Inimizade Amorosa escrita por Nat Rodrigues


Capítulo 9
Como queria ter a estrela...


Notas iniciais do capítulo

Olá! Como vão...? Queria agradecer a Capetinha Troll por ter favoritado!! Muitíssimo obrigada!! E também não poderia esquecer de agradecer a Tsumiki Miniwa, seus comentários são fabulosos!!! Sério, vocês leitoras, são perfeitas.. (mesmo que algumas tenham me abandonado...) Enfim, sem mais delongas, aqui está um novo cap... Acho que ta legalzinho... Boa leitura!!



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Já havia passado mais de cinco minutos em que eu passeava com Mona e Daniel, e nenhuma palavra havia sido dita. Eu estava evitando olha-lo, mas reparei que ele estava me observando, como se com isso conseguiria entender o que se passava em minha cabeça. O duro é que nem eu entendo direito.

- Am... Sério que você me odeia? –Daniel perguntou depois de um tempo.

- Às vezes sim... Às vezes não. Depende das suas atitudes. –eu respondi ainda sem olhá-lo, não estava a fim de papo.

- Olha, eu sei que você não vai achar que é verdade, mas eu gostaria muito que você me desculpasse por tudo que eu já te fiz... –ele disse parecendo sincero. – Eu sou humano, é natural errar, principalmente quando se trata de mulheres. Não conta isso pra ninguém, mas vocês são meu ponto fraco... -tentou fazer uma piada, mas não ri.

- Eu sei que é humano errar, mas... É que parece que você fica clicando na mesma tecla desde... Desde sempre. –eu respondi ainda sem olhar em sua direção.

- Eu sei... Por isso estou te pedindo desculpas... Sou um cafajeste mesmo, e estava acostumado com a facilidade com as garotas... –ele disse ainda em tom de brincadeira.

- É disso você tem razão, você é bem cafajeste mesmo... –concordei com raiva. Ele só acabou de me garantir o que eu já achava: ele só queria diversão, mas eu não deixei ele se divertir.

- Sim, mas não pense que eu fiz aquilo por hora do momento, ou por querer diversão, não tem nada a ver. –ele disse me contrariando. MEU DEUS! Ele lê mentes???

- Ta... –respondi vagamente tentando digerir o que ele disse.

- Vai, me desculpa! Você tinha falado que a gente ia manter uma amizade até chegar em Londrina... –ele pediu tentando fazer com que eu o olha-se, mas me virei novamente.

- Mas isso foi antes de você ter quase me beijado... –respondi seca. Eu não deveria estar feliz por conta do quase beijo...? Ah, é ele é um galinha. –pensei com raiva.

- Prometo que nunca mais faço isso sem sua permissão! –ele disse dessa vez entrando na minha frente, fazendo com que eu o olha-se. –Palavra de escoteiro! –disse levantando a mão.

- Você não é escoteiro. –respondi segurando o riso. Ele revirou os olhos e me olhou com uma cara fofa. – Am... Da licença, eu quero continuar andando. –disse tentando tira-lo da minha frente, para continuar a caminhada com Mona. Ele apenas cruzou os braços e ficou me olhando. Isso durou um minuto inteiro. Digamos que só acabou porque odeio ser observada, e aqueles olhos azuis pareciam me perseguir para qualquer direção que ia, não desgrudando de mim. – Se você faz tanta questão... –eu disse o desculpando e levantando as mãos, rendida.

- Só falta agora tocar a música da “Aleluia” –ele disse zoando e eu comecei a rir.

Continuamos andando por um bom tempo, não conversando nada de interessante, apenas comentando sobre as coisas da cidade. Até que não foi esse desastre todo, essa caminhada. Digo, eu não queria e ao mesmo tempo queria desculpá-lo. Não dá pra explicar. Mas estou feliz por ele não ter desistido de mim assim tão fácil como as pessoas geralmente fazem. Só não quero que ele pense que um dia iremos... Namorar. Isso não. Por mais que cada célula do meu corpo pense nisto e queira isto, não quero me machucar. É, não, namorar não. Até porque, desde quando ele iria querer namorar comigo...? “Mas ele disse que não foi por diversão, e nem coisa do momento” uma voz irritante dentro da minha cabeça me lembrou. “E também disse que não tentaria te beijar... Ah não ser que você deixasse...” lembrou-me novamente. Ah, cala boca! Não quero esperanças e ilusões idiotas. (Eu sei, nada normal eu me mandar calar a boca, mas de vez em quando não dá vontade de se espancar?!).

- Quer sorvete? –ele ofereceu quando já estávamos voltando e passando na frente do camelô que ficava próximo a nossa casa.

- Quero. Um misto. –respondi e ele foi fazer o pedido na barraquinha de sorvete italiano enquanto eu segurava Mona.

