Bad Guy escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 6
Revelação


Notas iniciais do capítulo

E ai sentiram falta da historia? pq eu sim rsrs
Sinto pelo sumiço, mas ando ocupada rs espero que gostem do capitulo, o qual esta recheado de revelações, e comentem.. indiquem tambem se estiverem gostando da trama rsrs
Beijoss



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Nicole olhou para o homem sentado ao seu lado no automóvel conversível e tentou lembrar-se do motivo que a levara a entrar em seu carro. Ela sabia que não havia nenhum motivo plausível apenas o seu desejo por ele e para ela, aquilo era suficiente, pelo menos aquele momento.

-Diga-me.. Sr Alec Lorenzi.. sempre molha as mulheres na rua e as leva ate a sua casa em seguida? É um habito comum?

-Talvez – sorriu – se for.. ficará com medo? – gracejou ao olhar de soslaio para ela enquanto dirigia magnificamente.

-Não sei.. acho que não. Esta seria a primeira vez em que correria perigo e isso.. me deixaria excitada de certa forma.

Alec sorriu bem humorado ao escutar tais palavras vindo dos lábios da mulher que pretendia usar.

-Então gosta de correr perigo, senhorita Smith?

-Alguns – sorriu – “O que estou fazendo? Parece que estou me dando de bandeja para este homem” pensou sorrindo “mas é o que estou fazendo, certo? Seria divertido ter um envolvimento casual com um desconhecido e depois.. não vê-lo mais”.

-Interessante – murmurou – estou indo na direção correta?

-Sim, basta continuar em frente e virar a esquerda na próxima entrada. – ao vê-lo assentir olhou em volta reparando nos míseros objetos pessoais dele – o carro é novo?

-Não – negou simplesmente ao entrar na rua em que ela havia indicado. Nada estava lhe passando despercebido. Os sinais que ela lhe dava eram todos favoráveis.

-Seu carro.. parece que saiu da concessionária hoje – sorriu timidamente ao olhar para ele – me perdoe, acabamos de nos conhecer e já faço perguntas pessoais, sinto.

-Não tem problema, afinal este é o primeiro encontro de muitos, certo?

-Primeiro.. de muitos? – o olhou pela primeira vez na noite temerosa. – do que.. está falando?

-Você é uma mulher bonita, charmosa e inteligente. Não entendo o motivo de não vê-la novamente.

-Isso.. é.. estranho.

-É? Não acho – sorriu abertamente – sou um homem decido. Sempre tenho o que quero e você.. posso dizer que neste momento é o que desejo.

Nicole olhou sem reação para ele. Por alguns instantes não percebeu já ter chegado em casa, pois ainda encontrava-se atordoada pelo modo dele.

-És bem peculiar, Sr Lorenzi.

-Me chame de Alec.

-Alec – repetiu – és um homem interessante.

-Você também me parece interessante a cada instante. – olhou para a rua em que estacionara – já chegamos. Mora em um excelente bairro.

-Obrigada – murmurou pensativa. Ao olhar para fora, suspirou aliviada por perceber estar em casa, voltou-se para Alec, mas ele estava próximo de si. Se ela se movesse poucos centímetros para a frente poderia beijá-lo tamanha a proximidade – o que.. está fazendo?

Alec nada disse, apenas sorriu ao retirar o cinto de segurança dela afastando-se em seguida.

-Engraçado – comentou – agi algumas vezes como uma adolescente. Isso é.. encantador.

Nicole sentiu as suas faces ficaram um pouco avermelhadas. Voltou a se sentir como uma jovem envergonhada e tímida por alguns instantes. Sorriu diante de seu pensamento, olhou para Alec e lhe agradeceu a carona saindo do carro em seguida.  

-Talvez isso fique cada vez mais interessante – Alec comentou consigo mesmo ao vê-la caminhar em direção a entrada de uma das residências. Esperou ela abrir a porta para dar a partida em seu carro. Seus pensamentos estavam envoltos em táticas para conseguir o que desejava. Naquele momento percebeu não ter volta mesmo se assim desejasse. Seus planos seguiriam em frente.

***
Oito anos atrás...

Anthony olhou para o relógio em seu pulso mais uma vez e suspirou ao esfregar as suas mãos uma contra a outra. Ele já estava esperando Elena há uma hora. Pegou o aparelho celular em seu bolso e praguejou ao tentar ligar para ela sem sucesso.

-Onde ela deve estar – murmurou cansado.

Elena sorriu para o gerente do departamento financeiro com ousadia. Ela já havia percebido o seu interesse nela.

-Deseja mais alguma coisa? – perguntou ao insinuar-se para o homem a sua frente.

-Bem.. preciso que examine alguns relatórios se não for.. problema – acrescentou sorridente ao olhar para as pernas dela com malicia.

