POV Cameron

Duas semanas se passaram desde o final do acampamento e ainda não consegui acertar o número da Amber, já liguei pra um cara que quando perguntei sobre a Amber ele começou a gritar xingando alguém, acho que realmente ali havia uma amber mas não a minha Amber.

Minha Amber, cara isso é tão legal!

Mas voltando ao assunto do número. Já liguei pra uma senhora que, acho que era meio surda porque ela gritava ao celular, já liguei pra uma mulher que bom, deixa pra lá. O que vem ao caso é que, ainda não consegui ligar pra ela.

O que está me dando nos nervos.

Passo e repasso nossas conversas na minha cabeça tempo todo tentando lembrar, mas nada.

-Cameron? – escuto minha irmã me chamando.

-o que foi? – pergunto voltando à realidade.

-A comida tá pronta. – ela diz na porta do meu quarto.

-To indo. – respondo e ela sai.

Levanto da cama e desço as escadas indo em direção à cozinha, jantamos enquanto conversamos e minha mãe fica dizendo de dois em dois minutos o quanto eu estou diferente e o quanto ela está feliz.

 -Mamãe ganhei o sorteio daquela cesta que os formandos estão fazendo na minha escola. – minha irmã diz feliz, como se isso nunca tivesse acontecido.

-É mesmo filha e qual o número que você tinha escolhido? – minha mãe pergunta.

-15. Acho que esse é meu número da sorte. – ela diz.

-É,é bem provável já que esse número está sempre aparecendo pra v... – parei no meio da frase.

-Cameron dá mais um balão, pra eu colocar aqui. – amber disse.

-Que cor. – perguntei.

-Deixa eu ver. – ela disse contando os balões, parecendo uma louca. – Roxo.

-Tá aqui. – eu disse entregando. –o que você tava contando?

-Quantos balões de cada tem. – ela deu de ombros.

-Acabaram os balões. – eu disse.

-Quantos tem de cada?

-não sei mas deve ter uns 15 de cada. – dei de ombros.

-15? Ótimo.  –ela sorriu satisfeita.

-Qual o  seu problema garota? – perguntei rindo.

-Como assim?

-Qual seu problema com os números?

-Ah, é que não gosto muito de números ímpares.

-Por que não?

-Porque sempre um sobra. – ela disse e eu dei uma gargalhada ela fez cara de séria mas não se aguentou. – Eu sei sou estranha.

-Uma estranha legal. – eu disse e ela sorriu. – Tem algum número ímpar que você gosta? – perguntei.

-15, é o único. – ela disse e nós rimos mais.

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-Cameron, filho? Tá tuao bem?  -minha mãe perguntava.

-Tá, tá sim, na verdade maravilhoso. – eu disse sorrindo. – Gwen eu te amo maninha. – eu levantando da mesa e dando um beijo na bochecha dela fazendo-a fazer careta. – Eu te amo mãe. – eu disse dando um beijo em sua bochecha e saí correndo pro meu quarto.

-Também te amamos. – escutei minha mãe dizer.

Entrei no meu quarto e me atirei na cama pegando meu celular. Disquei o número e acrescentei 15 ao final.

Depois de chamar algumas vezes escutei uma voz muito familiar do outro lado. Fiquei sem reação, apenas sorri sem conseguir dizer nada.

-Quem é? Que brincadeira é essa? – ela perguntava do outro lado, bastante irritada.

-Desculpe demorar tanto, mas esqueci o quanto você é estranha e que o único número ímpar que você gosta é 15.  –eu disse e ouve silêncio do outro lado, mas pela sua respiração eu soube que ela estava sorrindo.