Clato - 74 Edição Dos Jogos Vorazes escrita por Clove Fuhrman


Capítulo 11
Entrando na Arena


Notas iniciais do capítulo

É, então a imagem ficou muito sem graça mesmo, vou tentar fazer a próxima melhor, obrigada a todos que estão acompanhando e mandando reviews *-*...



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Não sei se fiz o certo, mas não estou afim de bater papo, vou me lavar para ir jantar, tomo um longo banho removendo toda a maquiagem. Depois me seco e arrumo o cabelo. Tinha uma roupa escolhida para mim, duas na verdade, uma era uma blusa dourada, calça bege e uma sapatilha trançada como se fossem ramos dourados, e o outro conjunto era uma blusa azul escuro, calça preta e a sapatilha era igual, mas em preto. Em cima de cada uma tinha um bilhete. No primeiro conjunto estava um bilhete de papel amarelado com letras pretas delicadas:

“Como uma vela, o fogo um dia se apaga” B.

Penso com calma, não tenho certeza do que isso significa, mas sei de quem é, o “B” de Beatriz, olho com calma o outro bilhete, é um papel prateado, também escrito a preto com a mesma letra:

“Todos necessitam de escuridão para brilhar.” B.

Essa segunda eu entendi, visto a segunda opção e vou para a sala, chego bem no momento que está começando a entrevista da Katniss. Ah nojo. Ela é tão estúpida, mas noto uma coisa diferente na entrevista dela, ela parece não mentir, e fala a verdade mesmo que seja com respostas tolas, mas a pior parte foi quando ela começou a girar como uma barata tonta e o vestido dela entrou em chamas, tomara que ela se queime. Mas num geral a entrevista dela foi suportável de se assistir, a pior foi a do garoto, devo confessar que até achei um pouco divertida, mas quando ele começou a mentir que a amava, tive vontade de vomitar, Enobária, Brutos e Cato acho que tiveram o mesmo pensamento, acho que a Charlote foi a única que ficou comovida.

–- Cato – Sibilei – mudança de planos, agente mata a garota, na frente dele.

–- Você não faria isso – diz Charlote meio espantada.

–- Ah faria – falei com um enorme sorriso, meio irônico – vou sair, antes que eu comece a vomitar.

Tudo caiu sobre a minha cabeça. Amanha eu vou entrar na arena, apesar de estar confiante, eu ainda não tenho certeza sobre que eu quero fazer. Eu queria desesperadamente ir para casa, mais uma vez, não quero continuar aqui, tem tanta coisa que eu ainda gostaria de fazer. Tomo banho e decido ir dormir depois que escrevo no diário, preciso manter energias para amanha. Já devem ser quase 4 da amanha quando a porta do meu quarto se abre:

–- Clove? – Cato sussurra.

–- O que foi? – pergunto sonolenta.

–- Vem, precisamos conversar. – Sua voz está tremula.

Concordo e o sigo até a sala, apesar de ter tanto o que falar, não sei o que ele quer conversar em uma hora dessas.

–- O que foi? – pergunto.

–- Precisamos de uma estratégia – ele fala – ao julgar do jeito que você estava hoje mais cedo, acho que sua estilista te convenceu a conseguir me matar.

–- Por um momento eu achei que sim – estou sendo sincera – mas agora, sei que nunca conseguiria isso.

–- Isso era o que eu temia – ele fala.

Começo a chorar, sento no sofá e as lágrimas ficam escorrendo continuamente dos meus olhos. – vou te proteger Clove – Ele me abraça.

–- Eu odeio a capital – solto.

