Doces Lembranças escrita por Victória Lima


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi, um review, tá ótimo já hahaha
Obrigada Grasy por ter comentado *-*
Bom, eu só tinha até esse capítulo, agora vou ter que escrever novos, e talvez isso demore mais um pouco, mas não muito tempo (vou tentar) ok?
Então, boa leitura :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/276955/chapter/2

- Então, nossos únicos alunos novos são os do colégio da Marinha. Sejam muito bem-vindos, e aproveitem a estadia. Ah, e meu nome é Célia. Hoje não teremos moleza só porque é o primeiro dia de aula, ok? Podem abrindo os seus livros na página numero 11.

Durante a aula inteira, a professora não deu um segundo de descanso. Eu, que nunca desviava minha atenção da aula, não conseguia parar de dar umas olhadas rápidas a John. As vezes ele me pegava olhando para ele, mas sempre ficava com a mesma expressão séria.

Lílian não parava de mexer no cabelo de John, e ás vezes ficava lixando a unha. O tal de Eduardo parecia bem interessado na aula, e sempre respondia as perguntas da professora.Ruan toda a hora olhava para o lado, vendo Lílian mexendo no cabelo de John, e sempre fazia uma expressão triste.Samantha prestava atenção na aula, e às vezes conversava com Esther, uma amiga nossa, que estuda conosco desde o 7º ano.

 A aula acabou, e fomos para o refeitório. Eram 9:30 e eu não estava com um pingo de fome. Só peguei um suco de maçã, e sentei ao lado de Samantha, Esher, e o seu novo namorado Lucio. Samantha como sempre, comendo muita besteira, e falando como uma matraca. E eu... bem, eu só olhava para John, que estava duas mesas a frente da nossa. Ele estava sentando virado para minha direção, e às vezes dava risinhos falsos para Lílian. Dessa vez ele estava com Lílian, Eduardo e Ruan, e mais duas meninas que eram também do Colégio da Marinha.

- Ô Sophie, ta viajando aí? – disse Samantha de cara feia.

- Que foi? – eu disse com o olhar meio perdido

- Estou aqui contando nossas férias na Disney, e você nem ai. Participa da conversa querida.

Ela continuou falando das nossas férias, e eu não ajudei a contar nada, mas pelo menos eu ri bastante dela contando a história da minha mãe que ficou pulando e dando gritinhos quando chegamos a New York e vimos Johnny Depp.

- Ele é meio sério, mas foi educado com todos, e tirou uma foto com minha mãe. Acho que ele pensou que ela daria um tiro nele se não tirasse. – Eu disse, e todos morreram de rir. Quando olhei de novo para a mesa de John, ele estava se levantando, mas não deixou de olhar para mim, dessa vez sorrindo. Sam deve ter percebido, porque logo me deu um beliscão no braço e disse:

- Amiga, ele é bonito e tudo o mais, só que não serve pra você. Lucio vai lhe apresentar um amigo dele que é novo na cidade. Daqui a pouco ele chega aí.

As pessoas sempre gostaram de bancar o cupido comigo, mas nunca deu certo. Eu não dou muita confiança, e sempre deixo bem claro que só quero a amizade. Samantha sabe que eu não gosto que façam isso, mas sempre achou que um dia gostaria. Na verdade, se ela quisesse me apresentar o bonitão da Marinha, eu não acharia nenhum problema nisso.

Com esses pensamentos, olhei para todos os cantos a procura de John, ou um de seus amigos, mas não encontrei. Quando voltei meu olhar a nossa mesa, um garoto alto, bonito, de olhos verdes, e cabelos ruivos estava cumprimentando Lucio. Samantha deu um pisão no meu pé, e eu gritei um “ai” alto demais. Todos olharam para mim, e eu fiquei muito sem graça. Lucio olhou para mim rindo, e falou:

 - Ah, pessoal, esse é meu amigo Tim. Tim, essa é minha namorada Esther. E essas são Samantha, e Sophie, amigas dela. – Ele cumprimentou a todas nós com um sorriso aberto, mas abriu mais ainda quando apertou minha mão. Ri sem graça para ele, e ele sentou na cadeira vazia que estava entre eu e Lucio.

 - E aí cara, está gostando da escola? – disse Lucio sorrindo para Tim.

