Bad Guy escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 8
Magnolia


Notas iniciais do capítulo

Bem...demorei, nao foi? rsrs...Bem...devo admitir que fiquei imensamente feliz ao abrir o nyah e ver mais uma recomendação para esta historia... sendo q ela esta ainda em seu inicio.. Gente..isso mostra o quanto vcs estao gostando.. e eu estou adorando o retorno..
Bem.. SublimeFascinação não sei nem o que falar sobre a recomendação..achei inspiradora e apaixonante... vc realmente sabe mexer com as autoras com suas recomendações..este capitulo é dedicado a vc..obrigada pelo apoio e por estar gostando da fic..
Bjss



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A secretaria de Alec olhou intrigada para a mulher a sua frente. Aquela não era a primeira vez em que uma mulher ia lhe fazer perguntas sobre o seu chefe, mas era a primeira tão confiante. Era como se ela soubesse de algo.

-Então, não vai me dar o seu numero e endereço? – Elena indagou após bater o pé impaciente. Estava achando uma perde de tempo ficar conversando com a secretaria de Anthony quando podia estar indo ao seu encontro.

-Já lhe informei senhora que essas informações são confidenciais – a secretaria tornou sorrindo falsamente – entretanto posso marcar uma reunia com o senhor Lorrenzi para esta semana ainda.

-Reunião? Achas que... – interrompeu-se após pensar rapidamente e sorrir de forma misteriosa – muito bem, pode marcar.

-Em nome de?

-Elena Scott – proferiu com satisfação.

-Muito bem, senhora Scott. A reunião esta marcada para quinta as 3 da tarde.

-Excelente. – sorriu misteriosa ao colocar seus óculos escuros e dar as costas a secretaria de Alec. – Não vai demorar para que eu consiga tê-lo novamente. Os anos foram muito gentis com você. E não há nada como reviver os velhos tempos – comentou consigo mesma ao caminhar em direção ao elevador, robolando sensualmente.

***
Alec estralou os dedos de suas mãos ao parar o carro em frente a galeria de Nicole. Após muita insistência havia conseguido convencê-la a sair com ele. “Nada pode dar errado” pensou determinado ao olhar para o relógio em pulso, constatando estar adiantado. Ficou olhando para a galeria com a mente envolta em pensamentos.

Nicole passou a mão nervosamente pelo seu cabelo pela vigésima vez. Ela não conseguia entender o seu nervosismo em sair com Alec. Continuou se olhando no espelho no lavabo de seu escritório, apreensiva. Olhou para o seu corpo fazendo uma careta em seguida. Ela tinha consciência de estar arrumada, mas perguntava-se em pensamento se estava usando a roupa adequada.

-Estou pior que uma adolescente – constatou envergonha de si mesma. Sorriu diante de seu pensamento, e ao virar-se deparou-se com sua amiga. –Me assustou.

-Você que está me assustando – sorriu ao olhar para Nicole de cima a baixo – onde vai? É estranho vê-la arrumada dessa forma – Nicole trajava uma calça de cintura alta, folgada nas pernas, vestia uma blusa social branca transparente e seus cabelos encontravam-se presos em um rabo de cavalo.

-Foi a...primeira roupa que encontrei – mentiu descaradamente extraindo um largo sorriso de sua amiga.

-Muito bem, sei que me contará depois – piscou travessa ao dar as costas a ela, mas antes de sair parou – tome cuidado... Sei que é adulta e sabe cuidar de si mesma, mas as vezes és ingênua demais para perceber a malicia e a maldade nas pessoas. – após dizer isso saiu deixando Nicole pensativa.

-Estranho. Muito estranho. – murmurou para si mesma. Retornou a sua atenção para a sua imagem, dando de ombros em seguida. Foi em direção a sua mesa e logo trabalhava ao mesmo tempo em que tentava não pensar em Alec Lorrenzi.

Flashback on

Seis anos atrás...

