Nem Todo Mundo Odeia O Chris - 2ª Temporada escrita por LivyBennet


Capítulo 23
Episódio Extra - Todo Mundo Odeia Praia


Notas iniciais do capítulo

Capítulo Final da 2ª Temporada!
Enjoy... ^^



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POV. LIZZY (Brooklyn - 1985)

Imagine o caos. Agora multiplique o caos por oito pessoas carregando oito malas para dois carros com vários gritos. Sim... esse foi o começo na minha noite de 3 de Julho.

Era a quarta feira antes do feriado. Todos tinham passado os três dias anteriores organizando as malas quando encontravam tempo livre. Eu e o Chris arrumamos as nossas sozinhos, mas Drew e Tonya precisaram da ajuda da dona Rochelle para não levarem coisas desnecessárias. Já de férias, Chris e eu passamos o sábado inteiro ligando para os hotéis da costa de Long Island. Alguns deles alugavam chalés e, como a gente tinha pensado, saía muito mais em conta para acomodar 8 pessoas.

Acabamos escolhendo a praia de East Hampton, que tinha chalés na beira da praia. Ficava a 160 km e demoraríamos duas horas e meia para chegarmos lá. Acertamos tudo com a proprietária e marcamos de chegar lá na noite do dia 3 às 22:00h... já eram 19:45h e não tínhamos saído ainda. A dona Rochelle gritava a plenos pulmões com Drew e Tonya, reclamando porque eles fizeram hora pra tomar banho e se arrumar e agora todos estavam atrasados.

"Eu vou arrancar as orelhas de vocês! Andem logo! O que vão pensar de nós se chegarmos atrasados?!"

Sentados na calçada a pelo menos meia hora, eu e o Chris já de malas prontas há eras, morríamos de rir da comédia. Três minutos depois, meu pai desceu com minha mãe e nós ajudamos eles a carregarem as malas pro carro junto com a minha e a do Chris, pois o outro carro já estava cheio. Meu pai fechou o porta malas e olhou pro Chris.

"E o Jullius e a Rochelle?"

"Devem estar descendo, sr. Jackson. Provavelmente puxando o Drew e a Tonya pelas orelhas." Eles riram.

"Imagino. Mas é bom eles se apressarem ou vamos chegar muito tarde lá."

Mal meu pai fechou a boca a porta do 606 se abriu e os quatro desceram, com a dona Rochelle puxando as orelhas dos filhos.

"Desculpem a demora. Culpa desses dois." Minha mãe riu.

"Tudo bem, Rochelle. Arthur disse que conhece um atalho." Sr. Jullius levantou a cabeça, interessado.

"Sério, Arthur?" Meu pai assentiu.

"Claro. Economiza uns 15 minutos."

"Ótimo. Podemos ir? Não queremos chegar lá muito tarde.”

Todos assentiram e entraram nos carros. Como eu disse antes, o carro do sr. Jullius estava lotado - três malas no porta malas e uma entre o Drew e a Tonya no banco de trás - então o Chris teve que ir comigo e os meus pais. Não que eu tivesse achado ruim. Jamais.

Meu pai foi na frente para mostrar o caminho do atalho, seguido pelo sr. Jullius. No final das contas o ‘atalho’ do meu pai era pegar a rodovia estadual NY 27-E e ir direto. Não tinha nem como se perder.

Eu e o Chris fomos conversando, mas depois de uma hora eu comecei a me sentir meio sonolenta e recostei a cabeça no ombro dele. A estrada estava silenciosa e eu acabei adormecendo.

POV. CHRIS

Abracei a Lizzy pelos ombros enquanto a noite ficava mais fria. Já estávamos na estrada a mais de duas horas e eu sentia o cheiro e o barulho do mar cada vez mais perto. Pouco depois conseguimos ver as luzes de uma casa bem grande à frente e deduzi que era a pousada. O sr. Jackson estacionou na frente e meu pai colocou o carro logo ao lado.

"Eu vou lá, sr. Jackson. A reserva está no meu nome e no da Lizzy."

"Ok. Vou tirar as malas com o seu pai." Assenti e coloquei a Lizzy deitada no banco com cuidado antes de sair do carro.

Entrei no que parecia ser a recepção da pousada. Era simples, mas bem organizada. Fui em direção ao balcão no lado oposto da entrada onde uma moça loira bocejava.

"Ah... Boa noite." Ela me encarou, deixando o sono de lado.

