Doce Implicância escrita por RossLin


Capítulo 11
Não senti nada!!!


Notas iniciais do capítulo

Gente informação importante! Eu só vou postar uma vez por semana, para não me atrasar e para também poder escrever mais. Enfim, eu vou postar a história toda sexta, sem vacilar. Só não vai ter capitulo novo se não tiver net ou se eu tiver morrido. "DEUS QUE ME LIVRE". Ta ai mais um pouco, e espero mesmo que vocês gostem! Boa leitura!



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POV. Bella.

A cama estava macia o suficiente para eu dormir igual a uma pedra. Acha que consegui? Depois de chegar, tomar um banho e comer alguma coisa, fui para o quarto me esticar.

EDWARD # EDWARD # EDWARD.

- SAI DA MINHA CABEÇA DESCRAÇA! – Gritei. Renée se moveu um pouco ao meu lado, mas nem acordou.

Precisava fazer alguma para esquecer aquilo. Não acredito que estava mesmo tão interessada no panaca. Poderia me apaixonar pelo Jacob, seria incrível, mas não, foi me ligar logo no cara mais idiota que conheci. Tudo bem que não foi ele que fez aquilo da tinta, mas ele sempre ria de mim, junto com aquela líder de torcida vagaba. Allison despertava o pior de mim. Despertava a assassina mais cruel do mundo. Eu à mataria sem nenhuma culpa. Sorri com meus pensamentos. Levantei devagar e fui me recostar na janela. O vento frio bateu em meu rosto fazendo minha pele se arrepiar. Ouvi um barulho no andar de baixo, decidi descer. Desci as escadas devagar e fui para a sala.

- Pai? – Ele me olhou. Sentado no sofá segurava uma cerveja.

- Ainda acordada? – Sorri e sentei ao seu lado.

- Pergunto o mesmo. Não tem trabalho amanhã? – Perguntei me afundando no sofá.

- Sua mãe tira o meu sono. Mesmo agora que somos amigos ela me irrita do mesmo jeito. – Sorri, vendo-o dar uma golada na cerveja.

- Se separaram por causa das brigas? – Ele estava serio. Ficou pensativo e depois de outra golada deu uma risada.

- Eu e sua mãe... Éramos muito apaixonados, e brigávamos o tempo todo.  Com um tempo as brigas foram tomando conta do lugar do amor, e sua mãe queria sair da cidade pequena. Ele disse que você não iria suportar ser criada no meio dessa bagunça. De um jeito ou de outro... – Deu uma pausa. – Foi bom para você não crescer no meio disso. Apesar de eu ter ficado muito triste, longe de você e dela. Eu descobri o que era ter paz.

- Então um relacionamento com brigas, não vai dar certo nunca? – Meus pensamentos estavam naquela estrada, onde tudo aquilo tinha acontecido. O beijo. Edward!

- Se o amor for maior que as brigas, é claro que vai dar certo. O problema entre eu e sua mãe, era a falta de diálogo. Não conversávamos, para poder resolver os problemas. – Ficou pensativo e rindo. – Nos resolvíamos nossos problemas fazendo se... – Seus olhos se arregalaram e ele corou. Passou as mãos no bigode, demonstrando o nervosismo. Notei que não era a sua intenção falar aquilo. Gargalhei jogando minha cabeça para trás.

- Tudo bem pai. Eu já ouvi o bastante. – Me levantei e ele fez o mesmo.

- É melhor irmos dormir. – Indicou a escada sorrindo. Me empurrou em direção a ela.

- Sabe de uma coisa? – Paramos no meio da escada. – Eu acho que seu relacionamento com a Sue, vai ser melhor do que o seu e o da mamãe. – Ele me empurrou gargalhando.

Já em meu quarto, pensei no que deveria fazer. Conversar. Ter uma conversa civilizada. Eu iria dizer que aquilo nunca mais poderia acontecer, e que não podíamos ser infantis como dois adolescentes. Eu tinha certeza que tudo aquilo era coisa da minha cabeça, e que deveria esquecer-se dos beijos, esquecer-se de Edward e seguir a minha vida.

(...)

Acordei cansada, já sabendo que estava assim por ter dormido tarde. Levantei e olhei para o lado não vendo Renée. Fui para o banheiro e me tranquei lá. O banheiro pequeno ficou cheio de fumaça por causa do banho quente, acho que fiquei lá por uns quinze minutos.

