Livros Na Estante escrita por Margarett Levenstein


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

- Espero que gostem do novo capítulo!
- Creio que irá ter erros de digitação... Mas logo,logo irei arrumar!
Beijos ♥
**Comente nas histórias, isto incentiva os autores a continuarem escrevendo



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Acordamos bem cedo naquela manhã ensolarada e quente. Era seis da manhã e já estavam batendo em nossa porta para que nós acordássemos.

Depois que nós três estávamos arrumadas,  fomos para o refeitório. Todos os campistas estavam lá e o Victório tinha razão sobre as pessoas daqui. Tinhas pessoas de todos os estilos, pessoas com cabelo colorido, pessoas ruivas, loiras, morenas, brancas, negras, enfim, de todos os estilos e etnias. [...] O refeitório era bem grande e havia bastante comida: panquecas, sucos de vários sabores, frutas, mingau, torradas,  geleias para passar nas torradas, café, leite e muitas outras coisas. Comi algumas panquecas com molho chocolate derretido e um copo de leite.

- Vai comer só isso? - perguntou Rosalina.

- Aham... - respondi.

- Acho melhor você comer bastante. - falou ela colocando alguns morangos no pratinho de plástico. - O almoço só vai ser servido uma da tarde, e até lá você vai fazer bastante coisa.

Parei para pensar no que ela falou por um segundo e logo depois comecei a encher meu prato, como todos os outros do refeitório.

- Emma, você viu o Victório ou o Nicolas por ai? - perguntei.

- Não vi não... - respondeu ela com a boca cheia.

- Credo Emma, não fale com a boca cheia - falei fazendo uma careta.

- Ok senhorita perfeita, não vou falar de boca cheia. - falou ela mais uma vez com a boa cheia. E eu ri.

Depois do café da manhã - que durou uma hora - fomos todos para o lago que tinha atrás das cabanas. Chegando lá uma mulher alta, negra, magra e com o cabelo completamente rosa falou que seria nossa professora de canoagem. Ela explicou as vantagens de saber sobre canoagem e que todos nós deveríamos nos preparar para as olimpíadas do final do ano. A aula durou uma hora e meia e eu tenho que confessar que me diverti bastante. Depois da aula de canoagem fomos para a aula de arco e flecha. O professor era baixo, magrelo, calvo e tinha um sorriso lindo. Ele nos ensinou a ter uma boa mira e nos explicou a importância de se aprender a atirar com o arco. E o resumo de toda a explicação dele foi: questão de sobrevivência. Depois da aula de arco e flecha, fomos para uma cabana para aprendermos a história dos língua-mágica. A professora explicou porque somos chamados assim e como adquirimos esse dom. A aula foi um pouco chata mas esclareceu algumas das minhas dúvidas. Quando deu dez horas fomos todos para o jardim ter uma aula de pilates, porque segundo a professora todos nós deveríamos ser pessoas do bem, pessoas com paz interior e etc.

- Agora vamos todos virar amigos das árvores - falou o Victório, que estava se sentando em um colchonete ao lado do meu.

- Somos naturebas agora, mas temos que aprender a lutar com espadas, arco e flecha e etc? Isso não faz sentido - falei me ajeitando no colchonete.

- Realmente não faz - ele ri. - Mas estou feliz de estar aqui tendo esse papo com você...

- Essa última parte não tem nada haver você falar num momento como esse - deu um sorriso torto.

- Eu sei - ele suspirou e olhou para mim. - Mas eu me sinto bem de falar essas coisas para você - ele estava olhando dentro dos meus olhos agora. O sol fazia o rosto dele brilhar, seus olhos ficavam cristalinos quando a luz do sol batia e aquilo era maravilhoso.

- Tudo bem... Você já pode parar de me deixar sem graça - falei tentando esconder o sorriso bobo.

- Tá... Então não falo mais nada - falou ele olhando para a frente agora.

