Aonde Quer Que Eu Vá escrita por VanBlack


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oiii! leitores fofíssimos!
Espero que curtam mais esse cap. Leiam sem moderação.
E escutem a musica do Paralamas do Sucesso, durante a leitura...
Contem spoilers de New Moon. Leiam também a notinha no final.



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Aonde quer que eu vá
  Levo você no olhar

Estava quase terminando o projeto de restauração do meu Rabbit, faltava apenas encher o tanque de gasolina, como era um modelo antigo, ele “bebia” bem mais do que um modelo novo recém saído da fabrica. Mas mesmo assim eu nunca desistiria do meu lindo Rabbit!

Queria fazer uma surpresa para Bells, iria levá-la a Port Angeles, cinema, restaurante, depois voltaríamos e namoraríamos um pouco em First Beach. Uma noite romântica. Sei que com tudo o que tem acontecido nas redondezas não temos saído muito, principalmente ido em outras cidades. Charlie e Billy resolveram formar uma dupla de empata “foda” pode?

Viviam pedindo, no caso do Charlie, ordenando que não fossemos a nenhuma outra cidade sozinhos. Às vezes achava que ele não queria era que ficássemos sozinhos por outros motivos. Já meu pai pedia que não saíssemos à noite, pedido estranho eu sei, mas como ele usava aquele tom de comando baixo, mas que sempre me fazia estremecer, não tinha como eu recusar não é?

Busquei a Bella em sua casa, quando ela viu o Rabbit, correu para me abraçar e parabenizar, ela tinha adorado o carro. Bells sempre me surpreendia com seu jeito simples e humilde, mesmo já tendo namorado um cara rico, ela não se impressionava com coisas fúteis, pelo contrario, eram as pequenas coisas que a emocionava.

Fomos direto ao cinema, escolhemos um filme de comedia, rimos muito, pois era engraçado pra caramba. Os personagens eram tão confusos e ridículos, mas era essa toda a graça do filme, não havia muita coerência nos diálogos o que facilitava o riso ser mais espontâneo, choramos de tanto rir.

Depois fomos a um restaurante próximo ao cais no porto da cidade, estava um pouco cheio, mas estava ate legal. Comemos risoto de frutos do mar com tinta de lula, um prato delicioso, bebemos refrigerante lógico, nenhum de nós tinha permissão para beber álcool. O que nem me faz falta, nunca fui muito fã de bebidas alcoólicas.

Já estava ficando tarde então decidimos voltar para casa, na verdade queria levá-la a praia, mas assim que chegamos perto do carro, alguns caras ficaram nos encarando e falando gracinhas para Bella.

Aquilo estava me deixando muito nervoso, minha respiração começou a ficar forte, como se estivesse correndo ou algo assim. Bells que segurava minha mão percebeu que minha temperatura tinha aumentado, o que justificava a sensação de formigamento na minha pele. Minha cabeça estava com um zumbido estranho que perspassava pelo ouvido, meus pensamentos eram de exterminar aqueles idiotas.

Com esse pensamento rondando minha mente, um sorriso diabólico surgiu em meus lábios, olhei na direção dos babacas, quando viram minha expressão se afastaram rapidamente da gente. Ok isso foi estranho! Olhei na direção de Bella e ela me lançou um olhar assustado, aquilo me matou. Eu ter espantado aqueles idiotas era uma coisa, mas assustar minha namorada...

Comecei a dar passos para trás querendo correr, fugir daquela expressão de medo que Bella tinha, mas nem tinha dado dois passos ela me alcançou, abraçando-me dizendo que estava tudo bem, que não estava com medo de mim, só surpresa e preocupada com aquela minha reação.

A apertei o mais forte possível junto a mim, não querendo nunca solta-la de meus braços. Enterrei meu nariz na curva de seu pescoço inalando seu cheiro delicioso, aquilo foi me acalmando e então entramos no carro e fomos para casa.

Chegamos antes da meia-noite, levei a Bells em sua casa primeiro, deixei-a com a promessa de ligar quando chegasse em casa, para tranqüiliza-la. Acho que a deixei muito preocupada com meu comportamento. Mas eu não estava me sentindo doente, apenas estranho.

Dirigi o caminho de casa pensando em como minha reação àqueles idiotas foi um tanto exagerada. Tudo bem que nenhum cara ficaria inerte em uma situação como aquela, mas de onde veio tanta fúria como a que eu senti, e porque se afastaram tão rapidamente? Sei que quando fico nervoso minha expressão fica sisuda e ate amedronta um pouco, mas nada comparado a aquele nível de pavor que vi nos olhos dos babacas, ou nos olhos de minha Bells.

