O que é mais importante na vida do que ter a pessoa amada ao seu lado? Para ele não havia, principalmente quando seus olhos se encontravam e brilhavam com tanto amor e ternura. Quem diria que conseguiria penetrar naquele coração de pedra? Na verdade ninguém. Muitos acharam que era um louco, mas nunca lhe importou o que as pessoas pensam de seu modo de agir ou pensar.

    Na verdade havia duas pessoas que acreditavam firmemente em sua capacidade de derreter um coração tão machucado e era eternamente grato, não somente por confiarem em si, mas também por lhe apresentar o ser mais belo que aparecera em sua vida rebelde.

    Se tinha alguém que merecia a felicidade este era Zuriel porque fora um homem que sofreu mesmo não tendo feito nada de errado, teve em suas costas a ira e inveja de sua própria família sendo quase morto pelas mãos de seu pai e irmão sendo salvo por milagre pela única pessoa que realmente lhe amou, sua mãe.

    Quem acreditaria que seu próprio irmão gêmeo se aproveitaria da amnésia para continuar perto de Zuriel para quando tivesse uma oportunidade pudesse terminar o que havia tentado quando o ruivo ainda era uma criança? Cayna era um que acreditava e não somente isto, procurou todas as formas possíveis e imagináveis para manter o rapaz seguro ao mesmo tempo procurou mostrar que podia ser confiado e amado.

    Depois de muito tentar Cayna finalmente conseguiu ter um lugar especial no coração de Zuriel e quando conseguiu tal proeza descobriu a vantagem de ter o amor daquele ruivo, pois quando ele queria mostrar seus sentimentos tornava-se um ser completamente carinhoso e sensual, outra coisa que descobrira em seus encontros fora o fato de que o rapaz podia ser muito persuasivo fora o gênio forte e determinado.

    Sempre que observava de longe aquele ruivo tinha a impressão que via um anjo que mesmo sendo forte tinha necessidade de colocá-lo em seus braços e o proteger de tudo e todos. Já quando estava perto dele o primeiro impulso era o de agarrá-lo e beijá-lo até que não tivesse mais fôlego.

    Os pensamentos de Cayna desvaneceram quando sentiu algo lhe tocando sua cintura, abriu os olhos e não pode conter o sorriso ao se deparar com um belo par de olhos dourados lhe observando com intensa curiosidade.

    - Ouvi a aeromoça dizer que precisamos colocar o cinto de segurança, pois vamos descer. – Ele respondeu com voz baixa e calma.

    - E você se aproveitou desta noticia para tirar uma casquinha de mim. – Fora a afirmação de Cayna.

    - Sempre convencido! – O ruivo resmunga com um meio sorriso. – Mas tenho de concordar desta vez com você... Realmente me aproveitei da situação.

    - Uau! A cada dia que passa meu ruivo fica mais safado. – O moreno sorri malicioso. – Pena que ainda não é o suficiente para realizar uma de minhas fantasias. – Faz bico.

    - Uma fantasia completamente ridícula, Cayna. – O outro responde serio não gostando nada do comentário.

    - Desde quando fazer sexo com a pessoa que se ama é ridículo? – O moreno questiona estreitando os olhos.

    - A partir do momento em que se quer fazer sexo em um banheiro minúsculo de um avião. – Responde já irritado. – Tem um monte de gente aqui e eu não estou afim de compartilhar minha intimidade com os outros.

    - Não estaríamos compartilhando com eles, Zu! – Cyaina cruza os braços. – Ouvir gemidos não é a mesma coisa que ver o ato em si. – Seus olhos adquirem um brilho luxurioso ao imaginar seu anjo ruivo sendo possuído.

    - Quando você vai tomar vergonha na cara? – Da um beliscão no outro para fazê-lo voltar à realidade. – Eu não vou cair na sua lábia desta vez, Cayna. Comporte-se. – Diz finalmente antes de colocar seu próprio sinto de segurança.

    - Você é mesmo um estraga prazer ruivo! – Resmunga antes de sorrir. – Mas que vai ter de realizar minha outra fantasia isso vai.

    - Mudando de assunto... Por que escolheu exatamente este lugar para passarmos as férias? – Zuriel quis saber.

    - O Brasil é considerado um país exótico e não posso negar que fui bem recebido. – Cayna responde com seriedade. – E Salvador é a cidade da alegria e miscigenação, conheci muitas pessoas legais neste lugar e aprendi sua cultura bem como uma das modalidades de luta que mais gosto.

    - E provavelmente andou flertando com a metade da população. - Sua voz soa sarcástica.

