Já era quase três da tarde quando a festa acabou, graças a um certo áugure estraga-prazeres.

                - A festa acabou! Vão embora e de preferência morram. – desdenhou Octavian.

                Reyna rolou os olhos. O maldito legado de Apolo não dava desconto. Suspirou e, evitando o choro despediu-se dos seis da profecia, deixando para o sétimo (vulgo Leo) uma despedida maior.

                Todos já subiam no navio, enquanto acenavam para a multidão, que se dividia em gritos de boa sorte e lágrimas.

                Reyna não suportava ver Leo indo embora. Demorara tanto tempo para encontra-lo e agora o perdera com uma rapidez tão grande.

                Caminhava taciturna pelo acampamento enquanto ouvia o barulho estrondoso do navio voador. Uma lágrima caiu de seus olhos. O barulho parou. Seu corpo estremeceu e seu coração se apertou. Leo definitivamente partira e ela nem ao menos tivera tempo de fazer tudo que queria. Aproveitar cada segundo, saborear cada beijo, sorrir a cada besteira e escrever seus nomes em cada árvore que passavam. Sabia que com certeza sentiria falta de ser envolvida por braços fortes e quentes, de ser acordada seis da manhã, de ver cada esforço que ele fazia para vê-la feliz.

                Sentou-se num banco na praça ainda vazia, enquanto aos poucos o céu dava início ao crepúsculo. Uma chuva morna caía deliberadamente na tarde quente.

                - Excelente. – ela ironizou sem se importar em se molhar.

                Passou a mão na nuca e sentiu o cordão, lembrando-se do pedido de Leo. Tirou-o do pescoço e abriu um pingente, que liberou uma enorme luz.

                Reyna fechou os olhos e os abriu aos poucos. O pingente de coração se dividia em duas metades, cada uma com uma tela. Pensou no dia em que beijara Leo pela primeira vez. Automaticamente as telas reproduziram a cena, com uma esplendorosa riqueza de detalhes.

                - Eu te amo tanto Valdez, mais do que eu poderia pensar. – ela murmurou.

                - Eu também Reyna, a diferença é que eu te amo tanto que nem posso pensar em mais nada. – replicou uma voz a poucos metros de distância.

                Reyna se virou e sorriu ao ver um sorriso familiar a encarando.

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Bom, esse é o último. Para não perder o costume, mais umas Leyna.

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XOXO