Fantasia escrita por Suzana San


Capítulo 9
Capítulo 7 – Planos (Parte II)


Notas iniciais do capítulo

Ohayoo!! Estou de volta! *-* (finalmente xD). Ainda estou sem meu computador, então vocês já devem saber que as coisas estão sendo feitas às pressas hahaha. Por isso, perdoem os erros que encontrarem por aí. ^^
Espero que gostem do capítulo! Beijos!!!
E para não perder o costume... Naruto não me pertence, peguei emprestado de Kishimoto Masashi-sensei. *reverência*



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Capítulo 7 – Planos (Parte II)


Sempre fazendo planos para o futuro...

Sempre sendo surpreendida pelo presente.”

(Paulo Coelho)


–x-x-x-x-

Keiko ouviu batidas na porta do quarto. O sol lançava, sobre seus olhos fechados, raios mornos e sorrateiros através da cortina, mas ela estava com sono demais para se incomodar. Tinha ido dormir de madrugada, depois das 3 da manhã, quando, finalmente, terminou o projeto que a Natsume solicitara de última hora. Perdera as contas de quantas canecas de café havia tomado para manter os olhos abertos. Sorte que Kakashi sabia preparar um bom café, pois ela sequer se levantara para ir à cozinha – nem para beber água.

Enquanto ela trabalhava, Kakashi lia alguns mangás, deitado preguiçosamente no sofá da sala. Por volta da meia-noite, ele bocejou e Keiko sentiu um aperto no coração.

– Aka... – Ele chamou, levantando-se do sofá. Keiko parou de digitar e virou-se para olhar para ele. – Como está o trabalho?

– Ah, estou quase terminando. – Ela respondeu; mas era uma mentira. Ainda faltava muita coisa para fazer, porém ela não queria prendê-lo ali. Já havia sido bom o bastante tudo o que ele tinha feito para animá-la e incentivá-la a concluir o planejamento: a pizza, o café, os biscoitos e a companhia.

– Hm. – Ele murmurou. – Sendo assim, vou me deitar.

– Ok, Kakashi-san. Obrigada pela companhia e pelo café.

– Não se preocupe com isso. Oyasumi.

Oyasumi...

Keiko reuniu todas as suas forças para acelerar o trabalho, mas o sono dificultava as coisas. Além disso, a todo o tempo, sua mente divagava para o quarto do shinobi, imaginando como ele estaria dormindo. Com pijama completo? Só de calça? Sem roupa nenhuma? A certa altura, ela ouviu a fechadura da porta do quarto dele se abrindo, e quase teve um ataque cardíaco quando ele surgiu na porta da sala, vestindo apenas uma calça de malha e sua habitual máscara. Com um olhar sonolento, passou a mão nos cabelos bagunçados e perguntou:

– Você não vem dormir, não?

Sua capacidade de concentração ficou seriamente abalada, e ela sentiu aquela vontade gigantesca de se jogar em cima dele. Mas ele desapareceu no corredor, em direção à cozinha. Quando voltou, segurando um copo com água, ele acenou para Keiko e entrou no quarto.

Eram quase quatro da manhã quando ela, finalmente, terminou o planejamento e foi dormir.

Agora o dia já estava claro e sua cama parecia mais macia e confortável do que nunca. As batidas na porta ficaram mais altas. Ao sentir que estava acordando, Keiko tentou bravamente se agarrar ao sono e voltar a dormir, mas a voz grave de Kakashi se fez ouvir do outro lado da porta, dizendo:

– Eu não acredito que, depois de tanto sacrifício, você vai ficar sem entregar o projeto.

A palavra “projeto” acionou uma espécie de alarme na mente da ruiva. Ela abriu os olhos e espiou o relógio que ficava ao lado da cama. Quando viu o horário, entrou em pânico. Levantou bruscamente e pensou:

“Droga! Estou atrasada!”

Ela abriu a porta do quarto de uma vez e saiu voando para o corredor. Mas algo sólido impediu o seu avanço: o peito de Kakashi. Os dois se chocaram contra a parede do outro lado do corredor e Keiko só não caiu, porque os braços do shinobi se fecharam ao redor da sua cintura, segurando-a firmemente.

Keiko sentiu-se um pouco tonta – tanto por ter levantado rápido demais, quanto por ter esbarrado em Kakashi – e fechou os braços ao redor do pescoço dele para se segurar.

Tentando controlar a respiração para aliviar a tontura, ela desvencilhou-se dos braços dele, murmurando um tímido "obrigada". Como ele não respondeu, ela ergueu os olhos para pedir desculpas e então notou, na breve fração de segundos em que ficaram parados frente a frente, que a área exposta do rosto de Kakashi tinha ganhado uma cor avermelhada muito incomum. Ele estava com o rosto virado para outra direção, deliberadamente evitando encará-la. Com muita habilidade, ele esquivou-se para longe dela.

– É melhor você se vestir logo. – Ele murmurou, repentinamente, muito interessado em um pedaço solto do carpete do chão.

Ela entrou no banheiro, achando aquele comportamento dele muito estranho. Será que ele tinha ficado tão estranho só por causa de um esbarrão? Bem, praticamente, ela havia despencado em cima dele, mas, obviamente, não tinha sido de propósito. O apartamento não era tão grande, e esbarrar-se em alguém era algo muito comum em locais apertados assim.

Ela pegou sua escova, colocou um pouco de creme dental e se olhou no espelho para começar a escovar os dentes. O reflexo no espelho sobressaltou-a. Agora entendia o comportamento estranho de Kakashi. Ela ficou encarando a imagem refletida, segurando a escova no ar, a meio caminho da boca.

