Geração X - Fic Interativa HIATUS escrita por JulianaDramaQueen


Capítulo 11
Capítulo 12 - “Mnemosine”


Notas iniciais do capítulo

demorei, mas ante ontem eu sai e ontem foi por preguiça msm....no capitulo de hoje mais um personagens das fichas...e novamente tive a liberdade de colocar uma uma parte da historia mandada pelas fichas e de inventar minha própria parte na história...espero q gostem e q tenha ficado bom....não sei se perceberam, mas eu adoro usar metáforas e nesse capitulo eu abusei disso rsrs....enfim, boa leitura.,



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POV Narradora

~flashback on~

“A madrugada nunca foi tão fria. Fria no sentido de ser sombria, silenciosa, tenebrosa, assustadora. Não tão assustadora assim, mas bem próximo disso. As luzes daquela enorme e vazia casa estavam apagadas, fazendo todo aquele ambiente, uma verdadeira escuridão. A ventania do lado de fora fazia um som, um assovio muito sutil. Parecia o triste cantar de fantasmas atormentados. Isso dava ainda mais uma cara de cenário de filme de terror aquela residência.

Residência essa onde morava sozinha a bela senhora Narcysa, grávida, já nos últimos dias de gestação. O seu marido, pai da criança que ela carregava, havia fugido e nunca mais deu noticias. A gestante estava sentada numa poltrona em seu quarto. Aquela era mais uma das suas noites de insônias. Passava horas sem conseguir dormir e pela manhã estava extremamente cansada e dificilmente conseguia recuperar o sono perdido. Ela aparentava profundas olheiras no seu belo rosto.

De repente, a senhora loira começa a sentir uma dor muito forte em seu ventre. Eram as primeiras contrações. Sua filha iria nascer. Ela gemia de dor. Apoiou uma das mãos no braço da poltrona, segurando a barriga com a outra, e levantou-se. Deu dois ou três passos e caiu no chão. Era dor demais e ela não se aguentou em pé.

Ela começou a gritar, num pedido desesperado por ajuda. Passaram alguns minutos e ela já quase estava sem voz quando escutou um baque surdo vindo da sala. Era a porta sendo aberta com brutalidade. Logo após ouviu passos apresados correndo para lá e para cá.

- A-aqui. Por-por fa-a-vor. – a mulher pediu, gastando o seu último fio de voz.

Um homem acompanhando de uma mulher apareceu no quarto e a viram no chão. Socorreram-na imediatamente, colocando-a na cama. A mulher que acompanhava correu até a casa do vizinho, que era médico. O homem avisou a senhora Narcysa o que a outra foi fazer e a grávida agradeceu mentalmente pelo vizinho ser médico.

Poucos minutos depois o médico apareceu e já começou a fazer os primeiro procedimentos médicos. Não havia tempo de levá-la a um hospital. Ela já estava em trabalho de parto. O casal que apareceu ali ajudava o médico quando ele precisasse. Colocaram um pano na boca dela para que ela o mordesse e, agora, ela soltava gritos abafados. O homem ajudava limpando o suor da testa dela com um pano molhado. A mulher ajudava empurrando a barriga. O médico segurava os joelhos flexionados de Narcysa, esperando que a criança começasse a nascer.

A mulher loira fazia muita força, agarrava os lençóis quase os rasgando, grunhia gritos de dor. Foram precisos só mais alguns minutos para finalmente o bebê nascer. Uma linda menininha loira, parecida com a mãe. O médico, então, cortou o cordão umbilical, limpou o bebê e a colocou no colo da mãe, que sorria radiante, com os olhos brilhando de felicidade. Porém, esse brilho durou muito pouco, porque a mulher logo sentiu a visão ficar embaçada e piscou o olhou de forma lenta. Chamou a outra mulher que acompanhava e entregou a filha para ela.

- Eu e minha filha não temos família próxima... – dizia com dificuldade, com a voz fraca. – Entreguem-na para o tio dela, Vaanbaske. O telefone e endereço dele estão nessa agenda... – disse apontando para um caderninho na mesa de cabeceira. – Cuidem bem dela... Minha Scarlet... – disse num fio de voz. Sua voz sumia a cada palavra.

- Do que a senhora está falando? A senhora vai cuidar dela. – a vizinha disse num tom de voz desesperado, entendendo o que a loira queria dizer com aquelas palavras tão tristes.