    - Não posso negar que meu comportamento antes de te conhecer foi bastante reprovador, mas não é porque sou safado com você que fui assim com outras pessoas Zuriel. – O moreno diz franzindo o cenho. – Posso viver brincando e provocando, no entanto sei exatamente o que estou fazendo e evito ao máximo me machucar e machucar outras pessoas.

    - Desculpe! – Fora a única resposta de Zuriel. Podia ver que o comentário havia deixado seu namorado irado.

    O restante da viagem seguiu no mais absoluto silencio e Zuriel teve certeza que deveria tomar mais cuidado com seus comentários, pois Cayna havia demonstrado muita seriedade em seu relacionamento. Mas o que fazer quando sua mente lhe atormentava com idéias de seu moreno sendo agarrado por outro que não ele? Está certo que isto não havia acontecido enquanto estavam juntos, no entanto o ciúme e inveja ficava cada vez mais forte a medida que seu relacionamento com Cayna crescia.

     Assim que desceram do aviam foram diretamente para saída do aeroporto e pegaram um taxi até o local que Cayna havia reservado, um lugar ao seu ponto de vista que parecia um palacete, Zuriel passeou por todos os cômodos reservados para si e seu namorado ficando cada vez mais entusiasmado.

    - Não acha que este lugar é muito grande? – O ruivo comenta ainda em choque. – Quero dizer... Somos apenas nós dois.

    - Quando vim para cá a primeira vez também me acomodei neste mesmo solar. – O moreno respondeu com a maior naturalidade. – Além do mais... Você merece o melhor anjo.

    - Sabe o que está parecendo? – O ruivo pergunta enquanto se aproxima mais do outro com um belo sorriso em seus lábios. – Que está tentando me conquistar. – Antes que Cayna pudesse dizer algo sussurrou. – Esta proeza você conseguiu há muito tempo. – Seus lábios tocaram os do outro em um leve beijo.

    - Ouvi um colega hetero meu dizer que o verdadeiro homem não é aquele que conquista várias mulheres, mas sim aquele que conquista muitas vezes a mesma mulher. – O moreno sussurra na orelha de Zuriel após o termino do beijo. – Posso dizer que eu apenas mudaria a parte da mulher por um homem, ou melhor... – Seus olhos cruzam com os de seu amante. – Pelo meu anjo.

    - A cada dia que passa me surpreendo mais com você. – O ruivo diz acariciando os cabelos azuis petróleo do outro. – Tenho tanto medo, Cayna.

    - Medo do que? – Sua voz soa preocupada. – Seu comportamento nos últimos dias tem sido muito estranho.

    - É tão surreal esta situação! Quero dizer... Nunca tinha encontrado alguém que me fizesse tão feliz. – Encosta sua cabeça no ombro do outro. – Às vezes temo que seja apenas um sonho e que no outro dia vou acordar sozinho.

   - Por que não me disse isto antes? – Quis saber. Cayna havia notado que algumas vezes seu ruivo se afastava incerto, mas nunca tinha imaginado que fosse devido a suas inseguranças. – Nada disso é um sonho, Zuriel e eu jamais te deixaria sozinho ainda mais sabendo que fazendo isto iria não somente fazê-lo sofrer, mas a mim também.

    - Eu sei, no entanto... – Não consegue terminar.

    - Meu comportamento tem te deixado com esta insegurança. – Era uma afirmação. – Por causa de seu ciúme teme que eu o deixe por alguém de meu passado.

    - Como pode me conhecer tão bem? – Sorri. Seus lábios vagueando cada centímetro do pescoço de Cayna sentindo o gosto daquela pele morena e macia.

    - Hummm...! – Cayna pende a cabeça para o lado dando ainda mais espaço para o outro. – Te conheço porque te amo. – Sua mente elaborando alguma maneira de fazer o outro perceber que nunca o deixaria. – Ninguém até hoje conseguiu me fazer amar e muito menos ter um relacionamento sério... Isto aconteceu apenas com você por isto não precisa temer. Se quiser posso provar deixando você me possuir como faço com você.

    - Está me dizendo para te jogar naquela cama e te fazer meu? – Parou as caricias e olhou assustado para Cayna.

    - Bem... É uma forma de provar que te amo não? – Sorri da cara de espanto do outro. – Nunca deixei me tomarem.

    - Pode esquecer! – Zuriel abre um belo sorriso. – Só de se ofertar já prova o quanto sente por mim. – E isto era verdade. Só em saber que seu namorado passara por cima de tantos princípios assim apenas o fez ficar ainda mais apaixonado. – O que acha de me jogar naquela cama enorme e fazer tudo que tem vontade?

