– Flores... Algodão doce... Lucy.

De um lugar a outro, tudo ficou branco. Podia-se ouvir um aparelho barulhento ao fundo.

Lentamente abriu os olhos e desligou o alarme. Gray viu-se deitado em sua cama. A cabeça estava latejando. Perguntava para o nada se havia bebido demais.

Olhou no relógio...

– 6 da manhã? Droga. - Disse enquanto deixava um suspiro cansado sair.

Só então percebera, “Foi um sonho, previsível demais”. Essa realidade não era boa o bastante para ele. Lucy com aqueles olhos que o seduzia, os cabelos em cor de ouro tão macios quanto seu coração. Simplesmente não conseguia parar de pensar nela.

Cansado de viver sem fazer nada se levantou e foi para a guilda, seria hoje que tomaria alguma atitude.

Chegando lá tudo estava normal, menos pelo Mestre, quem geralmente tem um grande sorriso no rosto está agora com uma cara preocupada. Gray se aproximou do bar.

– Bom dia Mira, o que ouve com o Mestre? Ele parece um pouco agitado hoje.

– Bom dia Gray. Eu também notei, gostaria de saber para poder ajuda-lo. – Mira era sempre prestativa com o Mestre.

– Talvez eu faça alguma missão, estou meio enferrujado. – Disse ele enquanto fazia alongamentos nos braços.

– Haha, mesmo que a sua ultima missão tenha sido a menos de dois dias e... Por que você tirou a roupa?

– O que? – Ele ficou um pouco confuso até que olhou para baixo e percebeu que estava somente de cueca. – Ops, acontece de vez em quando.

– De vez em quando? Você sai na rua e em menos de três segundos já te chamam de pervertido. – Lucy entrou na conversa com o seu sorriso de sempre.

– É, bem que você podia pensar sobre colocar uma calça. – Logo depois da loira, chegou Natsu.

– O que houve foguinho? Pensei que estivesse ocupado destruindo a cidade.

– Cuidado meninas, o senhor pelado está à solta.

– Por que não vai pular numa fogueira em?

– Não to afim, algum problema? Qualquer coisa porque eu não te jogo em uma geladeira pra ver se não sai nunca mais de lá?

– O queeeeeee?

– Essa é a minha linhaaaaaa!

Já estavam testa a testa quando certa ruiva conhecida apartou a briga.

– Ei vocês, cortem essa. – Bateu a cabeça de um contra a do outro. – Será que vai ter que ser sempre assim? – Natsu e Gray estavam no chão sofrendo, Erza os chutou. – Pronto, talvez agora aprendam a lição.

– Bom dia Erza. – Lucy estava com o sorrido de quem não sabe se está com pena ou feliz por eles não terem sido jogados em algum poço.

– Olá Lucy. O que acha de irmos a uma missão hoje? – Pisou na cabeça de Natsu e o usou como bancada de discurso. – Como magos nós devemos proteger as pessoas.

– Aye! – Happy apareceu por trás de Erza.

– Ei, essa ideia foi minha! – Disse Gray se levantando.

– Bem, então há algo que sirva para nós?

– Hmmm. Vamos perguntar ao Mestre. – Erza caminhou até onde o velho barbudo se encontrava e perguntou. – Mestre, poderia nos dar uma sugestão?

O velho tinha um olhar tão serio que os deixou paralisados.

– O-O que houve Mestre? – Até mesmo a ruiva ficara hesitante, mas ainda mantinha sua pose corajosa.

– Tenho um trabalho para vocês.

***

– Eu disse que agente deveria ter ido andand- *WAAG* - Disse Natsu colocando seus órgãos internos para fora do trem.

– Desse jeito é mais rápido. – Erza afirmou ao rosado batendo em suas costas.

– Não me mate mulher!

– Bem, temos algumas horas antes de chegarmos lá, o que querem fazer?

– Não sei Lucy, dê uma sugestão. – Gray se aproximou para deitar no ombro da garota quando ela se levantou repentinamente.

– Por que nós simplesmente não damos uma volta?

– Sim, nada melhor do que um passeio pelo local. – Disse Erza que acabara de jogar Natsu no chão.

– Aye!

– *WAAAAAAG* DÁ PRA PARAR COM ISSO? *WAAAG* - Disse Natsu enquanto Erza o pisava, por algum motivo ela gostava de vê-lo sofrer.

Os jovens e o gato saíram da cabine e foram até a parte de restaurante do trem. Só havia algumas pessoas em cada mesa, entre elas uma garotinha estava a olhar tristemente pela janela, junto de uma gatinha branca que tentava anima-la:

– Vamos Wendy, não fique assim, as coisas podem melhorar.

– Eu sei... – Respondeu a menina.

"Ela sabia".