- Toma. –ele disse voltando e me entregando o sorvete. Continuamos andando devagar para não ter perigo de o sorvete cair (Ei, quando se está segurando Mona não é assim tão fácil comer). Chegando a frente da casa de praia, encontramos a toda apagada.

- Ué, onde eles foram? –perguntei.

- Saíram pra jantar, lembra? –Daniel falou.

- Ah, é, verdade. –respondi. –Você trouxe a chave? –perguntei.

- Não, achei que você tinha pegado. –Daniel respondeu e o pânico foi crescendo dentro de mim.

- Ha ha. Muito engraçado, mas agora me dá a chave. –eu disse.

– Repetindo: Eu não peguei a chave, achei que você tinha pegado. –ele disse sério.

- Droga. Ficamos para fora... –exclamei encostando no portão.

- É, ficamos... Pelo menos a vista é bonita. –ele disse. -E temos a companhia de um ao outro. –acrescentou. Sorri fingindo gostar da ideia. A verdade é que ficar a sós com ele era bom, mas ao mesmo tempo ruim. Bom, porque quando ele não tentava ficar jogando seu charme pra cima das pessoas ele era até legal, e ruim porque gosto dele. Você quer sentido, não? Sinto lhe informar que aqui você não vai encontrar...

- Podemos ir ali aos bancos. –ele sugeriu. Como já disse antes, a casa de praia que havíamos ficado era de frente ao mar, nos proporcionando uma linda vista. No calçadão havia uma grama bem cuidada, e na grama alguns bancos que serviam muito bem para apreciar o mar à noite com a luz da lua em contraste.

- O que você vai fazer na faculdade? –Daniel perguntou depois de um tempo em que estávamos sentados observando o mar.

- Não sei ao certo... Mas acho que Psicologia. Sei lá, aconselhar pessoas à como melhorar sua vida me parece uma boa escolha... –respondi. –E você, vai ser escritor? –perguntei zombando-o por conta de sua incrível habilidade com as palavras (como a música que ele havia feito para... Alguém).

- Nã-não sei... –ele respondeu perdendo a cor, a pergunta pareceu assusta-lo. – Porque diz isso? Odeio escrever! Nem sei fazer frases que façam sentido direito... –ele disse embolado e rápido.

- Calma, eu só estava brincado. –falei para acalma-lo. Credo... Até parece que ele escreveu... Am? Nossa que pensamento absurdo. Ele deu uma risadinha meio aliviada e tratou de mudar de assunto.

- A Mona vai ficar grande, né? Ela já é bem grandinha sendo filhote, imagina quando for “adulta”? –ele disse.

- Sim, ela vai fica bem grandinha... Não é garota? –eu disse com a voz manhosa fazendo carinho em Mona. Daniel começou a rir descontroladamente.

- O quê foi...? –perguntei sem entender bulhufas.

- Sua voz... Fica estranha... –ele disse entre as risadas. O olhei com meu olhar mais mortal possível. Sério que ele tava rindo da minha voz...? Que criança.

- Pelo menos eu preciso afinar minha voz pra falar assim, e você, que com a fase de puberdade ficou com a voz hora fina, hora grossa, hora fina, hora grossa... Sem fazer o mínimo esforço? –eu o zoei de volta. E ele parou de rir no mesmo instante.

- Ok, você venceu. –disse levantando as mãos para o ar. Sorri vitoriosa, mas logo meu sorriso se estragou.

- O quê foi? –perguntei ao reparar que Daniel, que estava rindo com as mãos levantadas, de uma hora para outra começou a me analisar tenso.

- Nada. –respondeu se virando para o mar assim que reparou que olhava fixamente para mim.

- O que houve? –perguntei preocupada. –Tem sorvete no meu cabelo? –perguntei pra fazer graça, mas ainda assim dei uma olhada na ponta dos meus cachos castanhos. Ele soltou uma risada abafada, e olhou para mim meio apático.

- Se eu falar o que pensei, você me daria um tapa na cara. –ele disse me olhando sério. Senti meu rosto corar, e tentei ignorar esse momento mudando de assunto.

- Me lembro que quando éramos crianças você queria ser Astronauta para poder ver as estrelas de perto... –eu disse.

- E você a presidente do Brasil para acabar com a fome... –ele disse. -Isso só mostra que desde pequena você já tinha alma pura, que gosta de ajudar as pessoas... Enquanto todas as outras garotas queriam ser princesas para usar um vestido e uma coroa, você estava preocupada com a fome brasileira... –ele disse me admirando.

