Um Sentimento Chamado Amor escrita por GreenTop


Capítulo 12
Cumprindo a aposta part. 2


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna, como prometido, está aí o capitulo, espero que vocês gostem, ficou bem grande. Boa leitura.



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A cada passo dado a tensão e o medo de Lucy aumentavam. Ela sentia vontade de desistir e voltar com Natsu para a casa dele, porém sabia que uma hora ou outra teria que enfrentar sua avó. Natsu podia perceber o quanto Lucy estava aflita com aquilo, não queria ter que força-la a nada, mas aquilo era necessário.

Faltavam poucos passos para chegar à casa da velha senhora, Natsu segurou a mão de Lucy com ainda mais força, passando-lhe mais confiança, ele sabia que ela precisaria.

Um passo e estariam em frente a porta. A ansiedade dominava o corpo de Lucy, ela permanecia ao lado de Natsu e muito próxima dele, porém um pouco mais afastada da porta. Natsu tocou a campainha, não demorou muito até a senhora atender.

– Ora, ora, olhe só quem voltou. Você não irá sair do seu quarto por um bom tempo por culpa da sua atitude. Obrigada por trazê-la garoto, agora entre Lucy!

– Eu não voltei, nem irei voltar, só vim buscar minhas coisas.

– E eu não a trouxe de volta, só vim ajuda-la, e também te obrigar a pedir desculpas a Lucy.

– Como é?

– Eu vou me mudar para a casa do Natsu, e não tente me impedir, você nem ao menos liga para mim.

– Eu sou sua responsável legal, não irá fazer isso.

– Na verdade não, meus responsáveis legais são os sócios do meu pai.

Lucy falava com confiança, com Natsu ao seu lado era muito mais fácil.

– E como acha que vai sobreviver?

– Eu tenho o dinheiro que meu pai me deixou.

– Pois bem então, se quer fazer isso faça. Você é mesmo uma ingrata, depois de tudo o que fiz por você me dá as costas dessa maneira.

Natsu sentiu Lucy apertar sua mão, supôs que era uma tentativa da loira para controlar a raiva que estava sentindo.

– Vamos Natsu – Lucy puxou o garoto para dentro da casa, porém ele parou.

– Espere, ainda falta o pedido de desculpas.

– Eu não vou me desculpar por nada, não fiz nada de errado, quem fez foi essa garota, ela sim me devia desculpas, mas não espero nada dela, assim como a mãe só faz coisas erradas.

Lucy novamente puxou Natsu.

– Vamos Natsu.

Ele assentiu, Lucy caminhou em direção ao seu quarto, mas Natsu ficou parado, olhando para a senhora a sua frente.

– Sabe, eu entendo que algumas pessoas preferem a solidão, mas ninguém consegue suporta-la. Pelo o que eu sei a Lucy é a sua única parente viva, e se continuar agindo desse jeito, talvez ela nunca te perdoe. E se algo acontecer, e você nunca mais puder vê-la, nunca mais puder pedir que ela te perdoe,..........não faz ideia do quanto algo assim dói, eu digo isso por experiência própria.

– Você não tem nada a ver com a minha vida, não ache que vou aceitar conselhos de um garoto de dezoito anos.

– Tudo bem, mas pense sobre isso.

A última vez que Natsu falou com seu pai, Igneel, fora em uma discussão, os dois ficaram se se falar e no dia seguinte Igneel desaparecera misteriosamente, Natsu se arrependia profundamente daquilo. Ele olhou uma ultima vez para a senhora antes de caminhar até o quarto de Lucy. Ela pegava as roupas restantes do armário e as colocava em várias malas.

– Ei, quer ajuda? – Ele perguntou.

– Sim, pode pegar as roupas da gaveta e colocar naquela mala?

Natsu assentiu e caminhou até as gavetas. Lucy viu que a primeira que ele tentava abrir era a que ele menos poderia ver, seria constrangedor demais se ele abrisse sua gaveta de roupas intimas, então antes que ele abrisse por completo ela a fechou rapidamente.

– E-Essa gaveta não! As outras.

– Por que essa não?

– P-Porque não! Eu pego as roupas dessa gaveta e você pega as das outras.