Narcysa balançou a cabeça em negação com um sorriso fraco, mas sincero no rosto. Seus olhos foram se fechando devagar, ela foi perdendo a força e ao poucos foi sentindo seu espírito deixando seu corpo, abandonando para sempre aquele plano terreno para ir ao plano superior. As pálpebras finalmente se fecharam como as cortinas de um teatro no fim de uma peça. A vizinha se desesperou. Chamou o médico e o outro homem. Não havia mais jeito. Ela estava morta. Encaminharam o corpo dela e levaram a recém nascida para o tio, que cuidaria dela, de agora em diante.”

~flashback off~


Scarlet permanecia sentada, meio deitada, no sofá da sala de mais uma das milhares de pensões em que ela se hospeda. Já estava assim há algumas horas, quase sem se mexer. Ela encarava a foto que tinha da mãe. Talvez a única. Sentia falta dela, mesmo não tendo a conhecido. Às vezes, ela passava horas olhando a foto e imaginando como seria se ela estivesse viva. Nos seus pensamentos, ela pensava que talvez tudo seria diferente, sua vida teria tido outro rumo. Nada seria como era e ela sentia que seria feliz.

Scar acariciava o rosto da mãe na fotografia, rindo. Uma lágrima teimosa escapou de seus olhos, mas a menina a limpou antes que ela trilhasse um caminho por seu rosto. Levou a foto até seu peito, como se a abraçasse. Logo Scarlet balançou a cabeça rapidamente espantando pensamentos tristes. Levantou-se do sofá e foi para seu quarto guardar a foto. No quarto aproveitou para dormir. Acabou sonhando, mas não era bem um sonho... Era uma lembrança.


~sonho/lembrança on~

“- Vem aqui menina. Não foge do titio não. – disse o homem rindo grotescamente. – Não fuja de mim, Scarlet.

Vaanbaske sorria pervertidamente enquanto perseguia a pequena Scarlet, com 11 anos na época. Scar se escondia ao máximo que conseguia. Tinha medo do seu tio, que desde que ela tinha 9 anos, abusava dela. A menina se encolhia dentro de um pequeno armário. Abraçava as pequenas perninhas em modo de proteção. De repente, a porta se abre com brusquidão e lá está o tio dela.

- Ah... Achei. Cansei de brincar de esconde-esconde. Agora, quero brincar de outra coisa.

- Não. – disse com uma voz chorosa. – Não gosto de brincar com você. Não gosto das suas brincadeiras. – disse por fim, jogando um sapato no rosto do tio, que, em questão de segundos, mudou a expressão maliciosa para uma completamente irada.

Vaanbaske nada disse. Apenas deu um tapa no rosto da garotinha e a arrastou com brutalidade para o quarto dele. Ele tinha o poder de anular o poder de outros mutantes que ele chegava perto, por isso, ela não podia fazer nada com ele.

Com a mesma velocidade que ele a arrastou para aquele lugar, ele arrancou as roupas dela e a própria. Scarlet já chorava desesperadamente. Ela foi jogada sem cuidado da cama. O homem passava suas mãos nela e beijava todo o corpo da menina, que se sentia enojada. O homem a penetrou sem cuidado, sem preparação, arrancando gritos desesperados de dor. Vaanbaske não se importava com a dor, se ela estava se machucando ou não. Ele só queria satisfazer a si próprio.

[...]

A cena mudou. Agora Scarlet estava com 13 anos. Era uma sexta feira nublada. A garota andava sorrateiramente em direção a uma loja de armas numa parte escondida do bairro. Ainda de uniforme e com a mochila da escola nas costas, ela abriu a porta e uma sineta tocou, anunciando a sua chegada. Um homem num estilo de bandido apareceu. Scar olhou profundamente nos olhos dele. Enquanto de um lado estava a pequena Scarlet, do outro o homem via uma mulher mais velha. Scar conseguiu iludi-lo.

Comprou uma arma e foi para casa. Ou melhor, para a casa de seu tio Vaanbaske. Ela estava decidida a matá-lo. Uma forte tempestade começou, com fortes raios e trovões, molhando-a toda. ‘Um ótimo cenário para um assassinato’ Pensou sorrindo maniacamente. Entrou na casa e foi para o quarto do tio, que estava deitado em sua cama kingsize. Sorriu e apontou a arma para ele, que a olhava confuso.

