Im Into You escrita por L Chandler


Capítulo 6
05. Complicated


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Então, eu andei meio chateada porque muitos de vocês que comentaram a fic no inicio tinham parado com os reviews e eu senti falta, mas fiquei MUITO feliz de ver que voltaram, que bom hahaha'
Enfim, sei que eu deveria apenas postar amanha, mas como hoje é feriado e eu to aqui de bobeira, resolvi postar hoje, porque não custa nada, né? Em agradecimento a vocês, eu vou postar MAIS UM CAPÍTULO AMANHA! Legal, né? Sério galera, muito obrigada pelos reviews encorajadores, luv u sz'
Boa leitura, vejo vocês nas notas finais!



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P.O.V Sam

- Ótimo! – Freddie gritou.

- Ótimo! – repeti furiosa. Peguei minha bandeja e fui terminar de comer perto da escada. Assim que eu terminasse, iria pensar em um novo lugar para me esconder. Enquanto eu botava o garfo na boca, a voz de Freddie invadiu a minha cabeça aos berros:

CARAMBA, SAM! VOCÊ NÃO CONSEGUE FAZER UM COMENTÁRIO QUE NÃO ME INSULTE! MAS QUE COISA CHATA! PORQUE NÃO SE COMPORTA COMO A CARLY? ELA É CIVILIZADA, VIU?!

Na verdade, eram ótimas dúvidas, que, é claro, exigiam ótimas respostas. Mas eu não contaria. Nunca. Para ninguém. Esses pensamentos tristes me fizeram querer chorar, mas eu JAMÁS choraria. Corri, como se fugir pudesse me ajudar a espantar as lágrimas. Só parei quando estava na sombra da arvore que Chuck tinha me falado um dia desses, em frente ao colégio. Era aconchegante. Eu ainda tinha um nó na minha garganta, mas eu não me livraria dele agora.

Enquanto tentava parar e pensar em motivos que me fizessem triste, um pensamento me veio à cabeça: Por que será que Carly não veio atrás de mim? Quero dizer, é claro que não é sua obrigação, mas como amiga, ela deveria ter vindo, certo? Ou será que sou tão insignificante que não mereço sua atenção? Vai ver, ela pensou que eu tivesse saído para comer em outra mesa, sozinha, e que tudo ia ficar bem. Mas não ia. Porque, eu acho que nem ela sabe dessa história. É uma coisa muito secreta, que eu acho que nunca contei a ninguém, e, espero que continue assim.

Será mesmo que eu exagerei? Eu não devia ter deixado todos lá, assim, de repente... E será que eu exagerei com o Freddie? Eu sempre critico o Chuck, mas, com o Freddie é diferente... Não sei, parece que eu o conheço há tanto tempo, sendo que nós nos conhecemos hoje... E talvez seja a ultima vez que eu o veja, porque, sempre que eu olhá-lo, eu vou lembrar a história... Com certeza não. Eu e a Carly ainda temos a entrevista... Essa que eu vou. Vou fingir que está tudo bem, é claro. Vou continuar criticando todos, também... Bem eu espero.

Em meio a esses pensamentos, uma voz de repente cruzou meus ouvidos, e gritou pelo meu nome. Olhei para o lado e vi que era Freddie que me procurava. Achei estranho, ainda não era a hora da saída...

- Sam! Ainda bem que eu te encontrei, escuta, você tem que voltar. – ele falou ofegante. Ha. Nerds... Vai entender. Pouco exercício físico, mas tanto exercício cerebral...

- Sai daqui, não quero falar com ninguém! – eu comecei.

- Calma, calma. Eu não quero falar com você. Eu só vou ficar sentado aqui e descansar um pouco, tudo bem?

Não respondi. Meu coração estava acelerado. Por quê? Deve ser minha raiva.

- Olha só, sei que você não veio só pra descansar. O que você quer, Mané? – perguntei. Quase tapei minha boca depois do “Mané”, mas resolvi não fazê-lo. Por que eu iria mudar quem eu sou? Por causa de uma Nerd Pateta me lembrou de uma história que mexe comigo? Sem chance.

- Só quero que você me responda. Por que você é assim com todo mundo? Digo, esse lance de criticar os outros, e tudo mais? – ele perguntou, ainda respirando irregularmente.

- É uma longa história, mas... EU NÃO VOU CONTAR PARA VOCÊ! – me manifestei rápido. Para que eu iria contar a história que mais me assombra para um estranho que eu mal conheço?

- Tudo bem, eu não pedi para você contar a história. – ele disse.

- Hey, você não manda em mim. – retruquei.

- Você não quer contar.

- Eu conto se eu quiser. – cortei.

- E você não quer.

- Você não me entende.

- E de que adianta? Você não contará. – ele disse, com os cotovelos em cima dos joelhos, respirando mais lentamente.