Céus! Foi horrível ver o semblante da Bella daquele jeito. Senti-me um ogro, uma fera sem controle e bestial. Nunca mais farei isso de novo, nunca mais deixarei a Bells com tanto medo assim, e principalmente de mim.

Cheguei em casa cansado, com um sentimento forte de tristeza no peito, tão diferente de como tinha saído no inicio da noite. Billy estava assistindo a um programa de esportes, como sempre, falou alguma coisa comigo que sinceramente nem liguei.

O que o fez vir atrás de mim na cozinha, onde fui beber um copo de água e pensar na minha atitude descontrolada. Como pude ser tão insensível e ter amedontrado logo minha namorada? Porque apenas não ignorei aqueles babacas e segui em frente? Aposto que nossa noite teria saído como o planejado e estaríamos namorando na praia uma hora dessas!

Idiota, estúpido, babaca, descontrolado, ogro, me xingava mentalmente. O que estava gerando uma forte raiva surgir dentro de mim, sentia que toda aquela fúria de antes, quando encontramos os idiotas, estava voltando. Abri os olhos que nem notei quando havia os fechado, olhei para meu pai que estava na soleira da porta, me olhando assustado e murmurando coisas como “vai ser agora”, “tenho que avisar o Sam”.

Ouvir aquele nome fez um tremor sacudir meu corpo e com a força desse movimento, o copo que segurava foi esmagado em minha mão... Era um copo grosso de alumínio. Olhei aquela forma retorcida que estava em minha mão, não acreditando que fui capaz de fazer algo assim. Olhei outra vez para meu pai buscando uma resposta ou apenas um olhar ou gesto de carinho e conforto, mas Billy estava falando ao telefone e não percebeu que o olhava.

Não conseguia entender o que acontecia, o porquê de meu corpo tremer tanto ao ponto de parecer vibrar a cada pensamento de raiva, e frustração que vinha em minha mente. Então, assim que abri a boca para perguntar tudo isso ao meu pai, gritei, sentindo uma dor horrível percorrer minha coluna, da base ate o pescoço, como labaredas de fogo a me queimar.

Aquilo foi doloroso demais, cai ajoelhado no chão. Com uma mão espalmada no piso da cozinha apoiava o peso do meu corpo e com a outra apoiava em meu peito, pois meu coração batia tão rápido que parecia que estava tendo um ataque cardíaco. Na verdade todos os meus órgãos internos pareciam de alguma forma se expandir e encolher em seguida, uma verdadeira loucura.

Parecia haver algo dentro de mim querendo sair, algo muito forte e que a qualquer momento me faria explodir em mil pedaços. Não agüentava mais tanta dor, deitei no chão me contorcendo, pedindo, chorando, implorando para que fizessem parar, para que isso acabasse logo.

Em meio a tudo isso uma sensação de liberdade me invadia e crescia dentro de mim, era como se quando essa coisa, que mais parecia ser uma bomba que estava dentro de mim, fosse explodir a qualquer momento... E eu de algum jeito, me libertasse.

Talvez essa seja a definição da morte... Liberdade!

Um uivo!

Mesmo sentindo minha morte iminente, pude distinguir um uivo próximo, muito próximo, era como se o animal estivesse ali, ao meu lado. Então a dor se foi, mas os espasmos em meu corpo se intensificaram, senti meu corpo se expandir, ouvi meus ossos estralarem, aquilo não era um bom sinal! Olhei ao meu redor, meu pai ainda me olhava, mas agora tinha lagrimas nos olhos, mas um sorriso de orgulho nos lábios. Não entendi aquilo, será que meu velho enlouqueceu? Ou fui eu?

Senti que a qualquer momento o que quer que estivesse dentro de mim querendo sair, iria sair agora. Não querendo ser também o responsável pela morte de meu pai, levantei com muita dificuldade e reunindo o restante de forças que ainda tinha, sai pela porta dos fundos da cozinha que dava no quintal que beirava a floresta.

Aonde quer que eu vá
          Aonde quer que eu vá...

Sai tropegamente, mas não dei nem três passos direito porta afora e cai ao chão de novo, meu ultimo pensamento foi em Bells, tinha prometido ligar assim que chegasse em casa, mas não o fiz, acabei esquecendo porque fiquei pensando e lamentando meu estranho comportamento.

