Inimizade Amorosa escrita por Nat Rodrigues


Capítulo 7
Próximos... Até demais.


Notas iniciais do capítulo

Olá... como vão? Eu estava tão animada pra postar, mas dai vi que eu tinha perdido além de favorito, leitores.. A história ta muito ruim? Porque se tiver, me falem, sério, eu gosto de críticas, porque daí eu posso melhorar minha escrita e tal.. Enfim, ta aqui um cap chato pra caramba, que só o final é interessante... Boa leitura!



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Acordei com um Tomás gargalhando enquanto Daniel fazia cócegas no mesmo. Levantei com muito esforço da cama, peguei uma muda de roupa simples, e fui ao banheiro me trocar. Chegando lá fiz a minha higiene matinal, e me troquei. Saí do banheiro e fui à cozinha tomar café. Chegando lá um cheiro horrível de gás invadiu minhas narinas.

– O que houve? –perguntei me sentando a mesa junto com Dona Aurora.

– O gás está vazando de algum lugar do fogão... O cheiro está horrível, não é? –perguntou-me Dona Aurora.

– Sim. –concordei.

Depois que todos tomamos café, acabamos de nos arrumar e seguimos rumo ao Beto Carreiro. O caminho demorou em média uns trinta minutos, mas logo chegamos.

– Passa protetor, filha. –minha mãe mandou ao sairmos do carro, que estava estacionado no parque mesmo.

– Ta. –eu respondi pegando o protetor e passando em meus braços. Logo que todos estávamos com uma grande camada de protetor nas partes do corpo expostas ao sol, fomos para a entrada do parque. Tudo lá era muito colorido e feliz, mas muito chamativo, não achei lá essas coisas. Depois pagamos o “passaporte” e fomos para a parte de dentro do parque. Logo que entramos, já víamos alguns brinquedos de criança, e a parte onde tem a praça de alimentação.

– Onde querem ir primeiro? –o pai de Daniel perguntou.

– Brinquedos radicais. –eu e Daniel respondemos juntos.

– Tem certeza? E se não for seguro? E se vocês caírem e se machucarem? E se quando vocês estiverem lá no alto, o cinto soltar, e vocês caírem mortos no chão? –minha mãe nos “tranquilizou”.

– Ai mãe, deixa disso, não vai acontecer nada! E além do mais, vocês não precisam ir se não quiserem... –eu respondi.

– Tudo bem, mas vê se não se perdem, ta? Vamos no trenzinho. –meu pai disse me fazendo ficar de boca aberta. Sério que eles iam deixar eu Daniel perambularmos por aí, sozinhos? Sem nenhum adulto? Estranho. Mas resolvi não contestar, já que não via à hora de ir ao Big Tower (elevador), que é considerado o maior da América Latina.

Depois de uns dois minutos na fila, eu e Daniel subimos na Big Tower. A vista de lá é linda, dava pra ver o parque inteiro, e um pouco mais, só que na hora que descia, o frio na barriga chegou a ser insuportável. O grito ficou emperrado na minha garganta e fechei os olhos com força. Quando o brinquedo parou de descer, abri os olhos, aliviada, olhei para meu lado e encontrei um Daniel extremamente agitado, com um sorriso gigante.

Que massa, velho! –ele disse todo animado tirando o cinto de segurança.

– É, muito massa... –eu disse só pra fingir que havia gostado, mas a verdade era que fiquei com bastante medo e ainda estava meio zonza.

– Vamos de novo? –Daniel disse já indo pro final da fila.

– Ah não! Assim não vai dar pra ir ao outros! Já ta quase na hora do almoço, e a gente não vai poder ficar indo nos radicais depois de comer... –falei quase choramingando.

– Verdade... Então vamos à montanha russa. –ele disse saindo da fila e indo todo animado pra montanha russa. Comecei a rir da cara que ele fazia.

– Do quê você ta rindo? –ele me olhou curioso.

– Da sua ansiedade por causa de um brinquedo... Ta parecendo uma criança... –eu disse rindo mais ainda.

– Eu não sou criança, ta? –ele disse fingindo estar magoado e mostrando a língua pra mim.

– Não... Imagina... –eu disse e começamos a rir. Ao chegarmos perto da montanha russa, Fire whip, minhas pernas bambearam. Não é que eu tenha medo de altura, nem nada, mais os lupins me assustaram. Odeio ficar de ponta cabeça, sei lá, me sinto desprotegida.

– Acho que não vou não... –eu disse me distanciando na fila.

– Por quê? Ta com medo? –Daniel perguntou me desafiando.

– To, algum problema com isso? –rebati.

– Ah Isa, vamos lá, cadê o espírito aventureiro? –ele começou a fazer bico.

