Marguerite e John haviam se casado na aldeia zanga havia dois meses e ganharam muitos presentes para o bebê, como um mosqueteiro lindo e tecidos para Marguerite usar para criar variados tipos de roupinhas, Roxton também havia feito um lindo berço, todo em madeira, trabalhado nas variadas pedras preciosas das quais ele todos os dias saia para procurar.

Verônica e Ned os ajudaram a aumentar o quarto, e reordenando os móveis, conseguiram colocar o bercinho exatamente ao lado da cama, Malone deu de presente para o casal um baú e lá, ela colocou todas as roupinhas que fizera e ganhara de todos os amigos que fizeram durante os anos que estavam no platô, tanta roupa que mal o baú conseguira fechar. Do quarto de Roxton, ele tirou seu tapete, um bem grande e bem bonito de pele de zebra e o colocou ao chão entre a cama e o berço, o quarto havia ficado lindo! Marguerite colocou sua mesinha em um canto e lá decidiu dividir com Roxton, pois duas mesinhas no quanto não caberia, como não havia portas entre os quartos, Challenger se empenhou em fazer uma e lhes deu como presente de casamento. Agora sim estava tudo completo e eles só aguardavam a chegada do bebê.

Naquela tarde, Roxton, Challenger e Malone haviam ido caçar e terminar de repor as preciosas reservas de ervas de Challenger. Marguerite como sempre, ficou muito preocupada, pois não gostava que seu marido ficasse muito tempo longe dela, eles prometeram voltar dali a dois dias, e foram os dois mais longos de Marguerite e Verônica (coitada!)

As garotas estavam na sala, Marguerite sentada à mesa costurando uma blusa de Roxton que praticamente não havia mais jeito, e Verônica lendo um livro, sentada no sofá. Estava tudo na mais perfeita ordem, as duas estavam se dando bem, e haviam sobrevivido aos dois dias. Verônica ajudava no que podia Marguerite, que não fazia corpo mole e trabalhava tranquilamente como se não estivesse gravida, parara de reclamar do (maldito) platô e estava mais feliz e radiante do que nunca.

A garota da selva a perceber que a amiga estava um pouco nervosa resolveu conversar com ela sobre a coisa que ela mais amava no mundo, seu bebê!

– Sabe Marguerite, tenho que admitir que jamais imaginaria você como mãe, você mudou tanto. – Dizia Verônica se sentando ao lado dela. – Pra melhor, claro, mais calma, deixou de ser tão egoísta.

– Realmente Verônica, o tempo muda as pessoas – Disse a Herdeira sorrindo. E Verônica foi se sentar ao seu lado na mesa.

– O bebê a cada dia cresce mais e mais – E passou a mão descontraidamente por sobre a barriga de Marguerite, todos faziam isso exceto Ned, claro, ele e Roxton ainda não tinham superado o beijo que ele havia dado em Marguerite. – Você está tão linda, não vejo a hora de ser mãe também – Disse a garota da selva corando um pouco.

– Ow, você será uma mãe incrível, tenho certeza!

– Você ganhou tantos presentes, o enxoval está completo e você está apenas de seis meses, o que pretende fazer com os outros três meses que faltam?

– Além de ficar cada segundo do meu dia imaginando o meu bebê? – Disse a morena rindo – Pretendo continuar aprendendo a cozinhar, quando voltarmos para Londres quero ser uma ótima dona de casa e esposa, isso é o mínimo que John vai receber de mim, Serei outra mulher.

– Já esta sendo minha querida, Roxton te ama muito, você sabe – E as duas riram – E ele sempre vai te amar, não importa o que você já tenha sido ou feito em Londres ou em qualquer outra parte do mundo, ele é seu. E te ama como se você fosse à única mulher no mundo. Para ele, esses quatro últimos anos foram o paraíso.

E Marguerite chorou.

– Tenho certeza que Malone também acha isso de você, Verônica. Se não ele não havia se empenhado tanto para voltar. Vê se agora vocês não colocam tudo a perder.

E a conversa se seguiu, pela tarde toda.

– Ned Boy, já pegamos tudo, o dia ainda está claro e mais umas duas horas de caminhada já estamos em casa, será que você poderia pedir ao Challenger que parasse a cada cinco minutos para ver algo e irmos embora. As plantas ainda estarão aqui daqui a duas semanas. – Dizia um Roxton já irritado.

Fazia dois dias que ele não via Marguerite, estava morrendo de saudade. Ficara esse tempo todo pensando em nomes de bebê, estava tão feliz, como nunca em sua vida.

– Tudo bem Roxton, mas acho que pelo seu olhar assassino ele já tenha percebido! – E riu, ele também estava com saudade de Verônica, ele havia, com a ajuda de Roxton, feito um lindo anel de noivado para Verônica e queria que ela aceitasse ser sua esposa o quanto antes.

– Desculpem meus caros, mais a ciência é uma coisa linda de se ver. – Dizia Challenger um pouco sem ar.

– Tudo bem amigo, mais por favor, será que podemos ir embora agora?

Sério, eles já haviam irritado Roxton, e mesmo com a noite se aproximando ele insistiu para que continuassem a caminhada, não adiantou nada Challenger e Malone falarem com ele, ele ia embora com eles ou sem eles, mais chegaria o mais depressa possível para Marguerite.

Pelo que Challenger estava cansado podia-se ver que Roxton não parara mais nenhum segundo depois que explodia com os amigos. Subiram no elevador e entraram na casa da arvore, sem fazer nenhum barulho, a casa estava bem quieta e havia poucas velas acessas, sinal que as meninas já estavam dormindo, deixaram as armas, chapéus, e as coisas que trouxeram pela casa e foram de encontro com suas amadas. Challenger para o laboratório (CLARO)

Roxton entrou pé ante pé no quanto, como suporá Marguerite já estava dormindo, sorriu, como ela era linda! Resolver tomar um banho e quando voltou Marguerite estava na mesma posição, dormindo tranquilamente. Ele meio sem jeito, se deitou com ela, e a abraçou.

Ela retribuiu ao abraço e mesmo sem abrir os olhos, sorriu ao sentir o cheiro de John.

– Meu amor, estava com tanta saudade – Disse ela num sussurro.

– Eu também minha vida, sabe o que estava fazendo nesses últimos dois dias? Pensando em nomes para o nosso bebê. Não podemos chamar ele ou ela de bebê para o resto da vida.

– Certo – Disse ela se agarrando mais a ele.

– Uhn que tal se for menina Abigail Victorié?

– Amei amor – Disse ela já despertando!

– E menino?

– Unh, Christopher.

– Falta um complemento! Que tal Alexander?

– É algum homem do seu passado Marguerite?

– Claro que Não John, pelo menos não do modo como você está pensando! Foi um garoto que me ajudou muito no orfanato, ele tinha 13 anos e eu 9, me dava comida quando eu ficava presa, e cuidava de mim, depois que eu fugi de lá nunca mais o vi, mais tarde descobri que ele morreu com catorze anos, vítima de uma pneumonia muito forte, ele era como um irmão mais velho pra mim, eu o amava muito.

– Sinto muito meu amor, Christopher Alexander Krux Roxton é um nome Lindo. – Disse enxugando as lágrimas da esposa, que teimaram a cair depois do ocorrido.

– É realmente um nome esplendido. – E passou a mão na barriga.

CONTINUA...