Science and Faith escrita por Minki
Notas iniciais do capítulo
Eu sei q sou uma dongsang meio evil, como aqueles maknaes das bandas coreanas q naum respeitam os mais velhos, mas como tbm sou uma fofura(sim, eu sou u_u) dedico a vc, emilly-shi,essa one-shot com todo o meu ♥
Tentei desmontar o amor à uma ciência
Em um ato de pura rebeldia
Eu quebrei o coração dela.
Uma garota de cabelos dourados fitava o pôr do sol sentada em uma pedra, admirando o reflexo dele no lago.
Nas pontas de seu cabelo, havia mechas laranja e o garoto não entendia o porquê. Laranja era uma cor feia.
Por trás de uma árvore ele a espiava, Lysander Scamander, a garota mais esquisita do colégio. Seu irmão gêmeo também era bem esquisito, mas os dois agiam de modo bem oposto.
Lorcan Scamander nunca parara para ver o pôr do sol.
E todo dia ela estava lá.
Albus Potter não entendia o motivo. O pôr do sol era bonito, porém era sempre o mesmo, não era nenhum pouco especial depois de muitas vezes visto.
Decidiu por fim se afastar.
Cautelosamente.
Mas a garota o ouviu.
– Olá – ela saudou sem virar o rosto – Quer um? – ofereceu um saco de feijãozinhos de todos os sabores.
– Não – negou confuso – Obrigado.
– Gosta de ver o pôr do sol? – perguntou.
– Um pouco. – respondeu sentando-se ao lado dela.
Foi assim que começaram a ser amigos.
-x-x-x-
Seus olhos verdes relutavam em se manterem abertos. Albus assistia a uma aula de História da Magia quando percebeu um papel dobrado cair em cima de sua banca, desdobrou-o e em uma caligrafia elegante, leu:
“Nos vemos na Torre de Astronomia depois do jantar?”
Olhou para trás e seus olhos se encontraram com os azuis sonhadores. Lysander fez um discreto aceno e Albus não pode deixar de sorrir. Rapidamente ela parecia roubar um lugar em seu coração, sem nem ele mesmo notar.
E enquanto olhavam para as estrelas naquela noite, ele finalmente perguntou:
– Por que pintou o seu cabelo com mechas laranja? – aquela cor era realmente estranha.
– Porque me faz lembrar o pôr do sol. – falou tranquilamente com sua voz infantil.
– E por que gosta tanto dele? – questionou de volta.
– Pelo mesmo motivo que os Ypires gostam das flores. – respondeu fazendo-o a encarar confuso.
– O que são... Yphires? – indagou.
– Ypires – corrigiu – São criaturas bem pequenas que vivem nos jardins. E quando não estão trabalhando, ficam admirando as flores.
– Que eu saiba eles não existem. – disse Albus com cenho franzido.
Lysander fitou-o magoada.
– É claro que existem! – exclamou – Não tem como provar o contrário.
– Nem você a existência deles. – retorquiu.
Se pudesse voltar no tempo, nunca teria dito essas palavras.
A garota saiu correndo.
-x-x-x-
Havia uma coisa que compreendera tarde demais sobre Lysander Scamander. Ela possuía um pequeno mundo imaginário por um motivo.
Os pés dela faziam força em suas pontas para ajudá-la a ficar mais alta, mas não era o suficiente.
Albus a observava sem que esta o notasse, ela parecia querer pegar um casaco de cima do topo de um armário. Ele não sabia o que fazia aquela peça lá em cima, nem porque ela não usava a varinha para pegá-lo.
O garoto fez o feitiço convocatório em silêncio e o casaco veio até ela. Surpresa, virou-se para trás para ver quem a ajudou, no entanto não havia ninguém.
Trajando uma capa da invisibilidade, ele continuou a acompanhá-la.
Albus descobriu que havia pessoas bastante más em Hogwarts.
Uma lágrima escapou dos olhos da garota no final da noite, quando finalmente achara sua varinha.
Foi a primeira vez que a vira chorando.
-x-x-x-
Foi à vez dela de receber um papel bem dobrado.
Ele se perguntava se era tarde demais para ela perdoá-lo.
Os olhos cansados capturaram os verdes por alguns segundos, para logo depois ela os desviar para dar um suspiro e logo após um bocejo. Com um sorriso mínimo no canto dos lábios, Albus a observou por toda a aula.
De vez ou outra seus olhos voltavam a se encontrar fazendo-a corar.
As palavras do garoto não saiam da sua mente. Quatro palavras estavam escritas: “Queria conversar com você”. Finalmente rasgou um pedaço de pergaminho e escreveu uma resposta.
Era quase o fim da aula quando ela mandou o bilhete para Albus. Seu sorriso ampliou-se diante das palavras:
“Você sabe onde me encontrar.”
-x-x-x-
E lá estava novamente o pôr do sol.
E lá estava novamente ela.
Ele aproximou-se sem se importar em fazer barulho.
Havia um detalhe diferente nela, seus cabelos já não possuíam suas tão conhecidas mechas, fazendo o garoto assumir um semblante preocupado. Albus sentou-se ao lado de Lysander e ambos se entreolharam, desculpas já não eram necessárias.
O sol começava a desaparecer no horizonte, foi nesse momento que Albus quebrou o silêncio.
– Por qual motivo os Ypires gostam de ver as flores? – a pergunta surpreendeu-a.
Lysander parou para pensar por alguns segundos até finalmente dizer:
– Porque mesmo quando ninguém ligava para a existência deles, - explicou – ao estarem sozinhos, as flores eram a única beleza em seu reino, o meio de ter uma esperança quando não restar nenhum.
Recordava-se da comparação que a garota tinha feito com eles e ela própria, e aquilo o pegara desprevenido.
– Você se sente sozinha? – questionou franzindo o cenho e a fitando.
– Só até o dia que veio até a mim – respondeu ainda sem olhá-lo, não podia ver o sorriso se formando no canto dos lábios de Potter – Acho que o pôr do sol deixou de ser importante desde então.
Um estranho acelerar nas batidas de seu coração e Albus de repente não sabia o que dizer, sua cabeça parecia em branco e ao mesmo tempo carregada de muitas coisas. Entreabriu os lábios sem desviar o olhar do rosto da garota.
E naquele momento havia apenas o pôr do sol, o som de seus batimentos e ela.
Os olhos azuis de repente capturaram os olhos verdes.
Ele não entendia o motivo para Lysander esconder dele as coisas que afligiam-lhe, mas quando olhou em seus olhos com determinação sabia que faria de tudo para protegê-la.
– Eu nunca entendi o motivo de você ter vindo naquele dia. – continuou a garota.
Albus percebera então que as palavras fugiam-lhe porque elas já não eram importante, tudo poderia se resumir a três palavras.
– Eu gosto de você. – e aquela era a única verdade, desde o começo quando se pegava observando-a no jardim, ao final da tarde. Lysander o fitou surpresa parecia prestes a dizer algo, porém o garoto foi mais rápido e a calou com um beijo.
Seus lábios se moldaram aos dela num simples friccionar, acariciando-lhe o rosto timidamente. Talvez Albus nunca fosse acreditar em Ypires, no entanto aquilo já não importava também.
Quando o sol finalmente se fora dando lugar as estrelas, apenas o entrelaçar de seus dedos era tudo o que importava.
Você não vai encontrar fé ou esperança no fim de um telescópio
Você não vai encontrar alma e coração nas estrelas
Você pode desmontar tudo à química
Mas você não pode explicar um amor como o nosso
Ooohhhh
É a maneira como nos sentimos, sim, isso é real.
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