Lágrimas de Sol escrita por Anastacia B, Kah Correia


Capítulo 21
Capítulo 21 - Verdades De Uma Criança


Notas iniciais do capítulo

Oie gente!
Tudo bem com vocês?
Estou eu denovo com mais uma postagem.
Novamente obrigada a todos os comentários que a fic tem recebido.
Queria avisar que estamos na reta final, porém ainda não decidi se terminaremos em dois ou três capítulos + epílogo.
De qualquer forma, obrigada pela participação da todas! Amo todas vocês e são vocês, que me mantem inspirada.
*Até lá embaixo e boa leitura*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/276799/chapter/21

Dimitri se servia de uma xícara de café quente enquanto eu, fatiava o bolo de nozes. Seus olhos chocolate me analisavam cuidadosamente. Não me importei. Estávamos agora em minha cozinha, com Max nos pés de Dimitri, mordendo sua galinha de roupa listrada.

-Ainda não contou a ele? – Dimitri retomou a conversa pela primeira vez, desde que havíamos entrado em meu apartamento.

-Eu ia contar, mas você apareceu. – Sentei a sua frente, na cadeira disponível da mesa. –Eu só não tive tempo ainda.

-Tudo bem Rose. Não te cobro por isso. – Ele então em um ato gentil, pegou minha mão livre entre as suas. –Teremos tempo de sobra para resolver tudo. – Um sorriso gentil se esboçou em seus lábios.

-Obrigada por me salvar – Apertei gentilmente suas mãos. – Eu não tinha ideia de que Andrew se sentisse tão possessivo em relação a mim.

-Qualquer homem tem o direito de ser ciumento, ainda mais quando a mulher é você em questão. –Dessa vez abri um sorriso também.

-Eu vou contar tudo a ele. –Dimitri apenas sorriu em virtude do meu incentivo. Max em seus pés nos interrompeu, começando a latir.

-Acho que Max quer ir à rua. – Franzi o cenho. – Dormimos o dia todo e eu nem o levei na rua ainda.

-Eu posso leva-lo se quiser. – Dimitri se ofereceu, após dar ultimo gole em seu café. Prontamente me levantei ao seu lado.

-Max iria adorar aposto. – Cocei a cabeça peluda de Max. – Enquanto você vai vou trocar de roupa. Você já visitou Sofia?

-Estive no hospital logo após o almoço. Gostaria de visita-la? – Dimitri pareceu feliz com minha iniciativa sobre sua família.

-Adoraria – Respondi e logo selei nossos lábios, antes de ir até meu quarto buscar alguma roupa.

==X==

Quando Dimitri voltou com Max da rua, eu havia acabado de me trocar. Opinei dessa vez por jeans, botas de cano alto e um suéter branco de bola alta. Meu cabelo estava solto em ondas, pelas minhas costas.

-Eu já estou pronta em um segundo. Só preciso achar minha bolsa. – Comentei com Dimitri, enquanto olhava ao redor.

-Está aqui? – Ele apontou no sofá embaixo de uma almofada.

-Como ela foi parar ai? – Franzi o cenho. Dimitri então me entregou a bolsa, mas antes de solta-la totalmente, se aproveitou da situação para me puxar para seu corpo em um abraço.

-Hey camarada – Sorri pelo gesto inesperado. Dimitri beijou minha testa.

-Eu realmente ainda não acredito que encontrei você. – Ele sussurrou com lábios quentes em minha pele, me fazendo ter sensações estranhas pelo estômago.

-Nem eu acredito que te encontrei. – Fechei meus olhos. –Quando te vi na rotisserie, eu não sabia dizer se me sentia aliviada ou triste. – Um sorriso triste apareceu em meus lábios, quando abri meus olhos para encara-lo.

-Eu também me senti da mesma forma. – Dimitri continuou em seu sussurro. Seus dedos traçavam linhas invisíveis pelo meu rosto. –Por isso eu acho que se não fosse por Vicky, talvez nem estivéssemos aqui.

-É verdade. – Sorri com a lembrança de sua irmã na rotisserie. – Ela sabia sobre mim? Minha estadia em Santa Maria? – Por mais que eu estivesse livre de lá agora, não consegui evitar um nó em minha garganta.

-Eu contei a ela logo quando cheguei aqui. – Dimitri pareceu pensativo. Resolvi não interromper. –Vicky, Sônia e minha mãe que estavam em Montana, vieram antes para New York. Comprei-lhes uma casa perto de onde eu moro agora.

-Entendi. Mas você veio para cá ainda compromissado com sua antiga noiva? – Não consegui evitar minha curiosidade.

-Um mês depois que você foi embora de Montana, eu terminei com Natasha. –Sua resposta era clara e não me restava dúvidas agora. Mesmo sem eu perguntar, Dimitri continuou se explicando. – Não dávamos mais certo. Não quando minha cabeça estava aqui. –E foi nesse momento que senti meu coração se apertar , com sua declaração. Dimitri se sentiu da mesma forma que eu, quando voltei.

-Eu também me senti assim – Conclui com um sorriso, agora tocando seu rosto com minha palma quente. –Fico feliz que tenhamos nos encontrado novamente.

Como resposta, Dimitri apenas me beijou. Seus lábios eram exigentes e seu beijo era profundo. Não me importei. Enlacei minhas mãos atrás de sua nuca e o puxei para mim. Quando o folego havia cessado, nos separamos. Eu ainda sorria quando isso aconteceu.

