The Fear escrita por Enid Black


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá povo! Tá aquie o novo capítulo, exatamente a meia noite, pra vocês não conseguirem dormir MUAHAHAHA, mentira, ninguém vai ler essa merda, imagina de madrugada '-' Enfim, quero agradecer a Light Angel (mais conhecida como bicho kk) por estar lendo minha história, e por sempre estar me dando uma força ^^ Valeu mesmo fiota! E vocês, leitores fantasminhas? Vão precisar de alguns nightwalkers famintos para deixar um comentário? kk Calei a boca gente -.- Boa leitura!



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O sol se punha além da janela suja por qual eu olhava, tingindo todo o céu com seu resquício alaranjado de luz. Alguém empurrou meu ombro e murmurou um desanimado desculpe, não se atrevendo a me lançar um olhar, já sabendo de minha reputação entre aquele grupo. Olhei em sua direção e percebi que o restante do grupo se encolhia para perto de onde eu estava, uma atitude que poderia parecer estranha, mas que fez sentido depois que vi o chão e percebi uma fina linha que delimitava a luz do sol que ainda conseguia chegar através do vidro. Todos estavam se agrupando no único abrigo que restara, a luz.

Nós estávamos em um cassino, porém os brilhos daqueles brinquedos de adulto melancólicos só ligavam ao cair da noite, por isso duas horas por dia nós dependíamos do resto de luz do entardecer, e de algumas dúzias de lanternas que achávamos durante nossa sobrevivência, o que tornava o agrupamento de sete pessoas em busca de um pouco de luz fraca algo rotineiro.

– Acho que já está na hora de ligarmos as lanternas – alguém sussurrou, como se tivesse medo que os nightwalkers pudessem nos ouvir. Idiota, é claro que eles nos ouviam.

– Certo – ouvi alguém grunhir, seguindo por uma agitação na estranha bola que havíamos formado, até que a luz de uma lanterna azulada apareceu por entre a escuridão crescente.

Foram rapidamente distribuídas uma para cada, antes que a pouca claridade que chegava pela janela se esvaísse completamente. Depois que todos tinham sua lanterna, o amontoado começou a se separar, cada pessoa do grupo indo para um lugar do aposento em que estávamos, já com a pequena luz acesa para enfrentar a escuridão.

O que você esperava? Que ficássemos todos em volta de uma lanternazinha, como alguém que está congelando fica perto de uma fogueira? Não querido, não é assim tão monótona a nossa vida. Todos os dias nós ficamos dispersos no cômodo, vigiando o breu á nossa frente, a procura de nightwalkers para afastarmos com nossa lanterna. Para mim, esse é o jogo mais morbidamente divertido que esse cassino jamais teve.

A luz não mata um nightwalker, como eu já devo ter dito á vocês, e esses bichos conseguem pegar um bronzeado ao sol se quiserem, eu não menti em nada. Porém, esses seres então tão acostumados às vantagens da escuridão que a claridade atordoa-os por um tempo, e ter um nightwalker fora de ataque pelo menor tempo que seja já dá uma enorme chance para a sua sobrevivência.

Agora, se suas dúvidas cientificamente corretas acabaram, vamos começar nosso pequeno joguinho.

Liguei minha lanterna assim que a claridade que vinha da janela em cima de mim desapareceu, me deixando desprotegida na escuridão. Olhei para os lados e percebi que todos os outros já tinham seus flashes brilhantes vagando pela sala, iluminando o chão poeirento e o teto cheio de cortinas de teias de aranha, apreensivos por encontrar a bruxa que os assombrava ou o esqueleto dançante que lhes pregava peças.

Encarei o profundo negro á minha frente, aguçando meus sentidos para qualquer coisa anormal que pudesse ocorrer, enquanto minha lanterna percorria automaticamente os cantos mais propícios a aparições.

Foi quando ouvi o primeiro rastejar daquela noite, o primeiro grito esganiçado de um nightwalker sendo iluminado por algum colega meu, o primeiro som sufocado de alguém abafando o pedido de socorro apavorado quando viu seu medo se materializar na sua frente mais uma vez.

Pelo canto do olho percebi algo se aproximando, e o que parecia uma baixa risada maliciosa se aproximou de mim. Antes que pudesse pensar em algo, minha mão já direcionou a lanterna na direção da criatura, que desapareceu com um urro frustrado antes que eu pudesse ver o que era.

Na penumbra deixada por todas aquelas luzes fracas, avistei uma bailarina mancando em minha direção, no lugar de seus olhos haviam duas órbitas vazias, parecendo borrões negros, e sua boca era rasgada de orelha a orelha, dando ao rosto delicado de uma dançarina o sorriso permanente de um monstro. Um flash foi direcionado á nightwalker, e ela ergueu seus braços finos para evitar a luz, antes de sumir em busca de um abrigo nas trevas.

Enquanto eu olhava para onde a bailarina estava momentos antes, um anjo se aproximou de mim, suas asas negras impregnando o ar com um cheiro podre, e suas penas á muito mortas pingando um líquido viscoso pelo chão, traçando o caminho do pavor por onde a criatura passava. Joguei a luz em cima dele, porém ele não fugiu instantaneamente da claridade, encarando-me com seus olhos absolutamente negros por um momento.

Não consegui desviar de seu terrível olhar, paralisada de pavor. O anjo da morte entortou os lábios petrificados, aproximando-se o máximo de um sorriso horrível, antes de abrir a boca em um grito angustiado e ensurdecedor, revelando seus dentes irregulares e afiados. Veias começaram a saltar embaixo de seus olhos vidrados, contornando o rosto pálido de linhas escuras, até que a criatura parou, encarando-me fixamente, para depois voar para longe de mim.

As luzes do cassino começaram a se acender, e a música aguda de milhares de máquinas encheu a sala silenciosa. Todos os nightwalkers que ainda estavam ali fugiram para longe, puxados pelas sombras.

– Você está bem? – alguém se aproximou, não me dei ao trabalho de reconhecer seus olhos preocupados. Estava ocupada demais lembrando da horrenda frase que o anjo morto me sussurrara antes de partir.

“Que o jogo comece”



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Notas finais do capítulo

E é isso nighters ^^ Posso chamar vocês assim? Sim? Não? Respondam criaturas! Até próximo domingo, se alguém deixar comentário *cofcof*