Apesar do meu distrito num geral se dar bem com a capital, essa foi uma das primeiras vezes que vejo como ela é cruel. E a primeira que sinto na pele. Cato encosta os lábios nos meus, e ficamos assim por algum tempo, até eu levantar e ir para o quarto, não gosto quando as pessoas me veem chorando, lembro de uma vez que estava muito triste, só não lembro o motivo, e comecei a chorar na frente de todo, e meu pai sussurrou para mim: “Clove, chorar não é sinônimo de fraqueza, mas nunca chore na frente das pessoas quando puder evitar”. E isso é uma das coisas que consigo fazer bem, menos na frente da Silvia, ela sempre acaba vendo. Oh Silvia, como será que está agora? Espero que esteja com saudades. Conhecendo ela como eu conheço deve estar super ansiosa para eu voltar para casa. Tive sonhos um tanto estranhos essa noite, o primeiro um tanto perturbador, eu estava na arena, eu e Cato estávamos com fome, ainda não tínhamos coragem de um matar o outro, só havia sobrado nos dois então eu falo “gosta de amoras?” e estendo a mão com um punhado de amoras-cadeado. Acordo suando frio. Seis da manha, eu preciso dormir mais, tento por alguns minutos sem sucesso. Resolvo tomar um longo banho de banheira para relaxar, e acaba funcionado, quando termino são quase oito, mas consigo dormir até as nove. “Cada minuto conta” penso. Não demora muito para Enobária me chamar, levanto e coloco uma roupa que eu separei na noite anterior, cores claras. Arrumo o cabelo e vou tomar café, pego alguns pãezinhos torrados com queijo e suco, como devagar, quando termino Brutos começa a falar:

–- É isso gente, a arena, é para lá que vocês vão agora – ele fala sério – foi muito bom conhecer vocês, admito que vou sentir falta de vocês – ele gagueja, nunca imaginei o Brutos gaguejando – bom, boa sorte, e o que morrer na arena saiba que fiz tudo que podia para salva-los, e o que for o vitorioso, bem, conversamos depois. Ah, e antes que eu me esqueça nada de coisas melosas, seria até bom que evitassem ficar muito tempo juntos.

–- Foi uma honra trabalhar com vocês – Enobária fala – apesar do pouco tempo de convivência vocês foram os tributos que eu mais desejei que ganhassem em todo o meu tempo de mentora.

–- Adorei falar com vocês – Charlote fala -- ah como eu queria que os dois pudessem ganhar – ela lamenta.

–- Tudo bem – falo – também acho que não poderia existir mentores melhores. – Charlote me olha, não tenho certeza do que falar sobre ela – foi ótimo te conhecer também, Charlote.

–- Foi bom conhecer vocês – fala Cato.

Beatriz e Chariza chegaram, elas que vão nos acompanhar no caminho até a arena, enquanto os mentores vão conseguir patrocinadores e Charlote, ah, não sei exatamente o que ela vai fazer agora. Chariza pintou o cabelo, o que antes era preto com as pontas prateadas está um louro platinado, Beatriz está com a mesma aparência, as duas estão usando roupas iguais, pretas com detalhes em prata no caso da Chariza e em rosa no caso da Beatriz.

–- Olá queridos! – Beatriz fala com extravagância.

Todos nos cumprimentamos e eu e Cato somos levados a um aerodeslizador para junto dos outros tributos, ele tem vidros escuros o que me leva a acreditar que a localização do local da arena será mantida em segredo até o final dos jogos. Mulheres de branco que mais parecem pacificadoras passam colocando os rastreadores em nossos braços. Estou nervosa, mas confiante. Minha cabeça dói um pouco agora, mas preciso manter a concentração. Depois o aerodeslizador desce e eu me vejo em um corredor subterrâneo, cada um dos tributos é levado a uma sala com seus estilistas, eu e Beatriz vamos andando em silêncio escoltadas por pacificadores. Paramos em uma porta onde está escrito “TRIBUTO FEMININO DISTRITO 2”. Entramos, ela não é muito grande, mas está novinha em folha, eu vou ser a primeira e ultima tributo a usa-la.

–- Aqui está – Beatriz fala me estendendo a roupa que vou usar enquanto estiver na arena.

