Bianca havia chegado bem cedo na casa de Hellen.

-Muito bem Hellen pode ir explicando e para de enrolar.

-Eu só queria ficar um pouco sozinha- Hellen não estava muito afim de lembrar sua burrice.

-Não senhora, você só fica assim quando está muito triste ou magoada, agora fala – bia nunca abria brechas, sempre ia até o fim, ou Hellen contava ou seria perturbada por bastante tempo.

-Eu briguei com um amigo, só isso.

-Quem?

-Você não vai se lembrar dele, foi só uma discussãozinha.

-A não Hellen, qual é, sou sua amiga.

-Tá- Hellen contou todo o acontecimento desde a primeira vez que se despediu de Noah até a segunda.

-Amiga, não acredito. O que você tá fazendo aqui parada que não fio atrás dele?

-Não posso bia.

-Claro que pode, olha me dá aquele papel que eu vou colocar o endereço dele.

Depois que Bianca lhe passou o endereço foi embora. Hellen encarou o endereço de Noah em suas mãos, e se fosse lá só para dar um oi e pedir desculpas por ter sido chata e, não, nem pensar. Ela pegou a papel jogou na bolsa em cima do sofá e foi deitar. Talvez depois, primeiro tinha que saber o que falaria.

Hellen passou dois dias pensando em como seria rever Noah, agora estava em um aeroporto se despedindo do avô que iria viajar pra ver o casamento da bisneta.

-Vou sentir sua falta vovô, tem mesmo que ficar um mês inteiro lá?- Hellen não queria ficar só.

-Eu vou voltar minha filha.

-Promete que vai se cuidar vovô

-Eu vou querida, te aviso quando chegar tá.

-Vou te ligar todos os dias, boa viagem.

Na volta para casa Hellen se lembrou do endereço na sua bolsa. Ela mostrou ao taxista para leva-la e sentiu um frio na espinha, agora ia agir era tudo ou nada. Um medo passou pela sua cabeça, e se ele tivesse com outra? O que faria, não se ele tinha perdido tempo com o que fizera para chamar a atenção dela então não a trocaria tão facilmente, trocaria? Agora já estava na frente do pequeno apartamento. E se fosse embora, era melhor ir. Mas não se conteve e bateu na porta.