Sermão

Palavras tatuadas em meu peito

Com os espinhos das rosas negras

Plantadas em meu jardim

Evocam em minha memória

O sermão vazio e rude

Que você fez pra mim

As barras do meu vestido

Estão molhadas pela chuva que caiu

E minhas mãos estão manchadas

Com o sangue do meu peito que você partiu...

(Por Suzana Leifer)

Contexto: Lembro-me do dia em que escrevi esta poesia... Era uma noite abafada de verão, passava das 21h. Havia chovido o dia todo, as ruas estavam cobertas por um espelho D'água. Eu estava no meio de uma aula da faculdade, cansada, pois havia passado o dia inteiro fora de casa, estudando. Eu já não tinha mais capacidade mental para continuar prestando atenção aos conteúdos monótonos que estavam sendo abordados e imaginava meu retorno para casa, praguejando porque sabia que iria molhar meus sapatos e meu vestido.

Foi nesse momento que 2 dos versos deste poema surgiram na minha cabeça:

"As barras do meu vestido

Estão molhadas pela chuva que caiu"

A partir daí imaginei uma cena e escrevi a poesia. Espero que gostem e aguardo seus comentários!