– Ta escondido... –respondi rindo da minha piada sem graça, e ele ficou me olhando como se eu fosse louca... Mas fazer o quê? Eu sou louca.

– Vou ficar ali para assistir você. –eu disse saindo da fila, e indo para o “observatório” que tinha do lado da fila. Ele fez uma cara de decepcionado, mas não disse mais nada. Fiquei meio distraída olhando umas fotos da câmera enquanto ele estava na fila, que nem me dei conta que ele logo iria entrar na Fire Whip. Olhei em sua direção e o vi conversando com uma garota ruiva, e devo dizer que fiquei com um pouco de ciúmes. Mas eles só estavam conversando, o que isso tem de mais? E além disso ele só é meu amigo faz algumas horas, eu não tenho direito de atrapalhar a vida dele... E... Espera... ela ta abraçando ele?! Quem deu esse direito a ela?!

– Daniel! –gritei chamando a atenção dos dois.O santa burrada... “O que eu faço? O que eu faço?” –fiquei me perguntando em pensamento. Já sei! Peguei a câmera e indiquei com o dedo para fingir que eu o chamei para tirar a foto. Ele parou de falar com a ruiva, e sorriu para a câmera, e a garota deve ter achado que eu era a namorada dele, porque depois não falou mais com ele. Só espero que ele não tenha percebido meu ciúmes... Se bem que, ele sentiu ciúmes de mim, qual o problema de eu sentir dele? Ah, o que eu to falando? To louca, só pode. Ah, mas eu sou louca... Ah, esquece.

Depois que o Daniel saiu da Fire Whip, fomos ver as fotos dele.

– Nossa! Olha essa aqui! –eu disse apontando para uma foto em que parecia que ele estava prestes a chorar.

– Credo! Não lembro de ter ficado com medo... –ele disse.

– Ui, aventureiro! -O zoei.

– Ui, ciumenta! -Ele rebateu.

– Eu não sou ciumenta, ok? –me defendi corando. Droga! ele reparou que era ciúmes.

– Ah, não, imagina. Eu só estava conversando com a Luisa e você me gritou pra ela sair de perto... –ele disse sacana enquanto nos dirigíamos à Free Fall.

– Nem sei quem é Luisa, mas se você se referia a hora em que eu chamei para tirar a foto, saiba que não tem nada a ver com ciúmes. –menti.

– Sei, sei... –ele disse rindo, e eu fechei a cara.

Chegando a Free Fall levei um susto ao ver o modo em que o brinquedo funcionava. Ele subia em média uns cinquenta metros, e depois descia deitado. Ele tinha o estilo meio enferrujado, e no topo, tinha um King Kong. Quando chegou nossa vez, não pude evitar dar alguns gritinhos agudos... Enquanto subia, foi tranquilo, já que era meio devagar, e a vista era bonita, mas quando chegávamos ao topo, dava a impressão que o carrinho ia cair e nos esborrachar no chão. Só que em vez disso, o carrinho deitava, e caia em uma incrível velocidade enquanto você estava deitado no brinquedo. Massa, muito massa. Chegou a ser melhor que a Big Tower.

Logo depois fomos à outra montanha russa, Star Mountain, e essa era bem mais tranquila que a Fire Whip, mesmo tendo lupin. Acabou que eu e Daniel fomos duas vezes nela, já que era meio devagar e dava até pra ficar com o olho aberto. Logo que saímos de lá, encontramos o resto do pessoal.

– E aí, onde querem ir? –perguntei enquanto me aproximava deles.

Tchibum!! –Tomás gritou todo animado. Então, fomos todos ao tchibum. Esse brinquedo já era com água, e deixava a pessoa encharcada. O carrinho que conduzia era um Toco de árvore, que ao sentar já deixava toda a calça molhada. O divertido foi que a parte que mais molhava era quando o outro toco, com outras pessoas, vinha de encontro com o seu, e tacava água em você, só que quando eu, Daniel e Tomás, fomos, ninguém foi atrás, e a gente nem se molhou muito. Mas na hora em que meus pais e os pais de Daniel foram, eles se molharam inteiramente, e faziam umas caretas muito engraçadas.

– Porque você não foi, Dona Aurora? –perguntei me aproximando de Dona Aurora que estava sentada em um banco nos observando.

– Ih, não tenho mais idade pra isso não, meu bem. –ela disse finalizando com uma risada. Sorri de volta, e fiquei esperando o resto do pessoal sair do brinquedo.

– Vamos no Império das águas? –Tomás perguntou todo animado.- Tem uma parte em que os elefantes te molham!- começamos a rir da cara que ele fazia, mas acabamos indo mesmo no Império das Águas. Na entrada tinha os dizeres "Uma aventura nas corredeiras do rio Kauman" e um Poseidon/Netuno com um tridente. Logo que vimos a imagem, eu e Daniel fomos correndo tirar uma foto.