- Você acha que pode saber de tudo? Está enganado. Eu vou te contar a história.

Um sorriso suave brotou no rosto dele. Ha-ha. Peguei o mandão. Ele não pode me controlar. Eu VOU contar a história. Dei um longo suspiro e comecei.

*Flashback on*

Eu estava no 3º ano, o verão era rigoroso, e fazia qualquer um sofrer. Não só pelas altas temperaturas...

- Feia, gorda, quatro olhos! – gritavam para mim.

Eu, bem no cantinho da sala, fingia que não ouvia, e ficava apenas olhando para a janela, vendo crianças saudáveis, felizes, não excessivamente inteligentes e principalmente magras, brincando no parquinho da escola.

- Exibida, mal humorada, sem amigos! – Traicy continuou sozinha. Ah, Traicy, pobre Traicy... O que tinha de beleza não tinha de inteligência.

- Hey, não é para tanto, amiga! – Melanie tentou suavizar.

- Como vocês podem ser tão parecidas e tão diferentes? – Traicy perguntou, com sua voz aguda e esganiçada, como se tivesse com o nariz entupido.

- Eu sou mais bonita, mais legal, mais magra e sou mais popular, é simples, dãaaaaa! – Melanie respondeu, fazendo a turma inteira rir.

Eu tinha raiva. Muita raiva. Mas condensava. Juntava. Como se eu tivesse um grande caldeirão de maldade, raiva e rancor, prestes a explodir.

- Quietinhos pequeninos! – a Srta. Bown pedia, sem ligar que estavam zooando. No fundo, ela sabia que tudo que elas diziam não era nenhuma mentira. No fundo não, na verdade, bem no exterior.

No dia seguinte, era a foto da escola. Traicy e Melanie, as melhores amigas inseparáveis, as mais populares e bonitas da escola, as mais disputadas e legais do colégio, estavam lá, com seu grupinho. E eu estava lanchando sozinha, era o habitual. Traicy passou com suco de berinjela e o derramou todo no meu vestido. Bastava. Eu estava cansada disso.

- Ops! – ela ainda teve a cara de pau de dizer. Depois, ela chegou mais perto de mim e sussurrou. – sua irmã tem um recadinho para você: “Tenho vergonha de ter uma irmã como você, Samantha! Você é nojenta! Até mamãe me ama mais!” – e foi a gota d’água. Ela engoliu meus punhos. Fui com tanta força, que a minha mão ficou entalhada em seu rosto, como uma pedra.

Foi ai que começou a minha fase de pegadinhas. Todas que me criticavam, eu fazia uma pegadinha, e ai, depois de um tempo, tinham medo de falar mal de mim.

Mas ai eu pensei: Poxa, acho que seria mais eficaz se eu cortasse o mal pela raiz. E emagreci. Dois duros e longos anos de disciplina e dieta, e perdi 25 quilos.

Comecei a usar lente e minha miopia tinha praticamente desaparecido – o que significa que eu não precisei usar mais óculos – e o inteligente eu deixei para trás. Resolvi me fazer de burra e não é que eu esqueci mesmo das coisas?

Isso de “feia”, era só babaquice, pois eu tinha exatamente a mesma cara de Melanie. Só a cara porque personalidade – se é que ela tinha alguma, porque ela só vivia na sombra da Traicy – era, e sempre será abaixo de zero. Quanto à “impopularidade”, eu resolvi dois anos depois, quando encontrei Carly e fizemos amizade. Ela foi a única com quem eu não precisei armar pegadinhas para não me criticar. Ela NUNCA ousou abrir a boca para falar uma coisa ruim sobre mim – apesar de eu saber que tenho vários defeitos - Carly nunca os jogou na minha cara. E grande parte deles, não era por minha opção.

Depois de um tempo, meu pai ficou gravemente doente e me fez prometer para ele que eu ia mostrar para todos, o quão especial eu era, e que eu tinha que ser forte. Ele queria que eu fizesse com que todos se lembrassem de mim, porque eu tinha uma personalidade explosiva, e ele gostava de mim do jeitinho que eu era, e disse também para eu nunca me igualar a Melanie, porque, cada um é especial à sua maneira. E... Bem... A semana seguinte foi um borrão. Só me lembro de ter chorado horrores e de ter dormido abraçada com a jaqueta jeans dele nos três anos seguintes.

*Flashback off*


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Notas finais do capítulo

Tadinha da Sam, ela sofreu bulling... E agora vocês já sabem porque ela é desse jeito "bad-girl", né? É como se fosse uma armadura, de uma pessoa dura por fora, mas por dentro, uma pequena garotinha fragilizada e vulnerável. Enfim, que será que Freddie vai achar disso? Vocês só vão descobrir no capitulo 06, que se chamará "Who Says" :D
Até o/