Desci as escadas quase que me arrastando. No ultimo degrau, me desiquilibrei e dei quase que um mortal triplo. “TAVA DEMORANDO”. Sentia a dor na panturrilha. Vi minha mãe correr para me levantar, e quando ela me puxou do chão soltei um gemido horrível.

- Você não perde esse seu equilíbrio incrível nunca. – Renée ria de perder o folêgo.

- Valeu mãe. – Choraminguei até a mesinha da cozinha. Sentei e vi ela indo para o fogão.

- O que quer comer? – O que Renée fazia de melhor? PANQUECAS!

- O que acha? – Ela sorriu e pegou alguns ovos na geladeira.

- Eu ouvi a conversa sua e do seu pai ontem. – Sorri massageando minha panturrilha.

- Já te falhei que escutar a conversa alheia é muito feio? – Ele sorriu mexendo na frigideira.

- Ele estava certo em algumas coisas. Brigávamos muito, e foi verdade que queria te criar longe disso. Eu gostava muito do seu pai. Mas algo dentro de mim queria mais do que ter uma pequena família em Forks. Não que eu não amasse tudo isso. Eu sou muito parecida com a sua avó. Quero mais! Fiquei muito mal por ter tomado essa decisão. – Ela olhou para mim com a frigideira na mão. – Eu dentro de mim, sabia que o amor entre mim e seu pai, era maior do que todas as brigas e até maior que meus sonhos. Eu me arrependo por ter deixado meu amor para trás.

- Mãe?! Você voltou para ficar com o papai? – Ela gargalhou.

- Está louca. Eu tenho arrependimento sim, mas não amo seu pai. Não como amava. – Sorri, vendo-a por a panqueca em um prato, e me entregando. – Come direitinho. Eu vou sair. Esme me convidou para ir lá em Port Angeles com ela. Vou voltar tarde. E você vai sair?

- Não sei. Acho que vou ficar trancada no quarto o dia inteiro. – Dei uma garfada.

- Que bom! – Olhei confusa.

- Que bom? – Perguntei semicerrando os olhos.

- Quer dizer... Que bom que vai ficar em casa. Acho que vai chover e... – Deu uma pausa, pegando a bolsa em cima da mesa. – Não quero meu bebê dodói.

Saiu mandando um beijo, fiquei parada sem saber o que dizer. Conhecia minha mãe o suficiente para saber que tinha algo no ar. Um segredo. Enfiei tudo na boca, e subi correndo a escada. Como sempre, o equilíbrio estava ao meu lado, no ultimo degrau de cima, cai batendo a cabeça no chão.

- PORCARIAAA! – Gritei gemendo.

Levantei com dor de cabeça, e fui meio tonta para o quarto, sentei na cama e peguei o celular. Chamou, e quando quase estava desistindo...

- Alô? – Alice atendeu e havia muito barulho do outro lado do telefone.

- Alice, esta aonde? Quanto barulho. – Ficou em silêncio. – Alice?

- Oi Bells? É... eu estou aqui em casa, é que estamos... Jogando! – Mais uma com segredos.

- Tanto faz. – Não liguei. – Queria que me ajudasse a descobrir o que minha mãe esta me escondendo. Eu estou até meio assustada.

- Deixa de maluquice Bella! Não tem ninguém te escondendo nada! A Renée esta em Port Angeles com a minha mãe. – Fiquei confusa.

- Sei. Eu vou checar de qualquer maneira. – Falei me recostando na cama.

- NÃO! – Gritou. – Eu... Quer dizer, não tem porque você se preocupar. Eu vou ai daqui a pouco.

- Ok. – Estava muito desconfiada da atitude da Alice. – Então... Eu vou te esperar, para podermos ir lá em Port Angeles.

- TÁ! Espera! – Desligou o telefone. Levantei e vesti uma calça colada e uma regata preta com uma caveira. Pôs o tênis e prendi os cabelos em um rabo de cavalo.

Estava mesmo muito curiosa. Minha mãe, e Alice estavam me escondendo algo. Mas o que seria? Andei pelo quarto como louca e depois de uns dez minutos desci.

