Batalha dos Sobrehumanos escrita por Veneficae, lols


Capítulo 11
A morte é engraçada




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P.O.V Demetria.

O que posso dizer? Estava divertido até tudo aquilo. Na verdade, estava ainda mais divertido porque eu sentia que logo, algum deles iria pedir minha ajuda e, realmente, eu esperava por isso.

O por quê? Ora essa, não é sempre que vemos pessoas imitando tigres, pedindo ajuda, se sentindo ridículas. Na verdade essa era a minha ideia.

Enfim, não importa o que eu estou fazendo nesse momento. Voltem suas benditas atenções para os jogadores.

P.O.V Narrador.

Todos puderam ouvir a voz de Demetria ecoando pelo microfone que ela usava.

- Meus caros amiguinhos com nomes sem graças, quero dizer a vocês que, partir de agora coisas estranhas podem acontecer. Então, como estou meio irritada por vocês não estarem fazendo nada de interessante, lhes dou um aviso: As plantas estão tão irritadas quanto eu, então....

Sua voz sumiu e ficou calada. Rapidamente os participantes começaram a correr desesperadamente para qualquer bendito lugar que pensassem que poderia vir a ser o centro do labirinto. Mal sabiam eles...

Katherine nem se importou com o fato de estar fingindo dor nos tornozelos. Assim que ouviu o aviso de Demie, saiu em disparada, como se sua vida depende-se disso.

 Andrew nem se incomodou em apresentar-se para James, que parecia ser um cara estranho demais e calado demais.

Lily também corria, e muito. Na verdade, ela ainda se perguntava o porquê Roiz a havia ajudado.

A imagem de Demie apareceu mais uma vez para eles, e ela estava totalmente sorridente.

- Uma das equipes está próxima ao destino... Continue correndo do lado certo, Kevin. – ela disse e desapareceu com a mesma velocidade que havia aparecido.

Assim que ouviu o que Andrew estava perto, Katherine correu para mais perto dele. Deu um sorriso realmente encantador para o garoto e sussurrou.

- Não é nada pessoal, eu só quero ganhar. – e o empurrou sem dó nem piedade. E pensar que ela tinha um rostinho de anjo.

Não tão anjo quanto o novo recruta dos Espartas. As garotas trocavam olhares com ele. Violet, com admiração pela beleza. Mary Jo, com raiva por ele estar de olho em Violet e não nela.

Todos estavam em movimentos, na verdade nem sabiam bem o porque, mas desconfiavam que Demie começasse a fazer tudo ao redor deles os atacarem. E era exatamente o que ela tinha em mente, e era o que ela fazia. Mas, na verdade, ela não fazia as plantas atacarem ninguém, só se enroscarem por alguns segundos e depois se soltarem.

Isso parece inofensivo, não é mesmo?

Se não fosse o fato de que as plantas deixavam grandes hematomas da cor amarela onde tocava os participantes que, assim que perceberam, começaram a ficar despertados. A única que não estava tão desesperada com o assunto era Katherine. Ela podia atravessar as coisas, não?

O grupo Suíça conseguiu chegar a uma grande clareira, onde se encontrava Demie. Ela havia trocado de roupa. Estava com uma vestimenta verde brilhante, os cabelos em um penteado cheio. Poderia estar bonita, até, se não fosse o fato das plantas estarem enroscadas nela, como se fossem feitas dela. O que era um tanto quanto estranho.

Ela ria histericamente para todos ali presentes. Ergueu o microfone.

- E aqui chegarem eles! Finalmente, finalmente!- gritou ela, e pode-se ouvir vários aplausos fantasmas.

- Muito bem, então aqui está a pequena prova de vocês. Deverá descobrir qual é o verdadeiro cilindro. Aquele que pode salvar a vida de vocês e os libertar disso tudo! Realmente incrível, não?

Eles pareciam exasperados.

- Ah, mas devo lembrar a vocês que são vários cilindros. E apenas dois possuem a verdade. O restante pode mata-los. – avisou Demie, tranquilamente.

Os integrantes da Suíça se olharam, exasperados, enquanto Demie sorria como se fosse uma criança. Seus cabelos ficaram cor-de-rosa.

Sant’Anna olhou para ela.

- Você não pode nos ajudar? – perguntou.

- Infelizmente não, minha querida Madonna. Só posso ajuda-los quando estão em perigo. No meio de uma grande prova, onde devem usar a logica, não posso ajuda-los.  – respondeu Demie.

