Vivia a te buscar Porque pensando em ti Corria contra o tempo Eu descartava os dias Em que não te vi Como de um filme A ação que não valeu Rodava as horas pra trás Roubava um pouquinho E ajeitava o meu caminho Pra encostar no teu “Kikyou...” InuYasha pensava naquela miko que vira naquela noite chuvosa. As palavras que ela dirigiu a ele foram quais mesmo? Ah sim! “Se não quiser morrer não venha atrás de mim e da jóia”. Mas mesmo assim eles se encontrarão tantas vezes e ela não o matou. Por que? Essa era a pergunta que não calava no coração do hanyou. Ele se sentia calmo desde que encontrara. O que ela fizera com ele? Um feitiço? Desde que a vira, que conversara com ela, InuYasha se escondia entre as árvores para vê-la, para admira-la. Que sentimento era aquele? Os dias em que não via sua sacerdotisa o sol não tinha o mesmo brilho, seus movimentos não tinham a mesma agilidade. Ela se tornara necessária como o ar que ele respirava. Uma simples humana, uma mera miko. Mas ele precisava esbarrar com ela todos os dias. Era assim que ele se sentia feliz. Felicidade... uma palavra que ele nem sabia que existia antes de encontra-la. Subia na montanha Não como anda um corpo Mas um sentimento Eu surpreendia o sol Antes do sol raiar Saltava as noites Sem me refazer E pela porta de trás Da casa vazia Eu ingressaria E te veria Confusa por me ver Chegando assim Mil dias antes de te conhecer A paisagem era mais bela quando ela estava lá. Sentar-se naquela grama para conversar com ela e vê-la sorrir era uma suave rotina. Algo que perfeito para ele que desde que sua mãe se fora não sabia o que era ter carinho. Que vontade era essa que ele provava? Sentia necessidade de deitar-se no colo dela, sentir suas mãos afagando seu cabelo e ouvir sua voz cantando. Será que ela sentia o mesmo ou ele estava apenas encantado com a impossibilidade de tê-la? Como seria a reação dela se ele assim fizesse? Não havia outra forma de saber senão tentar. Afinal, ela jurara matá-lo, então, ele não tinha muito a perder com tal atrevimento.