"Boa noite. Em que posso ajudar?"

"Eu tenho uma reserva para o feriado do 4 de Julho no nome de Chris Rock." Ela checou o dia em uma agenda.

"Chris Rock e Lizzy Rodriguez?" Assenti. "Está tudo pronto no chalé 2. Pode me seguir." Ela levantou e deu a volta no balcão, indo em direção à saída. "O senhor veio de carro?"

"Sim. Dois."

Chegamos lá fora e encontramos todos - menos a Lizzy - fora dos carros com as malas. A moça sorriu.

"Boa noite. Sejam bem-vindos. O chalé de vocês já está pronto. Os carros terão que ficar aqui pois é regra da pousada: proibido carros na praia. Não se preocupem. O estacionamento é seguro. Os hóspedes que preferem a pousada aos chalés deixam os carros aqui também. Sigam-me, por favor."

Todos seguiram a moça enquanto eu e a sra. Jackson ficávamos pra trás.

"Pode ir, sra. Jackson, eu vou acordar a Lizzy e levo a chave do carro." Ela sorriu e assentiu, seguindo os outros.

Fui até o carro e abri a porta de trás. Ela tinha se mexido um pouco, mas só isso. Sorri e fiquei olhando. Minha larga experiência me dizia que eu não conseguiria acordá-la de jeito nenhum. Então fiz a única opção possível. Tirei a chave da ignição e peguei a Lizzy no braço. Ela se remexeu e passou os braços pelo meu pescoço. Dei uma risada.

"Fofa..."

Um vento frio soprava e eu senti ela se arrepiar. Apertei ela mais um pouco contra mim e ela escondeu o rosto na curva do meu pescoço. Fui seguindo as pegadas dos outros na areia e logo encontrei o chalé 2. Parecia pequeno, mas eu sabia que caberia todo mundo. Entrei e vi todos ainda na sala, ouvindo a moça falar.

"...três quartos. Dois com camas de casal e um com duas beliches. Bom, eu acho que isso é tudo. Espero que tenham uma boa estadia e se precisarem de alguma coisa, podem me procurar. Boa noite."

"Boa noite e obrigada."

A moça saiu e minha mãe olhou pra mim, Drew e Tonya.

"Bom, parece que eu, Jullius, Arthur e Helen ficaremos com os quartos de casais e vocês vão dividir o quarto das beliches. É melhor irmos dormir logo. Já está tarde e podemos arrumar as coisas melhor pela manhã." Todos assentiram. Entreguei a chave do carro pro sr. Jackson e fui para o quarto.

O chalé era uma casa simples. Tinha os três quartos, uma cozinha, um banheiro e a sala de estar. Não tinha muita coisa, mas não é como se a gente fosse passar o dia dentro do chalé. No quarto que a gente ia ficar tinha as duas beliches e um guarda roupas pequeno pra guardar as coisas. Escolhi logo uma beliche e coloquei a Lizzy na cama de baixo. Ela continuava dormindo tranquilamente. O sr. Jackson veio deixar a mala dela e a minha; eu agradeci e ele foi pro quarto dele. Depois entraram o Drew e a Tonya.

"Eu vou ficar na cama de baixo, Drew, e não quero nem saber de você." Virei, olhando feio pra eles dois.

"Dá pra falar mais baixo? A Lizzy tá dormindo." Eles se calaram, mas continuaram discutindo por mímica. Rolei os olhos e comecei a me trocar.

Como tava um pouco frio, peguei minha calça de moletom e uma blusa de manga longa cinza. Logo a Tonya foi se trocar no banheiro e o Drew ficou no quarto. Quando menos espero ele já estava ressonando na cama de cima.

"É só se encostar..."

Fui até a cozinha beber água e voltei pro quarto. O Drew já tinha começado a roncar baixo e eu vi dois olhos verdes olhando pra mim.

"Acordou." Ela esfregou os olhos e bocejou um pouco.

"Tá frio." Senti meu rosto esquentar com a ideia que eu tive. Já faz um tempo...

"Quer que... eu deite com você?" Ela assentiu e estendeu a mão pra mim. Fui na direção dela e me sentei na cama, encostado no suporte da cama de cima. Não tinha a intenção de realmente dormir com ela - não com os pais dela tão perto - mas apenas aquecê-la um pouco. Ela me abraçou pela cintura, apoiando a cabeça na minha barriga. Sorri e acariciei seu cabelo. "Melhor?" Ela assentiu e suspirou.

