Um Plano de Vingança escrita por Dark Lady


Capítulo 9
Capítulo 9 - Felicidade Não Dura Sempre




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Os meses foram passando, estávamos já perto das férias do Natal. O Harry convidou-me para ir com ele passar o Natal à Toca (a casa dos Weasley), no início não estava muito de acordo, não conhecia aquelas pessoas mas depois recebi uma carta de Mrs Weasley a dizer que ficaria muito feliz se eu fosse, então decidi aceitar. Draco não parecia muito feliz com isso mas depois lá aceitou quando eu lhe prometi que logo a seguir ao dia de Natal voltava e ficava o resto da semana com ele na escola.

O primeiro dia das férias chegou e eu realmente estava feliz por passar um verdadeiro Natal. Despedi-me do Draco e do Daniel e fui ter com Harry, Ron, Hermione e Ginny para irmos para A Toca.

- Vamo-nos divertir imenso. – Dizia Harry com um sorriso enorme.

Eu sorri também. Agora dava-me bastante bem com aqueles quatro e tinha a certeza que aquele iria ser um Natal inesquecível. Durante toda a viagem eles iam fazendo planos sobre as actividades que poderíamos fazer, jogar Quidditch, visitar a loja dos gémeos Weasley. Eu apenas ficava ali a ouvi-los e a rir-me com eles.

Quando chegamos à estação de King’s Cross Mr e Mrs Weasley estavam lá à nossa espera. Abraçaram os filhos, Harry e Hermione. Eu fiquei atrás a ver, não podia deixar de me lembrar a mim mesma que era uma estranha para eles. Mas algo inesperado aconteceu, algo que me deixou imensamente feliz.

- Bem-vinda querida. – Dizia Mrs Weasley sorrindo. – Espero que te divirtas nestas férias.

Depois abraçou-me, como se eu fosse uma filha para ela. Senti os meus olhos começarem a ficar molhados e fechei-os contendo as lágrimas. Quando ela se afastou eu abri os olhos e via todos a sorrirem para mim. Aquilo foi um momento que nunca irei esquecer.

- Vês eu disse-te que Mrs Weasley era bastante simpática e não tinhas que te preocupar. – Disse-me Harry enquanto nos dirigíamos para o carro (que tinha sido aumentado por dentro com magia para que coubessem sete pessoas).

A viagem de carro até à Toca foi tranquila, pouco se falou. Quando lá chegamos Hermione e Ginny mostraram-me o quarto onde nós as três íamos ficar. Depois mostraram-me o resto da casa e fomos até ao jardim ter com os rapazes que estavam já de vassouras na mão pronto a jogar.

- Eu fico por aqui a ler. Vocês sabem que eu odeio voar. – Disse Hermione sentando-se numa cadeira com um livro na mão.

- Tu jogas não é? – Perguntou-me Ginny.

- Hum ok. Voar nunca foi muito o meu forte mas vou fazer o meu melhor.

Então Harry passou-me uma das vassouras para a mão e começamos a jogar. As equipas eram eu e Harry contra Ron e Ginny. No início estava com alguma dificuldade em acompanhar o ritmo deles mas depois consegui habituar-me. É claro que continuei a não ser tão boa como eles mas Harry disse que me iria ensinar e que daqui a uns tempos seria tão boa como eles. Eu não pude deixar de sorrir.

Na véspera de Natal decidimos ir à Diagon-Al visitar os gémeos Weasley e comprar as prendas de Natal. Comprei dois livros de Quidditch, um para o Harry e outro para o Ron, um espelho que dá conselhos de penteados para a Ginny e um conjunto de livros de bolso para a Hermione. Não sabia o que oferecer ao Mr e Mrs Weasley e como o Harry e a Hermione também não sabiam decidimos oferecer em conjunto um serviço de jantar que muda de desenhos consoante a época festiva. É claro que comprei algo para o Draco e Daniel. Ao Draco comprei um relógio todo sofisticado e ao Daniel um pensatório (não tinha a certeza se ele ia dar uso aquilo ou não mas não me ocorreu mais nada).

Mandei enviar para Hogwarts as prendas do Draco e do Daniel e depois fomos todos até à loja das Magias Mirabolantes dos Weasley. Aquilo era fantástico.

- Então estás a gostar? – Perguntou-me um rapaz que pensei logo ser um dos gémeos por causa da cor do cabelo.

- Sim. Isto é fantástico. – Eu estava realmente abismada com aquela loja.

Ele sorriu e foi ter com o irmão gémeo. Eu andava por ali a ver tudo. Comprei algumas coisas que achei engraçadas e depois voltamos à Toca para ajudar a arranjar as coisas para a ceia.