-Não será nenhum problema – sorriu ao pegar alguns papeis em cima da mesa dele. Saiu da sala indo em direção para a sua mesa, a qual ficava em frente a sala dele. Começou a ler os papeis e não demorou para perceber algo. Olhou para os papeis incontáveis vezes, ligou o computador e sorriu diante do que havia descoberto – então é isso.. Pelo visto eu não estava errada– murmurou com um sorriso vitorioso na face. Desde a primeira vez em que havia pegado o relatório financeiro percebeu um leve desvio nas contas.

Anthony olhou para o céu já escurecido, sentou-se no chão tentando não importar-se com os olhares das pessoas que passavam por ele.

“Apenas por ela...” pensou ao olhar para todas as pessoas que saiam do edifício.

A mente de Elena trabalhava rapidamente. Após entregar os relatórios revisados pegou a sua bolsa e saiu pelo edifício pensativa. Ela sabia que não teria outra chance como aquela. Tudo estava compactuando a sua favor. Entrou no elevador e ao sair no térreo esbarrou-se com alguém. Quando ia se desculpar observou o sorriso gentil do homem a sua frente.

-Senhor Piatti – o cumprimentou sem graça – me perdoe por..

-Não tem problema, senhorita Scott – sorriu – está indo para casa?

-Sim.

-Não tens carro, certo? Eu lhe dou uma carona.

-Não precisa se incomodar..

-Não será um incomodo e sim um prazer – sorriu ao segurar gentilmente em seu braço e a puxar em direção ao elevador novamente. Apertou o botão para a garagem. O sorriso não saia de sua face. Ele havia se interessado por ela desde o primeiro momento em que seus olhares se encontraram. – saindo mais tarde?

-Sim estava ajudando o gerente financeiro com alguns relatórios – disse sem encará-lo.

-Entendi.

-Senhor Piatti...

-Pode me chamar de Alexander – assegurou a interrompendo.

-Alexander, me diga.. com que frequência ocorrem as auditorias?

-Auditorias?

-Sim, quero dizer... No tempo em que estou aqui.. nunca vi nenhuma. Imaginei que fosse algo rotineiro.

-Ah.. é verdade que és nova nisso. Bem.. as auditorias ocorrem apenas quando há duvidas em algum setor e isto não aconteceu aqui ainda.

-Entendi. Então as revisões ficam a cargo da empresa mesmo?

-Sim.

-Me parece ser bem cansativo tudo isso e problemático – sorriu de forma inocente ao olhar em seus olhos.

-Nem tanto assim.. Irá se acostumar e verá que é tudo fácil.

Ela assentiu com um brilho em seu olhar. Tudo estava melhor do que imaginava. As portas se abriram e logo o casal seguiu para uma vaga mais distante das demais. Elena parou estupefata ao ver o elegante carro. Esperou Alexander destravar as portas e sem conseguir conter-se exclamou.

-Ele é lindo..

-Que bom que gostou – Alexander disse ao abrir a porta do passageiro para ela entrar.

Anthony levantou-se frustrado ao olhar para o horário. “Será que ela já foi embora?” se perguntou em pensamento. Começou a caminhar em direção a uma das barracas que vendiam comida do outro lado da rua. Parou no a sinaleira e ao olhar para o sinal vermelho para os carros sorriu. Sem querer seu olhar foi direcionado para o carro parado ao seu lado. O sangue sumiu de sua face e seu olhar perdeu o brilho. Ele viu Elena sentada ao lado de outro homem sorrindo alegremente.

-Elena.. – murmurou confuso. Antes que pudesse pensar em algo o sinal abriu e o carro avançou deixando-o perplexo para trás.

Atualmente...

Nicole sorriu abertamente para todos na galeria assim que entrou. Sua felicidade estava estampada em sua face.

-Vejo que a sua noite foi divertida – uma mulher comentou sorridente ao olhar para Nicole.

-Um pouco – piscou atrevida ao sorrir – vou começar o balancete dos novos quadros e organizar a exposição. Qualquer coisa pode me chamar.

Cintia assentiu curiosa. Aquela era a primeira vez em anos que via o sorriso de Nicole com algo que não fosse direcionado a galeria.

***
Alec entrou na sua empresa com o semblante sério e postura altiva. O seu papel ali era ser o presidente cruel, frio e perspicaz. Personalidade esta que aprendeu com seu colega de cela, o homem que mudou a sua vida. Caminhou entre seus empregados sendo seguido por Peter e mais alguns homens, assistentes seus. Entraram na sala de reunião sérios, sentando-se após Alec.

-Muito bem, quero que me entreguem tudo que encontraram sobre a empresa Piatti C.A. Quero os riscos dela, tudo pelo que já passou nestes anos e o principal qual o seu ponto fraco.