Peguei a jaqueta preta que estava no sofá, e sem saber o que fazer decidi ir à cidade sozinha. Peguei as chaves na pequena mesa da cozinha e abri a porta. Levei um susto vendo Alice ofegante, ao lado do irmão.

- Bells! Ia sair sem mim? – Fiquei sem dizer nada. Ela me empurrou para dentro, e Edward fechou a porta.

– O trouxe por quê? – Sussurrei.

- Eu precisava de uma carona. – Sorriu amarelo.

- Alice você sabe dirigir. Por que o trouxe? – Pus as mãos na cintura.

- Eu estou aqui. – Edward levantou a mão, sorrindo. Olhei para ele e fiz careta.

- Não podemos perder tempo, eu tenho que descobrir o que minha mãe está aprontando. – Edward e Alice se entreolharam. – Qual é o problema de você? O que estão me escondendo?

- É... Bem! – Alice gaguejou. – Bella, eu tenho que te contar algo muito importante. – Olhei para Edward que parecia muito confuso. – Sua mãe... Vai se casar!

HAM??!!

- O que? – Ela sorriu e Edward confirmou com a cabeça.

- É isso. Ela vai se casar e pediu segredo, até que estivesse pronta para contar. – Gargalhei.

- Eu seria a primeira a saber. Você mente muito mal. – Desviei de Edward e então ele segurou meu braço.

- Então eu conto a verdade. – Alice se pos em nosso lado.

- Eddie não. – Olhou para ele trincando os dentes.

- É só um vestido. – Revelou. – Elas só querem comprar o vestido da sua formatura. Que drama.

- É só isso? – Alice sorria olhando para Eddie, e olhou para mim.

- Eu implorei para esse linguarudo não contar. Mas agora é tarde. SURPRESA! – Levantou os braços.

Andei até a sala e me joguei no sofá. Olhando para tv desligada só tentava esconder o meu incomôdo por ele está ali.

- Odeio surpresas. – Me referi a ele estar ali, com ela.

- Que mal agradecida. – Edward já ia abrindo a porta.

- Como é? – Me levantei. Não tinha nenhuma disposição para brigar. Mas precisava daquilo.

- Não vou discutir com você, não tenho mais paciência para isso. – Saiu pela porta.

- O garoto... Não corre não! – Ia sair mais Alice me impediu.

- Dá para parar!? – Nervosa me joguei novamente no sofá.  

Ela sorriu e se jogou no sofá como eu, olhando para o teto. Depois de ficarmos em silêncio por um tempo, resolvi quebra-lo.

- E Jasper? – Seu sorriso iluminou.

- Que saudade daquela boca. Ele me liga quase a todo o tempo, com saudades. Acredita?

- Que meloso. – Falei sorrindo. Ela me lançou uma careta.

Alguém bateu na porta. Levantei esperando ser Edward. Iria xinga-lo e bater a porta na cara dele. Caminhei pisando duro vendo Alice me observar. Abri a porta e a imagem de Jacob apareceu, sorrindo.

- Oi Bells. – Sorri e o abracei rapidamente.

- Oi Jacob. – Me afastei e ele entrou. Olhou para a sala e acenou para Alice.

- Oi Alice. – Ela apenas balançou a cabeça.

- Então como esta? – Iria caminhar até a sala, mas ele me segurou.

- Vim te ver, conversar. – Parou confuso. Olhando para a sala.

- Sei. – Olhei para a sala e abri a porta, saindo para a varanda. – Pode falar.

- É serio! Só vim te ver mesmo. Fico meio sem jeito quando estou perto da Alice. – Sorriu se sentando nos degraus da varanda. Fiz o mesmo.

- Que bom! – Sorri simpática.

Olhei para o tempo, e vi que realmente viria uma tempestade. No momento, não sei o porquê, mas lembrei daquele plano louco de esquecer-se de Edward, e num impulso me levantei. Coçando a nuca, não sabendo o que falaria, só sabia que deveria beija-lo. Testar pelo menos.

- O que foi Bells? – Levantou se aproximando.

Não foi uma atitude pensada, eu apenas fiz. Aproximei-me rapidamente de seu corpo, e segurei seu rosto. Seu olhar parecia confuso, e nem conseguia se mover. Encostei meus lábios nos seus, e fiquei assim por uns dez segundos. Separamo-nos quando ouvimos a porta se abrir.

