Amor Eterno escrita por Cate Cullen
Na manhã seguinte Esme já está vestida para ir para casa.
Carlisle está sentado no sofá com um ar pensativo pouco característico dele.
Esme senta-se ao colo dele.
- Que foi, amor? – pergunta meigamente passando a mão no rosto dele.
- Estava a pensar numa coisa. – olha para ela.
- Em quê? – pergunta curiosa.
- Se eu te pedisse para deixares a nossa casa tu deixavas?
- O quê? – pergunta espantada. “Ele está a pôr-me na rua? Agora que vamos ter um filho ele vai pôr-me na rua?”
- Seria por algum tempo. Só até apanharem quem vez isto.
Esme respira fundo.
- Pensei que estavas a acabar tudo comigo. – admite.
- Oh, meu amor. Nunca faria isso. – beija-a. – Não sou capaz de viver sem ti.
- Nem eu sem ti. Portanto não te deixaria por nada.
- Nem pela segurança do nosso filho? – pergunta ele com a mão sobre a barriga dela.
- Ele está em segurança. – assegura sorrindo.
- Esme, eles queriam envenenar-me a mim e tu é que acabaste por vir parar ao hospital. – puxa-a mais para junto dele. – Não quero que isso volte a acontecer. Pensei que te perderia.
Ela dá-lhe um beijo.
- Não vai voltar a acontecer. – passa a mão nos cabelos dele. – Carlisle Cullen, achas que eu te ia deixar quando anda alguém a tentar matar-te?
- Se tivesses bom senso, sim.
Ela sorri.
- Então vamos imaginar que não tenho bom senso. – beija-lhe o rosto. – Vamos ficar juntos, no melhor e no pior.
- Tens a certeza? Não precisavas de voltar a Portugal, podias ficar no meu apartamento em Londres.
- E deixava-te sozinho? Nunca! Amo-te demais.
- Eu só quero manter-te em segurança.
- Estou em segurança aqui nos teus braços. – beijam-se. – Vamos ficar juntos eternamente. E agora vamos para casa. – levanta-se.
- Já vi que não te convenço. – agarra-a pela cintura e dá-lhe um beijo profundo. – Amo-te, minha Es obstinada.
- Amo-te, meu Carl protetor.
Assim que chegam a casa Edward corre até à irmã, abraça-a pegando-lhe ao colo e rodopia com ela.
- A minha Es está de volta. – grita.
- Põe-me no chão. – pede rindo. – Vou ficar tonta.
Com um sorriso matreiro pega-a como a uma noiva e entra em casa com ela ao colo.
- A minha Es está de volta. – anuncia assim que passa a porta.
- Eu consigo andar. – protesta Esme.
Edward senta-a delicadamente no sofá e dá-lhe um beijo na face.
- Sentes-te bem? – pergunta ajoelhando-se à frente dela.
- Estava melhor antes de andares por aí a rodopiar comigo.
Ele abraça-a.
- Minha maninha linda. – faz-lhe uma festa nos cabelos despenteando-os.
- Larga-me, Edward. Estás a despentear-me. – protesta.
Carlisle entra na sala com um sorriso acompanhado de Marcus e Sue. Charlie e Carmen aparecem vindos da cozinha.
- Como está, senhora? – pergunta Charlie educadamente.
- Muito bem, obrigada. – levanta-se. – Estou ótima não precisam de se preocupar comigo.
A Victoria aparece na sala.
- Já sabe que se precisar de alguma coisa é só dizer. – lembra Sue. – Não quero que se canse.
- Sim. Pode chamar-me para o que precisar. – disponibiliza-se Carmen.
Esme olha para todos eles com ar baralhado.
- Há aqui qualquer coisa que me está a escapar. – olha para o Carlisle.
Ele encolhe os ombros.
- Sem tanto como tu.
Olham ambos para o Edward.
- Pronto, a culpa é minha. Fui eu que não me consegui manter calado. – confessa. – Contei-lhes que estás grávida.