    - Hum... É uma ótima idéia! – O moreno sorri safado. Seus lábios tomam os de Zuriel em um beijo profundo e selvagem. Iria fazer aquele ruivo gritar de tanto prazer depois descansar, comer e em seguida sair com ele para lhe mostrar a cidade.

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    Andavam calmamente pelas ruas de Salvador e em cada ponto turístico Cayna parava para Zuriel observar. O ruivo havia se encantado com a arquitetura dos sobrados, solares, palacetes, igrejas e conventos principalmente com a Catedral Basílica e o Convento de São Francisco. Fora mostrado os Fortes, o Farol da Barra, museus e principalmente as praias.

    Outra coisa que Cayna fez questão de mostrar ao seu namorado fora o local onde aprendera capoeira. No começo Zuriel chegara a mostrar um ciúme imenso toda vez que o moreno tocava no nome de seu mestre, mas quando o conheceu acabou por tirar as dúvidas que tinha ao saber que o homem já tinha uma idade avançada.

    Cayna ria muito com cada reação do ruivo perante as amostras de gingado e luta daquela arte e mais impressionado ainda quando viu duas mulheres, uma contendo sete e a outra oito meses de gravidez e gingando com a maior naturalidade.

    Ambos andavam lado a lado, mas sem ficar de mãos dadas ou se beijando devido a um alerta de Cesar o mestre de Cayna. Ele havia dito sobre os preconceitos que havia não somente na sua cidade, mas praticamente em todas no país. Enquanto o moreno participava da ginga Zuriel ouvia atentamente o que Cesar dizia.

    - A capoeira é dança e luta, contem estratégia de defesa e ataque e se compõe da sonoridade de instrumentos. – Apontava para cada instrumento que seus alunos tocavam. – Temos o berimbau, atabaque, pandeiro, agogô e caxixi para a realização da sonoridade. É formada uma roda de pessoas que além de  tocar também cantam e no centro há a projeção dos golpes de capoeira.

    - É incrível! Eu já vi o Cayna ensinando um amigo nosso, mas com tantas pessoas ao redor fica tão interessante. – Zuriel diz sorrindo. Ele estava muito feliz. – Aqui é possível ver os movimentos de várias pessoas e o mais impressionante é que conseguem fazer os movimentos sem se tocar. Essa luta teve origem no Brasil mesmo?

    - Na verdade há uma certa polêmica entre estudiosos, admiradores e jogadores de Capoeira quanto a real origem. Alguns crêem que é de raiz africana, outros que é brasileira e aqueles que acham que é uma junção dos dois países.

    - Cayna comentou que era praticado por escravos negros para sua defesa pessoal em solo brasileiro. – Zuriel menciona.

    - Isto mesmo! Parece que ele tem lhe dito bastante sobre esta cultura. – Sorri. Cesar sempre admirou a persistência e dedicação de Cayna nos ensinamentos daquela arte. – É bom saber que ele continua praticando e ensinando também.

    - O que tanto conversam? – O moreno pergunta ofegante e suado depois de uma bela demonstração de seu gingado.

    -Seu mestre estava me falando sobre os instrumentos e alguns detalhes da Capoeira. – O ruivo responde sorridente.

    - Hum... Cesar! Eu e Zuriel já vamos indo. – Menciona olhando para seu mestre. – Temos de jantar e depois descansar para um novo dia de passeios.

    - Descansar? – O senhor de idade da um risinho debochado. – Acredito! Mas vão lá... Aproveitem a estadia. – Voltou-se para Zuriel e lhe estendeu a mão. – Foi um prazer lhe conhecer.

    - O prazer foi meu! – Nunca iria contar que tivera ciúmes dele.

    Os dois saíram do local e foram direto para o solar em que estavam hospedados, tomariam um bom banho, se  arrumariam e depois teriam um belo jantar no restaurante Uauá onde serviam comida típica baiana e nordestina.

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    Faltava apenas um dia para irem embora e ambos queriam aproveitar o momento ficando no quarto curtindo-se, pois já haviam conhecido todo o lugar durante aqueles quinze dias e haviam tirado muitas fotos para mostrar a Nykos e Yuri.

    Cayna passeava seus dedos sobre os belos cabelos ruivos de seu namorado enquanto aspirava o perfume natural emanado daquele belo corpo. Já fazia um tempo que Zuriel não mais se escondia de si devido as cicatrizes e isto lhe deixava extremamente feliz.

    - No que está pensando? – O ruivo pede acariciando a face de Cayna.

