Never Can Say Goodbye. escrita por alwaysbemyBela


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, estou sem net, então acho que vou demorar um pouco pra postar novamente, mas tentarei não atrasar tanto!

Bem vinda novas leitoras, espero que estejam gostando



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Dimitri segurou a estaca e deu espaço para eu entrar.

– Você não deveria estar descansando? - Perguntou me analisando cuidadosamente, mas segurava um pequeno sorriso.

– Não, chega de descansar! Eu preciso treinar,eu preciso estar preparada. - Respondi cruzando os braços.

– Isso é sobre os ataque que eu mencionei ontem a noite?

– Claro! Strigois estão se organizando em ataques e eu nem sei usar uma maldita estaca! - Exclamei não satisfeita em admitir, isso era uma fraqueza, e eu não gostava nenhum pouco de tê-las. - E Victor foi baixo o suficiente para pedir a própria filha que se transformasse em Strigoi, não sabemos o que ele será capaz de fazer dessa vez, então, eu tenho que estar preparada. - Repiti.

Ele continuou me olhando, ponderando meu pedido. Então tirou um pequeno elástico do bolso e prendeu o cabelo em um rabo de cavalo baixo e começou a andar pela sala.

– Isso não será uma tarefa fácil. Não temos nem metade dos equipamentos que seriam necessários para um bom treino Rose. - Ele olhava para além de mim, procurando pela casa o que poderiamos usar. - Tasha, será que você teria algum travesseiro velho? - Gritou pelo corredor.

– Travesseiro? - No mesmo momento Tasha juntou-se a nós, ecoando minha pergunta.

– Oh, olá Rose. - Disse percebendo que Dimitri não estava sozinho. -Você está melhor?

– Estou sim. - Até consegui sorrir para ela. - E, ahn, obrigada pelos remédios.

– Imagina. E você precisa de um travesserio? - Perguntou para Dimitri.

– E um que você não se importe em perder. Vou ensinar Rose a lutar com estacas. - Disse jogando a estaca que tinha em mãos quase um metro a cima, que girou no ar e voltou para as mãos dele, que
sorria, parecendo tão empolgado quanto eu.

– Wow, vou aprender a fazer isso também? - Estava quase tirando-a da mão de Dimitri para tentar.

– Vocês poderiam fazer isso na academia, posso providenciar uma sala reservada e talvez até um ou dois Bobs que estejam fora de uso. - Sugeriu Tasha se contagiando com a nossa energia.

– Você pode? - Aquilo me animou ainda mais.

– Claro. Os meus travesseiros irão agradecer. - Rindo foi pegar o celular e ligou para academia. – Stacey, você poderia reservar uma sala de treino para mim está tarde?

– Vou chamar Lissa. - Anunciei depois que Tasha nos informou que havia conseguido uma sala para daqui uma hora.

Mas diferente de mim, ela e Christian não estavam nem um pouco animados.

– Ah Rose, para quê vamos passar a tarde vendo você socar bonecos? Já vi você socando pessoas para uma vida inteira. - Reclamou Christian quando desceram e souberam dos planos.

– Não vou deixar vocês sozinhos aqui. Se estiver tão preocupado, posso te dar um soco e então você passa a tarde desacordado ao invés disso. - Sugeri com um sorriso.

– Rose. - Dimitri me repreendeu, sem precisar dizer muito, só o olhar reprovador era o suficiente. - Eu sinto muito, mas não podemos nos dar ao luxo de ficarmos separador agora.

– Talvez pudessemos ir ao shopping, fica próximo da academia. - Tasha sugeriu tentando amenizar a situação.

– Ah claro, isso com certeza me deixaria mais calma. - Devo ter sido um pouco ríspida demais, pois dessa vez foi Lissa que me reprendeu pelo laço.

– Não Tasha, três Morois sozinhos em um shopping não é o que eu chamaria de seguro nesse momento. – Dimitri disse calmo, mas autoritário.

– Mas e se não estivessemos sozinho? - Lissa perguntou. Procurei pelo laço o que ela estava querendo dizer, e percebi que era uma boa ideia. - Você acha que ele aceitaria? - Perguntou então para mim, quando viu o entendimento em meus olhos.

– Não custa nada tentar.

– Vocês poderiam nos tirar do escuro, por favor? - Pediu Christian, que ainda não ficava a vontade com a ligação tão forte que Lissa e eu tinhamos.

– Mark poderia nos acompanhar. - Respondeu Lissa.

– Sim! - Christian já estava mais animado.

– Ansioso para as compras Ozera? - Provoquei.

Mas antes que ele pudesse responder com outra provocação, Dimitri interferiu. - Não sei se ele seria a pessoa certa para isso.

– Ele é mais guardião que a Rose. - Christian apontou. - Formado e tals.

– É Dimka, e eu não sou uma pessoa indefesa. - Tasha disse abraçando o braço de Dimitri. - Vamos ao menos ver se ele poderia, não custa nada.

Lissa passou o celular para mim antes que Dimitri negasse, então liguei para Mark e informei o plano.

– Ele estará aqui em 20 minutos. - Informei.