– Olha, conhecemos Poseidon! –ele disse brincando.

– Sim, o deus dos mares e dos terremotos, e um dos três grandes! –disse entrando na brincadeira. Nós dois eramos fãs da série Percy Jackson e os Olimpianos escrita por Rick Riordan, então tudo que tinha a ver com mitologia nos chama a atenção.

Fomos pelo caminho, que era um pouco grande, e chegamos a uma fila gigantesca. Tiramos algumas fotos enquanto esperávamos, já que demorou em média uns vinte minutos para que pudéssemos entrar na boia. A boia era grande e laranja, cabia cinco pessoas em cada, e dessa vez Dona Aurora foi junto. Eu, Tomás, Daniel e Dona Aurora em uma, e meus pais e os pais de Daniel em outra.

O caminho com a boia foi bem tranquilo, a não ser na parte em que dá uma descidinha para entrar em uma gruta. Acontece que eu, muito desastrada, não estava segurando em nada, e quando deu a descida, eu fui jogada para o lado, que era onde Daniel estava, e digamos que meu rosto ficou próximo de mais do dele. Antes que eu pudesse ter pensamentos impuros, me distancie, e falei que era melhor eu me segurar para não acontecer isso de novo, já Daniel ficou quieto, no mundo dos pensamentos.

Realmente existia uma parte em que elefantes de concreto jogavam água pelas trombas na gente, e se não me engano, foi a parte em que eu mais me molhei.

Depois íamos no Card, mas o preço era meio alto para ficar apenas alguns minutos, então fomos almoçar. Acabei comendo um lanche gigantesco, enquanto o restante comeu comida.

Logo depois, fomos à Ilha dos Piratas. Lá foi muito bom, o cenário parecia de um filme, e era como se o Jack Sparrow* estivesse ali do meu lado. Também tinha uma caverna em que prisioneiros robôs ficavam se mexendo, enquanto um som de água pingando tomava conta do recinto.

– BU! –Daniel gritou atrás de mim.

– AAHH! Chato! -exckamei meio perdida.

– Calma, Isa, o que ta achando que vai acontecer? Esses prisioneiros não vão aparecer do nada... –ele disse rindo de mim.

– A Isa é medrosa! –Tomás disse do meu lado.

– Fica quietinho, Tomás! –disse irritada.

– BUUUUUU! –gritou um dos prisioneiros quando íamos sair da caverna.

– AAAAAAAHHHHHHHHH! –gritou eu, Tomás e Daniel juntos enquanto corríamos para o lado oposto da caverna.

– O que foi isso? –Tomás disse depois que paramos de correr.

– Não sei... Devia ser um cara que trabalha aqui. –Daniel disse.

– Mas os prisioneiros não eram todos robôs? –Tomás disse.

– É, ele poderia estar programado para gritar “BU”. –Daniel disse. E eu que assistia aquilo segurando o riso, percebi que também segurava a mão de Daniel. A soltei rapidamente, e não aguentando mais segurar, comecei a rir.

– Ta rindo do quê? –Tomás perguntou indignado.

– Ai, ai... E vocês falam que eu sou medrosa.... –respondi em meio aos risos.

– Muito engraçado. –Daniel falou fechando a cara.

Depois de darmos a volta pelo lado de fora da caverna, pra não ter que passar pelo prisioneiro de novo, chegamos ao Barco Pirata, que funcionava como uma Barca.

– Vamos no Barco? –Tomás pediu animado para meu pai.

– Acabamos de comer, depois vamos.

– Ah, mas depois já vamos ter saído daqui... –Tomás choramingou.

– Vamos, Max. Não é muito rápida. –minha mãe o convenceu, e depois fomos ao Barco.

Logo que começou a se mexer, uma mulher que estava a alguns bancos na minha frente começou a gritar:

– Paara! Moço, para! Paraa! PAARAA! –a mulher começou a entrar em desespero, isso porque nem estávamos rápidos, ou alto. O cara que mexia no brinquedo foi parando devagar, e se segurando para não rir, diferentemente de mim, Daniel,e Tomás que riamos abertamente. Depois que parou, e a mulher apavorada desceu reclamando, foi ligado outra vez, e fomos novamente, e dessa vez, não houve gritos apavorados, mas sim caretas da Dona Aurora, que resolveu ir.

Logo depois, fomos andar pelo parque e demos de cara com um “tromba-tromba”**. Acabou que fomos duas vezes nele.