- BELLA! – Alice gritou. Olhei de relance para ela e a mesma parecia estar vermelha.

- O que foi isso? – Jacob ainda parecia confuso, e muito tenso.

- Ai droga! Não fiz direito. – Estava muito nervosa. Não tinha sentido nada, nem um arrepio, nem um suspiro. NADA! EU VOU MORRER! AGORA É OFICIAL! – Jake, me deixa tentar de novo?

Sua boca se abriu para falar algo, mas creio que ele não tinha o que falar.

- Bella! O que esta fazendo? – A voz da baixinha estava meio rouca. Sempre ficava rouca quando estava com raiva ou nervosa.

- Alice, me deixa tentar, ok!? – Parei fitando Jacob, e ele fez o mesmo. Nervoso.

Aproximei-me agora devagar e tentando criar um clima, afaguei seu rosto, e o senti estremecer. Querendo logo acabar com minhas duvidas, aproximei meus lábios dos seus e beijei-os, ele abriu a boca, em resposta. Beijei-o, e por um minuto, só senti meus lábios roçando no dele. Mais nada! Depois disso, o beijar me pareceu muito errado. Como um incesto. Então eu o afastei. Pus as mãos na cabeça e notei que não era a falta de beijos que me fez sentir aquele calor, aquela vontade louca por Edward. O desespero me chegou ao estomago me fazendo soluçar.

- Então, tirou suas duvidas da cabeça? – Alice se aproximou pisando duro.

- Duvidas? – Jacob parecia mais confuso ainda.

- Jake, sentiu alguma coisa? Como um arrepio, ou algo do tipo? – Ele abaixou o olhar muito tenso. Fitou-me depois de um tempo e tentou falar, mas nada saiu. Apenas balançou a cabeça em sinal de negação. “Que merda”!

- Você é uma idiota sabia? – Alice me deu as costas me deixando sem saber o que fazer.

- M-Me desculpa Jacob. – Ele me olhou sem dizer nada, entrei correndo atrás da minha amiga.

Ela estava sentada no sofá de braços cruzados.

- Porque me chamou de idiota Alice? – Parei na soleira. – Porque esta tão contra mim?

- Porque você quer lutar contra o que não pode vencer Bella? – Levantou. – Porque quer estragar tudo?

- Estragar o que? – Confusa alterei a voz. – Você está se referindo a mim e ao seu irmão? Alice, somos tão incompatíveis que nem óleo e agua chegam aos nossos pés. Você não vê? Seu irmão não gosta de mim, esses beijos foram um tipo de divertimento, algo para me atacar. Algo para me machucar.

- Para de tirar conclusões precipitadas! – Gritou. – Você sempre achando que é a mais certa e só se preocupa com o seu bem. Não acha que tem muito mais em jogo? Não conhece o coração dele, nunca vai conhecer. Sabe por quê? Por que você não o merece!

Pegou as coisas no sofá e saiu pela porque me deixando só. Nossas brigas sempre eram resolvidas no mesmo instante. Odiei aquilo, e a vontade de chorar me veio com toda a força.

- Alice. – Sussurrei parada no meio da sala, sabendo que ela não poderia me escutar.

POV. EDWARD.

- Alice! Para de chorar, o que aconteceu? – No carro não consegui me concentrar na pista, só conseguia olhar minha irmã se debulhar em lagrimas.

- E-Eu... E-Eu... Briguei com a Bella! – Falou soluçando como se tudo tivesse desmoronado.

- Aquela imbecil te fez chorar? Você esta ai toda empenhada nessa festa idiota, e é assim que ela agradece. Mal agradecida! – Estava com tanta raiva que poderia voltar só para dar umas pancadas nela. Apesar de eu não apoiar agressão a mulheres, ela merecia por deixar Alice assim.

- E-Ela... – Enxugou as lagrimas. – E-Ela beijou o Jacob.

A freiada no carro foi tão brusca que se Alice não estivesse de sinto voaria para longe. Meu coração acelerado, me fez sair do carro. Andei como um louco, e a vontade de espancar aquele merda do Jacob foi muito forte. Queria mata-lo.

- Como aquela VADIA PODE BEIJAR ELE? – O desespero era muito grande. Meu coração pulava e a todo tempo o medo de ela ter se contentado em saber que meu beijo era como qualquer outro fez meu estomago revirar.

