–Pai, não !

–Filha nós temos que nos mudar. Não temos escolha.

–Pai eu não quero me mudar. - essa discussão já tem levado dias de acontecimento, e eu não consegui ainda convencer meu pai de não nos mudarmos-

–Mas devemos, depois da .... da...

–Morte de Carolina - eu disse completando a frase de me pai-

De repente cenas do último verão retornaram em minha memória.

"Eu estava deitada na minha cama ouvindo música e submersa em pensamentos.Quando um grito estridente veio como uma mão e me trouxe de volta para a realidade.

Curiosa para saber oque estava acontecendo desci até o quarto de Carolina -minha irmã- que era onde o grito se originara.

Quando entrei em seu quarto, encontrei Carol caída no chão ... morta à facadas.

Seu quarto estava ensanguentado, assim como ela.

Eu chorava frenéticamente e nem percebi a presença de meus pais no quarto de Carol.

Em sua mão tinha um bilhete e meu nome saltava dele como se estivesse em 3 dimensões.

O bilhete dizia:

"Leah, eu sinto muito pela sua irmã...Queria só avisar. Uma já foi e você é a próxima."

A lembrança quase me fez chorar.Meu pai percebeu.

–Isso mesmo querida, não vou deixar que esse psicopata retire mais uma princesa minha - disse ele em um tom confiante, que era muito engraçado- Agora, suba e faça suas malas.

–PAI, NÃÃÃÃO.

–Lê, sua mãe precisa de ajuda psiquiátrica, e nessa cidade em que iremos morar ela terá essa ajuda.

–Ah pai .... Não.

– Princesa, faça isso por sua mãe.

Eu sabia que não adiantava nada essa discussão nós iamos nos mudar e pronto, mas meu orgulho era maior.

–Ok,senhor Peter eu me mudo. - eu disse por fim. Derrotada-

Ele deu um brado de vitória fazendo uma careta muito estranha.

Mas havia uma coisa, desde que Carol morreu eu não vou até meu quarto,pois, tenho que passar pelo o da Carolina oque me deixa com medo.

Todos esses meses eu dormi no quarto de hóspedes.

Como eu iria arrumar minhas coisas ?

Eu ia ter que subir até lá ?