Minha Pequena Vida escrita por Gabs Black


Capítulo 16
Olá, Flórida.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOE GENTE.
Bom, demorei um pouco né? Maaaaaas, minha inspiração voltou com tudo, estou atualizando todas as minhas fanfics e cheia de novas ideias, por isso o proximo será bem mais rapido.
Esse capitulo ficou meio curto, mas é só pra marcar a chegada dela a Flórida.
Espero que gostem,
Boa leitura ^^



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Rose Weasley.

Isso acontece com todos, é natural. Se você nunca teve que dar adeus a ninguém, se considere sortudo, mas tem uma hora em que todos devemos nos despedidir, mais cedo ou mais tarde essa hora chegará.

E a minha, acaba de chegar.

Eu gostaria de dizer que falei coisas bonitas e me emocionei, que apesar do momento ser triste, foi lindo, mas, se eu dizesse isso, estaria contando uma grande mentira. A verdade é que eu estava tão abalada que não dizia quase nada, e Dominique parecia entender o meu torpor, por que apenas me ajudava com as malas, sem nada dizer, apenas enxugando uma lágrima vez ou outra.

Eu jamais pensei que tivesse que passar por algo tão doloroso emocionalmente.

Dar adeus as pessoas que você mais ama no mundo, não apenas te entristece, te quebra, te dilacera, te destroi. É como ter uma faca enfiada varias vezes em todo o seu corpo, apenas evitando pontos vitais, para que você não morra, apenas sinta dor.

Alvo pegou as malas no quarto e levou para o carro, em silencio. Lily e Roxanne estavam sentadas no sofá da sala, de cabeça baixa.

─ Já está na nossa hora. ─ falou Alvo, entrando na casa novamente ─ melhor irmos logo.

─ Bom, é isso, vamos. ─ falou Dominique.

Em silencio, nós caminhamos lentamente para o carro.

Ninguém precisava dizer nada, por que simplesmente não haviam palavras.

Eu viajaria para o outro lado do Atlântico e não voltaria pra cá tão cedo, minha filha nascerá lá e talvez eles não a conheçam antes do seu primeiro ano de vida.

Nós ficaríamos separados, algo que jamais havia acontecido antes, e nenhum de nós tinha as palavras certas para isso, definitivamente o silêncio era nossa melhor opção no momento.

O caminho para o aeroporto foi rapido, as ruas de Londres estavam vazias, pois ainda era bem cedo, de forma que uma fina camada de neblina ainda cobria o céu, e uma fina camada de gelo ainda cobria o chão, nada de sol, apenas um céu cinza, quase negro, exatamente como Londres deve ser e consequentemente muito diferente da ensolarada Flórida, o lugar em que eu estarei daqui a aproximadamente quatorze horas.

Chegamos no aeroporto e eles me acompanharam no check-in, que foi rapido também, mas diferente das ruas, o aeroporto estava muito movimentado, milhares de pessoas usando terno e gravata, saias e blaizers corriam pra lá e pra cá com seus telefones celulares no ouvido, tentando resolver milhares de problemas ao mesmo tempo.

E eu ali, uma mulher gravida viajando para o desconhecido.

Caminhamos juntos em direção a porta da sala de embarque, a essa altura Dominique chorava em silencio, sendo acompanhada de Roxanne.

─ Bom, cuidado com os americanos, dizem que eles gostam de se aproveitar de ruivas indefesas. ─ falou Alvo, virando-se para mim.

─ Pode deixar primo. ─ falei com os olhos cheios d’agua e o pegando em um abraço esmagador.

─ Vou sentir tanto a sua falta, cabeça de cenoura. ─ falou ele, acariciando de leve meus cabelos, apesar dele estar com o rosto mergulhado em meu pescoço e sua voz estar abafada, eu sabia que ele chorava.

Eu estava me despendindo dele, que foi meu melhor amigo desde.. Sempre?

─ Também vou sentir muito a sua falta, cabeça de bagre. ─ falei, me referindo a um apelido de nossa infancia.

Me separei de Alvo e enxuguei seus lindos olhos verdes com a mão livre, e logo fui puxada para um abraço, por Lily.

─ Você sabe que eu te amo como minha irmã não sabe? Que por mais que nós brigassemos pelas bonecas e pelo canal na tv, eu sempre te amei muito muito mesmo.