- Meu corpo esta todo dolorido. Seu idiota! Entra nesse carro agora! Eu explico em casa. – Não consegui me mover. Acreditava eu que meu cabelo deveria estar todo bagunçado, de tanto que eu mexia nele.

Entrei no carro e acelerei, cantando pneu.

Chegamos à garagem e fui logo saindo deixando Alice para trás, entrei na casa sem olhar para nada com meu peito queimando de fúria, ou medo. Não sabia explicar aquela loucura que sentia, mas era só por ela. Não queria perder ela, e nem a tinha. Entrei no meu quarto escancarando a porta, deixando-a aberta, olhei para a vidraça e quis quebra-la. “O que há comigo”?

- Você... É muito nervosinho nem ouviu a história e já está ai querendo quebrar as coisas. – Alice estava ofegante, se sentou deixando a bolsa ao seu lado.

- O que aconteceu? – Fui até a porta e a fechei.

- Jacob chegou para ver a Bella. – “Aquele índio de merda”. – Bella o levou para a varando e tascou um beijão nele. – “SAFADA”. – Eu cheguei bem na hora, e depois do beijo, Bella ficou nervosa e o beijou de novo, só que ele disse que não tinha sentido nada, e ela tambem não, Bella entrou em um desespero desnecessário. Eu a chamei de idiota e ela te ofendeu dizendo que você só queria achar um meio de brincar com ela e a machucar, e foi esse o motivo da briga. – Enxugou uma lagrima no canto do olho. Fazendo cara de choro, prestes a desmoronar.

- Ela o beija e ainda por cima sem saber de nada me ofende? Vadia. – Alice se levantou.

- Para de xingar minha amiga! – Defendeu-a.

- Esta defendendo? Ela discutiu com você. – Cruzei os braços.

- Não interessa, não deixou de ser minha amiga! – Saiu do quarto batendo a porta.

Me sentei no chão encostado no pé da cama. O medo ainda estava dentro de mim, era um frio esquisito na barriga. Aquele troço que adolescentes geralmente tem. Eu estava me sentindo um idiota e mesmo depois de Alice ter dito que nem o otário nem ela sentiram nada continuava a me sentir mal, como se tivesse medo e esperasse que ela fosse testar com mais alguém.

“Droga”, eu estava com as mãos na cabeça, e não parava de ver o rosto dela. “É agora que ferrou com tudo, eu apaixonado”! “Vê se pode”! “LOGO POR ELA”!

- Foi um erro ter beijado ela. – Disse em voz alta. – Um erro que para mim foi muito bom. Um erro que me mostrou que ela era perfeita. – Pus as mãos na cabeça, quase gemendo de tanta agonia.

Eu não iria machuca-la, nunca. Bella era tão impulsiva e descontrolada que fazia eu querer mata-la, mas ao mesmo tempo tinha algo nele que me fascinava. Querer ela para mim era pedir muito? Esquecer as brigas seria tão difícil? Queria que ela fosse outra pessoa, mas que ainda continuasse sendo ela! Confuso não?

Levantei e sai do quarto. Descia as escadas e as risadas de minha mãe e Renée, foram aumentando à medida que me aproximava da cozinha, me recostei na soleira da porta, e observei as duas se movimentarem de lá para cá, com as mãos cheias de velas e enfeites para a tal festa. Era tanta coisa que estavam preparando que chegou a dar dor de cabeça. Sai pela porta da frente e caminhei até o bosque que ficava atrás, tinha um espaço grande antes do bosque ficar escuro e sóbrio, eram muitas arvores e pequenos caminhos, tentei lembrar qual dava para o chalé. Ainda apreensivo por ter visto o animal selvagem, só observei. Poderia me esconder no dia da festa, esquecer de qualquer plano de Alice e ficar lá no chalé durante a festa toda. O incrível é que dentro de mim uma esperança nojenta reinava. Algo me dizia que poderia dar certo. Algo que mexia com todos os meus nervosos, que fazia eu suspirar só de lembrar de seu rosto, algo quente, maravilhoso. Sorri ao lembrar de todas as nossas brigas, me perguntando como teríamos chegado ali, ou melhor eu teria chegado ao ponto de estar desconfiando que a amava. Poucos dias não deixariam a pessoa apaixonada, não é? Ou deixaria? Poderia alguém se apaixonar assim? As desconfianças me fizeram fechar os olhos, e um pingo caiu em meu rosto. Depois dele, vieram muitos.