- Meu nome é Sant’Anna. – resmungou a garota, mas Demie deu de ombros.

Eles olharam os cilindros. Eram tantos...

E tinham que usar a logica, o que parecia ser bem difícil.

Leram um aviso que continha na mesa...

A morte o aguarda à frente, sua vida ficou atrás,
Duas de nós o ajudaremos no que quer encontrar,
Uma das sete o deixará prosseguir,
A outra quem beber curará a maldição,
Duas de nós conterão extrato do ferrão do escorpião,
Três de nós aguardam em fila para o matar,
Escolha, ou as plantas o trucidará,
E para ajudá-lo, lhe damos quarto pistas:
Primeira - por mais dissimulado que esteja o veneno,
Você sempre encontrará um à esquerda do extrato do ferrão do escorpião;
Segunda - são diferentes as garrafas de cada lado,
Mas se você quiser avançar nenhuma é sua amiga;
Terceira - é visível que temos tamanhos diferentes,
Nem anã nem giganta leva a morte no bojo;
Quarta - a segunda à esquerda e a segunda à direita
São gêmeas ao paladar, embora diferentes à vista.

(enigma do Pottermore modificado)

P.O.V Sant’Anna.

Certo, aquilo iria mesmo fazer meus neurônios queimarem. Demie sorria de uma forma nada amigável, mas tentei não pensar nisso.

Foi quando uma ideia louca veio em minha cabeça.

Só poderia ser o cilindro do meio! Ora, estava tão na cara!

Dei um passo para lá e peguei o cilindro, abri-o e virei o conteúdo em minha boca.

Tudo em mim começou a congelar e, depois, um fogo dilacerante tomou conta de meus membros...

Droga! Seria veneno ou extrato do ferrão de escorpião?

Espere, mas qual era a diferença? Os dois matam!

P.O.V Narradora.

Todos já estavam no local, mas só os participantes da Suíça conseguiram ficar no palco, o restante era impedido por alguma coisa. Alguma proteção que, com toda certeza, era obra de Demie.

Os campeões observaram, aterrorizados, quando Sant’Anna caiu no chão. James correu para junto dela.

- Oh Céus, ela está... ela está...

- Sem qualquer sorte, né não, meu amor? – perguntou Demie, rindo. Sant’Anna jazia sem qualquer sinal de batimentos cardíacos.

Os participantes ainda estavam parados, atordoados por ver a menina morta.

- Ora essa! Se vocês não acabarem logo com isso, presumo que terei que aumentar a pressão do ar aqui e todos vocês irão morrer. – disse Demie, fazendo um biquinho de brava.

Eles piscaram e logo, Andrew, Katherine e James voltaram suas atenções para a mesa. Demie era louca. Quem garantia eles tinham de que todos ali não eram veneno?

P.O.V Andrew

Certo, certo. A garota estava morta e a infeliz da Demie continuava a sorrir, como se não pudesse fazer nada. Sem dizer que ainda ficava fazendo chantagem contra a gente. Essa maldita...

Fiquei pensando, matutando comigo mesmo e tentando raciocinar. Foi quando eu pensei. Sant’Anna não fez o que era pedido, de acordo com o aviso. Isso significava que aquele era o veneno e o que estávamos procurando era...

Katherine deve ter percebido que eu tinha pensado nisso, porque também se mexeu no mesmo momento em que eu me encaminhava para onde estava o pequeno cilindro.

- Não tão rápido!- avisei para ela.

- Ah, Andrew, Andrew... realmente, se esqueceu que isso tudo não é pessoal? Eu quero ganhar!

-Também quero ganhar essa batalha, Katherine.

Ela sorriu e aquilo me deixou com raiva. Nos olhamos por uns segundos mais e estávamos prestes a correr para o cilindro, até que outra pessoa apareceu ali.

- Gente, estou com uma sede de matar!- disse Demie. E ela pegou o bendito cilindro que continha a cura e o tomou.

- Demetria, sua... coisa! – gritou alguém para ela.

P.O.V narradora

- Demetria, sua... coisa! –gritou Kiri.

No mesmo momento, o rosto de Demie ficou apavorado e logo ela começou a se engasgar.

- Ela tomou o veneno? – perguntou Lily, olhando incrédula para a cena.

- Duvido muito, acho que ela está mentindo, com toda certeza. – resmungou Ramirez.

Mas a cúpula toda começou a fazer chiados e as plantas pareciam que estava murchando lentamente enquanto Demie engasgava e lagrimas escorriam de seus olhos.