    - Em quanto você é lindo! – O moreno responde imediatamente. – E no quanto te amo.

    - Hum... Não vou dizer que te acho mais lindo porque ficaremos discutindo o dia inteiro como da ultima vez.

    - Para ver ruivo... A gente vive brigando por coisa boba. – Ri. – Mas adoro esse seu jeito de ser e não trocaria por nada.

    - Como estamos românticos hoje! – Zuriel menciona beijando levemente os lábios de seu amado.

    - É que você ainda não viu nada do que andei preparando enquanto dormia. – Se levanta e estende a mão sendo aceita imediatamente.

    Cayna leva Zuriel até a sala e quando adentram há várias velas de diversas cores espalhadas pelo chão em circulo e no meio destas um colchão de casal com lençóis brancos para contrastar com as rosas vermelhas pela cama.

    - Você quem arrumou tudo isso? – O ruivo estava impressionado e seus olhos enchiam-se de lágrimas devido à emoção.

    - Tudo do bom e do melhor para você ruivo. – Sua voz saiu sussurrada ao ouvido do outro antes de mordiscar o nódulo da orelha.

    O moreno levou seu amado até o colchão e lhe deitou ali apreciando o belo corpo e os cabelos ruivos longos espalhados pela cama. Sorriu ternamente enquanto retirava sua regata e desabotoava a calça deixando apenas a cueca box branca esconder sua parte mais sensível. Deitou-se sobre o corpo menor passando a beijar boca, pescoço e ombro de seu namorado enquanto suas mãos tratavam de passear pelo corpo macio. Aos poucos foi retirando as roupas de Zuriel o deixando completamente nu e este por sua vez lhe retirou a única peça começando também a acariciar o corpo do moreno com mais intensidade.

    Zuriel já não era mais aquele rapaz tímido e sério demais, pois agora tinha achado alguém que o amava como e não se importava com seus defeitos físicos. O ruivo passou a arranhar as costas do outro enquanto este tratava de lhe torturar com o dedo indicador e posteriormente mais um circulando em seu interior. Já nem se lembrava o momento em que fora invadido, mas estava muito bom.

    - Desta vez te quero de imediato! – O ruivo diz sussurrado. Realmente queria sentir o membro de seu namorado adentrando fundo e quase saindo de seu interior. Não estava se importando se quer com as preliminares.

    - Hum... Meu ruivinho quer agora é? – Provoca ainda circulando seus dedos dentro de Zuriel.

    - Sim... Não me faça esperar! – Pediu necessitado.

    - Adoro quando pede dessa forma. – Sorri malicioso retirando os dedos e agora se posicionando para penetrar aquele orifício que estava entre as nádegas deliciosas de Zuriel.

    Após ocorrer a penetração Cayna passou a movimentar lentamente no início para ir aumentando gradativamente de acordo com os pedidos chorosos do ruivo por mais. Sua excitação só aumentava a cada ne ovo gemido ou pedido de invadir com mais força aquele corpo gostoso que pertencia sommenente a ele e a mais ninguém. Com o passar do tempo além das estocadas ocorria a masturbação com velocidade e firmeza deixando o ruivo ensandecido e não passando mais que meia hora ambos estavam chegando ao clímax.

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    - A que horas chegaremos em casa? – O moreno pede sonolento para seu namorado.

    - Ainda falta mais de seis horas para chegarmos ao aeroporto, Cayna. – O ruivo não estava entendendo o motivo do outro ficar perguntando a cada minuto quanto tempo faltava.

    - Falta muito e eu não estou agüentando mais ruivo. – Diz manhoso. – To excitado e louco pra te pegar.

    - Nós fizemos cinco vezes. – Referindo-se a parte da noite e inicio da manhã. – Não acha que está querendo demais?

    - O que posso fazer se você é gostoso? – Cayna pega o ruivo pela nuca e o trás para si lhe dando um beijo avassalador.

    Zuriel tenta se soltar, mas é em vão e se aproveitando da situação o moreno começa a passear a mão por debaixo da camiseta do ruivo até chegar aos mamilos deixando-os completamente rijos ao brincar com eles, vendo que o ruivo estava começando a perder o controle sorri e olha para os lados. Havia escolhido as duas ultimas poltronas da primeira classe e estava feliz por não haver ninguém sentado perto deles, os que estavam mais a frente dormiam. Levantou-se trazendo o ruivo consigo ainda o beijando no pescoço e massageando os mamilos encaminhando até o pequeno banheiro trancando ambos em seguida. Desta vez Cayna conseguiria realizar sua fantasia.