─ Claro que sei, Luna, você também, será eternamente minha irmãzinha, vou sentir sua falta, muito mesmo. ─ a essa altura o choro já era algo que eu não podia controlar.

─ Eu também, eu também. ─ disse ela.

─ Oh, Rose. ─ falou Roxi, me abraçando ─ Nunca pensei que teria que ve-la partir menina.

─ Nem eu Roxi, nem eu. ─ falei, chorando mais ainda. ─ Vou sentir saudades, muitas.

─ Eu também, você não imagina o quanto.

Fiquei mais alguns momentos abraçada com ela, Roxi nunca foi boa com palavras, pelo contrario, ela sempre foi a mais quieta do grupo, por isso quando ela não tem o que falar, ela simplesmente te abraça, e por incrivel que pareça, esse braço transmite tudo que ela não consegue dizer.

Me separei dela, e abracei Dominique.

Ah, Dominique, talvez ela seja a pessoa que eu mais sentirei falta.

Domi sempre foi a prima melhor amiga sabe? Nós nos víamos todos os dias e sempre que algum cara quebrava meu coração, ela sempre me dava os melhores conselhos.

Não estou dizendo que as minhas outras primas não faziam isso, mas é que de alguma forma eu sempre fui mais grudada com Dominique.

─ Ah Domi. ─ falei abraçando-a muito forte.

Ela não dizia nada, apenas chorava.

─ Não chora, por favor, eu não suporto te ver chorar. ─ falei, o que foi um pouco idiota, por que eu também estava chorando mares.

─ R-rose ─ começou ela ─ C-cuide muito b-bem da minha afilhada, okay?

─ Claro que sim Domi, claro.. Mas, ainda não sabemos se é uma garotinha. ─ falei sorrindo.

─ É uma garotinha, eu tenho certeza.

─ Se você diz...

─ Me ligue todos os dias, mande e-mail e faça chamadas de vídeo okay? ─ ela pediu, separando o abraço;

─ Claro, claro que farei, nem vai parecer que eu estou longe.

─ Ultima chamada, vôo 187. ─ soou uma voz feminina pelo aeroporto.

─ Eu preciso ir agora gente ─ falei, sentindo que poderia desabar a qualquer momento.

─ A gente te ama Rose, muito. ─ falou Alvo.

─ Se cuida, e fica bem. ─ disse Roxi, apertando com força minha mão.

─ Eu amo vocês mais do que tudo, nos vemos em breve.

E essas foram as minhas ultimas palavras, antes de virar as costas e entrar na sala de embarque.

xx-xx

Eu estava na poltrona, ainda não havia decolado. Eu sabia que nesse momento meus primos estavam observando o avião lá de dentro do aeroporto, se perguntando em qual janelinha eu estaria.

A cada minuto que passava eu ficava mais tentada a sair correndo dali a abandonar tudo, por isso rezava para que esse avião decolasse logo.

Logo a aeromoça avisou que iríamos decolar, e pouco a pouco fomos nos distanciando do aeroporto, mergulhando no céu nublado de Londres, dando adeus a Inglaterra.

Graças aos céus o Dr. Lewis havia conseguido uma passagem direta para mim, agora nós só pousaríamos no aeroporto de Orlando, que seria onde eu iria morar daqui pra frente, por isso me permiti me aconchegar melhor na poltrona e mergulhar em um sono tranqüilo.


─ Senhora? Senhora, acorde, nós chegamos. ─ chamou a aeromoça.


Como, já chegamos? Como eu poderia ter dormido tanto assim?

Talvez seja por eu estar grávida, ─grávidas realmente sentem muito sono─ e também por ter passado a noite acordada, isso geralmente acontece quando estou muito ansiosa com algo.

Eu me levantei e apanhei minha bagagem de mão, caminhei lentamente para a saída, e assim que sai pela pequena porta o sol forte atingiu meus olhos desacostumados.

Tirei meu casaco, ficando apenas com uma blusa azul clara, mais fina, apanhei meus óculos escuros na bolsa e os coloquei.

O dia estava quente, como eu jamais havia visto na Inglaterra.

Era isso, minha vida nova começara.

Olá, Flórida.


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Notas finais do capítulo

E então???
Bom, comentem muito.
Beijossss.