Me deixei relaxar, sentindo o cheiro dela e inconscientemente acabei escorregando o corpo pra me deitar com ela. Fechei os olhos e pude ouvir o barulho das ondas bem perto. Ouvi a Tonya entrar no quarto e fechar a porta. Pouco depois a luz se apagou e eu dormi.

Acordei com o barulho do mar e o cheiro de café fresco. Esfreguei os olhos tentando acordar de verdade e senti a ausência da Lizzy. Sentei na cama e vi Drew e Tonya ainda ferrados no sono. Me levantei e resolvi seguir o cheiro de café. Parei na porta da cozinha ao encontrar uma ruiva preparando torradas. Me encostei no portal da cozinha e cruzei os braços, sorrindo.

"Bom dia." Ela virou pra mim e sorriu também.

"Bom dia. Pensei que ia acordar mais tarde."

"Até que seria uma boa, mas eu senti cheiro de café..." Ela riu. "Cadê os nossos pais?"

"Saíram pra fazer as compras. Acordei quando eles estavam saindo e resolvi fazer o nosso café da manhã."

Finalmente notei que ela estava vestida com um maiô vermelho que deixava suas costas nuas e um short curto colorido em tons vermelho e verde. Senti meu corpo ir levemente pra frente com a intenção de tocá-la, mas me segurei. Linda…

"Já tá vestida?"

"Claro. Fiz uma aposta e pretendo ganhar." Sorri, interessado.

"Mal posso esperar. Vou me trocar e volto já."

Fui como uma bala pro banheiro, escovei os dentes e me troquei. Fiz uma careta ao me olhar no espelho. Eu não gostava de ficar sem camisa. Detestava, na verdade. Eu não era mais tão magro quanto costumava ser, mas ainda assim... Qual o propósito de passar um final de semana na praia todo vestido? Fiz mais uma careta e resolvi deixar pra lá. Ah, que se dane.

Joguei a roupa em cima da mala no quarto e voltei pra cozinha.

POV. LIZZY

A ideia me veio do nada. Eu não tinha planejado nada pra tentar ganhar a aposta, mas quando eu vi a cesta de vime, acendeu uma luz na minha cabeça. Aposto que ele vai gostar. Preparei o café da manhã com algumas coisas que eu tinha trazido de casa e ia acordá-lo quando ele apareceu.

Com a cesta pronta, esperei ele na cozinha. Logo ele veio... e eu fechei a boca com força pra me impedir de babar. Meus olhos desceram do rosto para os braços e de lá para a barriga... Desde quando ele tem...? Meu rosto esquentou e eu desviei os olhos antes que ele percebesse, mas a imagem ficou gravada na minha retina. Não sabia que carregar caixas no Doc's faria tanto bem assim…

"Cesta?" A voz dele me fez focar no que importava.

"Sim. Minha ideia. Vamos?" Ele sorriu e assentiu.

Fomos lá pra fora e eu parei na varanda sem perceber, olhando o nascer do sol. Deviam ser umas seis da manhã e estava lindo. De repente senti dois braços ao meu redor e o calor da pele dele nas minhas costas nuas. Suspirei antes que pudesse me parar e ele beijou o alto da minha cabeça.

"Nem acredito que to aqui com você. Longe de tudo." Fechei os olhos e descansei naquele calor.

"Nem eu."

Peguei a mão dele e puxei até achar um lugar bom pra sentar. Ele me ajudou a colocar a toalha no chão e em poucos minutos já tomávamos café. O vento soprava fraco, só uma brisa mesmo. Não falamos nada. Não precisava. Comemos e depois ele deitou no meu colo e eu fiquei acariciando seu rosto, olhando o mar.

Viramos ao ouvir barulho de passos e vimos nossos pais entrarem com as compras. Minha mãe acenou pra gente e resolvemos entrar. Quando já tínhamos colocado tudo na cesta, Chris me segurou pela cintura e sorriu pra mim.

“Obrigado… por tudo…” Ele disse, e eu senti que aquilo significava mais do que o piquenique.

Sem saber o que responder, simplesmente sorri e ele beijou minha testa. Entramos e encontramos nossas mães arrumando as compras no armário.

“Chris, vai acordar seus irmãos. A gente não veio pra praia pra eles ficarem dormindo o dia todo.” Ele assentiu e foi. Eu escolhi ajudar elas com as compras para terminarem logo.

