti e voltei meu olhar para ela... Então eu não cheguei a tempo de impedi-la de dormir com ele...

- Bella dormiu com ele, não é? – eu era muito masoquista!

- Dean não sabia que ela estava sob efeito da flechada do Cupido... Ele disse que ela praticamente o atacou.

Dei um sorriso triste lembrando do tempo em que Bella costumava me atacar.

- Eu não o culpo... – murmurei baixo, mas ele escutou. - Ela já me colocava louco com seu jeito de menina imagina agora com sua atitude de mulher? Não sei se hoje em dia eu conseguiria resistir.

Sam retribuiu meu sorriso e seguimos para o carro. Eles tiraram os cacos de vidro dos bancos e eu entrei com Bella no banco de trás. Eu não iria embora antes dela acordar e afirmar que estava bem.

Sorri ao escutá-la suspirar e encaixar seu rosto em meu pescoço.

Ainda não tínhamos chego ao hotel quando ela acordou. Observei seus olhos abrirem lentamente e ela me fitar confusa.

- Edward? – sua voz estava rouca.

- Como se sente? – perguntei preocupado.

Ela estava com metade do corpo sobre o meu então quando percebeu se ajeitou sentando-se ao meu lado e olhando rapidamente para os caçadores nos bancos da frente.

- Sinto como se tivesse levado uma surra. – murmurou. – O que aconteceu?

- Qual é a última coisa que você se lembra? – perguntou Sam preocupado enquanto Dean bufava, ele ainda estava bravo por causa do carro.

Bella piscou os olhos rapidamente sem notar o humor do motorista.

- Eu estava no bar com o Dean e... E só... Eu bebi tanto assim é?

Dean ignorou sua pergunta e disse em tom extremamente sério.

- Mary, só me prometa uma coisa...

- O que foi?

- Nunca, em hipótese alguma, se apaixone por mim.

Bella franziu o cenho e então soltou uma gargalhada.

- Ah paixão! Por mais bonito e gostoso que você seja, eu te considero um amigo... Me apaixonar por você seria... Insano.

- Boa escolha de palavras. – bufou o caçador mais velho.

Sam gargalhou.

- Eu diria fora de controle.

Bella olhou confusa para os irmãos e depois para mim.

- Mas o que aconteceu? Eu não estou entendendo nada!

- Descanse Bella, é uma longa história e você não vai ficar feliz quando souber todos os detalhes.

Sam gargalhou mais uma vez enquanto minha caçadora bufava e se encostava no banco para dormir novamente. Me aperta o coração não poder ficar ao seu lado a todo momento, mas eu teria que respeitar sua vontade de se manter afastada. Ela ainda estava magoada comigo, mas eu sinto que a cada dia esse sentimento perde força em seu coração.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Quem ainda não participa, participe do grupo no face: http://www.facebook.com/groups/479210868793110/
Blog: http://mahfics.blogspot.com.br/