Assunto De Investigadoras escrita por Kaah_CSR


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, gente ;)



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    Estava quase na hora do duelo. Laura e Sara se esgueiravam silenciosamente pelos corredores do LVPD, torcendo para que ninguém passasse por ali e as pegasse no flagra. Elas foram até a sala de evidências, onde a coleção de espadas estava sendo analisada. Pela lógica da “nova” Sara, duas espadas a menos não faria diferença; por isso, pegou uma espada e jogou outra para Laura, que apenas balançou a cabeça para a loucura de Sara.

    Voltaram pelo mesmo caminho, fingindo que não estavam fazendo nada demais.

    - Sara? Laura? Aonde vocês vão com essas espadas?

    - Hã... Sala de evidências.

    Silêncio. Brass ergueu uma sobrancelha.

    - Mas a sala é para lá – ele apontou para o outro caminho.

    - Sim, sim. Nós queremos falar com Grissom antes.

    - Ele está de folga.

    - Ecklie, então.

    - Está em reunião com o prefeito.

    - Talvez...

    - Pare de mentir, Sara.

    A morena suspirou.

    - Tudo bem. Eu vou lutar com Vartann em um duelo até a morte para reconquistar a Catherine.

    Laura arregalou os olhos e torceu para que Brass não as impedisse.

    Mas ao contrário, o detetive se aproximou e abraçou Sara.

    - Essa é minha garota. – Ele se afastou e sorriu. – Boa sorte.

    Sara assentiu devagar... Não acreditando na sorte que teve.

    As duas dispararam pelo laboratório e ao sair, Sara gritou “yah!” e seu falcão pousou no seu ombro direito.

    - Nossa, andou ensinando uns truquezinhos, é? – Disse Sofia, ironicamente.

    - É... Quer ver outro? – Sofia assentiu. Sara impulsionou o falcão na direção da loira e como um bom amigo ele voou e depositou uma grande quantidade de excremento nos cabelos suaves e brilhantes de Sofia.

    Sara riu alto e saiu correndo, com Laura logo atrás. Mesmo afastadas dali, ainda era possível ouvir os gritos de Sofia e as risadas de Jim Brass.

* - * - * - * - * - * - * - *

    Sara chegou na clareira pouco antes no meio-dia e aproveitou que Vartann ainda não estava ali para sentar e se concentrar. Não seria um duelo de gigantes, tinha quase certeza de que levaria a melhor. Não que fizesse muita diferença. Catherine nunca a aceitaria de volta.

    - Sara... – disse uma ofegante Laura. – Você corre bem... Está pronta?

    A morena ficou em pé e o falcão pousou em seu ombro novamente. Laura ficou admirada com a conexão dos dois.

    - Ele está pronto. E eu também.

    Um minuto depois, Vartann, Warrick e Hodges saíram por trás das árvores. Vartann estava vestindo um terno preto, tinha um sorriso arrogante no rosto, que aumentou ainda mais ao ver a ave.

    - O que é isso? Seu bichinho de estimação?

    Sara apenas o encarou, séria.

    - É um matador.

    Ele deu de ombros.

    - Bom, eu estou aqui. O que vamos fazer? Lutar? – Ele tirou o paletó e curvou os braços na frente do corpo, teatralmente. – Sei lutar judô, sumô, luta livre... Só escolher.

    Sara jogou uma espada para ele.

    - Ah... Entendi. Uma luta de cavalheiros – Vartann estufou o peito e fez cara de herói. – Tive aulas de esgrima quando criança. Vai ser moleza.

    - Idiota – murmurou Sara, sorrindo. E o duelo começou.

    - Tome cuidado – sussurrou Laura.

    Sara atacou com movimentos rápidos, sem dar chance para Vartann se defender direito. Antes mesmo que ele percebesse, ela conseguiu abrir um corte profundo no braço direito dele.

    - Falam suas apostas amigos! – Disse Vartann, tentando fingir que não estava apavorado.

    - Isso é pelo meu amor! – Disse Sara quando as lâminas se chocaram.

    - Está falando de Cath? Cai na real. Ela te odeia, mas não tem coragem de dizer.

    Vartann avançou e sua espada desceu em um arco na direção de Sara, que bloqueou o golpe facilmente.