Pouco depois todo mundo já tinha se trocado pra ir à praia, mas o Drew tava dando chilique porque não queria ir. Meu pai sacou o problema e foi até o quarto, voltando com uma bola de vôlei.

“Porque não vão jogar?” E jogou a bola pra mim. Olhei pro Chris e ele tinha um sorriso sacanano rosto.

“Beleza. Eu e o Chris contra quem quiser jogar.”

Eu sabia que daria certo. Não existia ser humano mais competitivo que o Drew. Ele com certeza ia colocar a má vontade de lado na esperança de ganhar.

“Eu vou! Vamos, Tonya?” Não disse?

“Se for pra tacar a bola na cara do Chris, eu vou.”

Chris se levantou do sofá rindo baixo e resmungando alguma coisa como “amor fraternal”. Fomos lá pra fora e descobrimos que, um pouco mais na frente, tinha uma rede de vôlei já montada. Eu e o Chris escolhemos um lado e Drew e Tonya ficaram do outro. Ergui a sobrancelha ao ver o Drew pulando pra se aquecer.

“Melhor de 10?” Olhei pro Chris e ele deu de ombros.

“Pode ser. Quem perder lava a louça.”

“Fechado. Não tava a fim de lavar a louça mesmo.” Sorri maquiavélica com a auto confiança dele.

“Nem adianta sonhar tão alto, Drew. A louça já é sua.” Virei pro Chris. “O que acha?” Eu sabia que ele tinha noção de jogo, mesmo que não jogasse com frequência.

“Eu sou péssimo em saque, então prefiro ficar na rede. Agora que sou mais alto que o Drew isso deve me dar uma vantagem.” Assenti e olhei pro céu.

“Boa escolha de lado.” Ele sorriu.

“Eu sei. O vento tá contra eles.” Olhei pra ele, fingindo estar chocada.

“Você é horrível.”

“Porque? Quer lavar a louça?”

“Nem morta.” Os outros dois já estavam em posição e vi o Chris se posicionar logo atrás da rede. Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo e recuei quatro passos pra poder sacar.

POV. CHRIS

Meia hora depois eu caí na areia. Ela ainda me incomodava, mas eu tava tão cansado que não me importei. Eu e a Lizzy tínhamos ganhado de 10 a 9 - muito apertado. Sim, o Drew ainda era um rato de esportes. Essa era a explicação. Mas a minha combinação com a Lizzy ainda foi melhor.

Senti a Lizzy cair sentada do meu lado.

“Cansado.” Só assenti. “Vamos dar um mergulho?” Ela levantou e eu ergui um braço pra ela me ajudar a levantar.

“Corrida?” Ela sorriu.

“Pode ser.”

“Ok. Três… Dois… Um… … Vai!”

Corremos e eu ouvi ela rindo do meu lado. Acabei entrando na água primeiro e ela começou a reclamação de sempre.

“Saco! Não é justo. Você sempre ganha.”

“É a única coisa que eu ganho de você.” Ela fez um bico, mas eu sabia que ela tava zoando.

“Nem é. Você é melhor do que eu em várias outras coisas.” Ela ficou levemente vermelha nas bochechas e eu resolvi deixar pra lá. Teria muito tempo pra provocá-la. Ao invés disso, me abaixei e joguei água nela. “Seu sacana! Eu vou te pegar!”

Ela veio correndo na minha direção e eu desviei pelo outro lado. Correr na água era mais difícil e ela acabou me pegando. O peso dela me desequilibrou e caímos na areia molhada, ela por cima de mim, rindo de se acabar.

“Finalmente consegui te pegar!”

Ela sorria e eu tomei consciência de que estávamos muito perto. O rosto dela estava a milímetros do meu. Eu podia até contar as sardas nas bochechas dela. Ela pareceu perceber também e o sorriso se desfez. Vi os olhos dela descerem pra minha boca e os meus fizeram o mesmo. Um arrepio bom desceu pela minha espinha. O rosto dela se aproximou e o meu também, podendo sentir a respiração quente nos meus lábios.... Só mais um pouco…

“Ei, vocês quatro! Se lembraram de passar protetor solar?! Não quero voltar com ninguém doente pra casa!”

Ela se afastou rápido de mim, se sentando do meu lado. Seu rosto tava vermelho como uma tomate então preferi não tocar no assunto. Eu mesmo estava confuso. Hormônios… Malditos hormônios… é isso…

“É melhor a gente ir ou East Hampton inteira vai saber que a gente não passou protetor.” Ela riu e o clima ficou menos tenso. Ajudei ela a levantar e subimos pro chalé.