A cela de Anthony encontrava-se escura e silenciosa, apenas o barulho do relógio de pulso de seu companheiro de cela podia ser escutado. Em um canto, Anthony encontrava-se pensativo. Fazia dias em que estava preso sem uma, única, visita. Perguntava-se o que poderia ter feito para ter tal destino. Suspirou após sentir-se frustrado mais uma vez. Percebeu, tarde demais, o  mal que a sua paixão havia lhe feito.

-Ainda acordado? – o companheiro de cela de Anthony indagou com divertimento em sua voz. Há dias que não conversavam uma única palavra.

-Não sou como você. Eu nem ao menos deveria estar aqui – tornou mal humorado. Passar aqueles dias presos estava lhe mostrando uma nova faceta de sua personalidade.

-Na verdade somos muito parecidos – o homem disse sorrindo levemente – ambos fomos enganados, a diferença é que eu não tenho como me vingar mais.

-Do que está falando?

-Da verdade inegável do ser humano. Somos um ser cruel, não sabia? Ao sermos pisados não nos protegemos, nosso pensamento é ir ate a pessoa e derrubá-la. E é exatamente isso que seu coração esta pedindo, não é? A cada respiração sua, o rosto dela vem em sua mente e seu único pensamento é matá-la lentamente, não é?

-Sim. É nisso no que penso todos os dias.

-Muito bem.. como não posso me vingar, eu irei lhe ajudar.

-Do que.. Porque está falando isso?

-Meu caro companheiro, acredito que a partir de hoje uma amizade irá nascer.

Anthony encarou o homem a sua frente sem compreender o que ele tanto falava. O seu desejo era vingar-se de Elena, entretanto não queria feri-la, pois em alguma parte de seu coração ainda sentia algo por ela. O que acalentava seu coração era imaginar que ela havia sido forçada e era nisso que queria acreditar, apesar de ter provas contrarias a isso.

-Somente lhe ajudarei quando tiver certeza do que quer – o homem tornou sério ao ver a expressão  do semblente de Anthony suavizar – não perderei o meu tempo com alguém que fica feliz por estar sendo esquecido lentamente.

-Eu...

-O que? Vai dizer que estou errado? Durante o tempo em que esteve aqui não o vi fazer nada ou falar nada que pudesse lhe ajudar. Fica apenas sentado, lamentando-se por algo que lhe fizeram. Esta relembrando o seu amor com ela? Pois continue a pensar nisso, pois esta será a única coisa que terá desta mulher. Ainda não percebeu que foi usado por ela? Não percebeu o quão vil e cruel ela foi? Realmente quer viver assim?

-Não estou preso aos meus sentimentos por ela.

-Não? Se soubesse que a morte dela lhe libertaria.. o que faria?

Anthony pensou durante alguns segundos. As imagens de seus momentos felizes vieram a sua mente, mas logo foram substituídas pelo sorriso cínico em seu rosto ao vê-lo sendo preso. O sangue lhe subiu a mente e percebeu, naquele instante, que tomaria um caminho sem volta.

-Farei o possível para que ela morresse. – respondeu sério.

-Ótima resposta – levantou-se da cama e o encarou – sou Marcello, e a partir de hoje irei lhe ajudar a se vingar dela.

-Elena.. Elena Scott.

-Lhe prometo que Elena Scott se arrependerá do momento em que o conheceu.

-Como vai conseguir que eu me vingue dela? Não sei se percebeu, mas ambos estamos presos aqui. Não há escapatória.

-Esse é o seu erro. Não precisamos escapar para que sua vingança seja feita. Vamos aproveitar o tempo que teremos e ai sim.. quando sair daqui se vingará dela.

-Como.. isso será possível? – Anthony indagou apesar de estar achando tudo uma loucura.

