O Reflexo Da Semideusa escrita por Bibs


Capítulo 7
VII


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado aos meus leitores lindos e nada pacientes que me ameaçaram de morte lenta e dolorosa se eu não postasse logo o que acontecia com o Sam! Amo vocês! espero que gostem.



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Meus joelhos cediam enquanto me aproximava de seu corpo, cai no chão ao seu lado, havia parado de gritar, mas a dor ainda continuava. Eu não iria perdê-lo mal sabia o que tínhamos, somente sabia que queria descobrir.

– Sam! Acorda! Sam! Sam! Sam! – Tentava gritar, Sacudi-lo, qualquer tipo de coisa que o fizesse levantar, qualquer indicio de vida já me acalmaria.

Senti uma pessoa me abraçar por trás, era a Ray, provavelmente alguém deveria ter avisado o chalé de Apolo do acontecido, ela sussurrou algo em meu ouvido, não a entendi, porém sua voz me acalmou um pouco. Ela me afastou alguns metros de Sam e olhou profundamente em meus olhos, como quem perguntasse: “O que diabos aconteceu?”.

– Eu não sei, Eu não sei Ray. Eu não tive culpa eu juro, eu nunca faria isso, eu juro...

– Ninguém esta te acusando de nada agora Nina, somente se acalme, ok? – Mas nessa hora eu percebi, que nem ela estava calma, ela estava aterrorizada, estava sendo forte por mim.

Ouvi trotes de Cavalo e do meio das sombras surgiu um homem... Animal, CENTAURO. Devia ser o diretor de atividades do acampamento, a Ray havia me falado sobre ele. Então pelo visto a coisa era séria, a preocupação tomava conta de meu peito e não conseguia pensar em mais nada.

– Quem viu o que aconteceu? – O centauro, que pelo que soube se chama Quíron, pronunciou-se.

– Eu vi senhor. – A menina que gritou mais cedo estava abraçada com John que lhe fazia cafuné, eles pareciam ser bem próximos, talvez até namorados. Ela tinha cabelos longos e loiros, seus olhos cor de mel, era toda pequena, magra, baixinha, muito delicada. Pensei em quanto a cena poderia ter traumatizado ela. – Ele estava saindo do chalé e eu estava, bem... Chegando, e ele do nada caiu de joelhos no chão e então caiu, nada o atacou, nem o atingiu.

– Receio que perdemos mais um dos amaldiçoados. – Mais um? Então quer dizer que alguém já havia morrido por essa maldição? – Por favor, alguém cheque o pulso.

Ray me soltou e andou alguns passos até o corpo de Sam, ajoelhou-se ao seu lado e antes de mais nada tocou na sua mão, recuou rapidamente, sua mão estava vermelha. Olhou para Quíron com o olhar mais apavorado que já vi na cara de qualquer um. Foi quando minha paciência acabou. Corri desesperadamente até Sam com lagrimas escorrendo descontroladamente pelo meu rosto.

– Sam agora me escuta, se ainda tem alguma parte de você aí dentro me escuta, você não pode morrer agora, não posso perder mais ninguém na minha vida, principalmente você! Então, Acorda! Esta me ouvindo! Eu não deixo, eu não permito você morrer. – Nesse ponto já estava gritando descontroladamente. – Acorda agora, ISSO É UMA ORDEM!

E Foi quando os olhos de Sam se abriram. Seus lábios tentaram se mexer, mas eu fiz um sinal para que não falasse, eu conseguia ver o quão fraco estava, só pelo seu olhar, aquele olhar, fiquei encarando para ele por um bom tempo. Quando levantei a cabeça para os outros percebi que havia uma enorme roda ao meu redor com rostos surpresos e atordoados, como se tivesse acabado de fazer um milagre.

– Alguém faz alguma coisa, leva ele pra enfermaria qualquer coisa. – Comecei a ficar com raiva do quanto as pessoas estavam atônitas, sem ajudar em nada. – O que estão esperando?

Ray Aproximou-se de novo e levou minha mão até o corpo de Sam. Ele estava quente, na verdade, estava fervendo. Sofri uma pequena queimadura por demorar muito de remover minha mão.

– Estamos esperando ele esfriar.

A multidão começava a se dissipar conforme o tempo passava, após algumas horas somente continuavam ali; eu, Ray, Quíron, John e sua namorada que já mais calma resolveu ajudar a me confortar. Controlávamos regularmente a temperatura de Sam, a usando bolsas de gelo até que sua temperatura estivesse pelo menos suportável para movê-lo para enfermaria. Todos tentavam conversar comigo perguntar o que havia feito para ele acordar, mas eu não sabia, e mesmo se soubesse, não estava com cabeça para perguntas. Fiquei encarando os olhos de Sam, para ter certeza que ele ainda estava lá.

Após algumas horas conseguimos levar Sam para enfermaria, insistiram para que eu fosse para o meu chalé dormir, mas assim que disse que não sairia do lado dele por nada, todos pareceram me obedecer. Sam dormiu facilmente assim que o deitamos, ele parecia cansado, e me asseguraram que ele não corria mais risco de vida. Lembrei-me de quando eu estava no lugar dele, ele tinha cuidado de mim, talvez se não fosse por ele, Matt teria me matado. Pensei em Matt, onde ele estava? Não havia o visto desde nosso desentendimento.

– Anh, com licença, Nina? – Viro para trás pra ver quem estava falando comigo, e parece que meus pensamentos tinham poder de atrair as pessoas porque era Matt.

– Fale baixo, por favor. Sam está dormindo. – Pouco me importava as desavenças que tivemos, só queria que ele não perturbasse a paz daquela enfermaria.

– Só queria me desculpar, não deveria ter te empurrado, me perdoe. Sabe, eu estava entre a multidão hoje, vi o jeito como cuidou de Sam. Entendo agora porque Millie dizia que era tão especial. – Ele olhou para baixo como se pronunciar o nome dela fosse doloroso. – Enfim, só gostaria de saber se posso ficar aqui com Sam um pouco, ele é meu cunhado, sabe?

– Sim, eu sei. E você sabe que se eu pudesse teria impedido Millie, certo? Que nunca deixaria ela se arriscar assim se soubesse o tamanho do risco.

– Agora, eu sei. Bem, se você quiser pode ir pro seu chalé, eu fico de olho nele enquanto você dorme.

– Não! Se quiser ficar, adoraria conhecer mais sobre o homem pelo qual minha melhor amiga é perdidamente apaixonada. – Uma pequena faísca acendeu-se em seus olhos. – Mas eu não vou a lugar nenhum.

– Sem problemas. – Matt respondeu, sentando-se em um pequeno sofá, e parecendo até apreciar a ideia de conversar um pouco comigo.

E assim a madrugada foi-se esvaindo. Compartilhando histórias e lembranças boas de Millie, Matt me contando mais sobre Sam e simplesmente conversando. E por alguns momentos , parecia que Millie iria repentinamente aparecer pela porta com seu sorriso travesso perguntando o quão mal estávamos falando dela.




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