A Grande Caçada Ao Rato - Reloaded escrita por Jereffer


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Fala pessoal! Tudo bom com vocês? Comigo não, pois a alguns minutos os fatos dessa história ocorreram comigo
Quem não leu a primeira parte, eis o link
http://fanfiction.com.br/historia/166640/A_Grande_Cacada_Ao_Rato/



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Sabe aquele filme ruim onde o diretor resolve reunir heróis improváveis em uma situação clichê? Bem, esse é quase o caso da minha vida.

A um ano atrás, eu lhes contei a saga épica de dois homens contra um rato, e um famigerado roedor da mesma prole, essa noite, por fim, forçou a reforja dessa aliança.

Essa história começa causando um deja vu. Eu estava jogando um FPS, e não um MMORPG, mas estava jogando, quando o estridente som de mau agouro ecoou pela habitação.

– Um rato ! Jeffer.... ops, digo, Jereffer! - era minha brava irmã mais velha dando o sinal - Um rato enorme acabou de entrar no seu quarto!

Um herói deve ter decisões firmes e velozes. E por isso que eu não sou um herói que nem nas histórias. Tropeçando vergonhosamente, eu corri em direção a porta da cozinha, e velozmente apanhei o peso para porta, e junto com o tapete do banheiro, fiz uma barricada na porta do meu quarto, e a fechei hermeticamente.

O espírito Jeréfico de velocidade desajeitada é de família, então logo minha operada mamai(que tem uma participação pequena nessa história, por estar de muleta devido a uma operação recente) e minha corajosa irmã já tinham ido em busca de auxílio nas casas vizinhas.

Enquanto encarava minha porta, eu recitava feitos de coragens de meus personagens favoritos, mas minha adrenalina se negava a banir os efeitos do susto inicial.

Vocês se lembram do interpreto herói na outra história, o seu Zé?(que eu descobri que esse é apenas um apelido, seu nome real é João). Nem um pouco envelhecido, semi-embiragado e com um chapéu cata-ovo florido, meu velho companheiro em armas entra na casa, trazendo a vassoura usada para catar o estrume do cachorro e um rodo.

Com um jovial “Então ele está aqui? Rapaz?” ele tira a cabeça das respectivas ferramentas, e portando clavas formadas pelo bruto cabo de madeira das mesmas, entramos no território violado pelo inimigo.

Não existe expectativas maior do que o precede o ato de deslizar o cabo de madeira por baixo do guarda-roupas. Será que o rato sairá? Ele virá em minha direção, olhando nos olhos da morte, ou seguirá os hábitos de sua espécie e fugirá?

Bom, eu nunca saberei responder essa parte, pois as investidas com o cabo de madeira não fizeram diferença alguma. Enquanto o valente seu João golpeava a parte de cima do guarda-roupas(onde todo pobre guarda tralhas) eu tive o infortuno de ter a idéia de abrir uma gaveta. Tudo o que eu vi foi um rabinho balançante e fezes provocadas pela ingestão do veneno que preventivamente sempre ficava atrás da porta.

Sem pensar duas vezes, eu a fechei, e fui apanhar meu bastão em cima da cama. Quando abrirmos novamente, o pequeno bastardo já havia sumido.

Mas a sorte nunca deixa de sorrir para a causa justa, e depois de muito espancar o roupeiro e movê-lo dúzias de vezes, o gigantesco rato escapou pela porta aberta depois de sair debaixo do mesmo.

Mais rápido que o ligerinho, o roedor se moveu para a sala de estar, se abrigando entre os sofás. Isso levou a uma tensa caçada que forçou mover os mesmos.

Já que o seu João não estava lá muito sóbrio, precisou de ajuda para erguer o sofá, e eu, tolo como sou, larguei minha vara para ir ajudá-lo.

A besta cinzenta, saiu em rompante de debaixo do agora erguido móvel, e chegou a bater em meu pé, enquanto eu largava o sofá e me movia debilmente em direção ao cabo/bastão.

Com a força de mil picaretas de diamante empunhadas pelo Herobrine, eu consegui desferir um golpe contra o demoniozinho, que arranhava a porta de outro quarto, tentando entrar nele. O golpe o acertou na cauda, mas não foi o suficiente para impedi-lo de atravessar uma pequena brecha na barricada, composta apenas de uma dobra de pano.

Já no quarto dos meus país, a história era outra: Uma cama enorme e um guarda-roupas pesadíssimo reduziram nossa determinação, e logo aquilo que estava sendo mais emocionante que a caçada aos Orcs dos três Caçadores em das se tornou um monótono sistema de golpear todas as roupas de pano com um pau e ficar movendo caixas de um lugar para o outro.

Depois de um tempo que parece uma eternidade, muitas histórias contadas pelo seu João, finalmente, minha mãe deu a sugestão de verificarmos atrás da pesada caixa de CDs dela. Era a última opção.

O sentido aranha de Seu João deve ter formigado, pois ele me pediu para bloquear o corredor que dava acesso ao resto da casa enquanto ele verificava.

Quando a caixa se moveu, o rato saltou.

Ele deu uma minúscula escalada pela perna do pobre bêbado, que saltou igual a Dayne dos Santos, e então desistiu de sua escalada e correu em minha direção.

Com meus hormônios nerds berrando “You Shall Not Pass!” Bati com o cabo no chão, e aqueles dois pequenos olhos cintilantes de ódio me encararam por meio segundo, e ele voltou a correr para a Sala.

Infelizmente, devido a minha posição no corredor, eu não pude ver com os meus próprios olhos o desfecho disso, mas ouvi minha irmã gritar lá da rua(sim, metade da vizinhança já tinha vindo assistir)

– Ele está saindo!

Um vulto cinzento passou pela porta, enquanto a esposa de seu João berrava “Cuidado com o cachorro!” freneticamente.

Abandonei meu posto e fui para a sala. Depois de fechar a porta e eliminar as chances do retorno do roedor, eu assisti o fim pela janela.

O rato driblar seu João. Meu cachorro quase matar o rato. Meu cachorro quase matar o seu João.... ok, isso é brincadeira, ele apenas rosnou. O Rato passou em rompante pelo portão aberto, atravessou a rua em frente a um grande número de espectadores e entrou pelas grades do portão do vizinho.

Eu me deixei cair no sofá, suado e com a bexiga estourando, minha crise de adrenalina arrefecendo.

Fim da caçada. Eu fico me perguntando o que aconteceu com aquela criatura, Mas isso já é problema do vizinho!


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