Jacob era o meu sol que chega logo após uma tempestade. Jacob era tudo o que eu tinha agora.

Sempre comigo quando eu preciso. O que se pode chamar de “a toda hora”. Passar um tempo com ele é como apagar lembranças e esquecer as dores. Mesmo momentaneamente. É como se ele fosse algo programado para me fazer feliz e esquecer  certas coisas... E pessoas...

Sim, eu falo de Edward Cullen.

Sei que faz um bom tempo que ele se foi, para nunca mais voltar. E infelizmente uma parte de mim não entende isso. Ou não quer entender. E outra parte quer viver feliz com Jacob.

Bella e Jacob. Jacob e Bella.

Soa bonito para mim! E deve soar ainda mais bonito para ele.

Desde a vez que fomos ao cinema com Mike eu andei passando mais tempo com ele do que o normal. E, sinceramente, desde aquele dia algo veio crescendo dentro de mim, como se fosse um sentimento maior por Jake.

Acostumei-me com vê-lo pegando na minha mão a hora que quisesse, me acostumei com vê-lo com os braços a minha volta...

Era sempre a mesma coisa: assim que ouvia a minha caminhonete saia correndo para me esperar do lado de fora da casa. E assim que eu descia, ele me abraçava cada vez mais forte – se isso é possível. Mas dessa vez foi um pouco diferente...

- Bells, eu preciso perguntar uma coisa...

- Claro Jake, o que é?

- Bom... É... Ahn... Você sabe que eu gosto de você, certo? – acenei de “sim” e ele continuou. – Você acha que algum dia, mesmo que esse dia demore, você venha a sentir algo a mais por mim?

Ai! Era fato que eu já sentia algo a mais por ele. Mas não tinha certeza. Não queria dar a ele falsas expectativas.

- Ah Jake. Bom, eu não sei... É uma questão de tempo. Mas porque não?

Não respondi nem que sim nem que não. Mas deu para perceber que ele tinha gostado da resposta. Essa era uma das coisas que eu gostava no Jacob: ele ficava feliz com as mínimas coisas!

Passamos a tarde toda conversando...

- Jake, está na minha hora!

- Ok, mas vai ter que me deixar te levar para casa!?

- Ahn? O quê? Como? Não... Você...

Era quase impossível discutir com Jacob. E mais rápido do que eu imaginei que fosse possível ele já tinha me pego no colo e já estava correndo de voltar à casa do Billy.

Demoramos 40 minutos para chegar, sendo que eu quase caí pisando em umas pedras, e 5 minutos para voltar, sem nem mesmo me ralar. Foi incrível, apesar de ter ficado tonta.

- E aí, o que achou?

Tonta com toda a correria a única coisa que consegui dizer foi “É”. Tive que tomar um copo de água. E é claro que ele não queria que eu voltasse para cas dirigir, sozinha. Ou seja, estava tudo nos planos dele.

Jake foi falando o caminho todo. Eu apenas concordava. Ainda tonta, parecendo que o mundo girava rápido demais embaixo de mim.

-..., ..., não é Bella?

- Ah, claro! – Eu respondi sem nem mesmo terr ouvido a pergunta.

- Eu sabia que você não estava prestando atenção. Você acabou de afirmar que queria me beijar.

- Desculpa Jake, ainda estou meio tonta!

- Sei...

Confesso que depois daquela pergunta tentei prestar um pouco mais de atenção no que ele dizia. Mas não deu muito certo. Não me lembro de metade das perguntas que ele fes, muito menos da minha resposta. Eu provavelmente estava sendo muito sincera, pelo que dava para perceber pelo sorriso no rosto dele.

Finalmente paramos. Aquela viagem de 20 minutos parecia ter durado uma eternidada com todas aquelas perguntas nada discretas de Jacob.

Ele decidiu que seria mais rápido voltar para a reserva a pé. Eu já tinha descido do carro e me encaminhava para a porta quando ele me chama. E como se fosse um ato involuntário, me viro rapidamente.

- Eu... Eu... Eu quero te dar uma coisa – sua afirmação mais parecia uma pergunta.

- O... – mais uma vez não consegui terminar a frase. Ele já tinha me pego pelos braços e começado a me beijar. Eu não sabia se resistir ou deixar acontecer. A segunda opção venceu. Não tinha forças mentais, e nem físicas, para dizer que não queria aquele beijo. Muito pelo contrário, era uma das coisas que eu anciava há algum tempo.

Sua boca era quente, assim como sua mão em minha cintura. A outra mexia no meu cabelo descontroladamente. Ele tinha força de mais de um homem, mas enquanto me beijava era carinhoso e não demonstrava toda essa força.

Como eu jamais pensei que seria. Não foi  rápido demais, nem devagar demais. Durou o tempo que tinha que durar. E assim que acabou, com seus olhos ainda fechados, ele pediu desculpas. Não deveria pedir. Porque pedir desculpas por algo que eu tinha, e ele obviamenete, gostado tanto? A única coisa que pude dizer assim que ele virou de costas pronto para correr para casa foi: Não vá.