Quando ele disse “é melhor você se vestir logo”, ele não estava dizendo para Keiko se arrumar depressa, para não se atrasar. Ele estava, literalmente, dizendo para Keiko se vestir.

Quando saiu, às pressas, do quarto, naquela manhã, ela se esqueceu completamente de colocar roupas decentes. Logo, havia se atirado no corredor usando apenas uma camiseta regata branca muito justa - a qual era insuficiente até mesmo para cobrir seu umbigo - e sua calcinha vermelha da Betty Boop, que estava gritantemente exposta. E ela tinha uma cor muito parecida com aquela que havia tingido o rosto de Kakashi.

–x-x-x-x-

Keiko tomou um banho em tempo recorde e disparou para a cozinha. Kakashi lhe estendeu um copo de suco e um sanduíche, assim que ela passou pela porta. Seu coração se aqueceu com a atitude dele, e ela teve vontade de agradecê-lo sinceramente pela ajuda, mas a maldita Betty Boop tinha criado uma espécie de barreira gelada entre os dois. O shinobi saiu da cozinha logo depois, deixando-a sozinha, com Shippo aos seus pés, miando por mais leite.

Quando terminou de engolir o desjejum, apanhou as chaves do carro e correu para a sala. Encontrou Kakashi parado na porta, vestido para sair, esperando por ela.

– Aonde você vai? – Ela perguntou, curiosa, sem conseguir se conter.

– Vou acompanhar você. – Ele disse com um tom displicente, tamborilando os dedos na fechadura da porta. Apesar do ar casual, ele ainda estava evitando olhar para ela. – Gosto de ver missões sendo cumpridas com sucesso. – Completou.

Keiko ficou surpresa. Por essa ela não esperava. Mas seria muito bom ter a companhia dele no caminho, e ela poderia aproveitar a oportunidade para passear com ele pelo Instituto.

– Ok, então vamos correr. – Ela disse, sem conseguir conter um sorriso. - Tenho vinte minutos para chegar lá. Espero que o trânsito não estrague tudo!

Keiko não quis esperar pelo elevador. Desceu as escadas pulando os degraus de dois em dois, ignorando a saída para o saguão de entrada do prédio e continuando a descer o último lance de escadas, que dava para a garagem. Entraram no carro, e ela precisou parar um pouco, respirar e tomar fôlego, antes de girar a chave no painel. Kakashi, ao seu lado, não demonstrava nenhum sinal de cansaço.

– Shinobis... – Ela murmurou, com uma pontada de inveja. Kakashi deu aquele sorriso torto por debaixo da máscara, mas não falou nada.

Keiko engatou a marcha ré e quando fez uma curva fechada, Kakashi precisou agarrar a alça sobre a porta para não cair em cima dela. O topo da sua cabeça bateu no teto quando ela passou, sem frear, pelo quebra-molas da entrada do prédio. Quando alcançaram a saída da garagem, ele olhou feio pra ela e colocou o cinto de segurança.

– Seria interessante chegarmos vivos ao seu trabalho. – ele disse, massageando a cabeça no lugar onde havia batido.

– Você veio porque quis. – Ela replicou, sem tirar os olhos da estrada.

Kakashi lançou-lhe um olhar aborrecido, quando ela freou bruscamente para não passar no sinal vermelho, jogando-os para frente com violência.

Keiko observou-o pelo canto dos olhos e percebeu que ele estava encarando-a.

– Não me olhe dessa maneira. – Ela disse, esperando, impacientemente, o sinal abrir. – Preciso de concentração para dirigir e você está me deixando louca.

As palavras não soaram do jeito que ela queria, e acabaram ganhando um sentido diferente daquilo que deveriam. Ela apertou os lábios e puxou o ar pelo nariz, fechando os olhos. Embora não pudesse ver, tinha certeza de que um sorriso torto havia se formado no rosto mascarado dele.

Keiko ficou vermelha.

– O farol vermelho, seu rosto vermelho, seu cabelo vermelho... – Ele disse, de repente, com seu tom maroto. – Tenho a impressão de estar vendo muitas coisas vermelhas nesta manhã. – Ele estava, definitivamente, insinuando algo.

Ela teve que apertar os olhos e segurar firme o volante, para manter sua atenção no sinal acima de seus olhos.

– Se você falar mais alguma coisa, eu dou um jeito de te assassinar enquanto você dorme. – Ela sibilou, engatando a marcha e voando pelo sinal que acabava de abrir.

Kakashi apenas riu e voltou seus olhos para a avenida. Estavam se distanciando do trânsito principal, e percorriam uma estrada margeada por árvores. Entretanto, não era a estrada que ocupava sua mente, mas sim, uma certa Betty Boop estampada num tecido vermelho.


–x-x-x-x-

~~ Glossário dos termos japoneses ~~

Oyasumi: Maneira informal, íntima de dizer “boa noite” ao se despedir de alguém. O modo formal é oyasuminasai.


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Notas finais do capítulo

Gomenassai pelos erros! Foi, realmente, bem complicado editar este capítulo. Como estou sem meu computador, tenho que aproveitar os minutinhos livres no trabalho para escrever. Então, paciência! Kkk Melhor ter um capítulo com erros e postado na data, do que não ter capítulo nenhum! :P
Não esqueçam de conferir o novo calendário de postagens que coloquei no meu perfil!
Um grande beijo a todos os que estão acompanhando a fic! Deixem seus comentários! Vamos bater a meta dos 50 reviews, ok? XP
Até o próximo capítulo!