- Am... –respondi sem capacidade de formar um frase por estar quase morrendo por dentro, com o estômago se revirando de tanta agitação das borboletas. Ficamos cada um com seu silêncio observando o céu. A poluição atrapalhava um pouco, mas dava pra ver ainda algumas estrelas, cada qual com seu brilho próprio seguindo seu caminho no universo. Deve ser legal ser uma estrela... Digo, eu não iria me apaixonar por ninguém e não sofreria de amor, já que não teria sentimentos... Mas será que seria bom não ter sentimentos...? Não ter nunca alguém ao meu lado para atravessar o universo comigo...? Ser sempre sozinha...? É, esquece. Ser estrela não seria assim tão legal...

- Posso te contar um segredo...? –Daniel perguntou quebrando o silêncio.

- Manda. –respondi ainda meio perdida observando as estrelas.

- Na verdade quando eu era pequeno, não queria ser astronauta só para ver as estrelas de perto. Eu... Isso é bobo, não ria de mim. –ele disse sério, assenti morta de curiosidade, e ele continuou. –Mas eu achava que conseguiria roubar uma estrela e dá-la de presente para a menina mais linda do universo, dar a aquela que roubasse meu coração, a aquela que me faria se apaixonar perdidamente por ela desde a primeira conversa, do primeiro olhar, do primeiro sorriso... Porque a estrela têm um brilho tão incessante, que seria o mesmo brilho que a garota traria para minha vida... –ele disse, e eu virei admirada para ele.

- Uau! –disse. –Isso não é bobo, isso é... Romântico, lindo, verdadeiro, maravilhoso... –disse ainda meio abobalhada com suas palavras.

- Obrigada, mas não é pra tanto... –ele respondeu sorrindo de lado (ai que sorriso perfeito!).

- E então, pra quem você deu a estrela...? –falei brincando, me referindo a estrela como metáfora, já que a estrela seria o amor dele.

- Bem, eu ainda não dei pra garota. Mas não porque tenho medo de não ama-la verdadeiramente, mas sim porque tenho medo que ela não me ame... –ele respondeu olhando para o horizonte. Fiquei sem reação. Uau... Ele também tem sentimentos. Ah, Mas é claro que ele tem sentimentos Isabela! -  me repreendi.

- Eu... Olha Daniel, me desculpe... Sempre te tratei como um traste, mas é que eu não conhecia esse seu lado mais... Humano... –disse tentando pedir desculpas, mas ainda estava meio sem palavras.

- Sem problemas... Eu nunca mostrei esse lado meu a ninguém pra falar a verdade... –ele respondeu ainda sorrindo de canto. (Ai Jesus...)

- Uau, me sinto privilegiada... –disse sendo sincera.

- Deveria mesmo... –ele respondeu brincando.

- Mas quem é a garota que você ama... E não te ama, quer dizer, você não sabe se ela te ama...? –perguntei não me aguentando de curiosidade. Eu sei, isso é sofrer antecipado, e pedir pra ele falar de quem ele gosta é a mesma coisa que exclamar pro mundo inteiro ouvir que eu queria sofrer, sentir dor. Mas a curiosidade é mais forte que eu... Ele me olhou sério e levantou uma sobrancelha. – Ta, desculpa. Foi só curiosidade... –falei me desculpando. Ele voltou seu olhar para o mar e sorriu.

- É a mesma pessoa que eu escrevi a música... –ele respondeu.

- Ah, a sua música totalmente apaixonada... “Porque é tão difícil você entender... Está tão claro, e bem na sua frente... Que eu amo você...” –cantei só para irrita-lo, e com um duplo sentido, que, espero, que ele não tenha entendido. E comecei a rir.

- Ha ha. –ele riu irônico. – Mas pelo visto você gostou, não é...? Só ouviu uma vez e já sabe o primeiro verso de cor... –ele disse levantando uma sobrancelha.

- Ha ha. –ri irônica também. – Gostei mesmo, por quê? Algo contra? –perguntei também levantando uma sobrancelha e cruzando os braços. Ele começou a rir, e ficou um pouco vermelho.

- Não... Nenhum... –respondeu rindo sem graça. Uau, já é a segunda vez no dia que o deixo sem graça...

Depois ficamos mais alguns minutos conversando sobre coisas meio banais, até que ouvimos um grupo animado chegando e vimos que eram nossos pais, Dona Aurora e Tomás.

- Ué, porque vocês estão pra fora? –meu pai perguntou.

- Esquecemos da chave... –respondi carregando Mona para dentro da casa. Mona que parecia ter cansado com a nossa caminhada, estava dormindo na grama e não foi nada fácil acorda-la. Se bem que ela nem acordou direito, só ficou fazendo manha e me fez carrega-la no colo até o quintal. Depois entrei e tomei um pequeno banho para tirar o suor, me troquei, e fui arrumar minha mala. Amanhã já seria domingo, e teríamos que seguir viagem de volta para Londrina. Droga... O feriado devia ser estendido até dezembro, só acho.

