No outro dia, ela me evita e só fala comigo sobre o caso, aquilo foi estranho não só para mim, mas eu não podia deixar como estava vou ate a sala dela ela estava sozinha e a sala estava toda fechada, mas entrei assim mesmo. Eu bato e abro a porta e ate a luz estava apagada somente uma luminária estava acesa sobre a mesa dela.

– acabou a luz da sua sala?

– não, estou com dor de cabeça. – eu fecho a porta e me sento de frente para ela.

– como vai o ferimento? – ela pergunta, voltando a olhar seus papeis.

– bem melhor, já ate consigo mexer a mão. – eu levanto a mão e mexo para ela ver. – e nem dói tanto como ontem.

– bom. – ela diz e sorri para mim, aquele sorriso tinha uma verdade que faria uma pessoa com câncer pular de alegria, Catherine era assim muito verdadeira, se ela achava aquilo certo certamente era o que ela faria. Eu sempre a admirei, mas agora parecia diferente, eu a estava admirando como mulher. Cath era uma pessoa que valia a pena fazer sorrir.

– Catherine, sobre ontem... – eu tento falar, mas parecia ter uma faca na minha garganta.

– Nicky, nós não precisamos falar sobre isso, nós podemos apenas esquecer.

– mas e se eu não quiser esquecer? – ela abre a boca para falar alguma coisa, mas nada sai.

– veja como terminou com Warrick, isso nunca dá certo.

– nós podemos tentar.

– é muita coisa em jogo, aquele beijo foi por tudo que está acontecendo, eu não acho que teria acontecido se fosse outra ocasião.

– não acha que eu me sinto mal pelo Warrick? Ele era meu amigo e ele te amava, mas ele está morto. – ela fica em silencio, talvez minhas palavras tenham soado mais duras do que realmente deveriam. Ela permanece em silêncio eu iria a sacudir e gritar para ela dizer alguma coisa, mas não foi preciso.

– eu sei Nicky, não se trata apenas do Warrick. Por que agora?

– por que isso não tem hora, você é uma mulher atraente e eu nunca tentei nada por que não queria estragar nossa amizade;

– e você quer estragar ela agora?

– não, mas... – ela me corta.

– então vamos esquecer isso.

– eu não vou conseguir, não mais. – desabafo por fim, agora eu a queria, eu a amava. Ela se levanta eu me levanto também. Ela vai em direção a porta.

– por favor, Nick vai embora. – ela me diz e abre a porta, mas antes que ela possa abrir eu empurro a porta fechando de novo e pressionando meu corpo contra o dela. Eu tranco a porta. Ela me olha, em seu olhar havia receio, mas mais desejo que me fez continuar. Eu a beijo novamente lentamente, Catherine sempre foi uma mulher fogosa, mas eu queria ir devagar queria sentir cada parte do corpo dela, cada arrepio, cada suspiro, cada gemido. Eu a puxo pela cintura para mais perto de mim, ela geme dessa vez o gemido dela me fez querer continuar. As cortinas da sala dela estavam fechadas o que obviamente era bom, a luz ainda apagada. Começamos a caminhar pela sala, sem perder a suavidade, ela coloca sua mão por baixo da minha camisa e a levanta, dói um pouco a hora que ela tira, mas eu não me importo. A pressiono contra a mesa dela e me distancio um pouco. Nós dois queríamos parar, mas uma força parecia nos amarrar juntos. Eu a olho para ver o que ela queria, eu não iria pressioná-la.

– Cath...

– faça amor comigo Nicky. – ela me diz ao meu ouvido, me enlouquecendo, ela tinha uma voz triste, mas sexy. Eu engulo em seco e começo a abrir os botões da blusa dela lentamente, um por um. Ela apóia suas mãos sobre a mesa e apenas me observa. Eu retiro a blusa dela e beijo seu pescoço, sua pele era quente, quente como Catherine Willows. Abro o botão da calça jeans dela e ela geme. Ela tremia e por um momento eu achei que era errado e que eu a estava forçando, era a Catherine que eu estava beijando, que eu estava tocando, por um momento Warrick me vem à cabeça e eu ameaço me afastar, mas ela me puxa de volta.

– eu preciso de você, agora. – ela sussurra para mim, sua voz rouca, ela precisava e eu não iria negar. Ela desliza sua mão pelo meu peito e abre o zíper da minha calça. Eu puxo a calça dela para baixo e a coloco sentada em cima da mesa; jogando tudo que estava em cima da mesa no chão inclusive a luminária que fez um barulho um pouco alto ao cair e se apaga. A sala ficou mais escura. Desci a alça do sutiã dela deslizando sobre o braço dela, subi minha mão até o seio dela e ela gemeu um pouco mais alto. Volto a beijá-la numa tentativa de abafar os gemidos, fazia o estilo dela, gemer bastante, não que eu me importe, mas é que não era o melhor lugar para isso. Solto o fecho do sutiã dela e ela suspira. Abaixo minha calça e começamos a nos amar. Foi maravilhoso a sentir arrepiar onde eu a tocava, a sentir suspirar a cada vez que eu tocava seu corpo, a ouvir gemer meu nome enquanto seu corpo explodia em prazer, ver o suor escorrer por seu corpo. Ela arranha minhas costas e geme mais alto ainda, mas dessa vez eu não me importava se alguém iria ouvir, eu só me importava em dar prazer a ela. Catherine era única não tinha como não se apaixonar por ela. O jeito de falar de andar de sorrir e de fazer amor eram só dela, o jeito Catherine Willows de ser, o jeito pelo qual eu me apaixonei. Nos separamos e ela desce da mesa. Ela começa a colocar a roupa e eu faço o mesmo. Eu vejo que uma lagrima escorre e eu a puxo pelo braço para ela olhar para mim.

– Catherine, não chora não me faz me sentir pior do que eu já estou me sentindo.

– eu sempre estrago tudo, eu estraguei tudo com Warrick, vou estragar tudo com você também, isso não deveria ter acontecido.

– eu tenho certeza que o problema não é você!

– não, o problema sou eu sim, fui eu quem acabou de transar com meu amigo de mais de 12 anos no meu escritório, o problema tem que ser eu.

– não é você, você não transa sozinha. – eu digo e ela me força um sorriso. – vem cá vem! – eu a puxo e a abraço.

– o que acontece agora?

– agora? Não sei, vamos só ver o que acontece, melhor, vamos deixar acontecer, está bom? – ela acena com a cabeça para mim.

– eu só quero que você saiba que você é muito importante para mim e que eu nunca quero te machucar, e que eu te amo, eu não sei bem em que sentido agora, mas eu sei que eu te amo. – ela sorri e eu sorrio de volta.

– eu também. – dou um beijo bem demorado nela e me despeço. Vou para casa e agora é deixar acontecer.