POV. BELLA.

A chuva era tanta que estava nervosa de estar sozinha em casa. O barulho era até agradável, mas me dava certo medo. Por instantes a chuva me distraiu. Pensava em Alice o tempo todo e de como queria pedir desculpas. Ela era minha irmã melhor amiga, não podíamos ficar brigadas. Depois de pensar nela, inevitavelmente Edward rodeou meus pensamentos, me fazendo suspirar. Deitada no sofá, pude notar que realmente não poderia fugir daquilo, daquela intensidade que havia entre nós. O medo de ser tudo uma mentira batia em mim com um tijolo na cabeça, e eu queria mesmo uma confirmação do contrario. Sentir que meu coração palpitava só de lembrar-se daquele sorriso torto me fez sorriu.

- Aquele ZÉ ROELA, me pegou de jeito. – Gargalhei com minhas palavras.

Não seria tão ruim tentar, talvez estivesse mesmo enganada. Alice não mentiria para mim. Eu queria lutar com todas as minhas forças contra aquilo, mas não sabia ao certo o que era. Meu coração parecia falar comigo, dizendo que queira o coração dele. Um peito grudado no outro. E novamente a dúvida veio como uma faca rasgando meus pensamentos. Ele poderia estar mentindo, até para Alice.

- AI ÀS VEZES VOCÊ É TÃO IRRITANTE. – Disse para mim mesma me levantando. Fui até a cozinha torcendo para que tivesse algo pronto. Já era quase duas horas e eu não tinha comido nada. Achei um pedaço de bolo e refrigerante na geladeira.

Mesmo comendo as duvidas não saiam da minha cabeça. O que eu faria? Como eu poderia estar apaixonada? Eu estava parecendo uma adolescente boba. O telefone tocou corri para a sala.

- Alô? – Falei meio tristonha.

- Tem dez segundo para se desculpa. – A voz da Lice me fez querer correr de felicidade.

- Me perdoa por eu ser uma idiota e por eu ser tão precipitada, você sabe que eu te amo. – Ela sorriu baixinho.

- Eu sei. Desculpa-me por eu ter te ofendido. – Sussurrou.

- Não precisa se desculpar. – Ficamos em silêncio.

- Então o que vai fazer hoje? Vamos lá na cidade rodar bolsinha? – gargalhei feito louca.

- Vamos sim, e depois que eu achar um político rico e me casar eu te deixo em qualquer estrada! – Ela gargalhou.

- Esta me achando com cara de galinha preta de despacho é? – Gargalhamos mais uma vez.

- Promete que nunca mais vamos brigar? – Ela ficou em silêncio.

- Impossível! Você é muito teimosa! – Sorri.

- É... Eu também te amo. – Falei e a vi sorrir.

- Eddie esta triste. – Pus as mãos na cabeça.

- Alice eu não acredito que você contou para ele! – Silenciou-se.

- Ops! – Respirei fundo.

- O que ele disse? – Ela ficou em silêncio.

- Você vai ter que perguntar para ele. – “NUNCA”! Eu tenho o meu orgulho. E vergonha na cara!

- Ah claro! Vou sim! – Ironizei.

- Não vai dar para sair nessa chuva, que acha de sairmos amanhã? Vem aqui para casa! Ai a gente encontra um lugar legal. – Fiquei pensativa.

- Amanhã é que dia? – Perguntei.

- É sábado por quê? – A cidade era movimentada aos sábados, seria legal sair e esquecer-se da vida.

- Vamos sair sim! Preciso me distrair. – Suspirei lembrando novamente de Edward.

- Então ok! Busco você ai as oito.

- Não trás o seu irmão, deixa de ser preguiçosa e dirige. – Ela sorriu.

- Prometo que não o levo. Beijos Bells, até amanhã. – Desligou.

(...)


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim!! Gente deixa Reviews. Só para relembrar, vou postar agora só as sextas hein! Não esquecem, amo vocês, muito obrigado pelos reviews!!!!!! BEIJOOOS
Rosaline S.