CAPITULO 13: UM IMPASSE.

Ichigo acordou muito animado, aliás, era seu último dia ali já que passara no teste do curso de aperfeiçoamento.

ICHIGO: Que dia Lindo! – exclamou Ichigo e começou a pular e gritar na cozinha.

GANJYU: Que gritaria é essa? – Perguntou Ganjyu esfregando os olhos e observando Ichigo pular feito louco – Que foi que deu em você? Parece uma lacraia doida.

Ichigo parou de pular e puxou uma cadeira para se servir do café da manhã.

ICHIGO: Hoje é o dia da cerimônia de diplomação sua anta, ou seja, é o meu último dia aqui. – disse ele com um sorriso no rosto.

GANJYU: E você acha que passou no teste? – perguntou Ganjyu puxando uma cadeira e se servindo do café da manhã.

ICHIGO: Claro que passei! – respondeu Ichigo – E acertei todas as questões.

Ganjyu parara de comer e agora olhava para Ichigo perplexo.

GANJYU: E como é que você fez para trapacear? – perguntou Ganjyu curioso.

Ichigo parecia ter levado uma bofetada na cara.

ICHIGO: Eu respondi tudo que eu sabia idiota – respondeu Ichigo de mau gosto.

Ganjyu começou a gargalhar e bater os punhos na mesa.

GANJYU: Então você não respondeu nada – zombou ele que rira tanto que agora saiam lágrimas dos seus olhos – Respondi tudo que sabia – repetiu Ganjyu ainda sorrindo e finalmente limpando as lágrimas dos olhos.

Ichigo parecia extremamente ofendido, mais Ganjyu falara a verdade, ele trapaceara na prova, neste instante Kukaku entrou na cozinha fumando seu cachimbo dourado.

KUKAKU: Ganjyu? – disse ela pondo a mão no ombro do irmão que se assustou e virando-se de um salto, derrubou o cachimbo de Kukaku no chão e acidentalmente pisou encima dele partindo–o no meio.

ICHIGO: Ai! – disse Ichigo ao observar o cachimbo predileto de Kukaku partido no chão – Que pena né? – lamentou Ichigo que realmente estava sentindo pena e medo do que poderia acontecer com Ganjyu.

Kukaku ficou vermelha de raiva enquanto Ganjyu parecia à beira das lágrimas.

GANJYU: F-foi sem querer, N-não tive intenção – gaguejou Ganjyu, mas tarde de mais, Kukaku já dera um chute no rosto do irmão que caiu no chão. 

KUKAKU: Só ia avisar que seu traje já está pronto.

Ganjyu fez cara de surpreso e olhou para a irmã que já se sentara à mesa.

GANJYU: Que traje? – perguntou ele levantando do chão e secando disfarçadamente algumas lágrimas dos olhos.

KUKAKU: Você não pensa em ir à diplomação do Ichigo com aquele trapo velho que você usa não é seu idiota! – disse ela.

GANJYU: Quem disse que eu vou nessa maldita diplomação? – disse Ganjyu servindo de algumas torradas amanteigadas.

KUKAKU: Eu disse. – respondeu Kukaku dando um soco na mesa e finalizando a conversa.

GANJYU: Droga! – murmurou Ganjyu.

KUKAKU: Que foi que você disse? – perguntou Kukaku surpreendendo Ganjyu e fazendo Ichigo dar uma risadinha e logo depois transformar a risada em tosse para não se complicar.

GANJYU: Nada – disse Ganjyu pondo os braços sobre a cabeça para se proteger de um possível ataque da irmã - Por favor, acredite em mim, eu não disse nada.

Ichigo levantou–se da mesa e se preparou para sair, enquanto Ganjyu vendo que era seguro retirou os braços de cima da cabeça.

ICHIGO: Vou à casa de Rukia e de lá eu encontro vocês na diplomação. – Sem esperar uma resposta ele saiu em direção à casa de Rukia.

