As Férias Da Vida De Marlene McKinnon escrita por Captain Natalie, The Winter Soldier, Malu Black


Capítulo 3
Paraíso


Notas iniciais do capítulo

Lily: Desculpem a demora...
Marlene: Oye pueblo, volteiii! fiquei doente por um tempo, mas passou... coitada da Lenezinhaa...



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POV Lily:

Uma garota estava numa floresta escura e sombria. Ouvia uivos, latidos, guinchos que pareciam de algum roedor. A menina correu e seguiu os sons porque sentia que devia. Correu e se viu a beira de um lago parado. Se olhou nele e viu o reflexo de uma garota de cabelos cor de fogo e reluzentes olhos verdes. Mas o tempo era curto para gastar olhando um simples reflexo. Tinha que seguir os sons. Parou na frente de um salgueiro que parecia estar lutando com um cachorro preto e um rato doentio. Mais afrente havia um cervo desacordado e sangrando. A garota correu para ele. Tentou tudo para fazer o animal melhorar, mas sem sucesso algum. O rato chegou perto dela e a deu algumas plantas. Acreditando que o rato fosse de algum modo amigo do cervo, aplicou as ervas nos seus machucados. Mas o resultado foi que as feridas cresceram e sangraram mais. E cada vez mais o cervo ia morrendo e o sonho apagando-se. Ela precisava salvar o cervo, ela precisava...

Acordei atordoada: o que aquele cervo tinha de especial? Por que eu precisava tanto protegê-lo? Parecia que ele era uma parte da minha alma... Fui interrompida dos meus devaneios por uma Lene pálida que dizia:

– Lily, vamos falar com aquela menina ali? - referindo-se a uma garota que estava no assento ao lado - ela me parece legal... - eu notei que ela só estava querendo falar com a tal menina porque se a garota fosse mesmo legal ia distraí-la do medo de altura. Com pena da coitada, fui falar com a tal.

– Oi, meu nome é Lily e aquela é a minha amiga Marlene.

– Oi! - disse ela com simpatia - meu nome é Marilyn, mas pode me chamar de Lyn! - notei, pelo sotaque, que ela não era inglesa - vocês são americanas? Acho que não pelo sotaque estranho de vocês... - parece que ela notou a mesma coisa que eu - a sua amiga tem medo de altura, não é? - perguntou ela olhando para a Lene, que estava se segurando para não olhar pela janela e dar de cara com o vazio de terra firme.

– bem, respondendo a todas as perguntas: não, nós não somos americanas, somos inglesas. E, sim, ela tem medo de altura. - eu ri um pouco. - mas não quer admitir. Você está indo para a Flórida?

– sim, estava passando férias com minha avó que mora em Newcastle.

– férias? Neste mês?

Ela riu um pouco. - estava faltando aula... Agora é que são minhas férias.

Dei umas risadinhas e lembrei que o meu assento era de três pessoas e eu e a Marlene éramos só duas. - Ei, você está sozinha aí?

– sim. estou. Está meio tedioso eu aqui sozinha, posso sentar com vocês? Estou vendo que há um assento vago ao lado...

– claro que pode! Venha!

Ela sentou ao lado da Lene, que estava no banco do meio. A Lyn sentou no corredor e eu na janela. Ficamos conversando por horas até que a Lene acalmou-se e adormeceu. Olhei para a Lyn.

– percebeu que ela é meio doida, né? - eu perguntei aproveitando que a Lene dormia, pois se ela me visse falando isso, ela me jogava da janela do avião.

– não, eu achei ela legal. - disse ela - Tá, legal mas doida de todo jeito. - acrescentou ela quando eu a olhei com incredulidade.

O resto da viagem se passou tranqüilamente com a Lene dormindo.

– Lily, você vai ficar em que hotel na Flórida? - perguntou minha nova amiga.

– não vou ficar em hotel, vou ficar na casa de uma tia da Marlene, Do lado do hotel Jones.

– Ai meu Deus do céu!

– que foi mulher?

– a minha tia é dona desse hotel!

– Ai meu deus digo eu! Não tem como você arrumar um jeito de se hospedar lá, não?