- Edward, ainda é muito cedo, eu iria contar depois. – protesta.
- Desculpa, não consegui conter-me.
Ela suspira e abana a cabeça como se não houvesse remédio.
- Estamos todos muito felizes. – assegura Carmen.
- Felicidades para os dois. – diz Marcus.
- Uma criança anima sempre a casa e já há tanto tempo que não temos aqui nenhuma. – diz Sue.
Carlisle abraça Esme por trás.
- Havemos de ter muitos. – promete. – Muitos para tu ajudares a tomar conta, Sue.
Ela ri.
- Vou ter todo o gosto.
Esme olha em volta e repara que a Isabella não está presente.
- A Isabella? – pergunta.
- A polícia levou-a para interrogatório. – diz Edward com ar tristonho. – Ela é a principal suspeita uma vez que parecia saber de tudo.
Esme nota perfeitamente o ar triste do irmão.
- Não me parece que tenha sido ela. – murmura. – Ela queria impedir-me de beber. Talvez tenha visto quem o fez.
- O problema é que ela não diz. – explica Marcus. – A polícia interrogou a Victoria que lhe tinha dado o copo e uma vez que a Petra disse que foi a Carmen que o encheu interrogaram a Carmen.
- Eu apenas enchi o copo e dei-o à Victoria que se ofereceu para lho entregar, senhor. Não lhe pus nada. – diz Carmen olhando para a Victoria de lado.
- Não me olhes assim. – protesta Victoria. – Eu só entreguei o copo.
- A polícia vai voltar mais tarde para fazer novos interrogatórios. – diz Edward.
Esme vira-se para Carlisle.
- Leva-me a ver a Isabella. – pede.
- Não sei se é boa ideia. – diz Carlisle relutante.
- Por favor. – pede.
- A senhora devia descansar. – diz Charlie.
- Sai agora do hospital, não estou cansada. Leva-me a vê-la.
Carlisle olha para o tio.
- Talvez seja boa ideia. – sugere. – A Isabella não me parecia capaz de fazer isso. Lembras-te que ela na entrevista de trabalho disse que precisava do emprego para tomar conta da avó.
- Podia ser uma desculpa. – murmura Carlisle.
- Victoria a sua avó está doente? – pergunta Esme.
Victoria vê aí uma oportunidade de mentir.
- Está realmente doente. – confirma. – Mas a única que a ajuda sou eu.
Esme olha desconfiada para ela, mas não diz nada.
- Quero ir falar com a Isabella. – insiste.
Carlisle assente.
- Nós voltamos daqui a nada. – diz antes de sair de mão dada com Esme.
Assim que chegam à esquadra. Um polícia acompanha-os até à cela onde está Isabella e deixa-os sozinhos com ela.
Isabella está sentada a um canto com os olhos vermelhos. Assim que os vê as lágrimas começam novamente a escorrer.
- Desculpem. – murmura. – Eu não queria que isto tivesse acontecido.
Esme aproxima-se das grades.
- Tem calma. Nós só viemos falar contigo.
- Está bem, senhora? Não lhe aconteceu nada? Não lhe dói nada?
- Estou bem. – assegura Esme.
Isabella estranha. O veneno era para provocar ataque cardíaco.
- Tem a certeza?
- Estou ótima. Conta-me o que aconteceu.
- Não posso. – murmura.
- Conta-me, Isabella. Conta a verdade senão não poderás sair daqui.
- Não posso.
- Porquê?
- A minha avó precisa do dinheiro.
- Que dinheiro, Isabella?
- O que eu ganho em casa do patrão.
- Conta-me a verdade e continuarás a trabalhar connosco. – promete.
- Não posso.
- Isabella…
- Desculpe, não posso. – agarra-lhe na mão. – Mas tenha cuidado. Tenham os dois. Ele ainda não desistiu.
- Ele quem? – pergunta Carlisle aproximando-se.
- Não posso dizer.
- Vamos embora. – diz Carlisle. – Tens de descansar. Não vamos ficar a saber nada com esta conversa.
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