Quando Sam recebeu o bilhete de Freddie informando a hora do casamento, ela já tinha se recuperado do susto e começara a aceitar a situação. Iria se casar por conveniência e sem amor.

No dia seguinte pela manhã Carly ajudava Sam arrumar seus pertences para levar para a nova casa.

– Sam... Eu espero muito, que um dia o duque venha lhe amar, e que formem uma linda família juntos.

– Sinceramente, não sei mais o que esperar da minha vida. Contudo, ainda conseguirei ajudar minha mãe.

– é verdade. – Soltou um suspiro, o que fez Sam lhe dirigir um olhar interrogativo.

– o que foi? – perguntou.

– ai Sam... Queria tanto que casássemos juntas. – disse chorosa.

– ohhhh... Desculpe Carly. – Sam disse abraçando a prima.

– Não se preocupe comigo. Preocupe-se com sua felicidade agora. – Carly disse enquanto abria um baú e pegava um embrulho. - Pelo menos terá um vestido de noiva. Tia Rosemary encomendou um junto com os vestidos para a temporada.

– tenho de agradecer a ela por isso. – Sam disse sorrindo.

– não se esqueça de pegar suas novas roupas íntimas, para sua noite de núpcias.

A tia Rosemary também havia encomendado roupas íntimas, muito sensuais para as garotas, dizendo ser seu presente de casamento. E Era exatamente o que Sam tentava se esquecer.

Sua mãe lhe informara, do que acontecia na noite de núpcias. Mas, da forma que Freddie estava agindo, será que seria capaz de cobrar seus direitos como marido?

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Freddie estava em seu quarto terminando de se preparar para seu casamento. Ainda não conseguia acreditar, que dentro de uma hora seria um homem casado. Tanto anos de prática, fugindo de armadilhas para fazê-lo casar, e ainda acabou caindo em uma delas. Tinha sido feito de bobo por Samantha Puckett, e seu orgulho masculino não estava disposto a aceitar essa situação numa boa. Mesmo ela sendo a mulher mais linda e desejável que já conhecera.

Terminou de se aprontar e rumou para a igreja junto com sua mãe. Dentro da carruagem, Marissa Benson não parava de falar o quanto estava feliz de vê-lo casando.

– Estou tão feliz de ver que logo terá sua família. A senhorita Puckett é uma moça muito bonita e forte. Tenho certeza que lhe dará lindos filhos e saudáveis.

– melhor não criar expectativas, mãe. – Freddie disse muito sério.

– querendo ou não, um dia terão seus filhos.

A igreja estava lindamente arrumada com arranjos de rosas brancas e vermelhas. Apesar de não terem tido tempo para convidar ninguém, a igreja estava muito cheia. As portas da entrada foram abertas e Sam estava lá, entre elas. Neste momento uma música começou a ser tocada (MUSICA: ARIOSO – BACH).

Samantha Puckett usava um vestido branco todo rendado, com mangas compridas. Os cabelos estavam em cachos soltos, num dos lados tinha minúsculas rosas brancas, e um véu sobre eles.

Sam puxou o ar e começou a caminhar em direção ao altar. Olhou para o homem que a aguardava no altar, estava elegantemente lindo, e olhava intensamente para ela. Parecia encantado com o que via.

Quando Sam chegou ao altar, ao lado de Freddie, ele olhava profundamente em seus olhos. Ele silenciosamente ofereceu-lhe a mão. Sam pousou a mão direita sobre a dele, e sem nenhuma palavra viraram-se para o padre.

O padre ditou os votos, qual Sam e Freddie, pronunciaram um ao outro.

Sam sentiu suas lágrimas rolarem, quando ele segurou em sua mão, e lentamente, no seu dedo anular colocou uma aliança de ouro, sobre ela tinha uma pedra de safira da cor de seus olhos.

O padre então proferiu palavras de benção e os declarou: Marido e Mulher. Freddie segurou as pontas do véu, colou para trás. Ele a fitou por um momento, então se inclinou. Sam sentiu seu coração pulsar mais rápido, parecia que sairia pela boca a qualquer momento. Então, quando estavam a um centímetro do outro, fecharam os olhos, e se beijaram. Um beijo intenso. Quando o beijo terminou, Sam procurou olhar para qualquer outro lugar, que não fosse o rosto de seu marido. Já Freddie, não conseguia deixar de olhá-la. Estava completamente extasiado com a beleza daquela mulher, que agora era sua esposa.

Apesar de saber que seu amor não era correspondido, e aquele era um casamento conveniente, Sam não podia negar que a cerimônia tinha sido linda. Também não conseguia parar de olhar para a aliança que estava em seu dedo. Lembrava muito os seus olhos. “Será que Freddie teria comprado a aliança com o mesmo pensamento? Mas ele deixara bem claro, seu descontento em relação a ela, no tal pedido de casamento.”