==X==

O hospital estava parcialmente vazio hoje anoite. Era sábado e felizmente as pessoas não resolveram ficar doentes ou precisar de alguma emergência. Isso tudo, facilitou minha entrada ao quarto de Sofia com Dimitri. Quando ele abriu a porta do quarto, apertei seus dedos nos meus em antecipação.

-Boa noite princesa – Dimitri saudou em especial sua sobrinha e eu pude ver finalmente, o quão jovem era Sofia. Ela tinha cabelos compridos e castanhos como os de Dimitri, mas parcialmente cobertos por uma larga faixa, denunciando um ferimento aparente. Vestida com roupas de hospital, ela aparentava ter não mais do que seis ou sete anos.

-Tio! Veio me ver de novo.  – Suas mãos pequenas se mexiam no ar, puxando para que Dimitri se aproximasse. Ela claramente estava feliz em vê-lo. Ele então se aproximou comigo ao seu lado. Quando chegamos perto o bastante, ele beijou a testa da menina e soltou minha mão. – Sofia está é Rose. – Dimitri tocou meu ombro.

Os olhos da menina me avaliaram rapidamente.

-Ela é sua nova namorada? – Sofia ergueu uma sobrancelha desconfiada para mim. Sorri pelo incentivo curioso da menina.

-Sim, Rose é minha namorada. – Ele respondeu sorrindo. Meus olhos passaram rapidamente ao redor e eu notei que Sônia dormia em um sofá.  –Onde está sua mãe e Vicky? – Dimitri perguntou, quando também notou a ausência de parte de sua família.

-Vicky está em casa com meus irmãos e minha avó foi na lanchonete – Ela deu de ombros.

-Faz tempo que a vovó saiu? – Dimitri perguntou, enquanto observava um prontuário aos pés do leito de Sofia.

-Faz pouco tempo. – A menina respondeu ainda no mesmo tom.

-A tia rose vai te fazer companhia meu amor. Vou lá atrás de uma enfermeira, por que está quase chegando na hora dos seus remédios. – Ele seguiu para mais perto da menina e tocou o queixo estreito, lançando um olhar a mim. Imediatamente assinalei com a cabeça, para que ele ficasse tranquilo.

-Como se sente? – Perguntei baixo a Sofia, quando já estávamos sozinhas. Eu não queria atrapalhar o sono de Sônia.

-Estou bem agora – Ela sorriu fracamente para mim. Notavelmente estava ansiosa com tudo aquilo. –Você não é igual à tia Natasha não é?  - Para minha surpresa, a menina franziu o cenho.

-Não. – Respondi, mas sem entender direito o porquê daquela pergunta. – Somos pessoas diferentes.

-Assim é melhor – Seu cenho desfazia e ela parecia um pouco aliviada. –Tia Natasha não gosta de crianças e queria afastar meu tio da gente. – Abri meus olhos em pratos diante daquela declaração. Como uma criança nova como aquela, podia fazer acusações tão sérias assim.

-Eu não sei – respondi sem saber ao certo o que falar para Sofia. Eu não conhecia Natasha o suficiente para ter uma opinião formada sobre ela e muito menos, para dizer algo a favor.

-Não gosto dela – Sofia então cruzou os braços no peito. – Mas acho que vou gostar de você. – Novamente a criança havia me pego desprevenida. Corei um pouco.

Não tive tempo para responder, pois Dimitri abriu a porta e entrou com uma enfermeira. Não demorou muito para que Sônia acordasse, devido ao alto volume de nossa conversa.  Sofia aparentava estar muito bem e já conversava, me lembrando de Vicky, sua tia. Já se passavam das dez horas, quando saímos do Hospital. Dessa vez, Dimitri resolveu me levar para conhecer seu apartamento. Aceitei de bom grado. Afinal, teríamos um momento sozinhos.

-Acha que Sofia sai antes de seu aniversário, do Hospital? – Perguntei a Dimitri. Eu estava agora deitada em seu colo observando à lareira queimar. Havíamos acabado de comer uma pizza, que compramos no caminho do Hospital até sua casa.

-Provavelmente antes do final de semana, ela já tenha saído do hospital. – Dimitri começou a passar seus dedos pelos meus cabelos.

-Estava pensando agora sobre o convite de Vicky, para que eu ajudasse no aniversário de Sofia. Ainda teremos uma festa? – Arrisquei olhar para cima, para os olhos de Dimitri, que me analisavam intensamente. Sem que meu estômago cedesse permissão, milhares de borboletas pareciam flutuar desenfreadas. Eu ansiava pelo seu toque, mas por agora, precisava me concentrar em uma festa de aniversário. Dimitri então se mexeu um pouco no sofá e muito gentilmente me empurrou para o lado, colocando minha cabeça em uma almofada, para que se ajoelhasse na minha frente. Seus olhos presos nos meus.

-Muito provavelmente Vicky deva estar pensando em algo mirabolante agora mesmo. – Ele franziu o cenho, me fazendo sorrir. Mas não é exatamente disso que quero conversar agora. – Meu sangue ferveu, ciente do convite explícito.

-Nem eu – Toquei gentilmente seus lábios com meus dedos e o puxei para um beijo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hummm Dimitri e Rose pensando em outras coisas hahahaha
E ai, o que acharam? Gostaram da conversa breve entre Rose e a sobrinha de Dimka?

Beijos e aguardo os comentários e se possível, alguma recomendaçãozinha please!!! =)