Love Is Pain escrita por Nath_Coollike


Capítulo 9
Back Home


Notas iniciais do capítulo

CAPÍTULO DEDICADO A Ju lls !!! OBRIGADA PELA RECOMENDAÇÃO, SUA MARAVILHOSA ♥
Enjoy (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/278972/chapter/9

Logo depois de tudo o que aconteceu na adega, me forcei a sair dali – ainda meio entorpecida com o que Jason acabara de dizer – e ir ajudar Edward e Daniel a tentar conter as chamas.

Por sorte não era algo muito sério e conseguimos contornar a situação sem precisar dos bombeiros ou de todo o carregamento de água da cidade.

Edward sacou o celular do bolso, discou algum número e começou a contar o que aconteceu, saindo de vista em quando isso. Daniel agarrou minha cintura por trás, parando a boca perto da minha orelha.

Eu podia sentir o bafo de menta quente dele tocar na minha pele e aquilo meio que fez eu me sentir pior em relação ao Jason.

- Vamos brincar de “quem você acha que colocou fogo na árvore”. – Daniel falou e riu pelo nariz. – Eu começo. Acho que foi o Jason.

Me soltei dele e parei de frente para Daniel, encarando o chão nervosamente.

- Talvez não. – Falei.

Eu sei que foi, mas, por algum motivo, eu queria proteger o Jason. O que ele fez foi errado e pra mim estava claro que foi ele que ateou fogo na árvore, mas eu não queria Daniel sendo um total babaca com Jason por causa disso.

- Tá brincando comigo, né? – Daniel falou. – Eu vi ele saindo da adega. Foi ele, Mel.

- Pode ter sido qualquer outra pessoa. Ou um acidente. Não foi culpa dele. – Falei e olhei para Daniel.

Ele olhava para mim como se eu tivesse dito a coisa mais ridícula do mundo.

- Entendi. – Ele falou e cruzou os braços, arqueando sugestivamente uma sobrancelha pra mim. – Está tentando proteger ele.

- Não, eu só não acho que você devia acusar ele sem nenhuma... – Comecei.

- Pelo amor de Deus, Melanie! – Daniel falou e jogou as mãos para cima. – É tão óbvio que foi ele. Por que está bancando a idiota?

Deixei Daniel falando sozinho, o que eu sei que não foi a atitude mais adequada considerando que a casa é dele.

E que nós estávamos bem íntimos há pouco tempo atrás.

Comecei a procurar por Jason pela casa, não me importando nem um pouco com o fato “sou visita”. Eu precisava falar com aquele idiota e tinha que ser agora, mesmo que eu fosse um pouco mal-educada para encontrá-lo.

Demorei um pouco de tempo para encontrá-lo, mas o achei em um dos quartos que parecia ser o que ele dividia com Daniel.

- Precisamos conversar. – Falei enquanto fechava a porta do quarto atrás de mim.

Jason estava deitado na cama enorme no meio do quarto, com um cigarro pendurado nos lábios e sem camisa e com o cabelo molhado.

- Não tenho nada para conversar. – Jason falou, tirando o cigarro dos lábios e jogando fumaça para cima.

- Tem sim. – Falei. – Pode começar me contando o que estava pensando quando incendiou uma árvore.

- Não é exatamente da sua conta. – Jason falou, segurando o cigarro entre os dedos e virando a cabeça para me encarar.

Eu devia ganhar um prêmio por aturar Jason ás vezes. Sério. Não é fácil.

Caminhei até a cama e sentei pertos das pernas dele, tentando não me perder com a visão de seu abdome perfeito ou com o cheiro gostoso que ele estava.

- Eu sei que ouviu o que o Daniel falou antes... Você sabe... Naquela hora que eu e eles estávamos na sala... – Comecei.

- Estavam na sala quase fodendo, é eu sei. – Jason falou meio irritado.

- Foi por isso? – Perguntei.

Jason riu sem humor.

- Pelo amor de Deus, acha mesmo que você vale tudo isso pra mim? – Jason perguntou meio ferozmente.