Ao chegar ao portão que guardava a entrada da mansão Byakuya, Ichigo pediu ao guarda que chamasse Rukia, ele esperou parado à porta pensando em quão bom seria ele voltar a Terra.

RUKIA: Ichigo! – disse rukia.

Ichigo olhou para os lados tentando localizar a pessoa que teria produzido o ruído e ouviu de novo alguém lhe chamar e para sua surpresa quando olhou para baixo se deparou com Rukia.

ICHIGO: Por que você estava se escondendo? – perguntou Ichigo.

Rukia corou e pulou com a mão aberta acertando em cheio o rosto de Ichigo.

RUKIA: Esse é o meu tamanho seu idiota – respondeu ela em tom ofendido.

ICHIGO: Ai – disse Ichigo levando a mão ao rosto e esfregando o local onde fora atingido – Desculpa, não tenho culpa de você ser um pedaço de mulher – pela expressão no rosto de Rukia, Ichigo cometera um terrível erro ao dizer isso e levou outra bofetada no rosto.

RUKIA: Por que você veio aqui mesmo? – Perguntou Rukia abafando outra exclamação de “ai” de ichigo.

ICHIGO: Quero que você me acompanhe na minha diplomação e, por favor, para de me dar bofetadas.

RUKIA: Tudo bem, podem ser chutes? – disse Rukia sorrindo – Brincadeira, então, vamos?

Ichigo e Rukia chegaram cedo na Academia, Ichigo já vestia uma longa bata e um chapéu universitário, Rukia estava sentada numa das cadeiras destinadas às pessoas que iriam assistir a cerimônia. Ichigo avistou uma estátua feia envolta em traje a rigor e foi ao seu encontro, mas aquilo que parecia uma estátua feia era nada mais nada menos que Ganjyu que deu um sorrisinho nervoso quando Ichigo se aproximou e começou a cair na gargalhada. 

ICHIGO: kkkkkkkk – Ichigo sorria tanto que em alguns momentos achou que morreria sem fôlego.

GANJYU: Eu só vim assim por que minha irmã me obrigou – sussurrou Ganjyu que parecera não ter mais nada a falar.

ICHIGO: Caracas,kkkkk – Ichigo apertou a barriga e tentou parar de rir – Você parece um cabide vestindo terno.

Nessa Hora, alguém chamara os formandos para se reunirem próximos ao palco.

ICHIGO: Depois a gente se fala – disse Ichigo dando às costas pra ele e indo sentar próximo ao palco.

A cerimônia de diplomação teve inicio. Quando o formando era chamado, ele subia ao palco, recebia o diploma e discursava. Ichigo mal podia acreditar que tudo teria fim, que ele logo iria subir aquele palco, receber seu diploma e sair daquele lugar. Ele se sentiu feliz pensando nisso e pela primeira vez sentiu falta do pai, mas Ichigo foi seguro por trás, sua boca fora tapada, e ele havia sido imobilizado.

- Kurosaki Ichigo venha conosco – sussurrou um homem que usava uma roupa preta e uma máscara no rosto onde só era possível ver seus olhos, ele estava acompanhado de outro homem que ajudou a imobilizar Ichigo.

ICHIGO: “Mas que droga... - pensou Ichigo e lágrimas saíram de seus olhos – Que foi que eu fiz agora?”.

Ichigo foi levado até uma ampla sala onde já estivera antes, a sala estava lotada, era a Central 46, os homens soltaram Ichigo e ele ficou no centro da sala sendo observados por todos os presentes.

SOI FONG: Bom trabalho – disse Soi Fong que aparecera no centro da sala, ela deu um breve aceno de cabeça para os homens e eles foram embora.

ICHIGO: Por que eu fui trazido até aqui? – perguntou ele, ao mesmo tempo supresso e curioso.

SOI FONG: Eu pedi ao Esquadrão Móvel Secreto que o trouxesse. – Explicou ela – Existe uma grave acusação contra você.

ICHIGO: A-acusação? – perguntou Ichigo perplexo – Que acusação?