Natsu concordou, apesar de continuar sem entender o porquê de Lucy não querer que ele visse aquela gaveta. Pouco tempo depois todas as roupas e coisas importantes estavam dentro de malas e mochilas.

– Até que não havia muitas coisas aqui. – Lucy comentou enquanto Natsu pegava duas mochilas e uma mala, sobrando para a loira carregar apenas uma mala.

– É, vamos, ainda temos muitas coisas para fazer durante o dia. Afinal, você ainda é minha. – Ele disse sorrindo.

– Desde que o Natsu pervertido não volte.

– Quem sabe ele resolva aparecer de novo – Ele se aproximou um pouco mais de Lucy.

– Nem pense nisso Natsu.

O rosado riu levemente, e com a mão livre passou o braço envolta do pescoço de Lucy.

– Vamos.

A loira assentiu e os dois saíram do quarto, Lucy olhou uma ultima vez para a casa, sua tristeza voltou, realmente gostaria que sua avó mudasse, mas suas esperanças eram quase nulas.

O caminho de volta a casa do rosado fora silencioso, só voltaram a conversar quando já estavam dentro da casa.

– Eu vou levar essas coisas até o quarto – Natsu disse, pegando a mala que Lucy carregava.

– Aonde nós vamos agora Natsu? Espero que não seja tão ruim quanto o primeiro lugar.

– Não é, mas é melhor você pegar uma blusa, está muito frio lá fora.

Lucy fez o que Natsu mandou, realmente assim como na noite anterior estava fazendo muito frio. Ele a guiava pelo caminho.

– Por que não pode me dizer aonde vamos?

– Tem razão, dessa vez eu posso, vamos ao shopping.

– Para que?

– Por diversão, por que outro motivo iriamos?

– Não sei.

– Nee Lucy, da ultima vez eu tive que fingir ser seu namorado, seria justo dessa vez você fingir.

– Ehhhh?????

– É brincadeira – Natsu disse sorrindo. Ele tentava fazer com que Lucy melhorasse seu humor, mas não esperava que isso fosse realmente acontecer. – Chagamos.

Os dois adentraram no lugar. Lucy enlaçou os dedos de sua mão nos dedos da mão de Natsu, o rosado estranhou o ato repentino.

– Tem razão, é justo.

Natsu sorriu, com o rosto um pouco corado, Lucy encostou sua cabeça no ombro do rosado. Quem os visse pensaria que realmente eram namorados. Ela não estava fazendo aquilo somente porque era justo, mas porque Natsu lhe trazia conforto, ela não estava se sentindo bem por ter ido à casa de sua avó e ficar perto de Natsu ajudava a se sentir melhor.

Apenas caminharam até o meio dia, quando pararam para comer algo. O tempo todo Lucy permaneceu de mãos dadas com Natsu, ele não reclamava, afinal aquilo era bom. A sorte de Lucy não andava muito boa, pois no meio do caminho encontraram uma pessoa nada agradável.

– Nat-kun, como é bom encontrar você aqui – Só então Lisanna percebeu a presença de Lucy – Ah, você também está aqui.

A albina estava sozinha.

– Oi Lisanna. – Lucy disse sem muita empolgação, já fora ruim ter que ver sua avó, e tinha que ver Lisanna também.

– Nee Nat-kun, venha andar comigo.

– Eu não posso, já estou com a minha namorada.

– Ainda não desistiu dela. Existem coisas muito melhores esperando por você Nat-kun.

Ela se aproximou mais de Natsu.

– Eu não acho. Vamos Luce? – Natsu a chamou como a chamava quando eram pequenos, Luce, ele sempre dizia seu nome de forma errada e esse acabou virando o apelido da loira. Lisanna pareceu ter se lembrado de algo ao ouvir o antigo apelido.

– Espere um pouco, você me lembra muito alguém, qual é o seu sobrenome?

Talvez fosse bom para divertir o dia ver qual seria a reação de Lisanna ao descobrir quem Lucy era.

– Heartfilia.

– Lucy Heartfilia..........EHHHHHHH???????? VOCÊ É A LUCY???!!!

– Você demorou a se lembrar de mim não é Lisanna.

Lisanna estava furiosa, não sabia o que falar, afinal ela já havia percebido quando eram crianças que Natsu gostava muito da Lucy, e ela era o maior obstáculo para eles voltarem a ficar juntos.