E, de novo, aquela sensação horrível de ser um nada me invadiu.

Virei os olhos e levantei da cama.

- Você é um maldito de um hipócrita! – Falei meio gritando. – Deixa eu refrescar sua memória com o que você disse na adega. Você me chamou de qualquer uma. Qualquer uma. Isso alguns minutos depois de você ter dito que éramos amigos! Depois que nós nos beijamos.

- Você me beijou. – Jason corrigiu com o típico sorrisinho malicioso nos lábios.

- Que seja, é irrelevante! – Gritei, meio descontrolada com a situação. – E depois, quando o seu primo, não eu, mas a droga do seu primo diz “esquece o Jason”, você vira a donzela machucada! Mas que droga, Jason! Você é um filho-da-puta egoísta! Você me magoou com aquela coisa de “qualquer uma” e quando o imbecil mor do Daniel vem e diz aquelas porcarias que não significam porra nenhuma sobre esquecer você, fere os seus...

Não consegui terminar de gritar com ele porque Jason me puxou para baixo e pressionou os lábios com força nos meus.

Acabei de quase cruzar a 894502345ª base com Daniel e já estou beijando Jason de novo, deitada numa cama. Não me orgulho disso, mas é que esse garoto idiota é um idiota irritante e...

Jason aprofundou o beijo, enfiando a língua na minha boca sem esperar pela minha autorização, e me fez deixar de lado Daniel e o que quase acontece na sala há pouco tempo.

Se eu estava me sentindo suja? Com certeza.

Se eu queria parar de beijar Jason? Nem pensar.

Meus dedos se misturaram no cabelo macio de Jason, os puxando de leve, enquanto uma das mãos de Jason me apertava contra ele, me impedindo de levantar ou sair de perto dele.

A outra mão provavelmente segurava o cigarro.

Nos soltamos em buscar de ar. Enquanto eu ofegava e tentava não pensar em um Jason seminu do meu lado, Jason esticou o braço e jogou o que sobrou do cigarro em um cinzeiro no criado-mudo ao lado da cama.

- Você vai ter câncer nos pulmões. – Falei meio idiotamente.

- Foda-se. – Jason falou e se inclinou em cima de mim, grudando nossos lábios por poucos segundos. – Você é bonita, mas fala pra caralho.

Antes que eu pudesse protestar, Jason me beijou de novo, dessa vez de um jeito mais pecaminoso. As duas mãos dele já estavam correndo pelo meu corpo e eu estava o puxando para mais perto, como se fosse possível.

Nos beijamos assim algumas vezes antes de Jason partir o beijo, distribuir beijinhos pelo meu pescoço algumas vezes – o que me fez enlouquecer totalmente, apesar de não ser nada demais – e depois parar com a cabeça em um ângulo perfeito para me encarar de um jeito meio intenso.

Eu tenho certeza que estava completamente vestida, mas por um momento senti que Jason conseguia ver atrás não só dás minhas roupas, mas da minha alma também.

- Não faz mais isso. – Jason falou e umedeceu os lábios vermelhos.

- I-Isso o que? – Me repreendi por gaguejar.

- De sair com o Daniel e ficar com ele pelas minhas costas. – Jason falou e tirou uma mecha do meu cabelo que estava caída perto dos meus olhos.

Ele está sem camisa, praticamente em cima de mim, me encarando de um jeito fofo. Ele pode pedir para eu matar alguém que mato sem nem pensar duas vezes. É jogo sujo.

O que me faz lembrar sobre aquele lance com a polícia...

Senti um calafrio subir pela minha espinha.

Jason é perigoso. E agora eu tenho certeza.

Mas agora, olhando para ele desse jeito, eu simplesmente não conseguia pensar nele como um garoto mal. Só conseguia pensar nele como o Jason.

O que, sem dúvida, é um problema.

- Tá. – Respondi depois de um tempo.

Jason sorriu um pouco e me beijou de novo. Quando o fôlego ficou curto, Jason saiu de cima de mim, rolando para o lado da cama e pegando o cigarro de novo, junto com o isqueiro que estava ali perto.