–- Obrigada – falo, pego a roupa e me troco.

–- Ao julgar pelo material que ela é feita – Beatriz fala enquanto prende o meu cabelo – vai ser frio, provavelmente à noite.

–- Obrigada pela dica – falo.

–- Ah querida, não fique triste! – ela fala levantando meu rosto – empine esse nariz, quero ter a honra de fazer a roupa de uma vitoriosa, Clove Rivers uma vitoriosa. – ela sorri – ah, e mais uma coisa, sei que provavelmente já sabe, mas por favor não saia do seu lugar até terminar a contagem regressiva! – ela me abraça e me estende um pequeno caderno – a Charlote mandou, esconde ele, e escreva quando tiver tempo, pegue a caneta também.

–- Nossa! Nem sei como agradecer – digo enquanto o escondo em meu casaco.

–- Agradece vencendo – ela ri – mas não tem de que querida.

–- Quando a vencer... – digo. Mas ela me interrompe.

–- Sei o que você quer fazer – ela fala – pela sua expressão. Eu queria pegar o seu diário, mas acho que se você o perdesse na arena ficaria muito triste.

Concordo com a cabeça, trocamos mais algumas palavras até que a contagem regressiva começa e avisam para os tributos entrarem nos tubos de acrílico.

–- Acho que eu já vou – suspiro.

–- Vai sim, mas não esquece de voltar – ela fala ignorando tudo que falamos antes.

–- Eu vou voltar – “mas talvez não”. completo na minha mente.

Ela me abraça e eu entro no tubo, fico uns 15 segundos em completa escuridão, e então vejo o sol novamente, olho em volta árvores, cornucópia, armas, Cato, tributos. A contagem está diminuindo 40,39,38,37, me esforço para não perder o foco, preciso correr muito rápido e pegar as facas, não posso deixar ninguém achando que tem mais chances. 10,9,8,7 a adrenalina toma conta do meu corpo. 3,2,1 começo a correr. Chego na cornucópia e pego as facas, começo a atira-las. Cato está perto de mim nesse momento, perdi Glimmer de vista depois que ela pegou um arco. Já nem conto mais os tributos mortos, vou saber o número certo a noite mesmo, estou procurando até que vejo a garota do 12 lutando com outro garoto por uma mochila, lanço uma faca e o acerto, ele cai morto, já a Katniss se defende com a mochila e corre com a faca. Cato como planejado matou o garoto do 4, a garota não demonstrou tristeza, bem, é melhor para ela, e se não for, dane-se, é o melhor para nós. Demos um belo banho de sangue, penso olhando em volta, de vivos aqui só os carreiristas o resto dos tributos vivos já se mandaram para a floresta. Quando noto estou caminhando em direção a floresta.

–- Onde está indo Clove? – Cato pergunta.

–- Ah, nada – falei – estava vendo se conseguia localizar algum tributo – minto.

–- Vem Cato!! – Berrou a loira do distrito 1.

–- Já estamos indo. – ele fala me puxando.

Voltamos para a cornucópia, a Glimmer não para de puxar assunto com o Cato, isso me irrita um pouco, mas... E o garoto, o Marvel fica a fuzilando com os olhos enquanto ela faz isso, acho que talvez ele tenha uma queda pela loira. Idiota em minha opinião. Começo a escolher mais armas, traduzindo: começo a pegar o resto das facas. Depois cada um de nós pegou uma mochila, as duas que sobraram Cato e Marvel pegaram, e fomos atrás de um “acampamento” pois aqui é muito aberto, muito fácil de sermos descobertos, e difícil de acharmos outros tributos. Eu estava com sono, maravilha, sabia que devia ter dormido nos dias que eu tive oportunidade.


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Notas finais do capítulo

Eu ia postar mais tarde, mas fiquei feliz que vieram novos leitores o/ espero que gostem e deixem suas opiniões...