Acabei de arrumar minhas coisas, escrevi algumas coisas no meu diário, tomando cuidado para que ninguém visse, depois o guardei secretamente no meu travesseiro e comecei a arrumar minha cama para dormir.

- Isa eu encontrei seu amigo lá na petiscaria! –Tomás exclamou sorridente enquanto se deitava em sua cama.

- Quê amigo? –perguntei distraída.

- O Carlos. Ele ficou me fazendo mil perguntas sobre você... Aonde a gente mora, sua idade, se o Daniel era algo a mais que seu amigo, se você falava com muita frequência sobre ele... Ah, várias coisas... –Tomás disse todo inocente. Meu coração gelou e a sensação de que Carlos era um psicopata maníaco voltou.

- E você respondeu tudo que ele perguntou?! –perguntei assustada.

- Não tudo... Ele é estranho pra mim, e a mamãe fica sempre repetindo: “Não fale com estranhos! É perigoso!”... –Tomás respondeu e fiquei um pouco mais aliviada.

- Mas ele perguntou o nosso endereço? –perguntei.

- Sim.

- E você deu pra ele?!?

- Sim, ele falou que um dia ele vai lá em casa te visitar... –Tomás disse todo inocente.

- AAHH! –deu um pequeno grito. E se ele fosse em minha casa e me ameaçasse? E se ele me sequestrasse? E se... Ai meu Deus, é muita opção!

- Tomás! Nunca mais faça isso! Você não pode ficar dando nosso endereço pra qualquer um! –eu disse.

- Mas ele não é seu amigo...? –meu irmão perguntou.

- Sim... Quer dizer, não. Ta, esquece. Mas nunca mais faça isso! –o repreendi.

- Ta, desculpa, mana. –ele respondeu com um fio de voz.

- Sem problemas. –eu disse o abraçando e tentando dar um beijo em sua bochecha.

- Ai, para Isa! Não quero ficar gosmento! –ele disse tentando fugir de mim.

- Ah, vem cá meu amor! –eu disse brincando e o perseguindo.

- AH! Para Isa... –ele disse quando o alcancei, e comecei a fazer cócegas. –AH! Pa-pa-pa-ra, Isa... Para... –ele dizia em meio às risadas.

- Pronto, parei... Parei... –eu disse rindo também. Olhei para porta e lá estava Daniel observando a cena com um sorriso idiota no rosto. Peguei o travesseiro de Tomás e taquei nele.

- Ah! –ele exclamou surpreso enquanto desviava do travesseiro. Comecei a rir, porque no que ele desviou, caiu no chão, em cima de seu colchão. Ele se levantou, e pegou o travesseiro e arremessou de volta para mim, na minha cara.

- Chato! –exclamei depois de tirar o travesseiro da minha cara, o tacando novamente em Daniel.

- Legal. –ele disse rindo e tacando em mim de novo.

- Feio. –devolvi, e, claro, taquei o travesseiro de volta.

- Linda. –ele devolveu, também com o travesseiro.

- Ei! Paro a brincadeira, quero meu travesseiro de volta! –exclamou Tomás irritado pegando o travesseiro de minha mão.

- Calma, pequeno. –disse Daniel bagunçando os cabelos de Tomás.

- Eu não sou pequeno, ta?! Já estou quase do tamanho da Isa! –Tomás disse irritado.

- Ah, isso não conta muito, a Isa é baixinha... –Daniel disse.

- Que ultraje! –falei fingindo ficar ofendida, e rindo.

- O que é “Ultraje”? –Tomás perguntou.

- Nada não, vamos dormir. –eu disse indo para minha cama.

- Ta né... –Tomás disse. – Boa noite casal... –disse e depois deu uma risadinha abafada pelo edredom, no qual ele havia se escondido.

- Boa noite Tomás... –eu e Daniel falamos juntos, os dois com um tom irônico na voz. Olhei de canto para Daniel e este estava rindo da coincidência.

E com este lindo final de dia, me virei e tentei dormir um pouco. Não foi nada fácil, fiquei pensando no que tinha acontecido em um só dia. Eu poderia ter beijado Daniel, mas em vez disso gritei com ele. Conheci um novo lado dele, um lado mais sentimental, em que ele pensa estar apaixonado por alguém que não é apaixonado por ele... Parece até o meu caso. Mas será que não existe nenhuma mínima possibilidade, nem que ela seja minúscula, mas que exista, que eu seja a garota por quem ele daria uma estrela...? Não, Isabela, sem sonhos malucos e impossíveis. Porque ele gostaria de você, uma menina sem sal, grossa, estúpida e idiota? –me repreendeu a mesma voz que antes apoiava a ideia dele poder gostar de mim. Decida-se! Existe a remota ideia que ele possa gostar de mim, consciência? E se ela existir, eu devo deixar que ela me iluda...?






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Notas finais do capítulo

E ai..? Obrigada por ler!! Beijos!! :D