- Vai pro seu quarto. – Jason falou. – Daqui a pouco o trouxa do Daniel vai entrar aqui e, se ele ver você assim, ele vai contar pra mamãe dele sobre o que eu ando fazendo no quarto dele. Não quero encrenca pra você.

(...)

O outro dia começou melhor.

Tomei café-da-manhã, eu e Jason passamos alguns minutos nos beijando na cozinha quando todo mundo achava que estávamos lavando a louça, assisti um pouco de televisão e fui arrumar minhas malas.

Logo depois do café-da-tarde, colocamos as coisas no carro e fomos nos despedir.

Jason ficou com cara de bosta na hora de se despedir, mas se despediu de qualquer forma. Daniel sumiu, não o vi na hora de dizer tchau. Não posso dizer que odiei, afinal Daniel tinha criado um pouco de atrito entre eu e Jason.

Entramos no carro, Angelina dirigiu de volta para Hoonah, o que levou um tempo considerável. Chegamos de noite na casa de Jason.

- Eu ajudo a levar suas coisas para dentro. – Jason falou, apontando para a casa da minha avó com o queixo.

- Ok. – Falei. – Obrigada.

Jason pegou minha única mala e caminhou comigo até a porta da casa da vovó. Toquei a campainha e então resolvi perguntar o que tem me comido viva desde que acordei hoje.

- Sua mãe desconfia sobre, você sabe, a árvore que você carbonizou? – Perguntei.

- Ela sabe que fui eu, mas não é como se ela fizesse alguma coisa de qualquer forma. – Jason falou.

Me virei para ele, tocando de novo a campainha já que nenhum dos velhos que moram nessa casa vieram atender.

- Pare com isso. – Falei e Jason olhou para mim meio debochado. – É sério. É errado e perigoso, Jason.

- Olha quem tá falando. – Jason falou. – Preciso mencionar que quase transou com o meu primo e comigo em menos de dois dias? Que classe.

Foi quando minha avó abriu a porta e ficou olhando para mim durante um tempo.

- Você o que Melanie? – Perguntou meio fora do sério.

- Era brincadeira, vovó. – Falei meio estática.

- É senhora Campbell. – Jason me ajudou. – Piada interna. Sabe como são os jovens de hoje.

Jason ficava parecendo um engomadinho perto dos meus avós, é quase cômico.

Vovó deu um sorriso aliviado e abriu mais a porta. Jason e eu entramos e Jason deixou a mala ali perto.

- Então é isso. – Jason falou e respirou fundo, sorrindo um pouco pra mim.

- Eu te acompanho até lá fora. – Falei.

Praticamente empurrei Jason para fora da casa, o arrastando até o meio do jardim da frente, a uma distância segura que eu tenho certeza que meus avós não escutariam a conversa.

- Se ela não tivesse engolido essa de “piada interna”, juro por Deus que eu ia te matar. – Falei entredentes e Jason riu.

- Relaxa, Califórnia. – Jason sussurrou e piscou pra mim, colocando as mãos na minha cintura. – Sua avó me adora.

Jason nos virou, ficando de costas para a porta da minha casa, e me beijou, descendo as mãos até o meu bumbum. Eu podia sentir minha avó olhando para nós dois da porta, mas ela não conseguia ver onde a mão de Jason – o “bom menino” – estava. Tive que rir no meio do beijo porque era bem isso o que Jason era.

Minha avó enxergava o Jason perfeito enquanto o Jason de verdade apertava minha bunda e colocava fogo em árvores.

Separamos os lábios.

- Amanhã, dez horas da noite, esteja aqui fora. – Jason falou e mordeu meu lábio inferior antes de me soltar completamente e ir caminhando em direção a casa dele.

Voltei para dentro da casa dos meus avós, evitando os olhares engraçados da minha avó.

Se ela soubesse sobre o verdadeiro Jason, ela estaria chorando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Não? Me digam nos reviews (:
Melanie parece uma vaca, mas eu juro que ela não é kkkkkk
Beijos :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Love Is Pain" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.