Love And Music escrita por Mari Scotti


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Meu presentinho de Natal! Feliz Natal pessoas lindas do meu coração!



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Capítulo 13

                _Tenho a sensação que amanhã vai começar tudo de novo. – comentou baixinho depois que a raiva dissipou um pouco.

                _Por que diz isso Bella? Parece que ele se arrependeu de verdade. – argumentou Edward, estacionava em frente a casa dela e assim que parou tirou o cinto e se virou para encará-la.

                Isabella apenas retirou o cinto de segurança, porém manteve-se sisuda olhando para tudo menos para ele. Edward era paciente o suficiente para esperar a boa vontade dela, mas se fosse outra pessoa já teria expulso de seu carro por muito menos. Não conseguia entender aquela birra depois de tudo que fez por ela. Depois de um tempo que pareceu interminável, ela se virou o encarando.

                _Você precisa trabalhar hoje? – questionou-o.

                _Não necessariamente, por que?

                _Quero te contar uma história.

                _Tudo bem, quer ir até a minha casa? Podemos ficar sossegados.

                _Não, podemos ficar aqui mesmo. Minha mãe não ficaria brava e ao que tudo indica, meu pai não voltará aqui, então... – deu de ombros abrindo a porta do carro.

                Edward a seguiu e trancou ambas as portas com o alarme automático. Passou os dedos nos cabelos que estavam ficando cumpridos e esperou em silêncio. Tinha a sensação que a tal história seria algo real que a garota passou e não sabia se agüentaria ouvir mais coisas. Apesar dos pais ausentes, estava acostumado a uma família extremamente amorosa e compreensiva e o que ele via ali era o oposto, um lar totalmente desestruturado.

                Entraram na casa e o ambiente estava quente por estar fechado desde de manhã. Isabella se lembrou que estava com fome, por isso o levou direto para a cozinha e sem dizer nada começou a retirar ingredientes da geladeira para preparar arroz de forno para eles.

                _Pode sentar, eu falo melhor cozinhando. – explicou.

                _Está me deixando preocupado. – sussurrou, sentando-se numa cadeira que pudesse observá-la trabalhar.

                Bella percebeu que tinha ficado distante dele desde que a pegou na escola então o encarou e sorriu, andando até o rapaz e se sentando em seu colo de um modo terno e nada sensual. Quando ele enlaçou-a pela cintura, começou a se explicar.

                _Me desculpe, tenho tendências a me isolar quando estou chateada ou com problemas... é estranho ter com quem conversar. Não estou acostumada. Tinha meus pais, mas com o tempo parei de falar tudo e passei a responder o que me perguntam apenas. – ela pausou retribuindo ao selinho que ele lhe dava – Estou brava com você ainda, pela omissão e sei lá... aconteceu alguma coisa entre você e o meu pai, só não sei o que ainda. Mas você me conta depois que eu terminar, está bem?

                _Está bem. – ele sorriu e a deixou partir.

                Enquanto separava dois filés de frango e deixava o azeite fervendo na frigideira, Bella começava a voltar alguns anos no tempo para contar o motivo de ficar tão defensiva com as atitudes repentinas do pai.

                _Minhas lembranças são vagas e muitas vezes achei que fosse algo da minha cabeça, mas depois do que aconteceu nesse final de semana e hoje, começo a acreditar que é meu inconsciente me trazendo lembranças que apaguei de quando era bem criança. – Edward apenas ouvia, prestando atenção e com medo de não saber dar suporte à menina – Não sei quantos anos eu tinha, mas tenho vislumbres de uma cena.

                “Estava na sala com meu irmão, brincávamos com alguma coisa e meu pai chegou em casa chutando a porta, eu achei que fosse uma brincadeira e corri até ele e como ele chutou a porta ele me chutou também. Na minha lembrança ele estava transfigurado, o rosto com um ódio que jamais vi no rosto dele a não ser nesses dias que me espancou. Outra cena que me recordo é dele dando vários tapas no rosto da minha mãe depois de uma discussão e ele me tirando do quarto a força e trancando a porta, depois gritos contidos da minha mãe, lembrando-o que eu e meu irmão estávamos em casa. Tenho outras lembranças parecidas, todas com ele agredindo minha mãe. Depois de adulta ou quase adulta – ela riu – não me lembro de nada parecido, por isso sempre acreditei ser algo da minha própria cabeça. Não acredito que isso tenha a ver só com a bebida, porque ele não estava bêbado na sexta ou no sábado. Não sei o que pensar...” – finalizou e o encarou.