E 20 minutos depois lá estava ele, e para surpresa de todos, ele estava acompanhado.

– Lady Ozera, esses são meus pais Alexandra Karev e Guardião Steven Karev. - Apresentou Mark assim que chegou.

– É um prazer recebe-los. Espero que não tenhamos atrapalhado nada. - Sorriu Tasha comprimentando cada um com um aperto de mão.

– Imagina Lady Ozera, Mark sempre fala muito bem de vocês e confesso que estou com as compras de natal atrasadas também. - Respondeu Alexandra. Uma perfeita Moroi, alta, magra, digna de uma passarela humana. Mark herdou os olhos azuis dela e o sorriso fácil, mas os cabelos eram de um tom de castanho claro, quase loiro.

– Tasha, por favor. - Acrescentou.

– E ele nos explicou que a Princesa Dragomir e o Lord Ozera estão aqui para as festas e estavam precisando de uma ajuda hoje, então é o mínimo que podemos fazer. - Disse Steve, mas direcionado a Dimitri. Lancei um sorriso para Mark, pela ótima história inventada aos pais. - Você deve ser o Guardião Belikov, muito prazer. Pode contar com os meus serviços e do meu filho para protege-los.

– Agradeço a ajuda Guardião Karev. - Dimitri apertou a mão estendida.

– E você deve ser Rose. - Disse virando-se para mim. Steve era alto, não tanto quanto Dimitri, mas tinha uma presença marcante. Os ombros tão largos quanto do filho, e musculoso na medida certa. Os cabelos negros estava cortado rente a cabeça, em um corte tipo militar.

– Ouvimos maravilhas ao seu respeito. - Disse Alexandra sorrindo.

Corei sem querer, nunca havia conhecido os pais de um cara que eu tinha ficado. Mesmo que agora a situação não fosse a mesma, fiquei sem graça.

– O mesmo sobre vocês. É um prazer Sra Karev. - Sorri, tentando ser o mais educada possível. Eu era capaz de fazer isso.

– Pode me chamar de Lexie. E é um prazer conhece-la Princesa, sinto muito pelos seus pais.

Lissa sim sabia como ser educada sem se esforçar, as apresentações continuarem, e até Christian se portou bem.

– Acho melhor irmos. - Disse Steve após alguns minutos. - Vamos aproveitar a luz do dia.

– Vamos, deixo vocês na academia no caminho. - Tasha anunciou.

Mark se aproximou de mim e me deu um beijo no topo da cabeça. - Divirta-se.

– Vocês também, espero que esteja disposto a andar pelo shopping todo o resto do dia.

– Oh, eu já estou acostumado. - Disse indicando a mãe com a cabeça.

– Estarei de olho em vocês. - Pisquei, cutucando a minha cabeça.

No caminho até a academia, Dimitri ia repetindo para ligarem para ele no primeiro indicio de problemas. Para se manterem todos juntos e evitarem lugares muito escuros e vázios. Eu lançava olhares para Lissa e Christian a cada frase dele, para que não fizessem nenhuma besteira.

– Não se preocupe Rose. Vou apenas fazer compras e mais compras. Até para você! - Lissa disse me tranquilizando. - Posso comprar coisas legais ou só práticas? - Perguntou refletindo o que eu havia dito a ela em nossa última visita a um shopping.

– Acho que dessa vez deixarei que você escolha, mas seja razoável.

x

Depois de possicionar os dois bonecos que haviam deixado na sala para gente, Dimitri parou entre eles, tirou a estaca que eu lhe devolvi esta manhã do cinto e virou-se para mim.

– Então, me diga onde fica o coração.

Eu o olhei inacreditada. Mas quando ele não se moveu, sorriu ou mudou de expressão, indiquei o lado esquerdo do peito. Dimitri apenas negou com a cabeça. Apontei o centro do peito. Outra
negação.

– Qual é, eu não tenho nenhum livro de anatomia para consultar no momento, então será que você pode me dizer onde fica ou vamos brincar de advinha o resto da tarde? - Perguntei colocando a mão
na cintura, indignada.

Ele balançou a cabeça exasperado, mas sorria. Colocou a ponta da estaca na costela esquerda.

– Está aqui. E para chegar até o coração, você precisar passar pelo esterno e as costelas. Então, como seria a melhor maneira de conseguir isso?

Analisei o boneco por poucos minutos. - Por aqui? - Perguntei mostrando o mesmo local que ele havia colocado a estaca antes.

Dimitri estendeu a mão e eu peguei a estaca hesitante. - Tente.

Enfiei a estaca no meio das costelas do boneco, e percebi que não teria muitas chances de dar um golpe mortal por ali quando precisava de muita força.

– Você pode usar sua altura a seu favor, e golpea-lo por baixo das costelas, atingindo diretamente o coração. - Explicou Dimitri, pegando meu pulso e indicando o movimento exato.

Ficamos praticando golpes por algumas horas, Dimitri ia me corrigindo e mostrando o que eu poderia fazer melhor, usar meu porte fisíco ao meu favor. E eu sempre checava os sentimentos de Lissa, para ter certeza que estava tudo correndo bem com eles. Mas após um tempo, minha curiosidade falou mais alto.