– E você não me disse nada sobre isso Nat-kun!

– Desculpe, não podia dizer. Nee Lucy, vamos?

Lucy assentiu e os dois continuaram andando, deixando Lisanna parada.

– Você não podia ter voltado, Heartfilia......mas não importa, não deixarei você ficar perto do MEU Nat-kun.

Natsu e Lucy continuaram caminhando, novamente a garota encostou sua cabeça no ombro de Natsu, os dois tentavam não pensar no encontro com Lisanna.

– Natsu, seu ombro é confortável.

Natsu riu

– Eu percebi que você gosta dele, não tirou a cabeça daí nem por um minuto.

– Está te incomodando?

– Não, tudo bem.

– É bom ficar assim, é como se minha cabeça estivesse encostada em uma almofada.

– Então sinta-se a vontade para usar meu ombro.

Natsu e Lucy riram. Ao contrário da parte da manhã do dia, a tarde estava sendo bem agradável, a não ser o encontro com Lisanna.

Continuaram andando, até uma pequena garota de cabelo azul chamou Natsu.

– Yoo Natsu. Quem é essa que está com você? Uma nova namorada? – A garota perguntou, fazendo Natsu e Lucy corarem.

– Não, é a Lucy, se lembra dela?

– Lucy? Lu-chan?! É você mesma?! – A pequena perguntou surpresa.

– Levy-chan? Nossa, você mudou muito. – Lucy disse sorrindo, Levy era uma de suas melhores amigas na infância.

– Você também Lu-chan! – A pequena exclamou abraçando Lucy.

– Antes você tinha cabelo comprido, e usava óculos.

– E você tinha cabelo curto. Estou tão feliz que você tenha voltado Lu-chan!

– A Levy mudou o cabelo, mas a altura continua a mesma de quando ela tinha sete anos, e a parte da frente do corpo também continua igualzinha. – Natsu comentou, logo em seguida recebendo um soco na cabeça de Levy – Ai, isso doeu Levy. Você não estava doente?

– Estava, mas já estou melhor, vou voltar para a escola amanhã. Quando você voltou Lu-chan?

– Há mais ou menos uma semana.

– Nee Lucy, a Levy também não te reconheceu assim que te viu.

– É mesmo.

– Mas a Lu-chan está muito diferente, não foi culpa minha.

– Acho que você precisa voltar a usar óculos Levy. – Novamente Natsu recebeu um soco de Levy.

– Você acabou de dizer que também não a reconheceu quando a viu!

Lucy apenas ria dos seus amigos, realmente os seus eram os melhores amigos do mundo.

– Está ficando tarde, acho melhor irmos embora Lucy, tem mais um lugar em que eu quero passar.

– Tudo bem, até amanhã Levy-chan.

– Até amanhã Lu-chan.

Mais uma vez Natsu não contou aonde os dois iriam de imediato, ele somente revelou quando já estavam próximos do local.

– Uma sorveteria? Tem certeza disso Natsu?

– Sim, por que não teria?

– É que está frio, e sorvete é algo gelado.

– Não existe tempo para sorvete, sempre é bom. Vamos.

Natsu puxou Lucy para dentro da tal sorveteria. Não era longe da casa do rosado, também era considerada uma das melhores da cidade. Logo Natsu e Lucy estavam sentados em uma das mesas com potes cheios de seus sorvetes favoritos, limão e morango, respectivamente. Lucy apenas comia em silêncio, sem nenhuma expressão.

– Nee Lucy, vou ter que novamente usar meus truques para fazer você sorrir?

– Que tru... - Lucy não precisou terminar de falar, ou melhor, não conseguiu, pois uma bola de sorvete lançada por Natsu atingiu seu rosto – Natsu, você não faz ideia do quanto eu posso ser vingativa.

Lucy pegou seu próprio pote e jogou, com uma ótima mira, no rosto de Natsu. Quando o pote atingiu o rosto de Natsu Lucy começou a rir descontroladamente. Nesse meio tempo o gerente da sorveteria, que havia visto a confusão, caminhou até a mesa.

– Tem razão Natsu, funcionou – Ela disse enquanto ria – E seu rosto está da cor do seu cabelo.

– Você não devia ter feito isso, Lucy Heartfilia.