                A esta altura já estava desfiando o frango e cozinhava um pouco de arroz em outra panela.

                Edward tinha ouvido algo parecido da mãe de Isabella mais cedo e por isso sabia como explicar a ela que não era algo de sua imaginação, porém tinha prometido a mulher que não diria nada, mas como não dizer se Bella ficava brava com omissões? Ponderou por alguns minutos, digerindo tudo, então recostou-se na cadeira e encarou a cozinheira.

                _Sabe amor, eu prometi a sua mãe que não diria nada, mas acho que você tem de saber para entender melhor o seu pai.

                _Você conversou com a minha mãe? – espantou-se.

                _Sim, hoje de manhã. – encolheu-se na cadeira, pois tinha consciência que se intrometera demais na vida da garota – Não farei mais se você achar que não devo. Eu só queria tentar ajudar – argumentou.

                _Não Edward, tudo bem. Estou surpresa apenas. – sussurrou olhando para o alimento.

                _Mas se não gostar de algo, me diz, está bem?

                _Você também me diz. – sorriu para ele – Mas me fala, o que vocês conversaram?

                _Quer ajuda? Estou achando que me expresso melhor ocupado também. – ele riu.

                _Não, sentadinho aí que você não vai trabalhar não. Me conta. – riu também ao ver que ele levantava as mãos na defensiva e ria baixinho.

                Edward colocou as mãos sobre a mesa, se inclinando para a frente enquanto começava seu relato.

                _Quando te deixei de manhã, liguei para o Jasper para saber como estavam as coisas e ele disse que sua mãe e seu pai estavam discutindo. Me ofereci para vir aqui e ele aceitou, claro. – Isabella assentiu com a cabeça, voltava a tarefa agora de picar azeitonas, cenoura e outros legumes para juntar ao frango desfiado – Cheguei aqui e eles estavam quietos. Jasper e eu ficamos lá na sala conversando, jogamos até vídeo game. Era umas dez da manhã quando os dois desceram. Seu pai pediu perdão ao Jasper na minha frente, ninguém me pediu para sair e depois ele pediu a mim. Estava bem abatido e já não cheirava a bebida, acho que sua mãe fez ele tomar um banho gelado ou algo assim.

                _O que mais?

                Ela juntava os ingredientes em uma panelinha com azeite e os deixava fritar com uma tampa para manter o sabor e o perfume dos legumes e não evaporarem com o calor. Em seguida começou a retirar o arroz que estava pronto e colocar junto com os legumes, misturando-os até que o arroz, o legumes e o frango ficassem homogêneos. Desligou o fogo e tampou deixando esfriar para comerem.

                Ouvia-o enquanto limpava a bagunça que fez para preparar o almoço.

                _Seu pai saiu com o Jasper porque ele disse que tinha um dinheiro para receber. Foram no meu carro e seu irmão dirigindo – acrescentou quando ela o olhou brava – e enquanto não voltavam, pude conversar com a Dona Renee. Ela disse que seu pai sempre foi assim, mas que ela tentava esconder de vocês. Que ela desconfia que ele tem algum transtorno de personalidade. Comentei sobre bipolaridade e achamos que é mais que isso, porque ele não se lembra do que fez depois, mesmo quando não está sob efeito do álcool. Falamos bastante, a maioria das coisas apenas teorias e eu sugeri um tratamento.

                _Meu pai é doente então e não um alcoólatra? – questionou baixinho, arrumando a mesa para o almoço.

                _Acho que o álcool é a forma que ele foge dos problemas, mas não o real problema. Já ouvi muitas histórias dos meus pais para saber identificar. – sussurrou – Quando eles voltaram comentamos sobre o tratamento e seu pai aceitou imediatamente.

                _Só não sei como ele vai fazer esse tratamento. – comentou distraidamente.

                _Minha mãe.

                Isabella o encarou, não estava acostumada a caridade e vindo dele, se sentia ainda mais constrangida.

                _Sua mãe é psicóloga por acaso? – alfinetou, mas Edward não levou em consideração diante do tanto que ela estava suportando.

                _Na verdade sim. – sorriu – É psiquiatra e pediatra, mas trata diretamente familiares de crianças que estão em fase terminal. Além de tratar das crianças também. – contou.

                Isabella se sentou na cadeira a frente dele e começou a servir o risoto.

                _Espero que goste. – falou baixinho e ele sorriu.

                _Amo tudo o que você faz. – acariciou a mão dela.

                _Você não pode ser um príncipe o tempo todo.

                _Não sou o tempo todo. – brincou ao entender o que ela queria dizer – Apenas sou sincero. Quer mudar de assunto?