- Oh céus, acho que ela realmente tomou o veneno! – gritou Violet, correndo para ajudar Demie, que engasgava e tossia ruidosamente.

- Demetria, você está bem? – perguntou Andrew, inseguro e com medo de que outra pessoa morresse ali, na cara deles.

Foi quando Demie começou a rir sem parar.

Todos olharam incrédulos para ela, e depois com raiva.

- Você mentiu para nós? – perguntou Violet, irritada.

- Sim... e vocês... Realmente... Ai meu bom Deus!... Meus rins estão doendo de tanto rir! – disse ela, rindo histericamente enquanto lágrimas escorriam de seus olhos.

- Realmente, Demetria! – disse Andrew, olhando para a bendita que ainda ria. As plantas voltaram ao normal.

- Chega de dar ataque, Kevin. A questão é que acabou o desafio. Estou dispensando vocês, por ora. – disse ela, fazendo um movimento estranho com as mãos e assim, as plantas começaram a puxar todos os presentes...

Antes de sair, piscou para Andrew - cumplicidade.

P.O.V Demie


- Não concordo. Você tirou o Anjo do Inverno desse jogo só por inveja da beleza dele, sei disso. Aliás, você ainda quer fazer isso com eles, Roiz? – perguntei para ele, enquanto observávamos os participantes na pequenina sala.

- Sim, é divertido!- respondeu-me Roiz.

Revirei os olhos para ele.

- Acho até maldade tudo isso. – resmunguei.

 - Olha quem fala!

- Shiiii... quero ver qual vai ser a reação de Kevin.

- O nome dele é Andrew.

- Que seja!

 P.O.V Andrew


Eu não sabia onde estava, muito menos o que fazer. Imagens de Sant’Anna caindo morta passava pela minha cabeça. Eu olhava para todos presentes, mas não conseguia ver seus rostos, nem mesmo o de Lily.

Foi quando senti um tipo de... presença. E depois, o mais leve sussurro fantasmagórico.

-Andrew, me ajude!- implorou uma voz invisível, baixinho em meu ouvido. Meu coração disparou. Aquela voz era a de Sant’Anna.

Narrador P.O.V

- Mamãe, ela morreu? - perguntou a criança, apontando para a TV.

- Não, querido. Ninguém morre no primeiro jogo, só temporariamente. Tenho certeza de que o Porta-Voz vai fazer alguma coisa. Agora vai dormir, está tarde.


- Anjo do Inverno, Luca Torch, você esperará perto da cura no segundo jogo. Ajudará quem conseguir chegar até o final, mas se interferir antes disso... vou fazer-lhe suplicar para que eu te mate.

- Sim, Roiz.

- E mais uma coisa: fique de olho em Ramirez, não confio naquele Kirigaya.

- Claro, faço tudo pelo meu melhor amigo.

- Obrigado. - Roiz abraça Luca. - Você é o único quem me entende e posso confiar.

- Mas e a Demie.

- Não me fale nela, Luca. - Roiz abaixou os olhos.

- Você ainda a ama... depois de tudo o que fez com ela?

- Eu precisava.

- Pensei que amasse o poder.

- Os dois, mas Demie e Poder são incomparáveis. Mas a amo sim, com todo o 100% do meu cérebro.

Luca tosse, tentando desviar o assunto.

- Éh... irmão?

- Fala.

- Posso ficar com a Violet?

- Pensei que escolheria Mariana Joanne ou a Katerine.

Luca se sente ofendido e não tem piedade ao responder.

- Eu me apaixono pelo coração, não pelo que elas podem fazer com seus poderes, irmão hipócrita. - e sai da Câmera Central.

Lexi Roiz Torch suspira, sentando numa cadeira e pegando um relógio dourado de bolso antigo. Quando o abre vê uma foto de uma garota de cabelo castanho claro, meio enrolados, branca, bochechas rosadas, alta, olhos chocolate, na média dos 19 anos de idade e vestindo o uniforme de Catastrítio. Esta beija a bochecha de Roiz na foto, o apertando com doçura.

No fim da foto, escrito:

"É difícil amar aqueles que não estimamos, mas é mais difícil ainda amar aqueles que estimamos mais do que a nós mesmos."

De seu Lexi para D.,

Não me devolva se um dia brigarmos.


- Mas ela devolveu. - suspira.


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Notas finais do capítulo

Da I.E. e eu, Vene!