Agora nem ao menos sei se estarei vivo para voltar a vê-la outra vez...

Mas assim que senti o chão sob mim, percebi algo errado. Não foram minhas mãos e pés que tocaram o chão e sim patas. Grandes e peludas patas. Ok estou ficando louco só pode, ou então tudo isso que aconteceu essa noite foi um terrível pesadelo. Vou acordar e descobrir que tudo não passou de delírios da minha mente muito fértil.

Fechei os grandes olhos que agora eu tinha e balancei minha cabeça, com esse movimento senti meus cabelos balançarem, mas quando os abri não foram meus cabelos negros que eu vi e sim pelos castanho-avermelhados. Soltei um grito, pelo ao menos deveria ser, mas o que saiu foi um uivo tão alto que me fez abaixar a cabeça e coloca-la entre minhas mãos, que mais uma vez pude constatar que eram patas.

Não entendia o que estava acontecendo, ou o porquê de estar acontecendo isso justo comigo. Mas uma estranha necessidade de correr me dominava. Senti meus ossos doerem, e sem pensar impulsionei meu corpo para correr em direção a floresta, mas antes de dar o primeiro passo, escutei vozes ao meu redor.

Olhei para os lados tentando achar os donos das vozes porque eram muitas, mas não conseguia enxergar ninguém por perto, e olha que eu estava enxergando muito bem agora. Tentei me concentrar no que diziam, mas eram muitas vozes e estavam me deixando tonto, então pensei em focar apenas na audição quem sabe daria certo.

Fechei os olhos concentrando-me apenas em ouvir os sons ao meu redor, ao invés disso foram imagens que saltaram em minha mente, lembranças, tudo ao mesmo tempo, aquilo sim incomodava, pois muitas eram coisas intimas de outras pessoas. Balancei minha cabeça de novo. E então ouvi se aproximando o som de algo que parecia ser, cascos batendo no chão.

Eu diria que tinha uma manada de cavalos selvagens se aproximando, mas assim que abri meus olhos não acreditei na imagem a minha frente, eram lobos, vários lobos, na verdade eram quatro grandes lobos do tamanho de cavalos. Fiquei por um bom tempo olhando-os atentamente, às vezes surgia à imagem de um quinto lobo em minha mente, mas eu não o via ali com os outros. Procurei-o impaciente, pois sentia que o conhecia. Loucura!

Mas algo como latidos divertidos foi o que ouvi vindo dos lobos, olhei-os com raiva, mas o maior entre eles e de pêlo negro, se aproximou de mim, instintivamente me afastei um passo, algo nele era um pouco sombrio sei lá, e também senti uma aura de comando vinda dele. Esquisito!

“Jacob” – Não estava acreditando, mas eu ouvi a voz do Sam Uley na minha cabeça.

Eu devo estar mesmo tendo um pesadelo ou algo do tipo, pois somente assim para poder escutar a voz dele em minha mente.

“Não é um sonho Jacob. Isso é muito real, mas acalme-se iremos te explicar tudo e então entenderá.”

Ficamos horas e horas correndo em forma lupina por toda Península de Olimpic, Sam e os outros me contaram como foi à transformação de cada um. Detalhes aos quais eu realmente dispensaria, mas como o Sam disse que era indispensável...

Explicaram-me o que somos: transmutadores ou transmorfos de lobo.

Para que existimos: caçar e aniquilar qualquer frio, parasita, sanguessuga, vampiro, que atravessar nosso caminho. Ok ate ai tudo bem...

Mentira eu estava quase surtando com tanta informação.   

Mas quando o Sam me mostrou o que os Cullen são, meu cérebro congelou assim como meu coração perdeu algumas batidas, para depois recomeçar a bater enlouquecidamente em meu peito.

Não pode ser, não era possível aquilo. Então veio em minha mente Bella e aquele Cullen babaca juntos no baile a mais de um ano atrás.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E ai meus lindos, gostaram?
Se sim, então comentem e recomendem muiiiito...
Deixem-me mega feliz ok?
Tenso a transformação do nosso caramelinho né? Mas era inevitável, pois sem isso não haveria continuação para minha série lindinha... Mas confesso que odeio faze-lo sofrer assim, mas é por um bem maior... (prometo recompensar com muitos momentos fofos do nosso casalzinho... no futuro... eu acho... enfim, só lendo as próximas fic´s da série para saber...)
Ah! Em breve postarei a continuação... Aguardem...
Beijinhux!