- Ah, sim. Ela é muito bonita, e tem pessoas bem legais. – Ele me olhou e sorriu. Naquele momento eu teria pensado “aff”, mas ele era tão simpático, com um sorriso tão verdadeiro que até gostei do que ele disse. – E esses estudantes da Marinha? Todos que estão na minha sala são bem metidinhos. – ele disse franzindo o nariz, como se sentisse um cheiro ruim, e eu ri.

- A maioria são bem metidos mesmo, mas e como será essa tal casa que eles estão hospedados? Tem que ser bem grande, porque deve ter uns 60 deles aqui. – disse Lúcio, e eu fiquei pensando se eu já o conhecia de algum lugar. Esther e Lúcio ficaram conversando com Tim, e eu chamei Sam baixinho.

- Nós conhecemos esse Lúcio de algum lugar? Ele não me é estranho. – eu disse sussurrando.

- Claro que conhecemos Sophie, ele é aquele menino que estudava conosco ano retrasado. – eu pensei um pouco, e não lembrei, até porque ela me deu poucas informações. – ai menina, aquele que tinha um cabelo todo estranho, e ninguém conversava com ele. Vivia sentado num canto da sala, e o apelido era sovaco de cobra. – eu olhei pra ela rindo um pouco. – ah, não me pergunte o porquê, eu realmente não sei.

- Ah, acho que lembro. O que eu tentei fazer conversar conosco, mas ele me deu um olhar que fiquei com medo? – Samantha gritou aleluia, e eu olhei para ele. – como está diferente. Tão bonito. Engraçado, Esther sempre ficava o zuando e agora está namorando?

- É, mas cá entre nós, ele mudou muito. Eu não namoraria com ele se fosse naquela época. E não só pela aparência. – ela disse quando eu fiz uma cara de “que feio você falar isso” – sério, nem é pela aparência, mas ele me dava arrepios. Ficava sempre sozinho, escondido.

- Isso é.

- Meninas, vamos depois da aula passear na praia pra bater um papo, querem ir? – disse Esther dando pulinhos ansiosos.

- Ok, vou ligar para o meu pai e avisar. – eu levantei indo para o lado de fora, pegando o celular no bolso. Do lado de fora do refeitório estava o mesmo barulho de dentro, então fui para o jardim.

- Oi filha, tudo bom? – meu pai disse quando atendeu ao telefone.

- Tudo e o senhor?

- Bem sim, quer falar algo comigo?

- Ah sim, é que o pessoal quer dar uma volta na praia depois da aula, e eu quero saber se não tem nenhum problema se eu for.

- Claro que não princesa. Só ligar para o Severino, e dizer que não vai precisar que ele te busque. Ou sei lá se você quiser ir de carro. Mas não chegue em casa muito tarde porque hoje é a aniversário da irmã da sua avó, e vamos ter que ir.

- Nossa pai, que animação pra ir a festa, hein.

- Ah, você conhece seu pai né? Detesto festas. Nada contra D. Cida, mas realmente não gosto de festas. Filha, vou desligar porque estão batendo aqui na porta do escritório. Não se atrase hein. Amo você

- Pode deixar. Também te amo pai.

 Ri sozinha com a animação de meu pai. Ele sempre detestou festas, mas sempre tem que ir por causa dos funcionários da empresa, e também pela imensa família que temos, pela parte da minha mãe, e da dele mesmo. Não queria voltar para o refeitório, então fui para o canto do jardim. Era um lugar como uma sacada, e lá embaixo ficava a entrada do colégio. Entraram algumas pessoas no lugar onde eu estava, e ficaram conversando. Não me preocupei em olhar para o lado para ver quem era, mas naquele momento Sam me chamou de longe, e eu virei, deixando minha bolsa que estava no parapeito cair. Dei um grito involuntário como sempre, e coloquei a mão na boca. Olhei para o lado, e vi que o grupo que estava ali era o de sempre, com John. Ele me olhou, e perguntou:

 - Foi sua bolsa que caiu?

- Sim. – eu disse achando que ele iria me zuar, ou algo do tipo, mas ele fez algo que eu não esperava.

Desceu correndo as enormes escadas, e pegou minha bolsa. Em menos de um minuto já estava ao meu lado, me entregando a bolsa.

