POV Lily:

Acordei naquela manhã extasiada. Marlene tinha me ligado na noite passada me chamando para viajar para a Flórida, aquele lugar quente em comparação à minha casa. Eu morava em Londres, Inglaterra. Vesti uma calça jeans e um moletom velho. Tentei arrumar o cabelo e o que saiu foi um grande desastre ruivo. Lavei meu rosto e encarei meus olhos verdes que agora estavam inchados de sono. Desci para o café da manhã. Minha mãe tinha feito panquecas (de novo) e resolvi perguntar sobre o negócio da viagem.

– mãe, a Marlene...

–... Convidou-lhe para passar um tempo com ela viajando. – ela me cortou. Como ela sabia?

– como você sabe? – repeti meus pensamentos.

– a mãe da Marlene me ligou e combinou tudo.

– então eu posso ir? – perguntei esperançosa.

– pode, afinal, eu confio nos McKinnon. – disse minha mãe.

– minha menina... Viajando sozinha com a amiga... – disse meu pai. Corei instantaneamente. Meu pai era carinhoso na maior parte do tempo... E, bem, às vezes me tratava como se eu tivesse uns seis anos. Petúnia me lançou um olhar de pura fúria. Eu adorava isso.

– hum. Então a bebezinha vai viajar... Pra onde? Se for muito longe é melhor contratar uma babá para trocar as fraldinhas... – disse petúnia com aquela cara ossuda de cobra. Ela tinha cabelos loiros na altura dos ombros e era alta e magra como uma galinha mal-alimentada. Tinha um namorado, o Vermon Dursley. Tá, o nome dele é Vernon, mas ele parece um verme.

– é para a Flórida, Tuney. – eu disse com maldade. Sabia que era o sonho dela visitar os Estados Unidos. Ela me fuzilou com o olhar. Ri um pouco, silenciosamente.

– Tuney, vá pegar o jornal, por favor, querida. – pediu o meu pai.

– tudo bem, pai. – disse ela com cansaço eminente. Ela saiu e voltou logo em seguida com um sorrisinho maldoso no rosto. – Lily, parece que aquele seu namoradinho é quem está fazendo barulho desde cedo. – meu sorriso desapareceu imediatamente. Ela sempre fazia essas brincadeiras de mau-gosto com o Potter. Ele era o menino mais ridículo e galinha da escola. E o pior: era meu vizinho. Ele sempre ficava me chamando para sair, e é claro que eu recusava, pois tenho meus motivos para isso. E aí tudo piorou quando minha melhor amiga, Marlene McKinnon deixou de vir para a minha casa porque o tonto do melhor amigo dele veio morar com os Potter. Sinceramente, eu acho que a Marlene gosta dele. Mas ela não sabe que eu acho isso, porque, se soubesse, eu realmente ia correr risco de vida. A Marlene não é ESTRESSADA. Ela é permanentemente de TPM. E, se você sabe o que isso significa, é melhor sair de perto. – ah, e ele tá te chamando.

Levantei-me e saí de casa esperando o pior. Sempre esperava o pior dele.

– Olá, meu Lírio! – disse ele alegremente. Revirei os olhos. Não admitia que ele me chamasse de nada mais íntimo que o sobrenome, quanto mais esse apelido ridículo! – é Evans para você, Potter! E-V-A-N-S. E o que você quer?

– só quero perguntar se você não vai perguntar.

– o quê?

– pra onde eu estou indo, afinal, não vai ficar com ciúme? Eu posso encontrar umas garotas lá...

– por que eu ficaria? Coitadas dessas “garotas” e sorte minha. Ah, mas, vai. “pra onde vocês vão?” – falei com voz teatral.

– ai, já está preocupada com a saudade que vai sentir, é?

– não, estou tentando agilizar para poder ir embora logo.

– ah, agora ele tem que dar permissão para você sair? – agora foi o “Sirius Ridículo Black” que disse.

– bem, agora eu vou embora. – e me virei fazendo menção de ir embora

– espera aí! – gritou Potter. eu me virei.

– o que é?

– certo! Vamos para a Florida e bababa... – o cachorro pulguento latiu. Eu congelei. Eu ia para a Flórida também. Não deixei de rir por dentro: a Lene ia ficar no mesmo estado que o Black! E se nos encontrarmos lá... O QUE É ISSO LILY? O Potter vai estar lá também, e se ele descobrir que nós vamos também, ele não vai largar do meu pé! Ai Deus! O que eu faço? Bem, vou abafar o caso e talvez não nos encontremos lá não é? Não é?

– e o que isso tem a ver comigo?

– nada. Só... Só... Sei lá! – falou Potter com uma cara de confuso.

– é bom que o avião caia! – falei e virei as costas entrando em casa. Quando entrei senti um tipo estranho de pena do Potter.

Pena do Potter? Qual é, Lily?

É que, sei lá! Ele tava com uma carinha de triste.

Poupe-me. E se lembra de que a Marlene vai vir lhe buscar sua anta?

Ah, é! Eu e a Lene íamos ao cinema ver um filme. Arrumei-me a jato.

(N/A: Roupa da Lily - http://casalcasado.files.wordpress.com/2012/07/clipboard011.gif)

Esperei a Lene chegar brigando com a Petúnia, depois fui para a janela ver se os pestes (senti um pouco de pena de novo) já tinham ido embora. Eles estavam entrando no carro. O Potter olhou para a janela do meu quarto esperançoso e, quando viu que eu não estava lá o brilho desapareceu dos seus olhos. Ele fez uma cara triste e entrou no carro, que arrancou imediatamente. Uns cinco segundos depois que eles saíram, a Lene chegou no carro dirigido pelo irmão dela, que tinha dezessete anos. Eu entrei, dei dois beijinhos na Lene e no Spencer, que era meio que meu irmão também. Chegamos ao cinema e fomos para a bilheteria. Finalmente chegou nossa vez.

– droga! – gritou Marlene. Ela tinha cabelos castanhos e olhos cinza e estava com uma roupa bem legal.

(N/A: Roupa da Lene -http://www.lojalemoncola.com.br/image/cache/data/produtos/lemonverao/EL002%20preto%20vestido%20curto%20casual-1000x1500.jpg )

– o que foi, Lene? – perguntei.

– o nosso filme está esgotado!

– então vamos ver outro!

– qual?

– de terror não!

– ah, droga!

– é isso aí!

– então um de romance. Estou me sentindo romântica hoje.

– meu deus! Nunca imaginei viver para ver esse dia!

– bem, vamos ver esse: “os guarda-chuvas do amor”.

– legal.