– tem, sim. Vou falar com a tia Ellie!

Após aquela feliz revelação de que talvez pudesse fazer mesmo uma nova amiga, me distraí e depois de algumas horas me peguei pensando naquele sonho estranhíssimo. Aí, enquanto eu estava pensando, ela tocou num assunto meio delicado que eu estava evitando há tempos:

– e aí, vocês combinaram de se encontrar com algum amigo ou amiga lá?

– n-n-não. - mas aquela menina não parecia ser de se enganar.

– você chamou sim. E algum menino que você gosta. - aquilo me ofendeu de verdade.

Olhei para ela com cara de ofendida e disse com firmeza:

– Eu ñäø gosto dele. Na verdade eu o odeio. E eu não o convidei. - e contei a história toda para ela.

– e a Lene gosta mesmo desse menino... O Citrus?

– Sirius - a corrigi rindo.

– ah, dane-se! Ela gosta dele, não é?

– sim. Gosta. Mas não quer admitir. Finge que o odeia.

– que nem você com o Potter, não é?

– sim... Peraí, não! Me confundi! Ignore o que eu falei. Estava distraída, nem ouvi o que você falou!

– tá, tá... - olhei para ela desconfiada: por que ela fez essa pergunta ridícula? É claro que eu não gosto do Potter! Ah, eu esqueci que ela não o conhece ainda, porque se conhecesse tenho certeza de que não teria essa opinião. Depois de muita conversa fiada, o comandante anunciou que faltavam cinco minutos para o desembarque. Eu e a Lyn acordamos a Lene, que ficou zangada por ficarmos jogando club social na cara dela (a Lyn entendeu antes do que o Spencer entenderia). Depois de desembarcarmos a minha nova amiga loira se despediu da gente e seguiu direto pegar um taxi para a casa da tia dizendo que ia implorar para se hospedar no hotel dela. Seguimos com o traslado para a casa da tia da Lene que era em uma cidade vizinha a Miami.

– querida! - gritou a senhora Grant quando entramos na casa. Ela abraçou a Lene fortemente - essa deve ser a Lily! Que bom te ver querida! - a senhora Grant falou e adiantou-se a me abraçar. Figura legal, aquela senhora. - seus quartos ficam aqui, deixe-me mostrá-los.

Depois de nos instalarmos no andar de cima, desci com meu livro na mão com intenção de lê-lo. Mas se eu pensei que ia ser fácil, me enganei terrivelmente.

– você TEM que ir para a praia! Se não quer por que veio a Miami? - insistia a Lene me puxando pela mão do sofá, o que foi uma tentativa sem sucesso.

– eu. Não. Vou. - disse rispidamente.

– porque não, Lily, querida? - passou pela sala naquele momento a Senhora Grant.

– ah, sei lá, não gosto muito de praia.

– ah, mas você vai mudar sua opinião se ver essa! Quer saber, você vai sim, e eu vou com vocês: Mart só chega de noite!

Por consideração àquela gentil mulher, eu não tive escolha. Fomos no carro dela. Quando vimos uma grande casa com aparência de que não era habitada. Marlene também pareceu notá-la. ao ver nossos olhares na edificação, a Sra. Grant apressou-se a comentar:

– os donos dessa casa morreram e deixaram-a para o filho, que ficou sem interesse e quis alugá-la. Está alugada para dois irresponsáveis que deixam os dois filhos ficarem sozinhos numa casa, e em um país estrangeiro!

Chegamos na praia alguns minutos depois porque paramos num supermercado para abastecermos a cesta de piquenique. Chegando na praia constatei o completo improvavel para uma pessoa que acha praias chatas e sem atrativo algum: era um paraíso. Total paraíso. como tudo naquela cidade.


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Notas finais do capítulo

Lily: espero que tenham gostado (notaram o "dois irresponsáveis que deixam os dois filhos ficarem sozinhos numa casa, e em um país estrangeiro!"?).
Marlene: No proximo vai ter coisas novas e mais interessantes...
P.S. pra quem ja tinh lido o cap, eu mudei o nome da Malu, ficou Lyn.



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