 - Obrigada. Não precisava. – eu disse sorrindo.

- Não, tudo bem. – Ele disse também sorrindo. Nesse momento Tim chegou ao meu lado.

- Sophie, que aconteceu? Ele perguntou pegando no meu braço e olhando para John.

- Minha bolsa caiu, mas ele pegou. Ah, qual seu nome? – eu perguntei fingindo que já não sabia.

- Sou John Tyree, e você?

- Sophie Rene. Prazer. – eu apertei sua mão, e trocamos olhares.

 Sam chegou e me puxou pelo braço. Esther que estava ao lado dela perguntou:

 - Seu pai deixou você ir?

- Sim, deixou. – e foi ai que tive uma brilhante idéia. John estava debruçado no parapeito, enquanto o resto do grupo estava conversando num canto. – esperem só um minuto.

Andei até ele, e ele só me olhou quando eu estava em frente a ele.

- Oi de novo. – eu disse envergonhada, e me senti uma estúpida por ter dito aquilo. Ele apenas riu. – Estamos indo a praia mais tarde, depois da aula. Você quer ir conosco, conhecer a cidade? – ele pensou por alguns segundos, e para mim pareceram tortuosos minutos, e disse:

- Claro, só não posso chegar tarde aqui. – ele disse desencostando do parapeito, e cruzando os braços.

- Ah, tudo bem. Também tenho que ir cedo para casa. Aniversário da tia-avó. Sabe como é.

- Mais ou menos. – ele disse dando um meio sorriso. – Então depois da aula eu te procuro.

- Tudo bem.

Eu fui atrás do pessoal, e Samantha me olhou com uma cara séria, e disse:

- Qual o seu problema? Como você chama um garoto que você nem conhece para passear conosco?

- Calma amiga, ele foi gentil comigo, é só pra agradecer. E temos que fazer amizade com o pessoal da Marinha, você ouviu o que o diretor disse “espero que recebam bem o pessoal da Marinha” – disse com a maior cara lavada.

- Não me vem com esse papinho de fazer amizade não. Você acha que eu sou burra? Eu te conheço bem Sophie, eu vi você olhando para aquele menino o tempo todo. Isso pode ser perigoso! Espero que tenha cuidado. – ela disse me puxando pelo braço, para irmos a próxima aula.

Tivemos nossa aula, e John não apareceu hora nenhuma. Quando saímos da sala, Samantha começou:

- Eu disse, ele vai furar com você. Ele matou aula, Sophie, não é flor que se cheire. – enquanto Sam ficava falando as besteiras dela, vi próximo da porta de entrada, John olhando para mim.

-  Ei, pensei que tinha desistido. – Eu disse quando cheguei a sua frente. Sam fechou mais ainda a cara.

- Ah, me atrasei para a aula, e não queria chegar tarde no primeiro dia de aula. – Ele disse abrindo a porta para sairmos.

- Ah sim, ei, essa é minha amiga Samantha. – eu disse e Sam apertou a mão dele como se estivesse contagiada. Ela disse um “prazer” muito pra dentro, e ele sorriu e disse um “prazer é meu” bem simpático. – Bom, então vamos esperar os outros chegarem. Não devem demorar. – eu disse dando uma olhada no relógio.

Ficamos falando sobre a cidade dele. Sam só falava quando perguntávamos algo. Até que uma hora desisti de interagi-la. Uns 25 minutos depois chegou o resto do pessoal.

- Vamos? – Tim perguntou depois de todos terem se cumprimentado.

Fomos numa conversa empolgada até a praia. John se enturmou rapidamente. Todos gostaram dele, menos Sam, mas ele parecia não ligar pra isso.

Quando chegamos, compramos água de coco. John insistiu em pagar para mim. Eu não queria deixar, mas depois de um tempo acabei cedendo. Depois sentamos nos bancos em frente a praia, pois estávamos com roupas impróprias. O moço do picolé passou, e dessa vez Tim que pediu pra me deixar pagar. Eu tive que deixar, afinal John também pagou algo para mim.

Quando deu 15:00 h fomos embora. Lamentei-me por não ter conversado a sós com John, mas já foi meio caminho andado. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

acabou sem graça, mas capítulo que vem vai ter mais coisas :)
falou? comentem, beijooos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Doces Lembranças" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.