Os homens assentiram ainda confusos. Eles não entendia a obsessão dele pela empresa que acabara de se tornar o segundo homem com mais ações dela.

-A empresa surgiu há gerações. É responsável por mais de 6 mil empregados. O seu dono, Alexander Piatti, é um homem muito aclamado no meio, pois prosperou rapidamente em pouco tempo. A maioria de seus clientes são homens poderosos.

-Isso tudo eu já sei – o interrompeu sem expressão no olhar – quero saber os detalhes mais obscuros dela. Já dei como entrarem nos arquivos da empresa, precisam de mais? São tão incompetentes assim?

-Descobrimos algumas alterações em relatórios antigos. Houveram transferências meticulosas e ilegais anos atrás.

-Isso está ficando melhor..

-Há sete anos que as transferências pararam.  

-Ocorreram durante quanto tempo?

-Uns cinco anos.

-Entendi.

-Este é o ultimo relatório, da ultima transação – colocou sobre a mesa e espero que Alex averiguasse – como deve ter percebido.. Está no nome de Anthony O’Brien.

-Eu sei bem disso – murmurou com o olhar obscuro.

-Quer que investigue-o?

-Não é necessário. Se prendam aos pormenores da empresa Piatti. Quero descobrir seus pontos fracos o mais rápido possível.

-Sim senhor, mas.. há uma coisa...

-O que?

-Não é oficial ainda, mas a empresa Piattis pertence mais da metade a Nicole Piatti, a irmã de Alexander Piatti.

-Como isso é possível?

-Ele parece esconder isso de todos a anos.

-Interessante – murmurou – mais alguma coisa?

-Por hora não.

-Podem se retirar e continuem com o trabalho – viu os assistentes assentirem e se dirigirem para a porta – acha que podemos confiar neles? – perguntou a Peter, o qual olhava tudo pensativo.

-Sim senhor. Eles são vigiados constantemente. Nem sequer tem como pensarem em algo sem antes sabermos.

-Excelente – levantou-se da cadeira e ajeitou o seu paletó.

-Irá sair?

-Sim.

-Algo sobre a empresa?

-Desta vez não – sorriu – vou encontrar Nicole Smith.

-Não irá desistir mesmo, não é?

-Não posso. Cheguei a um ponto onde se eu retornar serei um fracassado.

-Já conseguistes fortuna e sucesso.. a vingança continua sendo tão importante?

-Sim. Se não fosse por ele eu não estaria onde estou. Devo tudo a Marcello e nunca poderei pagar. Não posso voltar atrás da minha vingança, pois prometi a ele que faria Elena sofrer e implorar pela morte, e é isso que farei.

Peter assentiu. Ele sabia que tudo estava acontecendo graças a Marcello, o único homem que havia acreditado em Anthony quando ninguém mais o fizera.

***
Alex adentrou na galeria com um embrulho em mãos. Olhou em sua volta sem sucesso. Sorriu para uma mulher que o encarava com luxuria.

-Deseja algo senhor? – Cintia indagou sem conseguir conter o seu desejo ao ver o belo homem parado em sua frente.

-Onde posso encontrar Nicole Smith? – perguntou sorridente.

-Nicole? Ela está lá em cima – tornou confusa ao indicar uma escada atrás de si. Viu o homem passar por ela e seguir em frente decidido. Alex caminhou seguro e não demorou para encontrar uma porta entreaberta de onde podia escutar uma voz familiar. Abriu a porta e sorriu ao ver a mulher da outra noite. Nicole estava em pé de costas para porta com o telefone em seu ouvido discutindo com um pintor, sem perceber que estava sendo observada. Ao desligar o aparelho escutou uma voz masculina – me parece ser bem diferente de ontem a noite. Uma mulher sedutora em contraste com uma mulher bem sucedida. Nada mal – sorriu sedutor ao ver o olhar de surpresa dela.

-Alec.. o que faz aqui? – murmurou ainda surpresa e afetada por ele.

-Vim lhe ver e lhe trazer isto – entregou o embrulho a ela vendo a sua hesitação em pegá-lo, sorriu e ele mesmo o abriu expondo um casaco novo – isso é para me desculpar pela outra noite.

-Como sabia que eu trabalhava aqui? – ela perguntou confusa – nunca lhe disse nada.

-Nicole Smith.. não há muitas por aqui. Não como você. Admito que foi difícil encontra-la, mas eu estava determinado a isso.

-És algum louco? – perguntou sorrindo.

-Acho que sou. Sou louco quando devo alcançar meus objetivos e você.. é o meu objetivo majoritário.

Nicole sorriu deslumbrada por ele, mas algo lhe dizia que deveria tomar cuidado.

Seu olhar está diferente de antes” percebeu confusa, mas ainda assim encantada.


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