– Você sempre teve contato com a minha mãe? - Perguntei entre um golpe e outro.

– Não, eu apenas a conheci uns dias antes de vir atrás de vocês.

– Conheceu? Ela estava na Academia?

– Sim, chegou logo depois que vocês fugiram. Os Morois estavam indo para St. Vladimir por conta do ataque aos Badicas.

Não sabia o que pensar daquilo. Minha mãe tinha ido para Academia quando eu fugi, mas era uma visita planejada, sem dúvidas, e ela não se deu ao trabalho de me avisar. Não sei bem porque aquilo me deixava surpresa, mas deixava.

– E ela estava me ajudando na busca, e quando decidi me tronar guardião da Tasha, mantivemos contato. - Continuou Dimitri.

– Você iria me contar? - Me senti traída sabendo que Dimitri conversava com a minha mãe sem que eu soubesse.

– Eu não planejava manter contato, já que não poderia dizer nada. E ontem foi a primeira vez que ela me ligou. Acho que por ter falado com a Alberta antes, ela quis se certificar que eu não tinha nenhuma novidade. Além de me informar do novo ataque.

– Então ela está procurando por mim. - Isso sim era uma surpresa.

– É claro que está Roza. - Dimitri disse de forma carinhosa, ao mesmo tempo que sua expressão dizia que eu estava sendo absurda.

– E o que você ela estava dizendo quando você falou que Christian mantem contato com Tasha? - Perguntei tentando não pensar em que minha mãe poderia se preocupar comigo.

– Eu te disse que desde que vocês fugiram, a Academia estava um caos e cada dia aparecia um boato novo sobre o motivo da nova fuga. - Dimitri segurava um sorriso quando continuou. - E um deles era que Christian havia se tornado Strigoi e sequestrado as duas.

– Mais criativo que as histórias de gravidez. - Tive que admitir. - Mas Janine Hathaway levou isso a sério?

– Na verdade não. Mas depois da notícia do segundo ataque ela começou a ficar preocupada, e levar tudo em consideração.

– E você também foi bem criativo com toda aquela história de celular descartável. Acha que ela acreditou?

– Não sei dizer, não fez muitas perguntas. Então vamos torcer para que sim.

É, a última coisa que eu precisava agora era minha mãe na minha cola tentando nos levar de volta para St. Vladimir.

– Onde você a manteve esse tempo todo? - Dimitri perguntou apontando para a estaca em minha mão.

– Comigo. Na minha bolsa. - Dei de ombros, mas recebi um olhar orgulhoso dele.

Continuamos a treinar, agora socos e chutes também, mantendo a estaca em mãos. Até sentir a presença de Lissa e me virei para vê-los entrar.

– Deu tempo de comprar o shopping todo? - Sorri, limpando o suor da testa com a camiseta.

– Desse ter sido só metade, porque foi difícil tira-las de lá. - Mark respondeu. - Pobres bonecos. - Acrescentou depois de analisar a sala.

– Você vai amar o vestido que comprei para você! - Lissa disse toda empolgada, mas por mais que eu tentasse visualizar o tal vestido em sua mente, ela conseguia fazer um bom trabalho me bloqueando.

– Estou pronto para voltar para casa. Vocês pretendem virar a noite aqui? - Christian perguntou emburrado. Talvez deveria ter passado o dia comigo.

– Acho que foi o suficiente por hoje. - Dimitri disse para mim, encerrando então o treinamento. Mas quando todos seguiam de volta para a entrada, ele segurou meu braço, me mantendo no lugar. - Você foi ótima hoje. - Disse com um sorriso e começou a ir atrás dos outros.

– Dimitri. - Chamei. - Eu estou cansada de brigar. - Suspirei. Tinha sido uma tarde tão agradável, eu não queria ficar discutindo por tudo. - Faça o que for te fazer feliz, que eu apoarei isso. Da melhor forma possível.

Ele apenas me olhou, ouvindo e absorvendo o que eu havia dito. Então se aproximou de mim em duas passadas longas e me abraçou. Um abraço forte, que me preencheu, senti meu coração se contorcer no peito. Dimitri deu um leve beijo na minha testa, mas manteve a boca ali por mais tempo que o necessário.

– Temos que ir. - Sussurrou ao me soltar, e nos juntamos a Lissa e aos outros no carro.

Ao chegar no apartamento fui direto para o chuveiro, tentando não pensar em nada. Senti Lissa contente com as compras, guardando tudo no armário, então me joguei na cama e dormi segundos depois.

Porém, quando vi, estava em uma sala que nunca havia estado antes. Era espaçosa e bem decorada. As janelas eram altas e estavam cobertas com cortinas pesadas de cores claras. Sofás e poltronas de estofado vermelho estavam espalhados e uma mesa de mogno lustrosa estava bem a minha frente.

– Olá Rosemeire. - Chamou alguém no canto mais afastado e escuro.

Eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar. Uma voz que gelou meu sangue e dava nome aos meus piores pesadelos.


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