                _Não. E eu te amo Edward, mas quero saber de tudo. – comeram enquanto conversavam.

                _Minha mãe vai tratar do seu pai, sem ônus. Ele talvez tenha apenas que arcar com os remédios que não são baratos. – acrescentou com pesar – Mas como minha mãe ganhar muitas amostras, é capaz que isso não seja um problema.

                _Fico feliz dele se tratar, mas não me sinto confortável de vocês bancarem tudo. Eu mal entrei na sua vida.

                _Você já é toda a minha vida, Bella. – a cortou, era hora de dizer o que estava planejando desde a noite anterior, ele tomou o fôlego para ter coragem e disparou – Quer se casar comigo?

                A reação dela porém, não foi a esperada. Isabella começou a rir compulsivamente, alto e nervosa. Acreditava que ele estava brincando com a pergunta e que fosse apenas uma forma de amenizar o clima entre eles, mas quando viu que ele permanecia sério e ia perdendo aquele brilho que tinha no olhar antes da pergunta, se calou.

                _Está falando sério? – ele apenas assentiu – Meu Deus, Ed, isso não é um conto de fadas! – levantou da cadeira, exasperada, recolheu o prato que estava com comida pela metade e começou a jogar o restante no lixo para lavá-lo. Odiava desperdício, mas nem se dava conta do que estava fazendo – Eu não tenho idade para me casar, nem quero me casar aos dezesseis! – olhou para ele e se acalmou imediatamente, pois o rapaz estava ficando com o rosto vermelho e tinha os olhos marejados como ela jamais viu. Rapidamente se aproximou, ajoelhando no chão ao lado dele – Me desculpe... exagerei.

                _T-tudo bem, já entendi que a resposta é não. – murmurou ele com a voz rouca.

                _Você quer mesmo se casar comigo? – perguntou baixinho.

                _Nunca me apaixonei Bella e o que sei é que quero estar com você, o tempo todo se puder. – respirou fundo, ainda não tinha olhado de volta para ela – Meus pais se casaram com três meses de namoro, sempre os ouvi contando que foi amor a primeira vista, que não podiam ficar longe um do outro... e eles deram certo. Eu acho que encontrei a minha Esme. – murmurou.

                _Como assim Esme?

                _Minha mãe se chama Esme. – sorriu e olhou para ela. Segurou as mãos da menina entre as dele – Acho que me precipitei, mas eu te amo. Não duvida de mim.

                _Eu não duvido... só que concordo que se precipitou. Estamos juntos há uma semana, Ed. Sei que sou apaixonada por você há um tempão, mas isso não faz de nós conhecidos um do outro e eu quero conhecer o homem com quem vou passar o restante da minha vida.

                _Quantos anos você tem mesmo? – suspirou com um sorriso maroto.

                _Dezesseis. – ela não entendeu a ironia.

                _Você parece mais velha as vezes. – beijou a testa dela, se levantando – Eu pedi você em casamento ao seu pai hoje também.

                Isabella acompanhou-o ficando em pé também.

                _Meu Deus! Você é mesmo apressado.

                _Desculpe. – sussurrou – Ele consentiu.

                Bella fez uma careta, confusa.

                _O que é consentiu?

                _Que ele aceitou, deixou nós nos casarmos.

                _Sem falar comigo? Sem saber se eu queria?

                _É... e você não quer.

                O rapaz recolheu o próprio prato e foi até a pia, e mesmo sob protestos de Bella, lavou e deixou no escorredor de pratos, depois se virou para ela e a abraçou pela cintura.

                _Eu quero sim. – retrucou – Só não agora.

                _E quando, amanhã? – havia um sorriso na voz dele que a fez sorrir também.

                _Daqui dois anos, que tal?

                _Tudo isso??

                _É tempo suficiente para eu terminar o colégio, estar trabalhando e juntar dinheiro para nos casarmos. Ou esqueceu que precisamos ter onde morar e como nos sustentar?

                Edward riu, a abraçou com mais força e girou Isabella no ar, parou no momento que a ouviu gemer de dor e a colocou no chão a enchendo de beijos.

                _Desculpa, desculpa, esqueci dos machucados, desculpa. – ria – Machuquei você?

                _Não. – ria também – Mas me peça em casamento de novo. – disse.

                Desta vez ele se ajoelhou, retirou um molho de chaves do bolso, retirou um dos anéis que prendiam as chaves e fez um floreio.

                _Isabella Swan, a senhorita aceita ser minha esposa daqui um ano? – ela estreitou o olhar, mantendo as mãos atrás das costas e com um sorriso divertido nos lábios.

