Uma Fada Diferente escrita por Katlheen Almeida


Capítulo 7
A Declaração




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Depois que eu fui comer com o Guilmer, ele se levantou da mesa com a toalha azul em cima dela, e com todos os tipos de doces que você possa imaginar, e ele foi se sentar ao meu lado.

- Oi- disse Guilmer.

-Oi Guilmer- eu falei para ele.

-Então Donatella, como você foi parar debaixo daquela árvore?

- Bom, é uma história longa.

- Eu tenho todo o tempo do mundo pra ouvir você.

Eu não sei se vocês perceberam, mas eu acho que ele gosta de mim.

Contei para ele como era minha vida, os meus livros, meus desenhos, o roubo na minha caverna, as minhas caças, a flecha do troll, aquele troll nojento, verde, com olhos esbugalhados. Deu até ojeriza. Eu terminei contando para o Guilmer sobre Max, meu melhor amigo, a nossa conversa- menos a parte "DESDE QUE EU TE VI ME APAIXONEI POR VOCÊ!" que o Max falou.

-Confusa a história- disse Guilmer, arrumando seus cabelos loiros que estavam cobrindo seus olhos- E você sabe onde está seu amiigo Max?

- Não sei - respondi com um tom de tristeza.

- Você quer que eu te ajude a procura-lo?

Quando Guilmer me perguntou isso, eu fiquei sem palavras. Eu não queria ir procurar o Max. Eu gosto muito do Max, ele é meu melhor amigo, mas... Eu não sei... Eu gostava de estar junto com o Guilmer. Era aconchegante. 

- Você quer? - perguntou Guilmer, pegando meu queixo gentilmente, e fazendo eu olhar para ele.

Eu não sabia como responder. Naquele momento, quando o vi cara-a-cara, vi que ele não era um adolescente... Ele tinha... Orelhas pontudas... Ele era...

- Um elfo- murmurei.

Quando disse aquelas mizeras duas palavras, Guilmer arregalou os olhos, e fez uma coisa inesperada. Me. Beijou.

Foi um beijo delicado e doce. Não sei porque, mas o beijo tinha gosto de framboesa. Aquele com certeza foi o melhor beijo do mundo. 

Guilmer parou de me beijar, e me abraça. Dá um abraço forte e susurra:

-Por favor, não me odeio por eu ser um elfo. A maioria dos elfos são sedentos de sangue, mas eu- disse Guilmer quase chorando- eu não sou.... Assim. Se eu fosse daquele jeito eu nunca teria te resgatado. Quando eu vi você debaixo daquela arvore, você estava quase sendo atacada por um dragão, mas eu fui até lá, matei ele, e trouxe você aqui, porque... Porque desde que eu te vi lá na beira da morte.... Eu me apaixonei por você com um olhar. 

Quando ele terminou de falar, eu me desgudei dos braços dele, e vi seu rosto, Seus olhos estavam cheios de lágrimas. Eu não gostava de ver ele assim, mesmo conhecendo ele a pouco tempo. Não queria que alguém que me salvou assim. Chorando.

Peguei Guilmer pelo braço, e levei para a preda onde eu acordei do meu desmaio. Fiz ele se encostar nela, e comecei a falar:

-Guilmer,olha pra mim- peguei o rosto dele, como ele pegou o meu- Me ouve ok? Vamos fazer assim, você quer que eu vá encontrar meu amigo não é?-  Guilmer assentiu com a cabeça- E você quer me ajudar não é?- ele assentiu novamente com a cabeça- Então vamos sair dessa caverna imunda, ah esqueci de te falar, eu tenho trauma de cavernas. Voltando ao assunto, nós vamos pegar comida, alguns itens de acampamento, e sair dessa caverna. Vamos procurar o meu amigo Max, e vamos encontrar ele. Está bem?

Guilmer me olhou como se estivesse falando Voxê vai confiar num elfo? Acreditem em mim, hoje em dia, aqui no mundo das Fadas, confiar num elfo é a pior coisa que você pode fazer na vida.

-E-continuei- Vamos sair daqui como uma equipe.

Ele me olhou com um ar malicioso.

- Pode parando por ai garotão- e disse quase voando pra fora da caverna- Vamos com caalma e paciência.

Ele deu um sorriso de lado, e me apaixonei por ele com aquele sorriso.

-Vamos- disse Guilmer levantando da rocha- Temos uma loonga partida pela frente.


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