-Acredite em mim. Não sou qualquer homem – Marcello falou confiante. Apesar de sua aparência desgastada e sem animo, Marcello havia sido um importante empresário anos atrás que perderá tudo por uma armação feita por sua esposa, a qual tinha um caso com o seu advogado. Apesar da dor que sentia nunca conseguiu se vingar, pois ela havia morrido em um acidente de carro após ter sido preso. Ao ver Anthony imerso em dor, reconheceu a si mesmo em seu olhar. Prometeu ajudá-lo se ele quisesse se vingar, seria uma forma de concluir o seu destino por outra pessoa.

Flashback off

Recomendo colocar esta musica: http://www.youtube.com/watch?v=3DefGfUXLpA

Alec colocou um sorriso na face ao entrar na galeria e caminhar ate onde Nicole estava de costas. A olhou durante alguns segundos após entrar. Andou lentamente ate ela, e lhe tocou o ombro delicadamente após sussurrar em seu ouvido.

-Esta mais linda que da ultima vez em que a vi.

Nicole prendeu a respiração ao escutar a voz de Alec próxima ao seu ouvido. Arrepiou-se de imediato e teve receio de virar-se. Sabia que se falasse sua voz falharia, mas assim o fez.

-E você mais charmoso que nunca – sorriu levemente ao virar-se e se deparar com o olhar misterioso dele. – “Sempre que vejo o seus olhos imagino uma nuvem de decepções. Estarei imaginando coisas?”indagou-se em pensamento.

-Sou charmoso apenas com mulheres lindas e encantadoras como você, Nicole. – sorriu ao ver as faces dela se avermelharem – cheguei muito cedo?

-De forma alguma. Eu é que me perco quando começo a trabalhar.

-Entendo, sou assim também. Quando me foco em algo, não há nada que possa interferir.

-Isso deve ser muito bom para os negócios.

-E para a minha vida pessoal também – acrescentou misterioso fazendo-a sentir um leve desconforto.

Nicole o olhou com um sorriso na face, mas um desconforto em seu intimo. “Essa sensação nunca irá embora?”

-Devemos ir agora? – ela perguntou ao chamar um assistente e lhe dar a prancheta onde havia escrito algumas anotações. – preciso apenas pegar a minha bolsa no escritório.

-Irei contigo, se assim quiser.

Ela assentiu ao lhe dar as costas e caminhar em sua frente. Ela necessitava pensar, pois sentia-se vulnerável ao seu lado. Alec era o primeiro homem por quem havia se interessado após o divorcio, de tal forma que a fazia sentir-se uma adolescente. O seu olhar era o bastante para deixá-la desconcertada.

-Virei uma adolescente depois de velha – murmurou consigo mesma sorrindo em seguida. Já estava entrando no seu escritório quando escutou passos atrás de si. Ela havia esquecido de Alec, ao olhar para trás o viu sorrir em sua direção. – me perdoe, eu..

-Não se preocupe. Eu estou atrás de você e irei lhe seguir.

-Está bem.. – murmurou desconcertada. Algo em sua frase passava a ideia de veracidade. – Alec porque sempre tenho a sensação de que tudo o que fala é subjetivo? Parece que deseja me falar algo, mas não tem coragem.

-Achas isso? – Ele tornou sério ao se aproximar da mulher parada no meio do corredor. – eu deveria lhe mostrar a verdade? Deveria lhe mostrar meu verdadeiro impulso?

Nicole o viu andar em sua direção e a imprensar contra a parede. As mãos dele apesar de estarem quentes lhe transmitia frio. Ele passou a mão suavemente pelo seu rosto, contornando os seus olhos, seu nariz e o seu lábio. Sorriu ao colocar o dedo indicador entre eles. Aos poucos acariciou o seu pescoço e logo o segurou com força aproximando os seus lábios. Beijaram-se intensamente sem se importarem com o lugar em que estavam. Alec apertava o corpo dela contra a parede fria. Seus beijos demonstravam paixão, mas não era por ela que sentia. Ele sentia paixão pela sua vingança. Sentia ansiedade por ver Elena sofrer tudo o que ele passou. 


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