                _Sem negociação, o mínimo é dois anos, assim completarei dezoito e não precisarei de autorização para me casar.

                Ele ponderou.

                _Senhorita Isabella Swan, aceita-me como seu futuro esposo sem tempo previsto?

                Bella mordeu a língua e riu.

                _Espertinho... sim senhor Cullen ou melhor, Masen Cullen, eu o aceito como meu futuro esposo daqui no mínimo, dois anos. – riu.

                _Perfeito. – ele colocou o anel improvisado no dedo anular da mão direita dela e beijou. Bella segurou o objeto entre os dedos, rindo baixinho.

                _Sinto que fui coagida. – comentou quando ele se levantou.                

                _Vou te dar um anel descente assim que comprar um.

                _Vai usar um também?

                _Não, só as noivas usam anel. – sorriu para ela.

                _Então retiro o meu sim. – fez bico – Quero que use um anel também, por favor... assim todas saberão que tem dona.

                _Hmm, me senti um cachorrinho livre sendo posto na coleira.

                _Abana o rabinho. – ordenou ela e ambos começaram a rir.

                _Quer ir comigo comprar as alianças? – perguntou dando um beijo no topo da cabeça dela, quando se recuperaram das gargalhadas.

                _No plural, gostei. Quero sim... posso?

                _Claro! Será nossa primeira escolha juntos.

                _Não acredito que eu aceitei essa insanidade. – comentou ela, sorridente.

                _Isso mostra que você puxou seu pai. – brincou, mas Isabella ficou séria no mesmo segundo e o encarou – Opa... sem brincadeiras de insanidade, me perdoe. – fez uma careta, chateado pela brincadeira estúpida.

                _Será que eu terei o mesmo problema dele, no futuro? Ou o Jasper?

                _Não creio, se não já teriam alguns sintomas. – beijou-a carinhosamente – Amor você cozinha divinamente, mas tenho que dar as caras no trabalho se não vão pensar que abandonei o emprego.

                _O que minha comida tem a ver com seu emprego? E você disse que não precisava ir. – fez bico.

                _É porque foi como vir te ver no meu horário de almoço. – sorriu, mordeu o lábio inferior dela e puxou desfazendo o bico – Eu disse mesmo, mas antes de você aceitar se casar com um pobretão como eu. Preciso fazer nosso pé de meia. – isso a fez sorrir.

                _Achei que você era rico. Poxa, e eu pensando que ia dar o golpe do baú. – brincou.

                _Meus pais são ricos. Até o ano passado eu recebia uma mesada deles, mas decidi trabalhar e conquistar meu próprio sustento. Meu pai me ajuda com o carro e só. Já era viúva negra, se me matar continuará pobretona e sem marido.

                _Isso me deixa orgulhosa de você. – cortou a brincadeira, falando honestamente com ele – Você é o homem que imaginei que fosse. Integro, trabalhador, lindo...

                _Obrigado. – beijou-a novamente em seguida a levou para a sala – Você é muito melhor do que imaginei. Nunca pensei que uma garotinha da sua idade pudesse ser tão adulta e me deixar totalmente apaixonado.

                _Tenho meus truques. – sorriu abrindo a porta para ele sair e o seguiu até o carro logo à frente – No que você trabalha? – questionou quando ele desarmou o alarme do carro.

                _Testando carros.

                _Hã?

                Ele riu, passou os dedos abertos nos cabelos e a encarou.

                _Piloto de teste. É por isso que nem sempre preciso ir. Testo a velocidade, o impacto quando bate contra um muro ou outros objetos, essas coisas.

                _Você dirige esses carros? – elevou a voz, espantada.

                _As vezes, quando não tem risco. Mas na maioria dos testes, usamos bonecos e controle remoto.

                _Nossa... e como chegou a esse emprego?

                _Papai tem contatos e eu adoro carros. Fiz os cursos necessários e consegui passar nos testes. – deu de ombros – Descobri que adoro destruir protótipos também e o salário é muito bom.

                _Nossa... que legal.

                _É bem legal. Um dia te levo lá. – a beijou de novo, desta vez demorando um pouco mais para agüentar a saudade que viria.

                _Toma cuidado ta? Te conheci inteiro e quero um marido inteiro. – sorriu, ainda tinha o anel improvisado na mão direita.

                _Tomarei, prometo. – a beijou e entrou no carro, dando a partida – Até mais princesa.

                _Tchau.

