Enchanted escrita por Bella


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai o primeiro *--*



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Ela queria sair.

Talvez se sua mãe deixasse e depois implorasse para sei pai, Dana poderia sair para as celebrações junto com sua criada, Aideen, que cuidava dela desde que nasceu, há 11 exatos anos. Mas ela também não queria sair com a criada.


Queria andar pelas ruas, esbarrar na felicidade dos camponeses, que cantavam e andavam com suas melhores roupas. Comerciantes sorridentes, com mosaicos nas roupas, com tecidos, cores e padrões diferentes, acompanhados de seus carrinhos, lotados de mercadorias exóticas. Jóias e pequenos animais, como macaquinhos e aves eram exibidos. Os tecidos expostos as vezes ainda eram mais exóticos que as roupas de quem os vendia. Os preços eram mais caros do que de costume, porém nos festivais, devido a maior oferta de objetos mais raros, a maioria guardava dinheiro para esta época do ano.


O Rei promovia a festança anualmente, na primavera, quando as arvores exibiam suas mais belas cores, flores abriam com seus esplendidos tamanhos e cheiros. A cidade era toda enfeitada, chegando a ter flores-vela, flores que variavam de tamanho, desde o de uma unha até o de uma palma, flores que eram cultivadas somente por especialistas, que geralmente trabalhavam para grande eventos ou para enfeitar o salão do rei. As flores, durante seu cultivo, ficavam fechadas em botões, mas quando colhidas na hora certa, elas flutuavam levemente no espaço em que foram soltas e suas pétalas se abriam, exibindo um núcleo pomposo e brilhante. Eram maravilhosas, principalmente quando arranjadas sobre as ruas principais do carnaval, adicionando e realçando a noite o tom mágico que sempre estava presente.


No primeiro dia de celebrações, as atracões principais eram o bazar e a música, que a cada ano tinha um tema. Dee, como Dana chamava Aideen, já disse que o tema nunca se repetia, e nos próximos 6 dias de festa, a música seguia o tema do ano e era sempre presente. Ou pelos instrumentos, fazendo suas caminhadas organizadas por toda cidade, ou nos lábios do povo, que não demorava muito para aprender. O povo de Belladonna super valorizava a música e os elementos da natureza, sendo talvez o mais conhecido por essa admiração nos 5 Reinos de Skaryus.

Além da decoração fantástica, música envolvente e o comércio em alta, o ponto alto, sempre mais esperado do festival era o baile de máscaras na noite do sétimo e último dia de comemorações. Todos com roupas de gala, com os rostos escondidos da vergonha e de atos comprometidores do passado, pois a identidade de todos estava oculta. Também conhecido como baile do amor, onde vários casais se conheciam oficialmente à meia-noite, quando todos que estavam no salão gigantesco do festival tinham que tirar suas máscaras e revelar quem eram. Era divertido, todos levavam na brincadeira , deixando coisas sérias de lado e aproveitando a noite. Tudo era perfeito em 7 dias.

7 dias que ela queria passar esse ano sozinha. Sempre gostou de pensar que o festival era em sua homenagem, e os outros 6 dias era sua festa de aniversário prolongada. Mesmo sabendo que não era esse o motivo real, não tinha jeito de não se sentir especial nessa época do ano. Levantou-se da cama e andou pelo seu quarto levemente iluminado pelo sol, pintado de rosa claro. Enquanto escovava seus longos cabelos lisos e escuros, a mãe de Dana, Artio, entrou no quarto da aniversariante e deu um pequeno susto na filha.

"Minha querida, com onze anos! Quando foi que o tempo passou tão rápido??" Pegou a menina risonha nos braços e a apertou forte.

Soltando um pouco o abraço, a mãe sussurou "Feliz aniversário para minha princesa" Se afastando, segurou uma caixinha fechada por um laço entre as duas. Dana não hesitou em pegar e abrir, a parte mais divertida de aniversários eram os presentes. Mesmo ela não sendo uma princesa de verdade, mas sim fazendo parte da nobreza de Belladonna, se sentia como uma neste dia.

Puxou de dentro da caixinha um fio longo e prata, uma corrente fina, feita de elos minúsculos, que seguravam no final uma belíssima gema azul claro, da mesma cor que os rios claros que serpenteiam por Belladonna, em formato de gota, sendo segurado por três finos fios que desciam a gota em espiral, dando um lindo acabamento para a gema azul. A corrente era tão grande que não era necessário abrir o fecho, Dana simplesmente passou os finos elos interligados pelo pescoço e olhou no espelho o brilho colorido da gema, que agora repousva na altura de seu coração, ficou completamente apaixonada pela nova jóia.