Não quero que ele pare de falar, eu me sinto bem e é... Eu acho que estou começando a pensar nele daquele jeito. Mas agora não vou me policiar, vou deixar tudo rolar sozinho e ver no que vai dar.

- Você está bem? - perguntou a Emma que estava sentada do outro lado.

- Estou e você? - perguntei.

- Tô legal... Mas estou com saudades da minha mãe - falou ela meio triste.

- É. Eu também estou com saudades dos meus avós.

- Você acha que vai demorar muito para a gente voltar pra casa?

- Não sei Emma... Não sei mesmo...

Depois que a aula de pilates acabou, todos nós poderíamos voltar para nossos dormitórios para tomar banho, assistir tevê ou fazer qualquer outra coisa. Eu e a Emma fomos para um jardim de inverno que tinha de frente para o lago; lá havia vários sofás e algumas redes, e a vibe de lá era ótima. Um silêncio, uma paz, uma brisa fresca soprando sem parar e aquele lago lindo onde os patinhos nadavam de um lado para o outro.

- Você gosta do Victório? - perguntou a Emma olhando para o lago.

- Não. Quer dizer, não sei... Porque?

- Sei lá... Só acho que vocês dois ficam bem juntos e... Acho que se dariam bem se algum dia ficassem juntos.

- É?

- Aham...

- Isso foi o que ele disse pra você?

- Não, isso é o que eu acho. Eu não converso com ele sobre isso, é estranho...

- Ah...

- Pois é...

Ficamos ali sentadas no sofá apenas apreciando aquela paisagem, escutando John Mayer nos meus fones de ouvido. O nome da música era ''Heartbreak Warfare'' minha música preferida dele. Depois de uns dois minutos de silêncio, começamos a conversar novamente. A Emma começou a contar sobre um menino que ela conheceu hoje, ela falou que eles ficaram conversando durante toda a aula de história dos línguas-mágicas e, ela disse que queria ficar com ele. O que eu achei estranho, porque geralmente a Emma não ''fica'' com ninguém, ela não é do tipo que fica com os garotos. Eu lembro que no ano passado ela terminou um namoro de dois anos e ela ficou arrasada e jurou que não iria mais se apaixonar por ninguém, porque o amor é uma droga.

- Acho que já está na hora de voltar... Está quase na hora do almoço. - falei.

- É, vamos almoçar... Espero que tenha pudim de sobremesa. - falou ela e eu ri.

- É, espero mesmo...

Subimos o gramado e fomos andando até o refeitório. No caminho encontramos o Victório e o Nicolas, que estavam ofegantes

- O que vocês estavam fazendo? - perguntou a Emma.

- Jogando tênis - falou o Nicolas com certa dificuldade para respirar

- Nossa, você está cansado mesmo em?! - comentei.

- É... -respondeu o Nicolas, que havia parado de andar e começou a ficar pálido.

- Você está bem Nicolas? - perguntei. E então ele caiu de cara no chão. Começamos a gritar por ajuda. E do nada apareceu o Jeff que estava com o rosto todo vermelho.

- O que aconteceu? - perguntou ele.

- O Nicolas desmaiou! - falei. - Ele estava bem ofegante e do nada ele caiu! 

- Ok, saiam da frente, vou levar ele para o ambulatório. E vocês vão almoçar logo! - falou ele pegando o corpo do Nicolas no colo.

Fomos andando para o refeitório, porque não queríamos arrumar confusão logo no nosso primeiro dia. Comemos muito e rápido para que  pudéssemos ir no ambulatório ver o Nicolas.

- Será que ele está bem? - falou a Emma preocupada enquanto corríamos em direção do ambulatório.

Quando chegamos lá o Nicolas estava dormindo, a enfermeira contou que ele não pode praticar esportes ou fazer muitos esforços, porque ele tem asma e consequentemente ele desmaiou porque faltou ar e ele não tinha uma bombinha. Depois de ficarmos um pouco lá, fomos para nossos dormitório, para descansar um pouco, afinal, estávamos todos quebrados. 


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