– O que está acontecendo aqui? – O gerente perguntou, todavia, antes que um dos dois pudesse responder um pote de sorvete de limão atingiu seu rosto – Fora. Da. Minha. Sorveteria. Os dois. AGORA. E NEM PENSEM EM VOLTAR AQUI ALGUM DIA!

– Podemos pelo menos lavar o rosto? – Natsu perguntou.

– NÃO, SAIAM DAQUI AGORA!

Aquela altura todos presentes na sorveteria observavam a confusão criada por Natsu e Lucy. Os dois obedeceram.

– Não acredito que fomos expulsos de uma sorveteria. – Lucy disse, a loira ainda ria, apesar de tudo a situação fora engraçada.

– Pelo menos você não está com o rosto cheio de sorvete.

– Foi você quem começou.

– Me deixe tirar esse sorvete da sua cara Lucy.

Natsu aproximou um pouco seu rosto de Lucy, segurando sua cabeça com uma mão e com a outra tirando o sorvete que estava ali. Quando seus olhares se encontraram os dois coraram e o desviaram.

No resto do caminho para casa permaneceram em silêncio. Ao chegar lavaram o rosto para tirar o sorvete que ainda estava ali e ficarão assistindo televisão.

– Então não tem mais nada planejado não é? – Lucy perguntou.

– Tenho, mas você só vai saber o que é ás nove horas.

Lucy não discutiu, apenas esperou. Quando eram nove horas Natsu pegou um cobertor de seu quarto e pediu para que Lucy o acompanhasse. Ele levou a loira até um lugar um pouco afastado de sua casa, na floresta. Ele parou quando estavam em frente a uma casa de madeira apoiada na árvore. A casa não possuía paredes, apenas uma cerca que impedia que as pessoas que estivessem ali caíssem.

– Demorou muito tempo para construir isso.

– Você construiu isso?! – Lucy perguntou surpresa pelo o que o rosado falara.

– Sim, quando você foi embora e o Igneel desapareceu eu fiquei meio solitário, então construí essa casa na árvore e sempre que me sentia solitário vinha até aqui. Vamos dormir aqui hoje. – Natsu disse apontando para uma rede pendurada entre a árvore e a madeira que sustentava a casa.

– Na rede?

– Sim

– Eu nunca dormi em uma rede, acho que vai ser interessante, mas só tem uma.

– E dai?

– Somos dois.

– Nós dois cabemos em uma. Vamos dormir, eu estou cansado. – Natsu disse, se deitando na rede.

– Tem certeza de que isso vai dar certo?

– É claro.

Lucy confiou no rosado e se deitou sobre ele, usando seu peito como travesseiro. Natsu os cobriu com o cobertor que havia trazido, deixando somente suas cabeças descobertas.

– Viu? Eu disse que ia dar certo.

– Você é maluco Natsu. Só espero que a rede não arrebente. – Lucy disse sorrindo.

– Eu me esqueci desse detalhe, também espero que isso não aconteça, a rede é meio velha.

– Você não está falando sério está?

Natsu riu

– Não, não se preocupe, essa rede foi feita para aguentar 180 kg, então a não ser que você pese mais de 110 estamos bem.

– Eu não peso 110 kg!

– Então estamos seguros.

Lucy riu uma ultima vez, antes do sorriso desaparecer de sua face.

– Natsu...

– Hum?

– Eu não quero ter que ir embora no final do ano. – Ela disse enquanto brincava com a camisa de Natsu.

– Não pense nisso agora – Ele disse enquanto afagava o cabelo de Lucy. Também não queria que a loira fosse embora, mas não queria ter que pensar naquilo naquele instante.

Alguns minutos depois Natsu já estava dormindo, porém Lucy não conseguia dormir. Olhou para cima, para o rosto de Natsu, ele era ainda mais fofo dormindo, sua expressão era tão serena, Lucy inconscientemente sorriu, tinha certeza do que seu coração estava sentindo depois daquele dia.

– Eu te amo, Natsu.


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Notas finais do capítulo

Entãooooo.......gostaram? Será que o Natsu ouviu essa declaração da Lucy? Boatos dizem que o rosado tem o sono leve nessa fic. Bom, é isso, espero que vocês tenham gostado e se gostaram deixem um review.