“Obrigada mamãe! É o presente mais lindo que já recebi!” Pulou nos braços da mãe e a abraçou mais forte que o primeiro abraço das duas neste dia.

Elas desceram para o café da manhã, onde seu pai, Balor, estava esperando com um outro presente, um lindo cervo. Só que era um filhote, não tenho mais do que 10 centímetros de comprimento. Dana se apaixonou e deu o nome de Ilaria a sua pequena corça. Ele também prometeu que ela não iria crescer muito, talvez uns 20 ou 30 centímetros a mais. Talvez 40, o que era perfeito, pois poderia ter Ilaria dentro de casa, sem derrubar coisas por ser grande e descuidada por onde andava. De Aideen veio a caminha e potes de comida e água de Ilaria, todos rosa claro com detalhes em dourado, combinando com seu quarto.

Depois de arrumar tudo para Ilaria se sentir em casa e confortável em seu quarto – a corça gostou de tudo que era estofado, ficando claro que teria mais de uma cama – Dana finalmente perguntou para seus pais se poderia passar esse festival sozinha com seus amigos. O rosto deles não combinou com o não que veio junto. Eles falaram que o Rei convidou eles para um jantar as 6, em comemoração ao aniversário e a abertura do festival. Disseram também que era muito nova ainda, talvez ano que vem para ir totalmente sozinha. Se quissese sair, era com Dee ou com algum deles.

Chatiada, pensando que finalmente iria conseguir, subiu para seu quarto e foi se preparar para o jantar com o Rei. Por que o Rei queria alguma coisa com eles? Nada fazia sentido na cabeça de Dana. Por que ela não poderia sair sozinha? Sabe como é, sabe como funciona e também não havia nenhum perigo. Seus amigos saiam sozinhos. Seus amigos que saiam sozinhos não tinham criadas. Mesmo gostando bastante de Aideen, pensava que se ela não existisse, ela poderia sair finalmente sozinha, levando somente uma pequena bolsa com dinheiro para comprar doces e o que realmente quisesse. Mas se era com o Rei, devia estar bonita e bem arrumada, então foi fazer isso.

***

“O que gosta de fazer, Dana?” A voz do Rei era abafada pela sua barba, que estava incrivelmente limpa de toda a gordura que ele comia.

“Gosto de ficar observando a água, senhor. Passa um rio atrás de nossa casa, e quando não estou ocupada, fico deitada embaixo de uma árvore, que tem uma enorme copa. Fico lá o maior tempo possível, até durmo lá, por isso sempre levo um pano para esticar no chão. E fico ouvindo o barulho suave da água.” Ela respondeu como toda a sinceridade, balançando levemente seus pés no ar, já que não alcançava o chão.

Estava sentada a tres cadeiras de distância do Rei, de frente para uma mesa cheia de comida e atrás delas, estava sentado o filho do Rei. Príncipe Aemeri.4 anos mais velho de Dana. Alto. Cabelos lisos pretos e olhos claros, que nem ela. Porém assustador.

Ele não tinha feito nada, na verdade. Era gentil e parecia realmente estra prestando atenção no que Dana respondia a seu pai. Enquanto o Rei em si parecia mais preocupado com a comida a sua frente do que com as respostas de uma garota de 11 anos. Aemeri ficava quieto, pensativo e observando Dana falar. Ela evitava o contato visual mais do que possível. Tinha muita vergonha.

Vinho foi servido e Dana não foi privada dele. Duas taças cheias do doce veludo passando pela sua língua e descendo sua garganta foram suficientes para deixá-la mais animada e mais falante. Sairam da mesa e foram para a majestosa sala, que provavelmente tinha o tamando de 5 quartos seus.

Ela foi para o jardim, seus pais estavam muito ocupados falando com Sr. E Sra. Majestade, então nem reparam em sua pequena fuga. Como esperado, o jardim era cheio de flores-vela. Para todos que quissesem ver. Estavam ali reluzentes e flutuantes. Dana não perdeu a chance de pegar um na mão e analisar de perto como aquela flor era. Cheirou, mas só fez pólem brilhante subir, a flor não tinha cheiro. E nem precisava, na opinião de Dana. Deixou-se imaginar como seria ter 10 dessas no seu quarto. Derramando luz nos pelos finos de Ilaria e nos tecidos de sua cama e...

“Lindas, não?”


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Notas finais do capítulo

Comentários?? :D
Referencia do colar, para quem quiser: http://img0.etsystatic.com/000/0/5865773/il_fullxfull.250838388.jpg
Não é exatamente igual ao colar do texto, mas acho q a imagem ajuda a dar uma visualização melhor do objeto ^^
Talvez se eu tiver tempo (e se sair bem) eu poste meus desenhos de alguns objetos como a flor-vela e o colar... Não prometo nada!



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