A pouco tempo, eu e todos os outros habitantes mais jovens fomos avisados que uma ameaça se aproximava, mas nunca nos contavam o que realmente estava acontecendo! Pelo menos foi o que um Ancião que contou quando estive no Deserto dos Ecos... Ah, meu nome é Masaki, desculpem-me começar a história sem nem ao menos me apresentar, tenho 13 anos e sou da raça dos selvagens,  mais especificamente um bárbaro, vivo com minha amiga (que meio que a considero como uma irmã mais nova), chamada Kiara, que é uma feiticeira e tem 11 anos. Meu pai e a mãe de Kiara já haviam morrido. Ele era parte dos Cavaleiros da escuridão e foi morto em batalha. A mãe de Kiara estava no Reino Abissal quando se foi, mas sua morte sempre foi um mistério, pois não chegamos a ver seu corpo nem nada, apenas a notícia.

   Depois que descobri tudo, foi perguntar ao Barbadons (irmão da mãe da Kiara) como eu poderia me juntar a guerra, eu precisava me vingar daqueles que assasinaram meu pai, e também precisava ajudar na luta contra os Sem Almas e tudo o mais. Ele me disse que eu deveria ir até a Cidade do Dragão, onde permaneceria até ter força suficiente para procurar mais informações na Cidade Universal. Pedi permissão para levar a pequena Kiara, ele me disse que poderia.

   Estava de noite, eu, Kiara e Barbadons estávamos no Templo de Hades, nós morávamos ali desde... Sempre eu acho. Kiara brincava com seu gato listrado, até que como eu já havia avisado que iria acontecer, ele arranhou o rosto dela

   - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH, ISTO DÓI ! MASAKI PARA DE RIR E VEM ME AJUDAR! - Gritava ela enquanto tenatava segurar os pequenos braços do gatinho, fui até ela rindo ainda e peguei o pequeno animal.

   - Kiara, Kiara. Eu avisei...

   - Mas eu não ligo para oque você disse, ele só está cansado, só isso. - Kiara insistia em atormentar o gato ainda, mas o que pude fazer foi simplesmente sair dali e sentar num lugar qualquer.

   - Vá tomar um banho, garota. - Disse Barbadons pela primeira vez, ele estava em meio a um ´´fogão`` improvisado enquanto fazia uma sopa de tartarugas.

   - Tá bom!

   Ela saiu correndo como sempre, era comum que se machucasse constantemente, fiquei ali, eu adoraria saber mais sobre oque estava acontecendo,  mal podia esperar o próximo dia em que nós iríamos partir

   - Oque foi ? - Perguntou - me, como se estivesse lendo meus pensamentos.

   - Eu queria ir logo... - Disse com um muxoxo, deitei-me na pedra lisa e fechei os olhos.

   - Vá e morra, tudo bem?

   - Não. - Eu ri, mas de certa forma ele tinha razão, se eu não fosse morto por um monstro qualquer talvez alguém me pegasse despreparado no modo PK, meu nome estava vermelho, desta forma não tinha como mudar. Eu era meio culpado, pois no dia anterior participei de uma guerra com o clã Dragons pela Cidade Das Espadas e eu meio que matei muitas pessoas por assim dizer. A única coisa que me preocupava amanhã era isto, tinha certeza que a cor não mudaria até o dia seguinte, precisava de uma armadura poderosa para conseguir chegar vivo até a próxima cidade.

    Quando Kiara voltou nós começamos a comer, estava bom mas não conseguia manter meus pensamentos no que estava comendo, e isso era meio estressante mesmo para mim, até que algo me tirou dos meus pensamentos.

    - Tio Barbadons, quando eu vou fazer minha primeira DG ? 

    Eu quase cuspi o que estava no prato e olhei de olhos arregalados para o bárbaro maior em meu lado. 

    - Seu dia vai chegar pequena, só espere, tudo bem ? - Foi só oque ele disse, fique aliviado, não era bom ela pensar em fazer missões como esta em épocas assim, menos mal.

    Depois daquilo saí e fui para minha cama, que era tão improvisada quanto o fogão, eu não queria fechar os olhos, mas eu simplesmente acabei dormindo.

    POV Narradora

    "Onde estou?" - Se perguntava o jovem bárbaro no meio da escuridão, não havia mais nada ali senão ele.

    "Masaki? Masaki, meu filho?"

    O garoto olhou em volta, mas nada encontrou.

    "Quem é você?!" 

    "Não reconhece seu próprio pai... Masaki?"

    Nisso um bárbaro aparece na escuridão, com um sorriso no rosto.

    "Pa-Pa-Papai.. ?" - Gaguejou tentando processar aquela informação. - "PAI!"

    Masaki corre em direção ao paiu, ele sempre mentia para todos, dizendo que não considerava que aquele homem fosse seu pai, pois nunca esteve presente em sua vida mas, ele o amava. Era apenas uma desculpa para que ele mesmo deixasse de acreditar no que dizia, nunca aconteceu. E agora ele estava feliz, como cunca esteve antes. A sensação de que sua família estava quase completa novamente, finalmente iria sentir o abraço apertado do pai e o ouvir dizendo : "Está tudo bem...", coisa  que nunca ouvira antes. Masaki estava a poucos metros de seu pai, o homem sorriu ainda mais enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto. Quando faltava apenas um centímetro para alcançá-lo, Masaki estica a mão, e o bárbaro desaparece. O pequeno para e olha em volta, sem compreender, tinha perdido novamente seu pai ?

    "PAPAI! PAPAI!" - Pergunta ele, mas tudo o que restava era a escuridão.