Aquele protetor solar foi o mais perto que eu realmente consegui de ficar branco na minha vida inteira. Mal a gente tinha terminado de passar, Drew e Tonya carregaram a Lizzy pra areia. Me encostei na varanda e fiquei olhando eles jogarem. Involuntariamente sorri. Não me sentia feliz e em paz assim há eras. Vi o sorriso da Lizzy e vasculhei na minha mente uma observação que eu tinha feito há alguns dias atrás. O sorriso dela está mais bonito que antes. Quando ela ri, os olhos realmente brilham. Não que não brilhassem antes, mas brilham mais agora. Mas porque...?

"Quer um pouco?"

Olhei pro meu lado para ver a sra. Jackson me oferecendo um copo de suco. Sem palavras simplesmente aceitei, assentindo e sorrindo levemente. Ficamos em silêncio, ambos observando a Lizzy, o Drew e a Tonya jogarem. Bebi o suco aos poucos até ficar só com o copo vazio na mão.

De repente ela falou outra vez.

"Obrigada, Chris."

Senti meu corpo formigar pela surpresa da frase. Instintivamente virei minha cabeça para olhá-la, mas ela não olhava pra mim. Continuava olhando os três jogarem. Permaneci olhando para ela e depois de um leve suspiro ela continuou.

"Obrigada por... me fazer enxergar as coisas de uma forma diferente. Por melhorar minha relação com meu marido..." ela tá vermelha? "... e minha filha. E... obrigada por aquilo." Ela direcionou com a cabeça o lugar onde agora o Drew e a Tonya estavam correndo atrás de uma Lizzy morrendo de rir. Não entendi até que ela explicou. "Não me lembro da última vez que vi minha filha sorrir assim."

Foi a minha vez de ficar vermelho. Não que alguém pudesse ver, mas eu senti meu rosto ficar quente. A sra. Jackson estava me dando crédito por uma coisa que eu não fazia a mínima ideia de como eu tinha feito. E mais: ela estava dizendo que o sorriso da Lizzy era por minha causa.

"Sra. Jackson, eu não fiz... nada." Ela sorriu e finalmente me olhou.

"Eu sei que o seu objetivo era proteger ela e a amizade que vocês tem e também sei que você não fazia a mínima ideia das consequências do que você fez. O risco que você correu não foi pequeno… mas... eu fico feliz que tenha feito."

Assim, ela pegou o copo da minha mão e foi na direção da cozinha, me deixando parado igual a um idiota, tentando entender o que ela tinha me dito. Acabei por decidir que eu tinha muito tempo pra pensar naquilo, mas não naquela hora.

Olhei pra onde agora o Drew e a Tonya já tinham conseguido pegar a Lizzy e jogaram ela na areia. Vi o sorriso que a sra. Jackson tinha falado e senti um sensação de paz ao confirmar que era sim por mim. Era o mesmo sorriso do nosso piquenique daquela manhã. Ela é minha…

Corri pra onde eles estavam e ajudei ela a levantar.

"Valeu. Achei que eles iam me enterrar viva." Sorri sacana e virei pro Drew e pra Tonya.

"Dois contra dois de novo? Mas agora vale quem vai arrumar as camas." Drew assentiu.

"Ok. Mas dessa vez a gente fica a favor do vento." Olhei pra Lizzy e suspirei.

"Vai ser mais difícil que a primeira." Ela assentiu e ajeitou o rabo de cavalo.

“Mas eu acho ótimo poder ficar a viagem toda sem arrumar minha cama.” Sorri descarado e deu a bola pra ela. “Mas, e ai? Eu ganhei a aposta?” Considerei e dei de ombros.

“Sim. Ganhou de lavada.” Ela gargalhou e eu me posicionei atrás da rede.

***


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Notas finais do capítulo

#lastchapter
Espero que tenham gostado da história até agora e podem ficar certos que eu vou continuar...
Minhas aulas começam literalmente amanhã. Sim. Quarta-feira. Meus professores são loucos. Já me acostumei.
O ponto é que com matéria pra estudar e tendo que trabalhar, meu tempo de escrever se resume a fds e dentro do ônibus. ^.^
Mas não se preocupem. Logo a 3ª Temporada estará aí!
Até a próxima. ;)
P.S.: quem quiser me adicionar nos favoritos pra ser notificado quando eu postar, pode ser... ^.^



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