13h15min – Konoha’s Grace

            Estou para entrar na sala de Cirurgia. Vou fazer um procedimento exploratório, para encontrar o corte que está causando a hemorragia, estancar e por fim tratar os possíveis hematomas com meu chakra. Observei o local em que teria que abrir, e inconscientemente olhei para o alto – mais precisamente, para a sala de observação, onde os internos podem acompanhar as operações – me enchi de ódio, mas logo tive que me acalmar, sabe por que? Simples! Os 11 estavam lá, me seguindo! Vou ter que dar logo um fora neles quando sair daqui! Mas vou dizer a frase que todos esperam, que sempre digo antes de operar!

- É um belo dia pra salvar vidas né? Lamina 15 – Comecei a abrir, e fique espantada. Tanto que todos perceberam.

- O que há Dra.? – Me perguntou Shizune, que estava auxiliando.

- Shizune venha até aqui do meu lado. – A chamei e ela prontamente obedeceu. Acho que ela não vai muito com minha cara, mas é uma ótima profissional.

- Bem ela está com muitos ferimentos e hematomas internos, já era pra ter falecido. – Expliquei.

- Entendo, e o que faremos? – Ela me perguntou incrédula com o estado da menina.

- Acho que encontrei a hemorragia, então segure o afastador enquanto suturo – Disse.

            Comecei a suturar e logo fiz um jutsu de regeneração, fiz as posições de mãos e passei o dedo indicador no ferimento que se curou instantaneamente. Ela já estava mais estável porem a Shizune me alertou:

- Os batimentos estão fracos!

- Não há mais nada a fazer, já controlei a perda de sangue e curei as feridas internas. Agora só depende dela! Shizune suture e faça um eletro pra ON-TEM! – Disse não, ordenei a ela.

            Sai da sala de operações, tirei apenas as luvas e a mascara e fui falar com os pais da May. Adivinhem... eles continuam me seguindo! E o sangue está me subindo a cabeça.

- Dra. Haruno! Como minha filha está?- Fui tirada dos meus devaneios pela mãe da May.

- Ela está bem! Na medida do possível bem! – Disse sorrindo pra eles.

- Como assim na medida do possível? – me perguntou inseguro o pai dela. 

- Olha, ela chegou aqui com muitos ferimentos e hematomas internos bem graves, mas consegui cura-los, o problema e que muito desses ferimentos afetaram o seu sistema circulatório, então pedi alguns exames para confirmar o estado dela. Se tudo correr bem em uma semana ela estará de pé! – Disse o diagnostico dela tranquilamente para não assusta-los.

- Então você salvou minha filha! Obrigada! – Disse a sua mãe com lágrimas nos olhos e logo em seguida me abraçou.

- Agradeça a sua filha, ela que não desistiu de viver – Disse correspondendo ao abraço.

- Seremos eternamente gratos a você! – Me disse o pai também me abraçando.

- Bem agora tenho que ir ver a filha de vocês! – Disse saindo da sala de traumas.

            Apesar deles não terem se ferido tanto quanto a May, ainda sim se machucaram feio, fui diretamente dar um fora ao povo que me seguia! Não agüento ser observada!

- Posso saber se vão me seguir pelo resto da vida? – Disparei bem irritada.

- Como você percebeu? – Me respondeu ironicamente o Uchiha.

- Como NÃO perceber 11 pessoas te seguindo até na sala de operação? Vão me seguir até quando eu for ao banheiro? – Disse BEM irritada.

- Quando você tratar a gente direito, paramos de te seguir! – Rebateu a Ino.

- Então preparem as suas perninhas, queridos! – Disse andando em direção a minha sala.

            Obviamente eles me seguiram, mas bati com força a porta da minha sala, me recostei nela e escorreguei por ela até o chão. Não me segurei, e as lágrimas começarão a rolar. Rolavam incessantemente, mas não fiz barulho algum, chorei silenciosamente.

Sasuke Pov’s

            Não consigo entender o porquê dela estar assim! E não sei se vamos conseguir muda-la de novo. Tsunade me chamou a ‘Terra’, se é que assim posso dizer.

- Sasuke, preste atenção!

- O que faremos? – Perguntei tristemente por causa dos meus pensamentos.

- Eu tenho um plano! – Falou Shikamaru.

- Ora, ora! Você está acordado! – Falou Temary sarcasticamente, não entendo como eles brigam tanto!

- Rárárá! Muito engraçada Problemática! – Respondeu ele.

- Fala logo ou vou perder a paciência! – Intimidou Garra.

- Bem, ela sempre foi apaixonada, por você certo? – Começou, mas quando falou a ultima parte, me senti corar. MALDITO RUBOR!

- Grande constatação! Continua! – Disse Tenten me salvando.

- É impossível ela ter se desfeito de todos os seus sentimentos, então, se ela ainda tem um mínimo que seja, lá no intimo do coração, de amor pelo Sasuke, podemos usar isso ao nosso favor! – O que ele quis dizer com isso? Onde será que ele quer chegar? Não me contive e perguntei a ele.

- A onde você quer chegar Shikamaru? – Perguntei meio inseguro da sua resposta.

- Simples! Você terá que reconquista-la. – O quê? Aonde eu vou enfiar a minha cara? Esse preguiçoso de uma figa!

- Você quer que eu faça o que? – Perguntei sarcasticamente.

- Ora Sasuke, você entendeu! – Me disse Kakashi.

- Se bem... Isso vai ser uma missão BEM impossível! Rsrsrsrsrs – Disse o imprestável do Naruto, que ódio!

- A onde eu fui me meter! – Disse indignado

- Concerteza você vai precisar de ajuda! – Sugeriu Neji.

- Bom eu posso ajudar! – Se dispôs Kakashi.

- Acredito, Kakashi como conselheiro amoroso? Co-mé-dia! – Retrucou Tenten.

- Pra que leu todas as edições de Icha-Icha Paradise é fácil! – Ninguém merece! Ser ajudado por um viciado em livros escritos por um pervertido! NÃO QUE EU PRECISE DE AJUDA!

- Mas uma garota em muito melhor para uma missão destas! – Rebateu Hinata.

- E quem disse que eu preciso de ajuda? – Disse muito constrangido e furioso.

- Uchiha! Você é um poço de ignorância! Então todos ajudam! – Ordenou Tsunade. Aonde eu fui me meter!

            Ouvi um barulho vindo da porta da sala da Sakura. Será que ela ouviu nossa conversa? Ela apareceu, é... Digamos que linda! Mas com os olhos um pouco vermelhos, teria ela chorado?

Sakura Pov’s

            Abro a porta para cobrar os exames da minha paciente, e encontro uma multidão parada na frente da minha sala. Ninguém merece!

- Será que dá pra saírem da minha porta? – Disse furiosa e desconfiada.

            Eles abriram caminho sem rebaterem, e estavam com cara de assustados, e por incrível que pareça: quando fui buscar os exames, não me seguiram! Bem, acho que tiraram essa idéia de me seguirem da cabeça. Aleluia! Agora vou seguir o meu trabalho e voltar a pensar em como me salvar!