                Ela acompanhou o carro sumir quando virou na esquina e só então entrou em casa novamente. Começou a se perguntar o que tinha feito. Aceitou se casar. Casamento. Casamento era algo sério para ela. Respirou fundo indo direto para o quarto depois de recolher a mochila que tinha deixado sobre o sofá da sala. Ao adentrar o quarto deitou de bruços na cama, soltando a mochila no chão e jogando os tênis longe.

                _Casamento? Jesus... ele é mesmo apressado. – suspirou, falando consigo mesma.

                Nunca tinha pensado muito no assunto já que se julgava nova demais para se compromissar tão profundamente com alguém, mas também por achar que ninguém a olharia com intenções por estar sempre acima do peso. Agora além de terem notado, ainda tinha aceito se casar com menos de uma semana de namoro. Era loucura, mas ao mesmo tempo sentia-se extremamente feliz com o pedido dele, e mais do que nunca disposta a emagrecer.

                Pegou o celular a procura do numero de Jacob e ligou, prometendo a si mesma não gastar mais os créditos com outra pessoa que não fosse o Edward, mas só depois de falar com o rapaz.

                Jacob atendeu ao primeiro toque, respirava ofegante quando falou.

                _Alô?

                _Ei, tudo bem Jake? É a Bella.

                _Oi gatinha, a que devo a honra? – a voz dele saiu abafada durante parte da frase.

                _Ta fazendo o que ai? Sua voz está engraçada.

                _Malhando. – riu – Mas me diz, aconteceu alguma coisa? Nem sabia que você tinha o meu número.

                _Tenho. – sorriu – Você não come, malha... você vai ficar doente.

                _Acredito que você não me ligou para me alfinetar. – ficou mais sério.

                _Não, estava brincando. Foi mal. – suspirou – É que eu queria saber mais sobre aquela cirurgia, você pode me ajudar?

                _Claro gata! O que quer saber?

                _Quanto custa. – mordeu o lábio.

                _Pra você? Nadinha.

                _Para de brincadeira... vou arrumar um emprego e juntar dinheiro. Quero fazer essa cirurgia e ficar gatinha como você diz. – riu.

                _Você já é bem gata Bella, vai ficar um arraso com corpinho violão. Mas é sério... se quiser mesmo fazer a cirurgia, eu consigo para você. De graça.

                _Não quero nada de graça.

                Ele revirou os olhos, pois já conhecia algumas particularidades de Bella, que mesmo depois de tantos anos, não havia mudado.

                _Em hospital publico é de graça, filha.

                _Ta bom papai. – brincou – Me explica.

                Passaram quase duas horas ao telefone. Jacob explicando as particularidades técnicas da cirurgia, como contataria o hospital publico e o cirurgião para tratarem dela e qual deveria ser sua dieta antes e depois do procedimento, por fim depois de muito argumentar, a convenceu a ir no Hospital das Clinicas com ele, para uma consulta, naquela tarde.

                _Bella, ser rico tem suas vantagens, uma delas é ter contatos. Aceite por favor. Não vou pagar nada, só estou conseguindo um encaixe para você se consultar com o endocrinologista. Antes de mais nada, você precisa fazer uma par de exames e ele vai receitá-los e você fará no hospital mesmo, amanhã.

                _Nem falei com minha mãe sobre isso...

                _Melhor ainda. Você volta com informações concretas e ela não vai achar uma loucura.

                _Ta bom, me convenceu. Que horas?

                _Já te ligo e digo. Fique pronta.

                Desligaram.

                Isabella ficou com receio de Edward achar ruim não ter conversado sobre o assunto com ele, mas pensou que poderia contar depois, com mais argumentos como dissera Jacob. Uma hora mais tarde estava vestida para sair e a espera de Jacob, que tinha ligado avisando que a consulta seria às cinco da tarde.

                Usava um vestido de malha, largo, sandálias baixas e azuis como o vestido e os cabelos com uma trança simples. Jacob estacionou e buzinou, imediatamente Isabella saiu de casa e subiu na moto, constrangida por estar de vestido.

                _Você podia ter avisado que vinha de moto. – riu, prendendo o vestido entre as pernas.

                _É mais divertido assim, de surpresa. – ele a ajudou a calçar o capacete e deu a partida – Pronta?

                _Pronta.

                Quando ele arrancou, Isabella deu um gritinho e se prendeu ao quadril do rapaz, com as mãos bem firmes, nem se importando com o vestido que subia, mostrando o shorts preto que usava por baixo por causa do atrito das coxas quando anda.

                Não notou que Edward estacionava logo atrás vendo quando saíram e como ela deixava o corpo colado ao dele e as pernas aparecendo.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acham?



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