Era manhã de quarta-feira como tinha combinado com Mari na noite passada depois que paramos de conversar por sms, que eu a iria encontrar na no colégio.

Estava me arrumando, bem bonita, confesso que estava nervosa por causa da preconceituosa da Bruna, sinceramente eu estava com medo de que ela fizesse algo para Mari.

Eram 7:20 da manhã, eu estava chegando na escola quando, dou de cara com a Mari conversando e abracando o Luiz, um rapaz muito bonito estilo “playboyzinho” , com seus olhos azuis ele conquistava qualquer menina, juro que tentei disfarçar o ciume que estava sentindo naquela hora quando fui falar com eles;

-Oi Mari como você está? Falei isso e dei um beijo na bochecha dela.

-To bem e você?

-Percebe-se que você esta bem, sim eu estou bem!

Com o ar de ciumes que estava naquele ambiente, logo o Luiz percebeu que deveria sair de perto da MINHA Mari...com isso ele se retirou e não trocou nenhuma palavra comigo, foi até engraçado me ver com ciumes, eu tava querendo rir muito mas não dava.

-Por que você estava abraçada com ele? Eu muito vermelha e sem jeito pela pergunta que tinha acabado de fazer, apenas escutei o que ela queria me explicar.

-Ele apenas veio me dizer bom dia, e acabou me abraçando, só isso ciumenta!

-Hm, eu não sou ciumenta!!!!

-E o que você esta sentindo é o que? E mais uma coisa você fica linda com ciumes, mais linda do que já é!!!

Sim, eu fiquei muito vermelha após o que ela disse, eu queria lhe entregar uma carta a ela mas estava com vergonha, afinal o que tinha na carta era tudo o que eu sentia por ela...

Eu entreguei a carta, eu estava muito nervosa quando entreguei a carta, afinal eu nunca fiz isso na minha vida, isso era a primeira vez, e ainda mais para uma pessoa tão importante pra mim!

“É Mari estou eu aqui escrevendo essa carta com medo de sua reação afinal estamos namorando a tão pouco tempo que, eu quase não sei o que dizer!

As vezes penso que a gente não vai dar certo, mas ao mesmo tempo penso na gente junto, se amando sabe...

Como eu pude deixar me virar tao depende de alguem assim? Não sei se isso eh bom ou ruim, mas eu dependo de você pra ser feliz.

Dizem que o “pra sempre” sempre acaba, mais se depender de mim o nosso pra sempre nunca irá acabar, meu amor. Eu quero passar o resto dos meus dias com você, imagina que fofo a gente bem velhinhas, juntinhas, de cabeça branca; aí eu vou perguntar pra você “ amor cade meu óculos “? E você irá responder “ ow sua velha doida, o seu óculos está na sua cabeça ” e ficaremos alí rindo; perfeito né?!

Meu amor, eu te amo tanto sabia? Acho que você já está cansada de ouvir isso de mim né? É que eu não me canso de dizer e repetir “ eu te amo ” minha princesa. Por mais que esteja banalizado é sempre bom ouvir um eu te amo verdadeiro. Pois é minha vida, eu te amo! Eu te amo e pra sempre vou te amar. Eu quero estar com você todos os momentos da sua vida. Pensando bem não é mais sua vida e sim nossa vida; porque a partir do momento que você roubou meu coração deixou de existir “eu” e “você” para existir “nós”. Eu quero poder cuidar de você; quero te amar ... eu quero te fazer a mulher mais feliz do mundo, eu sei que não é fácil mais eu te juro que darei o melhor de mim; pois você merece meu amor, merece toda felicidade do mundo. Como é bom poder te chamar de MINHA e como é bom ser SUA.

Acordo, olho para o lado e mais uma vez você não esta lá; então fico ali te imaginando; pensando em como eu queria dormir e acordar e te ter do meu lado;eu te acordaria com milhões de beijos, dizendo:

Acorda minha dorminhoca; e então te abraçaria forte; te chamaria pra tomar um banho comigo e você toda manhosa, dizendo que ainda estava com sono; me levantaria e pegaria na sua mão; ficaria te puxando e dizendo:

- Vem bebezão, larga de preguiça meu dengo; e quando eu consegui-se te tirar da cama, te abraçaria por traz; iria caminhando com você até o banheiro; te apertaria em mim, falaria baixinho no seu ouvido:

- Eu te amo mô; e só de imaginar você abrindo aquele sorriso lindo ao me ouvir é inevitável  não sorrir também; e então a gente tomaria banho juntas; e claro não pode faltar, te daria muitos beijos. Não me canso disso sabia?! E quando nós tivermos nossos filhos? Já pensou? Ele(a) te chamando de mamãe, correndo pela casa, to até vendo você toda besta pra eles (…)

Aí minha pequena como eu queria estar com você agora, to precisando de você. Preciso do seu sorriso que ilumina meu dia; preciso dos seus beijos, dos seus abraços, enfim eu preciso de você pra viver. Deve ta se perguntando porque eu estou escrevendo isso… nem eu sei te responder , sei lá deu vontade de falar da gente (…) você é minha inspiração, é o único motivo pelo qual acordo todos os dias. Sem você eu não sou nada, me falta o ar me falta o chão. Enfim, eu te amo minha princesa...”

Ela começou a ler a carta, os olhos dela se encheram de lagrimas, mas senhores leitores, não eram lagrimas de tristeza e sim de alegria. As amigas dela cujo eu não falo muito, foram logo querendo saber quem havia entregado aquele envelope rosa, e quem era o “pretendente” que as meninas desconheciam.

No intervalo eu e ela fomos para o nosso canto, quando chegamos la, o canto estava deserto, só havia eu, ela e nosso amor,a beijei com muita emoção e senti ela querendo cada vez mais aquilo, quando parei de beija-la, só ouvi ela falando , e eu olhando para aqueles olhos dela que brilhavam...

-Luana, eu te amo muito minha bobona!

Sinceramente eu adorava quando ela me chamava por esses apelidos carinhosos!

-Apenas falo uma coisa!

-O que?

-Eu te amo mais e mais do que você possa imaginar!

O nosso momento foi interrompido pela voz do Luiz, que disse:

-Que lindo o amor de vocês, eu sempre imaginei que havia alguma coisa entre vocês, é verdadeiro o amor de vocês da pra ver de longe isso.

-Você vai fazer alguma coisa para a gente? Agora que já sabe!

-Eu não tenho que fazer nada, mas sejam discreta pois ninguém pode saber de vocês!

Nosso intervalo ia acabando quando fomos para a sala, o clima estava estranho na sala, parecia que todos estavam falando da gente, fiquei com uma leve impressão que o Luíz, havia falado alguma coisa, já ia acabando a aula quando eu achei um bilhete no chão dizendo:

“-Vocês viram o que o Luiz disse que viu as duas lésbicas juntas se beijando?”

Juro que aquilo me matou por dentro, mas estava me segurando, na saída o pai dela veio busca-la, e eu fui para um parque depois da aula “refletir”

“..será isso mesmo que eu quero? Ou é só mais uma atração?...”