Deu o primeiro tiro na perna esquerda dele. – Strike um. – cantarolou. – Strike dois. – Deu outro tiro na barriga dele e riu ao ver a grande quantidade de sangue na camisa branca que ele vestia. – Strike três. – disse por fim e gargalhando alto ao atirar na cabeça e ouvir a bala acertar o crânio. Finalmente ele estava morto. Ela seria livre, porém por pouco tempo.”

~sonho/lembrança off~


Scarlet acordou num susto. Ela odiava sonhar com seu passado nada feliz. Levantou-se rapidamente da cama, socando o colchão, numa descarga de ódio que a invadiu com as lembranças. Abandonou o quarto e a pensão e saiu para a rua. Passos depois, ela ouviu uma voz.

- Scarlet! Espera. – gritou uma voz feminina. Scar fez uma careta quando reconheceu a dona da voz.

- Luiza. O que você quer?

- Ah, Scar. Vamos à minha casa. Preciso te contar umas fofocas.

- Não. – disse grosseiramente.

- Eu preciso te mostrar minhas roupas novas. – continuou.

- Não e não.

- E as bolsas que eu ganhei. AAHH... São tudo de bom. É uma Prada e uma Chanel e...

- Eu já disse que não. – disse furiosa a interrompendo.

- Ah, por que Scar? Tem tanto tempo que não saímos juntos, que você não vai para a minha casa...

- Luiza. – Scar chamou a olhando nos olhos. Luiza ergueu o troco, desfez o semblante e os olhos ficaram um pouco arregalados. Isso tudo como se ela tivesse sido ligada no automático. Agora parecia que ela era manipulada por cordões, como marionetes. Scarlet finalmente voltou a falar e a mentalizar:

- ‘Escute. Você voltará ao que estava fazendo antes de me encontrar e esquecerá que me viu’.

Luiza virou-se e voltou a andar como se nada tivesse acontecido. Scar também voltou a andar, sem prestar muita atenção a onde estava indo.

[...]

- Scarlet! Amor! – uma outra voz a chamava dessa vez masculina.

- Newt. – Scarlet despertou dos seus pensamentos. Seu namorado Newton a chamava. Só agora ela reparara que estava numa praça.

- O que houve? Foi difícil te achar. Por que saiu? – perguntou sentando ao seu lado, mas ela apenas deu de ombros. – Eu ainda espero a resposta. – ela o olhou confusa. – Sobre você ir para a mansão. – Newton respondeu a dúvida silenciosa dela.

- Agora eu não quero. Quando eu queria ajudar do careca ele não quis me ajudar. Não quero mais.

- Amor. Você entendeu tudo errado. Naquela época eram tempos difíceis e o professor não estava passando por bons momentos. E ainda por cima, você era uma menina, uma pré-adolescente perturbada. Tinha acabado de matar o próprio tio, vivia fugindo da polícia e ainda queria desfrutar de uma liberdade que você nunca teve. O professor se viu numa situação extremamente difícil, porque não sabia se cuidava dos próprios problemas ou se te ajudava com os seus problemas. Mas aí, você ficou totalmente revoltada e sumiu e ainda dificultou a procura do professor pelo Cérebro porque você sempre dava um jeito de modificar as lembranças dele sobre você. Sorte que ele é um dos maiores telepatas do mundo e não ficou por muito tempo sobre o efeito do seu poder. – pausou. – Bom, agora ele se arrepende e quer de qualquer maneira que você vai para a mansão para ser treinada por ele. É serio. Ele quer corrigir o erro de não ter te ajudado quando você precisou.

- Ah... Ele está arrependido. – Scarlet disse, soando irônica. – Pois diga para ele que agora é tarde. Não vou mais precisa dos seus treinamentos. Eu acho que já estou treinada o suficiente.

- Não está não. – disse num tom brincalhão. – Você precisa ser treinada por profissionais. – pausou olhando a cara emburrada da namorada. – Anda Scar. Vamos. Não custa nada. Deixa de ser teimosa, vai.

- Não. – pausou respirando fundo. – O convite é tentador, mas diga que não. Estou chateada demais para aceitar.

- Tudo bem. Mas eu vou continuar insistindo. Enquanto você não aceitar ir para a mansão eu não sossego.

Scar deu de ombros. Escorou-se em Newt sorrindo com os carinhos que ele lhe dava.



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Notas finais do capítulo

se gostaram e se não gostaram.. deixem reviews......até o proximo capitulo



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