Depois fomos para o Zoológico. Lá vimos uma girafa muito bonita, que tinha uma cara alegre. Vimos os suricatos, que ficaram de pé para tirarmos fotos deles (minha mãe gamou neles), também tinha os ursos muito fofos, que também fizeram pose para a foto. Depois disso fomos para o “Jardim secreto” que é onde tinha os tigres e o leão branco. Também tinha a área para Chipanzés, mas estava vazio, e o vidro estava quebrado, o que me fez acreditar que os Chipanzés deram "a louca" e tiveram que ser retirados de vista do turistas.

Logo depois fomos para o show Acqua Show que foi uma incrível apresentação circense.

Depois, fomos no bondinho. Na fila, eu fiquei ouvindo a conversa de uma família que estava na nossa frente. Eram o pai, a mãe, um filho da minha idade, e outro com a idade do Tomás, acho. Só que diferentemente de Tomás, o menino estava super ansioso par ir.

– Mãe, acho que eu vou vomitar. –Disse Tomás fazendo cena pra não ter que ir.

– Então fica aqui... É melhor não ir, eu fico junto com você. –minha mãe disse.

– Não, aproveita e vai, eu fico com o Tomás, também não gosto muito de altura. –disse Dona Aurora.

– Tudo bem, obrigada. –disse minha mãe sorrindo enquanto Dona Aurora e Tomás saiam da fila. Achei que iria eu e meus pais no bondinho, e Daniel e os pais dele, mas não, me fizeram ir só com Daniel, porque meus pais queriam um momento “romântico” entre eles.

A contra gosto subi do bondinho com Daniel, que também não parecia muito feliz em ir sozinho comigo, bom, foi o que achei.

Quando o bonde começou a subir, Daniel falou:

– Posso te perguntar algo?

– Claro. –respondi.

– O quê você sente por mim? –ele perguntou olhando nos meus olhos. Desviei o olhar, e fiquei olhando a paisagem pela janelinha.

– Eu... Não sei direito. –respondi corando. O que devia responder? Que pergunta estranha! –Porque a pergunta?

– Am... Por nada, é que você estava meio estranha hoje, daí achei que tinha acontecido algo... –ele disse se embolando com as palavras.

– Estranho como? –perguntei.

– Am... Não sei explicar... É que as vezes eu tenho a impressão que você gosta de mim, mas como amigo, outras, como um pouco mais, e outras você me considera com inimigo... E sei lá, você ficou toda na defensiva lá na bOia... –ele disse.

– O quê posso fazer? Sou bipolar. –tentei fazer piada pra não corar, se bem que eu já estava terrivelmente vermelha, e meu corpo todo estava tremendo. Ele só deu um risinho, e observou a vista pela janelinha.

– E o que você sente por mim...? –perguntei com medo da resposta.

– Eu... –ele disse e voltou seu olhar para mim. –Eu sinto muitas coisas...

– Que coisas? –perguntei.

– Pra quê o interesse? –ele disse meio na defensiva, e senti que ele estava com vergonha.

– Ué, não posso saber? É alguma coisa tão ruim assim? –questionei.

– Não é isso é que... Eu... Am... Ta. Pronto. obrigada, agora quem está constrangido sou eu. –ele disse tentando fugir do assunto.

– É ruim, Daniel? –tornei a perguntar.

– Sim, e não. –respondeu.

– Seja mais objetivo. –falei já irritada.

– Ah... É complicado... Quando estou com você eu perco a fala, as palavras não me vêm à mente, nem consigo responder um pergunta racionalmente, sempre fico bobão e tento agir de um modo que te faça rir... Eu queria muito entender o que eu sinto por você, mas não dá... É sempre um sentimento contra o outro... E... –ele disse suspirando olhando para a janela. Senti que ele estava ficando mais próximo de mim a cada fala, e eu fiquei petrificada no acento. Era isso que ia acontecer? Ele realmente ia se declarar pra mim? Ou era tudo coisa da minha cabeça? E as coisas que ele disse, ele me... Ama? Isso é um sonho? Um pesadelo? Um conto de fadas? Não sei o que é, só sei que a vida real não.

– Eu... –tentei falar mas nessa hora, ele já estava próximo de mais, a ponto de eu conseguir sentir sua respiração, e ele me impediu de falar. 







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Notas finais do capítulo


*O Jack Sparrow, o pirata do filme dos Piratas do Caribe

*Tromba-Tromba, é o nome aqui na minha cidade, mas o brinquedo é aqueles carrinhos que você dirige e vai batendo nos outros. Também possui o nome de Bate-bate. Depende da região que você é.

Então, ta muito chato? Tão querendo me matar por causa desse final, né? kkk Enfim, por favor, falem o que acharam, mesmo que seja que a historia é um lixo.. comenta lá? Faça com que eu vire uma escritora melhor.. :/ Beijos.