SHINJI: Não se faça de besta seu idiota – disse Shinji saindo do seu lugar e indo ao encontro de Ichigo – Você sabe muito bem do que ela está falando. Você trapaceou na prova.

ICHIGO: Eu? – perguntou Ichigo fingindo – Não tenho culpa se você não tem inteligência suficiente para responder sua prova – provocou Ichigo sorrindo. – Agora podem me levar de volta à cerimônia? O meu tempo é curto.

SHINJI: Você não sabe com quem está falando Kurosaki – disse Shinji apertando o dedo contra o peito de Ichigo – Eu sou 100 milhões de vezes mais inteligente que você, aliás, você é incapaz de diferenciar mau com (u) e mal com (l).

ICHIGO: kkkkk – gargalhou Ichigo – Claro que sei... Mas isso não vem ao caso agora. – disse Ichigo tentando pensar qual seria a resposta para a indireta de Shinji sobre ortografia - Eu sou inocente e a professora Yachiru sabe disso – gritou Ichigo para os ouvintes.

YACHIRU: É verdade pessoal – disse Yachiru que encheu a boca de doces – O Ichi é inocente.

SOI FONG: O General Yamamoto e os outros capitães estão muito ocupados – disse ela enchendo os pulmões de ar e os expirando lentamente – Por isso Yachiru será a juíza.

YACHIRU: É isso aí! Vocês têm direito a um advogado indicado por mim... – Neste momento apareceram 3 homens de terno no centro da sala – Podem escolher.

Os homens eram Hanatarou, Maki–Maki e Yumichika. Ichigo e Shinji ficaram perplexos.

ICHIGO: Não tinha gente menos retardada não? – murmurou Ichigo passando a mão no queixo e pensando qual deles seria o menos idiota.

SHINJI: Eu pensei que seriam advogados de verdade – disse Shinji com cara de quem chupou limão muito azedo.

YACHIRU: Claro que não bobinho – esclareceu Yachiru atirando uma balinha de menta na cabeça de Shinji – Como eu disse; os melhores, tirando eu claro, estão muito ocupados, só sobraram esses daí, é pegar ou largar.

YUMICHIKA: Quer dizer que você trapaceou Ichigo? –perguntou Yumichika com cara de nojo – Isso é feio, muito feio.

ICHIGO: Feio igual você sua bicha louca. – balbuciou Ichigo - Eu escolho o Hanatarou.

Yumichika fez cara de quem foi brutalmente ofendido e Shinji vendo que ele criara certo remorso pelo que Ichigo dissera, viu que poderia ser proveitoso.

SHINJI: Eu escolho o bonitão aí – bajulou Shinji, para tristeza de Ichigo que gritara “não” e agora batia os pés no chão.

ICHIGO: Por que você não convidou o Maki–Maki? Perguntou Ichigo.

SHINJI: Por que eu não quis – respondeu Shinji grosseiramente.

Maki–Maki saiu triste do centro da sala, enquanto que a veia na têmpora de Soi Fong estava a ponto de explodir.

SOI FONG: Dá pra começar essa palhaçada de uma vez? – pediu ela quase que implorando.

YUMICHIKA: Eu vou fazer o inferno na sua vida Kurosaki! – ameaçou Yumichika gargalhando – Você vai pagar pelo que disse.

Ichigo bateu três vezes no chão de madeira da sala e por um momento se arrependeu de ter sido grosseiro com Yumichika.

SHINJI: É assim que se fala lindão – elogiou Shinji ainda em tom de bajulação.

ICHIGO: Ah, não vale – disse Ichigo cruzando os braços – Eles dois são quase um casal. – Ichigo fez cara de triste – Um casal das trevas, o diabo e o cap...

SOI FONG: Chega!!! – gritou a shinigami interrompendo a fala de Ichigo e acordando Yachiru que já babava na mesa.

YACHIRU: Ham? – murmurou Yachiru esfregando os olhos e enxugando a baba da boca com a manga da sua roupa shinigami - Vamos começar o julgamento – e ela tocou um sino que estava sobre a mesa várias vezes irritando todos os presentes.

FIM