    - Ela me ama – retrucou ela e o empurrou para trás.

    - Fica quieta, Sara. Catherine é minha noiva e em breve será minha esposa. E aí – ele puxou Sara para perto, seus narizes quase se tocando. – Você não passará de uma triste lembrança.

    Com a raiva possuindo todo seu corpo, Sara deu um soco no queixo de Vartann e deu uma rasteira logo em seguida. Ele ficou imóvel e começou a suar frio quando ela deslizou a lâmina pelo corpo dele, descendo pelo peito até chegar no ventre...

    - Desista dela. Agora.

    - Sara, chega! – Gritou Laura. Sara a ignorou.

    - Diga que desiste – insistiu, pressionando a barriga dele com a espada.

    - Vá se ferrar.

    Sorrindo malignamente, Sara cravou a espada na barriga de Vartann com um grito e ele respondeu gritando de dor.

    - Sara, olha o que você fez! – Exclamou Warrick ao seu aproximar de seu amigo. Ele tirou sua camisa e pressionou contra a barriga de Vartann.

    Então as vozes se misturaram na cabeça de Sara e o mundo começou a rodar. Ela fechou os olhos e respirou fundo. Adrenalina, somente adrenalina. Quando abriu os olhos viu Laura a encarando, chocada.

    - Você... Você quase matou...

    - Está feito. Está tudo feito.

    - Do que você...

    E enquanto viu Sara correr, Laura de repente se deu conta. O pássaro, o baile, o duelo... Estava tudo feito. E Sara só podia estar pretendendo fazer uma coisa...

    Sem pensar duas vezes, correu atrás dela.

* - * - * - * - * - * - * - *

    Catherine e as outras investigadoras estavam conversando animadamente na sala de convivência enquanto Grissom tomava seu café e parecia perdido no meio da conversa das mulheres. Todos se sobressaltaram quando Laura entrou correndo na sala, ofegante e parecendo quase histérica. Alguns se levantaram preocupados e quando Catherine trocou um olhar com Laura, sabia exatamente o que estava errado.

    Catherine não pode fazer outra coisa senão segurar a mulher que se jogara em seus braços.

    - Por favor, não... Não me diz que a Sara...

    - Ainda não – disse Laura, soluçando baixinho. – Mas temos que fazer alguma coisa...

    - Mas...

    - Ela vai se matar, Catherine! Aí está a grande prova de amor. Ela te ama a ponto de se matar por não aguentar viver em um mundo sem você. Você é o mundo dela. Como você pode ser tão idiota?

    Catherine engoliu em seco e disparou pelos corredores, deixando Laura para trás. Estava quase desmaiando de preocupação quando alguém apontou para cima. Os investigadores acompanharam o voo do falcão e exclamaram um alto “oh!” ao ver Sara parada no topo do edifício.

    - SARA! – Gritou Catherine. – Sara, por favor...

    - Farei uma cabana de salgueiro em seu portão, e meu espírito entrará em sua morada... – recitou Sara e mesmo estando longe, Catherine conseguiu ouvi-la com seu coração. E a loira, desesperada, saiu correndo dali.

    Laura caiu de joelhos, desamparada. Vendo todo seu mundo ruir. Desde que chegara em Las Vegas, com o coração partido por causa dos pais, achava que não iria se recuperar. Seguia em frente por Sara, sabendo que no dia seguinte iria vê-la e seguiu em frente ao ver que ela precisava de sua ajuda. Tudo não poderia acabar assim, simplesmente não poderia...

    O tempo parecia ter parado. Grissom fechou os olhos, não querendo ver a cena que estava prestes a acontecer. O queixo de Nick tremia, sentiu um nó na garganta ao ver a mulher que considerava sua irmã prestes a largar tudo, a desistir.

    - Lanço-me para dentro da casa secreta – sussurrou a morena e de repente, não viu mais nada.

    - Nããããããooooo!

    Sara abriu os braços e recebeu com prazer o vento contra seu corpo. Sentiu que poderia voar, voar para bem longe daquele mundo de dor. Suspirou uma última vez e deu um passo a frente....

  


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Notas finais do capítulo

E agora, gente? A Sara desiste ou não desiste? Deem sua opinião ;) bjs



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