Fontainebleau , 18 de novembro de 2002

— Não chore Sayu , você fica mais bonita sorrindo - Disse Nathaniel , tentando forçar um sorriso para Sayuri.

— Não da para mim não chorar Nath , eu .. eu ... - e Sayuri desabou em lágrimas. Havia dois dias que os seus pais haviam morrido, assassinados , bem na sua frente. Ela só tinha o seu irmão , Lysandre , com 9 anos e teriam que viver com seu mordomo , Joseph.

— Meu amor , não peça para ela não chorar , deve triste perder os pais justo no dia do aniversário e bem na sua frente - cochichou Maggie , mãe de Nathaniel, mulher do tio de Sayuri.

— Não chore Sayuri. Eu sei que é difícil. - Disse o pai de Nathaniel, meio irmão do pai de Sayuri e seu tio, Augustt , tentando acalmar Sayuri e juntamente , a sua filha , aos berros no seu colo , a mimada Ambré. Ambréga como Lys a chamava.

Sayuri não sabia o que fazer. Recebeu abraços e sentimentos de todos. Quando Nathaniel foi abraça-la , a pequena Ambré desceu do colo do pai e foi abraçar Sayuri , junto com seu irmão , já que ela não vivia sem ele , e odiava ver ele abraçando outras pessoas a não ser ela.

Ponto de Vista de Sayuri . POV ON

16 de novembro de 2002 - Mansão Satsuki

Era pra ser o melhor dia pra mim , meu aniversário ,mas foi muito ruim , eu vi meus pais morrendo bem na minha frente ... Foi tão , triste , estou com medo até agora. Se não fosse por Lys , eu estaria sem ninguém e estaria mais triste ainda , porque não teria nenhuma pessoa que eu amasse para me ajudar a ficar menos triste.

flashback #

Kaa-chan e Otou-chan estavam no escritório conversando com uma pessoa , eu não sabia quem era , não consegui ver quem era direito. E de repente, eu ouvi um barulho que fez meus ouvidinhos doerem muito , Lys estava dormindo na hora , não deve ter ouvido , e se ouviu , acordou com esse barulho chato. Parecia uma explosão. Olhei mais de perto, vi uma coisa no chão , parecia ketchup , e uma pessoa dando risadas , parecendo com as dos vilões das histórias que Kaa-chan contava.

— SAYU , LIZZ , SAIAM DAQUI AGORA , CHAME LYS E SAIAM - gritou Otou-chan .

Ouvi o barulho de novo.

— NÃO FELIPH , EU FICAREI ! SAYU , PEGUE MINHA BOLSA E SAIA COM SEU IRMÃO , VAI - gritou Kaa-chan chorando e logo depois ela caiu , será que ela estava passando mal ?

— Sayuri , amamos você não se esqueça - eles disseram , juntos.

— Eu tamb- parei de falar quando percebi que tinha uma pessoa lá dentro, de costas atirando com uma arma , que parecia com a do Nath , só que a dele era de brinquedo e soltava águinha.

Fiquei com medo , comecei a chorar e correr , pegando a bolsa da kaa-chan , chamando Lys , que não estava entendendo nadinha e aí foi que eu ouvi a música que kaa-san cantava pra gente antes de dormir. Eu abri a bolsa e achei uma coisa quadrada , que os adultos chamavam de celular. Estava tocando , e era minha tia Maggie , mãe de Nath. Começou a chover , e eu chorava enquanto Lys tentava me acalmar para que eu ezoljcasse o que houve para ele e pra tia Maggie. Respirei fundo e tentei explicar o ocorrido entre soluços enquanto Lys ouvia , e chorava junto comigo.

Ponto de vista de Sayuri OFF

O enterro havia acabado e Lysandre chamou a sua irmã , fazendo-a sair de seus desvaneios :

— Imouto-chan - disse Lysandre cabisbaixo - Joseph está chamando para irmos. - Disse ele.

Ninguém se importou com o jeito com que eles falavam , tão formalmente pra idade de ambos, seus pais eram assim quando pequenos , inteligentes e adoravam a moda e a época vitoriana. Os irmãos estavam de preto , ela de vestido , cabelos soltos e pretos , olhos vermelhos. Seu irmão estava de terno , preto obviamente , cabelos acinzentados e , como ele tinha heterocromia, um olho era dourado e o outro verde .

— Está bem Aniki-chan. Até mais tio , tia , Nath , Ambrii - disse Sayu , saindo correndo de mãos dadas com seu irmão até o carro.

— É AMBRÉ , AMBRÉEEEEEEEEEEE , uuugh - disse Ambré , encabulada e fula com a atitude da pequena Sayuri.

Começou a chover , denovo. Sayuri suspirou e se lembrou da cena denovo e começou a chorar. Seu irmão a abraçou e prometeu que ia ficar tudo bem , mas será que ia ficar tudo bem mesmo ? É. aquela vida seria difícil , e ela e seu irmão iam ter que aguentar tudo sozinhos , mais pelo menos estavam juntos, e ninguém jamais ia conseguir romper o laço deles. Nem o sol e nem mesmo aquela fria chuva de novembro.

Continua ...