Jantamos e depois distribuímos os presentes. O Harry ofereceu-me um fio de prata com uma medalha que à frente tinha o desenho de uma serpente enrolada num leão e do lado de trás dizia “Suzane e Harry Juntos Para Sempre” (podia parecer coisa de namorados mas eu entendia porque ele tinha mandado gravar aquilo, ele não se queria mais separar da família e eu também não), o Ron deu-me o mesmo que eu ofereci à Hermione, o que deu motivo para rir, a Ginny deu-me um estojo de maquilhagem e Mr e Mrs Weasley uma camisola de lã verde com uma serpente a formar um “s” (de Suzane e de Slytherin).

Ficamos até tarde na sala em frente à lareira a conversar, a jogar xadrez bruxo (eu estava constantemente a ganhar ao Ron, o que o deixava bastante irritado e provocava bastantes gargalhadas porque ele queria sempre desforra). Depois fomo-nos deitar.

Na manhã seguinte acordei bastante cedo com duas corujas a bater no vidro da janela. Levantei-me antes que as outras raparigas acordassem e fui abrir a janela. As corujas voaram para dentro do quarto e pousaram uma ao lado da outra em cima da cómoda, pousaram os dois pacotes e saíram a voar de novo pela janela aberta. Fui até lá e peguei no pacote maior e vi um cartão que dizia:

 

Espero que gostes. Vi isto numa loja e lembrei-me logo de ti. Feliz Natal.

Daniel

 

Abri a caixa curiosa e vi um caderno de capa preta. Ao abri-lo uma folha de pergaminho caiu ao chão, apanhei-a e li:

 

Desta vez não o deixes onde qualquer um o possa encontrar. Tranca-o a sete chaves, com 1001 feitiços mas não deixes que to roubem.

 

Eu sorri para o pequeno caderno. Depois olhei para a caixa mais pequena e peguei no cartão que a acompanhava.

 

Tenho saudades tuas. Amo-te.

Draco

 

Sorri e peguei na caixa para a abrir. Quando o fiz fiquei de boca aberta. Lá dentro tinha um anel em prata com duas serpentes entrelaçadas em que os olhos eram pequenas pedras azuis. Coloquei logo o anel no dedo. As raparigas levantaram-se e quando viram que eu olhava para o anel no dedo ficaram histerias, não paravam de dizer que era lindo.

O dia de Natal foi também divertido. Depois do almoço fomos jogar mais uma vez Quidditch (eu realmente estava bastante melhor), só paramos quando Mrs Weasley nos chamou para jantar. Depois fomos para os quartos arrumar as malas porque no dia seguinte voltaríamos para Hogwarts, passaríamos o fim-de-semana antes do início das aulas na escola.

Na manhã seguinte levantamo-nos cedo para irmos apanhar o Expresso para Hogwarts. Fizemos todo o caminho a comentar as férias e a viagem pareceu demorar tão pouco. Quando chegamos a Hogwarts fomos directos para o Salão Principal jantar. Os outros quatro foram para a mesa de Gryffindor e eu fui ter com Daniel e Draco à mesa de Slytherin.

- Finalmente voltaste. – Disse-me Draco quando eu me aproximei dele e beijando-me.

- É. O Draco estava insuportável de aturar. – Dizia Daniel com um sorriso de lado.

Eles contaram-me como tinham sido as férias deles e eu contei sobre as minhas. Disseram-me que tinham gostado dos presentes e eu claro que também tinha adorado o deles.

- Hum o que é isso? – Perguntou Draco apontando para o pingente ao meu pescoço.

- Oh! Foi o presente do Harry.

- Está bem.

Ele parecia-me estranho. Parecia um pouco mais distante mas eu tentei não pensar muito nisso, não queria ver coisas onde elas não existiam. Depois Draco saiu da mesa dizendo que tinha de ir resolver um assunto com Snape e eu fiquei lá com o Daniel. Acabamos de jantar e fomos para a sala comum de Slytherin. Quando descemos para as masmorras vimos duas pessoas agarradas nas sombras.

- Hum e que tal irmos antes um pouco até ao jardim. Ainda é cedo. – Dizia Daniel puxando-me para trás.

- Não Dan, eu estou cansada. – Larguei-me dele e continuei o meu caminho.

Aquilo que eu vi a seguir fez com que o meu mundo ruísse. Draco estava encostado à parede com Pansy Parkinson agarrada a ele aos beijos. Eu no início fiquei ali a ver aquela cena com os olhos baços de lágrimas e depois comecei a correr o mais depressa que pude passando por eles em direcção à sala comum.

- Suzane. – Ouvia Daniel gritar e correr atrás de mim mas eu não parava, eu não conseguia parar.

Quando cheguei ao meu quarto atirei-me para a cama e chorei durante horas até por fim adormecer.


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